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Determinantes do óbito infantil no Vale do Jequitinhonha e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil
OBJECTIVE This study aims to identify the social and demographic determinants, in addition to the determinants of reproductive health and use of health services, associated with infant mortality in small and medium-sized cities of the North, Northeast and Southeast regions of Brazil. METHODS This is a case-control study with 803 cases of death of children under one year and 1,969 live births (controls), whose mothers lived in the selected cities in 2008. The lists of the names of cases and controls were extracted from the Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM – Mortality Information System) and the Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC – Live Birth Information System) and supplemented by data obtained by the research of “active search of death and birth”. Data was collected in the household using a semi-structured questionnaire, and the analysis was carried out using multiple logistic regression. RESULTS The final model indicates that the following items are positively and significantly associated with infant mortality: family working in agriculture, mother having a history of fetal and infant losses, no prenatal or inadequate prenatal, and not being associated to the maternity hospital during the prenatal period. We have observed significant interactions to explain the occurrence of infant mortality between race and socioeconomic score and between high-risk pregnancy and pilgrimage for childbirth. CONCLUSIONS The excessive number of home deliveries and pilgrimage for childbirth indicates flaws in the line of maternity care and a lack of collaboration between the levels of outpatient and hospital care. The study reinforces the need for an integrated management of the health care networks, leveraging the capabilities of cities in meeting the needs of pregnancy, delivery and birth with quality.OBJETIVO Identificar os determinantes sociais, demográficos, da saúde reprodutiva e de utilização dos serviços de saúde associados ao óbito infantil em municípios de pequeno e médio porte das regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil. MÉTODOS Trata-se de um estudo caso-controle com 803 casos de óbito de menores de um ano e 1.969 nascidos vivos (controles), cujas mães residiam em 2008 nos municípios selecionados. As listas nominais dos casos e do controles foram extraídas do Sistema de Informação sobre Mortalidade e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e completadas por dados obtidos pela pesquisa de “busca ativa de óbito e nascimento”. A coleta de dados foi realizada em domicílio por meio de questionário semiestruturado, e a análise, por meio de regressão logística múltipla. RESULTADOS O modelo final indicou que estão associadas positivamente e significativamente ao óbito infantil: a família trabalhar na agricultura, a mãe ter tido história de perdas fetais e infantis, não ter feito pré-natal ou ter tido um pré-natal inadequado e não estar vinculada à maternidade durante o pré-natal. Foram observadas interações significativas para explicar a ocorrência do óbito infantil entre cor de pele e escore socioeconômico e entre gestação classificada como de risco e peregrinação para o parto. CONCLUSÕES O número excessivo de partos domiciliares e de peregrinação para o parto indica falhas na linha de cuidado da gestante e desarticulação entre os níveis de atenção ambulatorial e hospitalar. O estudo reforça a necessidade de uma gestão integrada das redes de atenção à saúde, potencializando as capacidades municipais em atender, com qualidade, à gestação, ao parto e ao nascimento
Determinantes da mortalidade infantil em municípios do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil
OBJETIVO: analisar os determinantes da mortalidade infantil nos municípios de Araçuaí, Joaíma, Jordânia e Novo Cruzeiro, localizados no Vale do Jequitinhonha-MG, Brasil. MÉTODOS: estudo caso-controle, sendo os casos 36 óbitos infantis ocorridos em 2008 e controles 72 nascidos vivos e que não evoluíram para óbito, sorteados aleatoriamente. Os dados demográficos e socioeconômicos, de antecedentes obstétricos maternos, atenção ao pré-natal e ao parto e condições biológicas das mães e recém-nascidos foram obtidos utilizando-se questionário estruturado com as mães. Análise de regressão logística hierarquizada foi realizada para avaliar a associação do óbito infantil com as variáveis do estudo. RESULTADOS: predominaram os óbitos no período neonatal (55%). Filhos de mulheres com história prévia de natimorto (
FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA VIGILÂNCIA DO ÓBITO MATERNO, INFANTIL E FETAL COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE COVID-19
O impacto da pandemia desencadeou uma escalada de morte de gestantes e puérperas com grandes desafios para a vigilância e atenção à saúde. O estudo tem como objetivo discutir a formação de profissionais da saúde em vigilância do óbito materno, infantil e fetal no contexto da pandemia de covid-19. Aborda os desafios do trabalho de equipe multidisciplinar na identificação, atualização e produção. São apresentadas as etapas de desenvolvimento do curso desde a sua concepção e implementação, atualização do material didático, o processo de acompanhamento pedagógico por meio de uma rede formativa docente e as contribuições para a formação dos profissionais de saúde. O cenário epidemiológico demandou o uso intensificado de tecnologias digitais de informação e comunicação, formação e apoio aos tutores-docentes e maior acolhimento a docentes e estudantes para a criação de uma ambiência que favorecesse as atividades de ensino-aprendizagem. A qualificação das ações da vigilância e do trabalho dos comitês de mortalidade tornou-se ainda mais relevante e necessária para o enfrentamento da pandemia. O comprometimento com o desenvolvimento contínuo do curso constitui uma forma de ligação dos saberes teóricos e práticos com as necessidades sociais e institucionais e, sobretudo, dos trabalhadores envolvidos no processo.
PALABRAS-CHAVE: Mortalidade Materna. Mortalidade Infantil. Mortalidade Fetal. Vigilância Epidemiológica. Capacitação de Recursos Humanos em Saúde
Structure in Brazilian maternity hospitals : key characteristics for quality of obstetric and neonatal care
Avaliar aspectos da estrutura de uma amostra de maternidades do Brasil. A estrutura foi avaliada tendo como referências as normas do Ministério da Saúde e englobou: localização geográfica, volume de partos, existência de UTI, atividade de ensino, qualificação de recursos humanos, disponibilidade de equipamentos e medicamentos. Os resultados evidenciam diferenças na qualificação e na disponibilidade de equipamentos e insumos dos serviços de atenção ao parto e nascimento segundo o tipo de financiamento, regiões do país e grau de complexidade. As regiões Norte/Nordeste e Centro-oeste apresentaram os maiores problemas. No Sul/Sudeste, os hospitais estavam melhores estruturados, atingindo proporções satisfatórias em vários dos aspectos estudados, próximas ou mesmo superiores ao patamar da rede privada. O presente estudo traz para o debate a qualidade da estrutura dos serviços hospitalares ofertados no país, e sublinha a necessidade de desenvolvimento de estudos analíticos que considerem o processo e os resultados da assistência.This study aimed to evaluate key characteristics of structure in a sample of maternity hospitals in Brazil. Structure was evaluated according to Ministry of Health criteria and included: geographic location, obstetric volume, presence of ICU, teaching activities, staff qualifications, and availability of equipment and medicines. The results showed differences in staff qualifications and availability of equipment in obstetric and neonatal care according to type of financing, region of the country, and degree of complexity. The North/Northeast and Central-West regions presented the most serious problems with structure. The public and mixed hospitals were better structured in the South/Southeast, reaching satisfactory levels on various items, similar or superior to the private hospitals. The current study contributes to the debate on quality of structure in Brazil’s hospital services and emphasizes the need to develop analytical studies considering process and results of obstetric and neonatal care.El presente estudio evalúa aspectos en cuanto a la estructura de una muestra de hospitales de maternidad en Brasil. El marco ha sido evaluado en función de patrones de referencia del Ministerio de Salud y abarca: ubicación geográfica, volumen de nacimientos, presencia de IU, actividades de aprendizaje, formación de recursos humanos, disponibilidad de equipos y medicamentos. Los resultados muestran diferencias en la cualificación y disponibilidad de equipos y servicios de suministros para el parto, según regiones, y su grado de complejidad. El Norte/Nordeste y Centro-oeste mostraron los mayores problemas. En el Sur/Sudeste, los hospitales estaban mejor estructurados, alcanzando proporciones satisfactorias en diversos aspectos del estudio, cercanos o justo por encima del nivel de la red privada. Este estudio aporta al debate la cuestión la calidad estructural de los servicios hospitalarios que se ofrecen en el país, y hace hincapié en la necesidad de desarrollo de estudios de análisis que tengan en cuenta los procesos y resultados de la atención
Hospital information systems of the National Health System: applications in the collective health
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Previous issue date: 2006Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.No Brasil, está disponível o Sistema de Informação Hospitalar do SistemaÚnico de Saúde (SIH/SUS), relativo à produção de serviços hospitalares doseselecimentos conveniados ao SUS, desde 1991. Esta tese discute os limites,alcances e potencialidades do SIH/SUS, e assim contribui no entendimento doscomplexos problemas sanitários da população brasileira, e, particularmente das práticas assistenciais do cuidado individual. Realizada sob a forma de três artigos, a tese amplia o conhecimento do SIH/SUS em três distintos aspectos. O primeiro artigo analisou a produção científica relativa ao sistema no período compreendido entre 1984 e 2003, e assim sistematizaram-se as vantagens e limitações da base de dados para fins de análise de questões relevantes na área. Foram levantadas 76 publicações científicas classificadas em cinco diferentes vertentes, sendo duas delasreferentes ao tipo de dados e a forma de usá-los e as outras três compreenderamcampos de ação da Saúde Coletiva. A variedade de estudos disponíveis, aliada a resultados que mostraram consistência interna e coerência com os conhecimentos atuais, reforça importância do sistema e a necessidade de aprofundar os seus pontos fortes e fracos.No segundo artigo, avaliou-se a cobertura e a confiabilidade das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) emitidas por ocasião da realizaçãode partos, no Município do Rio de Janeiro. O SIH/SUS cobriu 59,5 por cento dos partos realizados no período estudado. As variáveis que apresentaram confiabilidade altaforam idade da puérpera e tipo de parto. As informações relativas aos resultados das internações apresentaram concordância menor, e tendência à subestimação da gravidade das internações estudadas. Também foi observado que 12 por cento dasinternações realizadas em eselecimentos hospitalares conveniados ao SUS não foram inseridas no SIH, e a razão pode estar associada ao cumprimento da portarias que limitam o pagamento do parto cesáreo.
Os resultados apontam a necessidadede aperfeiçoamento da base de dados para apoiar os processos de formulação e avaliação de políticas. No terceiro artigo, buscou-se caracterizar a assistência médico-hospitalar prestada pelos hospitais do SUS aos menores de um ano com diarréia atendidos no Estado do Rio de Janeiro em 1996. As variações observadas entre os conveniados/filantrópicos e públicos / universitários, quanto às idades das crianças internadas, o tempo e custos médios de internação e a utilização da Unidade de Tratamento Intensivo podem estar refletindo diferenças na conduta médica, e, por conseguinte, na capacidade do serviço em evitar o óbito por diarréia. Novas indagações e propostas de reformulação e aperfeiçoamento do SIH foramidentificadas nos três estudos realizados, onde se destacam: a importância em investir na qualificação e supervisão dos profissionais inseridos na prestação do atendimento hospitalar e, na padronização e no treinamento dos codificadores para o preenchimento dos dados. Um dos maiores desafios será a capacidade de ultrapassar as descrições e o aprimoramento metodológico e de constituir em um instrumento de apoio às decisões de gestores e profissionais na melhoria do desempenho da assistência hospitalar
Cobertura do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e potenciais fontes de informação em municípios de pequeno porte em Minas Gerais, Brasil
Objetivos:estimar a cobertura do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e a contribuição de potenciais fontes de informação de amostra de municípios da mesorregião do Jequitinhonha, Minas Gerais, em 2008.Métodos:a lista de nascidos vivos (NV) informados ao SINASC foi complementada por NV localizados por busca ativa em cartórios, unidades de saúde, secretarias de assistência social, informanteschave das comunidades, parteiras tradicionais, igrejas, farmácias e arquivos das secretarias municipais de saúde. A cobertura foi calculada a partir da relação de NV informados ao SINASC e total de NV após busca ativa.Resultados:os resultados indicaram uma cobertura precária do SINASC, sendo inferior a 60% em três dos cinco municípios estudados. Quase um quarto dos NV subenumerados não teve Declaração de Nascido Vivo (DN) emitida. As principais fontes de informação foram os cartórios, hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBS), correspondendo juntas ao total de 60% dos NV localizados pela busca ativa.Conclusões:o produto da busca ativa de NV indicou problemas na qualidade da informação dos registros vitais em municípios de pequeno porte, relacionados principalmente a problemas na coleta e no fluxo das informações do SINASC nesses municípios
Produção e registro de informações em saúde no Brasil: panorama descritivo através do PMAQ-AB
Este estudo tem o objetivo de descrever condições de produção e registro das informações geradas nas Unidades Básicas de Saúde, por regiões agregadas e por porte populacional no Brasil. Fez-se uma análise de indicadores do banco de dados gerado pelo ciclo I do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), enfatizando as seguintes dimensões: condições de infraestrutura e informática, educação permanente e processo de trabalho. Encontraram-se diferenças nas variáveis analisadas. Aponta-se um sistema carente de recursos tecnológicos para elaboração de políticas de saúde mais equânimes