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    Processos Geomorfológicos e Danos Derivados da Corrida de Detritos de Janeiro 2011 na Bacia do Córrego do Príncipe, Teresópolis – Região Serrana do Rio de Janeiro

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    http://dx.doi.org/10.5902/2179460X14872The Córrego do Principe (1,197 ha) watershed located at the mountainous range “Região Serrana” of the state of Rio de Janeiro was seriously affected by a debris flow that took place on January 12th, 2011. The event was triggered by an extreme rainfall that resulted in a major disaster causing destruction and deaths. Field observations together with Quickbird satellite images analysis (0.6 m resolution August/2006 and 1:8,000 aerial pictures May/2011) identified and classified the damages affecting buildings associated with geomorphological processes of erosion and deposition. The debris flow extended for about 4.8 km, the first two being characterized by erosion and transport of blocks, boulders and fine material. The deposition of this material happened on the last 2.8 kilometers. Buildings damages of greater intensity were observed associated with the erosion / transport area and four knickpoints have proven to significantly amplify the damages in their surroundings. Blocks and boulders came primarily from exhumation of riverbed ancient deposits. The deposition zone showed more than 2 m thickness sedimentation that buried part of the buildings and roads. High damage (difficult to reconstruct) covered an average of 42 % of the buildings in the Córrego do Principe watershed.O Córrego do Príncipe (1.197 ha), Região Serrana do estado do Rio de Janeiro foi gravemente atingido durante a corrida de detritos do dia 12 de janeiro de 2011. O evento foi originado por uma precipitação extrema que resultou em uma catástrofe de destruição e mortes. Observações de campo em conjunto com análise de imagens de satélite Quickbird (resolução 0,6 m, agosto/2006 e fotos aéreas 1:8.000, maio/2011) identificaram e classificaram os danos nas moradias associando com processos geomorfológicos de erosão e deposição. A corrida de detritos se estendeu por aproximadamente 4,8 Km, sendo os dois primeiros caracterizados por processos de erosão e transporte de blocos, matacões e material fino. Os últimos 2,8 km foram de deposição deste material. Os danos nas construções foram de maior intensidade na zona de erosão/transporte e quatro pontos de estrangulamento tiveram importância na ampliação dos danos próximos a eles

    RELAÇÕES HIDROLÓGICAS ENTRE A PLUVIOSIDADE E A VAZÃO EM UMA SÉRIE TEMPORAL (2007-2009) DE UMA BACIA DE DRENAGEM DE USO MISTO – TERESÓPOLIS, RJ, BRASIL

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    A bacia do rio Paquequer (269 km2), município de Teresópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro é ocupada por floresta, vegetação em diferentes estágios de sucessão vegetal e uma expressiva área urbana ao longo do vale principal do rio. Objetivouse caracterizar hidrologicamente a bacia com base em uma série temporal de chuva e vazão. Na área ocorrem granitos e gnaisses com latossolos e cambissolos. Dados de precipitação e de vazão foram coletados entre junho/2007 e maio/2009. A cabeceira é mais chuvosa (2800 mm/ano) que a foz da bacia (1400 mm/ano), com o mesmo padrão sazonal de chuvas. Chuvas acima de 10 mm na cabeceira, são suficientes para gerar hidrógrafa (lagtime de até 24 horas) na foz, distante 38 km. Uma precipitação extrema (20 mm/h) ocasiona um aumento de até 9,5 vezes da vazão, o fluxo máximo é influenciado pela condição antecedente e o lagtime é de 6-20 horas. Fluxos rápidos têm grande importância na vazão do rio, principalmente no verão, mascarando a contribuição dos fluxos subsuperficial e subterrâneo. A área urbana, as grandes declividades, solos rasos e muitos afloramentos rochosos explicam este comportamento hidrológico. O conhecimento gerado pode subsidiar um sistema de alerta para as frequentes enchentes no núcleo urbano de Teresópolis. Palavras-chave: hidrologia, hidrógrafa, tempo de resposta, Paquequer

    O uso de isótopos ambientais em estudos hidrogeológicos no Brasil: uma resenha crítica

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    In hydrologic and hydrogeological studies, environmental isotopes have been used as a tool to identify provenience, quantify recharge and establish aquifer age. The aim of this work is to present a historic retrospective of the use of this technique in Brazil, focusing on study cases in Northeastern, Amazon and Paraná Basin regions. In addition, some comments on the main advances of this technique on a world basis, in contrast with the restrict use in Brazil help to promote a discussion on the perspectives and unfolding of this use at national level.Nos estudos hidrológicos e hidrogeológicos, os isótopos ambientais têm sido utilizados como ferramenta para a identificação da proveniência, quantificação da recarga e estabelecimento da idade do aquífero. O objetivo deste trabalho é apresentar uma restropectiva histórica do uso desta técnica no Brasil, enfatizando estudos de caso nas regiões Nordeste e Amazônica e Bacia do Paraná. Além disso, são analisados os principais avanços desta técnica no mundo em contraste com o uso restrito no Brasil

    Análise Espacial com SIG de Parâmetros Ambientais e Comportamento Hidrológico (Chuva-Vazão) de uma Bacia de drenagem Montanhosa na Serra Dos Órgãos: Bacia Do Paquequer, Município De Teresópolis, RJ.

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    <span style="font-family: Times New Roman; font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman; font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman; font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman; font-size: x-small;"><p align="left">Este trabalho tem como objetivos principais apresentar e analisar, por meio de Sistema de Informa&ccedil;&atilde;o Geogr&aacute;fica, a distribui&ccedil;&atilde;o espacial dos par&acirc;metros ambientais, na escala 1:50.000, e discutir a poss&iacute;vel influ&ecirc;ncia destes na din&acirc;mica hidrol&oacute;gica de chuvavaz&atilde;o da bacia do Paquequer. Este rio (5&ordf; ordem, 30 km de comprimento) nasce na Serra dos &Oacute;rg&atilde;os e drena 269 km2&nbsp;<span style="font-size: 10px; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-family: Times New Roman; font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman; font-size: x-small;">para o vale do Para&iacute;ba do Sul. A pluviosidade anual varia de 1500 mm a jusante da bacia at&eacute; mais de 3000 mm na cabeceira e as chuvas predominam no ver&atilde;o. Em 1996, a vegeta&ccedil;&atilde;o da bacia era composta por um mosaico de diferentes est&aacute;gios de sucess&atilde;o ecol&oacute;gica at&eacute; Floresta Ombr&oacute;fila Densa - Mata Atl&acirc;ntica, em fragmentos de diferentes tamanhos, e 25 % da &aacute;rea com uso urbano/rural. Na bacia ocorrem 3 unidades geol&oacute;gicas (Granito Teres&oacute;polis, Bat&oacute;lito Serra dos &Oacute;rg&atilde;os (gnaisse) e Unidade Rio Negro (migmatito). Os afloramentos rochosos (5 % da &aacute;rea) s&atilde;o importantes fei&ccedil;&otilde;es da paisagem (principalmente no Granito Teres&oacute;polis). As unidades est&atilde;o sobrepostas por col&uacute;vios, col&uacute;vios ricos em blocos, el&uacute;vio e pouca quantidade de dep&oacute;sitos aluvionares. Os Cambissolos s&atilde;o dominantes, com poucos Latossolos (preferencialmente associados a Unidade Rio Negro) e Gleissolos nos vales. Uma colet&acirc;nea, unifica&ccedil;&atilde;o e an&aacute;lise das rela&ccedil;&otilde;es espaciais dos dados de geologia, solos, declividade, forma&ccedil;&atilde;o superficial, hidrografia, vegeta&ccedil;&atilde;o e uso mapeados pelo projeto Teres&oacute;polis (UERJ/IBGE) foi elaborada por interm&eacute;dio do ArcGis Desktop 9.2. Os resultados do SIG apontam que a geologia da bacia condiciona diferentes paisagens. No Granito Teres&oacute;polis as classes de maior declividade, os afloramentos rochosos e os col&uacute;vios com blocos t&ecirc;m maior significado. As classes Gleissolo e Latossolo adquirem import&acirc;ncia significativa na unidade Rio Negro. A investiga&ccedil;&atilde;o por meio de GPR e granulometria de uma sub-bacia identificou padr&otilde;es geof&iacute;sicos e granulom&eacute;tricos associados &agrave; rocha fresca, solo e col&uacute;vio com blocos. Na Esta&ccedil;&atilde;o Parnaso (INMET) (cabeceira da bacia do Paquequer) choveu 2945 mm no ano monitorado, enquanto na Esta&ccedil;&atilde;o Provid&ecirc;ncia (UERJ/CPRM) (fim da bacia) choveu 1447 mm. Os meses de novembro a mar&ccedil;o foram os mais chuvosos e junho a setembro os mais secos. A vaz&atilde;o m&eacute;dia do rio Paquequer ao longo de um ano &eacute; de 5,6 m</span></span><span style="font-family: Times New Roman; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Times New Roman; font-size: xx-small;">3</span></span><span style="font-family: Times New Roman; font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman; font-size: x-small;">/s. A vaz&atilde;o mensal acompanha as tend&ecirc;ncias da precipita&ccedil;&atilde;o, sendo controlada pela precipita&ccedil;&atilde;o na cabeceira. A hidr&oacute;grafa decorrente de um evento de chuva na cabeceira da bacia demora entre 10 a 34 horas para alcan&ccedil;ar o fim da bacia. Em termos hidrol&oacute;gicos a presen&ccedil;a dos pared&otilde;es rochosos, o uso urbano e os Cambissolos e solos lit&oacute;licos (menos desenvolvidos) s&atilde;o os respons&aacute;veis pelos fluxos mais r&aacute;pidos. Entretanto a forma alongada, os col&uacute;vios e el&uacute;vios s&atilde;o fontes de fluxos mais lentos que estabelecem uma boa correla&ccedil;&atilde;o entre a chuva na cabeceira e a vaz&atilde;o na sa&iacute;da da bacia.</span></span></span></p></span></span></span></span

    Dinâmicas de regeneração, degeneração e desmatamento da vegetação provocadas por fatores climáticos e geomorfológicos: uma análise geoecológica através de SIG

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    Este trabalho teve como objetivo analisar a influência de fatores climáticos (insolação e precipitação anual) e geomorfológicos (declividade) na dinâmica das transformações da cobertura vegetal arbórea e no uso do solo. A área de pesquisa é a bacia hidrográfica do rio Paquequer, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, bacia representativa de Mata Atlântica. Foram utilizadas as interpretações da cobertura vegetal dos anos de 1976 e 1996, obtidas, respectivamente, através de fotografias aéreas e imagem de satélite SPOT-3 XS/PAN. Os dados de relevo e de insolação (aspect) foram derivados do Projeto Teresópolis (UERJ/IBGE) e os de pluviosidade, da CPRM. A análise da dinâmica da cobertura vegetal arbórea em 20 anos visou avaliar os fatores físicos condicionantes de processos de regeneração (inicial e avançada), degeneração e de desmatamento. Essas categorias de informação foram cruzadas com os fatores de declividade, insolação e precipitação anual. A análise espacial foi realizada com o uso de Sistema de Informação Geográfica (SIG), utilizando-se o software ArcGIS 9.0. Enquanto a regeneração inicial ocorre indistintamente dos fatores abióticos, sugere-se que a regeneração avançada seja um processo mais seletivo, ou melhor, preferencialmente em encostas com menor insolação e mais úmidas. De forma contrária, o desmatamento da vegetação para uso antrópico tende a ser mais intenso nas áreas favoráveis ao uso: baixa declividade e maior insolação (encostas voltadas para o norte)

    Comportamento Hidrológico da Região Serrana do Rio de Janeiro: Bacia do Rio Piabanha

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    A região serrana do Rio de Janeiro apresenta um histórico de desastres naturais. Com o objetivo de entender o comportamento hidrológico da região foram analisados dados de chuva (4 estações) e de vazão (3 estações) na bacia do rio Piabanha (2065 km2 ) com séries históricas de até 70 anos. O total anual médio de pluviosidade variou de 2900 mm (na cabeceira) a 1250 mm na região central da bacia. Os resultados demonstraram boa correlação entre as estações e a existência de sazonalidade com inverno seco (valores médios mensais entre 15 e 90 mm de chuva) e vazão média na foz de 16 m3 /s e verão chuvoso (valores médios mensais entre 150 e 450 mm de chuva) e vazão média na foz de 80 m3 /s. As séries históricas de chuva e vazão apresentaram uma ciclicidade, de aproximadamente 15 anos, marcada por anos mais secos. Os dados apontam que os registros existentes de eventos catastróficos regionais foram em anos próximos aos ápices dos ciclos de pluviosidade e vazão propostos. O último ciclo identificado iniciou-se em 1999 e o período atual (2015- 2016) representa o fim deste ciclo, representado pela fase mais seca. Entretanto, neste último ciclo o comportamento da chuva e, principalmente, da vazão é muito variável. Isto, em conjunto com o aumento recente da frequência de desastres naturais de grande magnitude, pode ser um indicativo de efeito antrópico
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