5 research outputs found

    ABOLICIONISMO POÉTICO EM NARRATIVAS AFRODESCENDENTES

    Get PDF
    Este artigo utiliza a concepção de abolicionismo poético enquanto categoria de análise para a construção de reflexões em torno da literatura afro-americana, evidenciando a produção literária que tematizou a escravidão, o processo de abolição e o abolicionismo enquanto narrativas. Entre essas produções literárias analisadas, obras de Maria Firmina dos Reis, Luiz Gama e outros escritores aparecem nessa reflexão, identificando-os enquanto um movimento de denúncia e resistência ao projeto colonial e ao sistema escravocrata, ao problematizar seus efeitos após o período de abolição. Enquanto suporte teórico, Hespanha (2010), Almeida (2019), Nabuco (2011), Mbembe (2018) e outros autores são utilizados para a elaboração das perspectivas teóricas utilizadas nesse estudo.DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i6.372

    REFLETINDO O SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO: : UM ESTUDO SOBRE O CASO BAR BODEGA (1996) E A LEI Nº 13.964/2019

    Get PDF
    Occupying the position of the third largest prison population in the world, Brazil enters a social blindness. The reasons that led to the exponent growth of the prison system rates since 1990, reflect what researcher Michelle Alexander calls colorblindness: the Brazilian inmate has a profile, is black, young and slum. In the 2018 election discussions, the motto “good bandit is dead bandit” demonized human rights and disregarded the real reasons for the current situation that Brazil find itself in, in a social hysteria that kills and relativizies the lives involded, from police officers to violators. Due to its proposals, we present a comparative analysis of Law nº 13.964/2019 with the case Bar Bodega, a crime that occurred in 1996, in the city of São Paulo. Under the theoretical contributions of Carlos Dorneles (2007) and Michelle Alexander (2017), we reflect on the scenario in wich the Brazilian Penitentiary System.Ocupando a posição da terceira maior população carcerária do mundo, o Brasil entra em uma cegueira social. As razões que levaram ao expoente crescimento das taxas do sistema carcerário desde 1990, refletem o que a pesquisadora Michelle Alexander chama de colorblindness: o presidiário brasileiro tem um perfil, é negro, jovem e favelado. Nas discussões eleitorais de 2018, o lema “bandido bom é bandido morto” demonizou os direitos humanos e desconsiderou as reais razões para a atual situação que o Brasil se encontra, em uma histeria social que mata e relativiza as vidas envolvidas, de policiais a infratores. Em virtude de suas propostas, tecemos uma análise comparativa da Lei nº 13.964/2019 com o caso Bar Bodega, crime que aconteceu em 1996, na cidade de São Paulo. Sob as contribuições de Carlos Dorneles (2007) e Michelle Alexander (2017), refletimos sobre o cenário no qual o Sistema Penitenciário Brasileiro.&nbsp

    Racialidade, Branquitude e Branqueamento no Cinema Brasileiro Contemporâneo: Que Horas Ela Volta?, Aquarius e O Crime da Gávea

    Get PDF
    International audienceNeste trabalho pretendemos abordar de forma crítica a operatividade das representações de raça e branquitude em relação a alguns filmes brasileiros lançados nos últimos anos, a dizer, Que Horas Ela Volta? (Muylaert, 2015), Aquarius (Mendonça Filho, 2016), e O Crime da Gávea (Warwar, 2017). A branquitude permeia as mídias televisivas, cinematográficas e publicitárias, reproduzindo estereótipos e fortalecendo imagens que a reforçam como medida de ascensão social e padrão de imparcialidade nas questões raciais. Podemos definir a branquitude como a categoria eminentemente racial de poder, titularidade e prestígio que precisa ser assegurada, e que, estrategicamente e por definição, deve elidir o seu status enquanto categoria racial superordenada que se esforça de hierarquizar, posicionar e governar todas as outras categorias raciais (Pugliese e Messina, 2017: 1). 1 Em seus espaços geopolíticos, a branquitude segrega-se dos sujeitos que lhe são alheios, logo aqueles subalternos, pondo-os, e de maneira oposta pondo-se, em uma situação substancial de (in)visibilidade. Esta (in)visibilidade implica, ao mesmo tempo, visibilização e invisibilização, dependendo do contexto e da necessidade específica

    Racialidade, Branquitude e Branqueamento no Cinema Brasileiro Contemporâneo: Que Horas Ela Volta?, Aquarius e O Crime da Gávea

    No full text
    International audienceNeste trabalho pretendemos abordar de forma crítica a operatividade das representações de raça e branquitude em relação a alguns filmes brasileiros lançados nos últimos anos, a dizer, Que Horas Ela Volta? (Muylaert, 2015), Aquarius (Mendonça Filho, 2016), e O Crime da Gávea (Warwar, 2017). A branquitude permeia as mídias televisivas, cinematográficas e publicitárias, reproduzindo estereótipos e fortalecendo imagens que a reforçam como medida de ascensão social e padrão de imparcialidade nas questões raciais. Podemos definir a branquitude como a categoria eminentemente racial de poder, titularidade e prestígio que precisa ser assegurada, e que, estrategicamente e por definição, deve elidir o seu status enquanto categoria racial superordenada que se esforça de hierarquizar, posicionar e governar todas as outras categorias raciais (Pugliese e Messina, 2017: 1). 1 Em seus espaços geopolíticos, a branquitude segrega-se dos sujeitos que lhe são alheios, logo aqueles subalternos, pondo-os, e de maneira oposta pondo-se, em uma situação substancial de (in)visibilidade. Esta (in)visibilidade implica, ao mesmo tempo, visibilização e invisibilização, dependendo do contexto e da necessidade específica
    corecore