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    Extração e análises de dados de hemoglobina glicada (HbA1c) como ferramenta para tomada de decisões estratégicas para o diabetes mellitus no Sistema Único de Saúde

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    Orientador: Prof. Dr. Geraldo PichethCoorientadores: Dr. Waldemar Volanski e Profa Dra Fabiane Gomes de Moraes RegoDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Defesa : Curitiba, 29/03/2022Inclui referências: p. 100-105Resumo: O diabetes mellitus (DM) é um processo patológico que afeta cerca de 10% da população mundial e está associado à elevada morbimortalidade. As complicações do DM estão associadas à hiperglicemia crônica. A hemoglobina glicada, fração A1c (HbA1c), é um biomarcador que permite o diagnóstico do DM e o monitoramento da glicemia. A HbA1c corresponde à ligação irreversível e não-enzimática da glucose à resíduos de valina N-terminais das cadeias beta da hemoglobina. A HbA1 c captura a glicemia média ponderada de dois a três meses anteriores a sua dosagem. O objetivo do projeto foi extrair, processar e analisar registros centrados na determinação de HbA1c, obtidos do Laboratório Municipal de Curitiba, um laboratório terciário público vinculado à Prefeitura Municipal de Curitiba, Estado do Paraná, Sul do Brasil. Os registros, em número superior a 1.000.000, foram capturados, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 68027317.7.0000.0102) e representam o período de janeiro de 2016 a novembro de 2019. Após o crivo de critérios de inclusão/exclusão, remoção de homonímias e duplicidades, o tamanho amostral resultante de 122.852 registros foi analisado. A amostra contemplou indivíduos com faixa etária mediana de 60 anos (IQR, 48-69) e prevalência de mulheres (63,4%). A HbA1c foi quantificada por sistema automatizado, utilizando cromatografia líquida de alta performance (HPLC) com coluna de troca iônica, Variant II Turbo (BioRad Laboratories), e mostrou CVa de 1,6%. A frequência de solicitações de HbA1c cresceu, em média, 28% ao ano entre 2016-2019. A partir de 2020 este padrão se altera decorrente das implicações geradas pela pandemia de COVID-19. A HbA1c apresentou correlação (Spearman) forte com a glicemia de jejum (r=0,727; pou = a 6,5%), as concentrações entre 6,2% e 6,8% estão no intervalo de confiança de 95%. Portanto, considerando o RCV, concentrações de HbA1c iguais ou superiores a 6,2% podem indicar diabetes. A construção de uma subamostra (n=50.714), com remoção de registros de HbA1c com características de alterações em biomarcadores glicêmicos associados ao diabetes/controle glicêmico inadequado, permitiu estimar, para a amostra em estudo, o intervalo de confiança (95%) para HbA1c entre 4,7% e 6,1% (mediana 5,5%), que guarda similaridades com outros estudos em relação à mediana observada. A frequência das concentrações da HbA1c na amostra em estudo foi avaliada em múltiplos critérios de risco para o diabetes e controle glicêmico. Em destaque, as frequências de 36,1%, 27,1% e 36,8% foram associadas, respectivamente, a baixo risco ( ou = a 6,5%), para o diabetes mais frequente, o tipo 2. Também foi identificado na amostra que 19,5% apresentaram controle glicêmico inadequado (HbA1c>8,0%) e 12,4%, com HbA1c>9,0%, representaram grupo de alto risco de complicações associadas ao diabetes e candidatos à terapia com insulina. Aplicando estatísticas de somas cumulativas (CuSum) e gráficos de controle de qualidade (Shewhart), foram propostos indicadores para monitorar a evolução do diabetes na população em estudo. Considerando 95% de probabilidade ( ± 2- desvios padrões), propomos que com o tratamento e obtenção da amostra em estudo, frequências anuais de HbA1c >ou = a 6,5% menores que 34,2%, HbA1c>8% menores que 15,8% e razão HbA1c >ou = a 6,5%/>8,0% menor que 1,93 são indicadores de melhora no quadro do diabetes e controle glicêmico no ambiente estudado. As análises realizadas oferecem aos gestores de saúde padrões importantes da HbA1 c na população estudada, que podem ser convertidos em conhecimento para gerar ações que possibilitem ou auxiliem novos planejamentos e otimização do controle do paciente com diabetes, associados à melhora da qualidade de vida dos afetados. A HbA1c é um biomarcador estável, com variações analítica e biológica expressivamente pequenas (CVa e CVi or equal to 6.5%), concentrations between 6.2% and 6.8% are in the 95% confidence interval. Therefore, considering the RCV, HbA1c concentrations equal to or greater than 6.2% may indicate diabetes. The construction of a subsample (n=50,714) with removal of HbA1c records with characteristics of alterations in glycemic biomarkers associated with diabetes/inadequate glycemic control, allowed us to estimate, for the sample under study, the confidence interval (95%) for HbA1c between 4.7% and 6.1% (median 5.5%), which has similarities with other studies in relation to the observed median. The frequency of HbA1c concentrations in the study sample was evaluated across multiple risk criteria for diabetes and glycemic control. In particular, frequencies of 36.1%, 27.1% and 36.8% were associated, respectively, with low risk ( or equal to 6.5%), for the most frequent type 2 diabetes. It was also identified in the sample that 19.5% had inadequate glycemic control (HbA1c>8.0%) and 12.4% had HbA1c>9.0%, represented a high risk group for complications associated with diabetes and candidates for insulin therapy. Applying cumulative sum statistics (CuSum) and quality control charts (Shewhart), indicators were proposed to monitor the evolution of diabetes in the study population. Considering 95% probability ( ± 2-standard deviations), we propose that with the treatment and obtaining the sample under study, annual frequencies of HbA1c ? 6.5% lower than 34.2%, HbA1c>8.0% lower than 15.8% and HbA1c ratio > or equal to 6.5%/>8.0% lower than 1.93 are indicators of improvement in diabetes and glycemic control in the studied environment. The analyzes performed provide health managers with important HbA1c standards in the population studied, which can be converted into knowledge to generate actions that enable or help new planning and optimization of the control of patients with diabetes, associated with improving the quality of life of those affected. HbA1c is a stable biomarker, with significantly small analytical and biological variations (CVa and CVi <2.0%), compared to other markers, and has the potential to identify and establish indicators for the Unified Health System (SUS) in monitoring the evolution diabetes and glycemic control

    Desenvolvimento e utilização de recursos educacionais abertos no grupo PET Saúde/ Interprofissionalidade - Redes de atenção da UFPR

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    Introdução: Os Recursos Educacionais Abertos (REA) são definidos como materiais de ensino, pesquisa e extensão, publicados sob licença aberta ou em domínio público. Por isso, são caracterizados como um bem comum, com pouca ou nenhuma limitação de direito autoral. Visam promover a equidade na educação, tornando-a inclusiva e de qualidade, mediante colaboração e compartilhamento de conhecimento de forma gratuita1. Objetivo: relatar a experiência da criação de dois materiais educativos publicados como Recursos Educacionais Abertos no Repositório Digital da Universidade Federal do Paraná. Metodologia: trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva. Resultados: Os REAs foram desenvolvidos nos meses de abril e junho de 2020 e orientados pelos princípios de colaboração e interatividade dos meios digitais. O primeiro REA, elaborado em formato de cartilha e intitulado “Manual de Tubos de Coleta de Sangue”, foi criado como proposta de intervenção em um dos equipamentos de saúde do município de Curitiba em que se desenvolvem atividades de preceptoria do grupo PET Saúde/Interprofissionalidade – Rede de Atenção. Esse REA contempla os principais tubos de coleta de sangue utilizados na rotina ambulatorial, abordando a finalidade e importância de cada um, para garantir a viabilidade das amostras e a qualidade dos resultados laboratoriais. Esse material atingiu, até agosto de 2020, 161 visualizações, sendo 70% (112) delas de alcance internacional2. O segundo REA, em formato de cartilha, “Diagnóstico Laboratorial do Coronavírus (Sars-Cov-2) (agente etiológico da COVID-19)”, mostra os princípios, vantagens e as principais diferenças entre os dois principais métodos laboratoriais utilizados para o diagnóstico da COVID-19: o teste molecular (RT-PCR em tempo real) e o teste sorológico (teste rápido). Com impacto semelhante, tal publicação obteve 179 visualizações, sendo a maioria delas 84% (150) realizadas em outros países3. Esse material objetiva oferecer suporte a acadêmicos, profissionais de saúde e à comunidade externa sobre temática relevante da atualidade. Considerações Finais: A utilização da modalidade de Educação Aberta apresenta vantagens como, o custo reduzido, promoção da ampliação do acesso à educação e o alcance global das publicações, conforme foi observado nos REA produzidos e disponibilizados pela equipe do PET Redes de Atenção da UFPR. Dessa forma, além de priorizar a difusão do conhecimento produzido em suas atividades, a equipe buscou novas maneiras de contribuir para o debate e intercâmbio entre diferentes teias da produção científica. Palavras-chave: Educação Continuada. Educação Interprofissional. Materiais de Ensino

    Extração e análises de dados de hemoglobina glicada (HbA1c) como ferramenta para tomada de decisões estratégicas para o diabetes mellitus no Sistema Único de Saúde

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    Orientador: Prof. Dr. Geraldo PichethCoorientadores: Dr. Waldemar Volanski e Profa Dra Fabiane Gomes de Moraes RegoDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Defesa : Curitiba, 29/03/2022Inclui referências: p. 100-105Resumo: O diabetes mellitus (DM) é um processo patológico que afeta cerca de 10% da população mundial e está associado à elevada morbimortalidade. As complicações do DM estão associadas à hiperglicemia crônica. A hemoglobina glicada, fração A1c (HbA1c), é um biomarcador que permite o diagnóstico do DM e o monitoramento da glicemia. A HbA1c corresponde à ligação irreversível e não-enzimática da glucose à resíduos de valina N-terminais das cadeias beta da hemoglobina. A HbA1 c captura a glicemia média ponderada de dois a três meses anteriores a sua dosagem. O objetivo do projeto foi extrair, processar e analisar registros centrados na determinação de HbA1c, obtidos do Laboratório Municipal de Curitiba, um laboratório terciário público vinculado à Prefeitura Municipal de Curitiba, Estado do Paraná, Sul do Brasil. Os registros, em número superior a 1.000.000, foram capturados, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 68027317.7.0000.0102) e representam o período de janeiro de 2016 a novembro de 2019. Após o crivo de critérios de inclusão/exclusão, remoção de homonímias e duplicidades, o tamanho amostral resultante de 122.852 registros foi analisado. A amostra contemplou indivíduos com faixa etária mediana de 60 anos (IQR, 48-69) e prevalência de mulheres (63,4%). A HbA1c foi quantificada por sistema automatizado, utilizando cromatografia líquida de alta performance (HPLC) com coluna de troca iônica, Variant II Turbo (BioRad Laboratories), e mostrou CVa de 1,6%. A frequência de solicitações de HbA1c cresceu, em média, 28% ao ano entre 2016-2019. A partir de 2020 este padrão se altera decorrente das implicações geradas pela pandemia de COVID-19. A HbA1c apresentou correlação (Spearman) forte com a glicemia de jejum (r=0,727; pou = a 6,5%), as concentrações entre 6,2% e 6,8% estão no intervalo de confiança de 95%. Portanto, considerando o RCV, concentrações de HbA1c iguais ou superiores a 6,2% podem indicar diabetes. A construção de uma subamostra (n=50.714), com remoção de registros de HbA1c com características de alterações em biomarcadores glicêmicos associados ao diabetes/controle glicêmico inadequado, permitiu estimar, para a amostra em estudo, o intervalo de confiança (95%) para HbA1c entre 4,7% e 6,1% (mediana 5,5%), que guarda similaridades com outros estudos em relação à mediana observada. A frequência das concentrações da HbA1c na amostra em estudo foi avaliada em múltiplos critérios de risco para o diabetes e controle glicêmico. Em destaque, as frequências de 36,1%, 27,1% e 36,8% foram associadas, respectivamente, a baixo risco ( ou = a 6,5%), para o diabetes mais frequente, o tipo 2. Também foi identificado na amostra que 19,5% apresentaram controle glicêmico inadequado (HbA1c>8,0%) e 12,4%, com HbA1c>9,0%, representaram grupo de alto risco de complicações associadas ao diabetes e candidatos à terapia com insulina. Aplicando estatísticas de somas cumulativas (CuSum) e gráficos de controle de qualidade (Shewhart), foram propostos indicadores para monitorar a evolução do diabetes na população em estudo. Considerando 95% de probabilidade ( ± 2- desvios padrões), propomos que com o tratamento e obtenção da amostra em estudo, frequências anuais de HbA1c >ou = a 6,5% menores que 34,2%, HbA1c>8% menores que 15,8% e razão HbA1c >ou = a 6,5%/>8,0% menor que 1,93 são indicadores de melhora no quadro do diabetes e controle glicêmico no ambiente estudado. As análises realizadas oferecem aos gestores de saúde padrões importantes da HbA1 c na população estudada, que podem ser convertidos em conhecimento para gerar ações que possibilitem ou auxiliem novos planejamentos e otimização do controle do paciente com diabetes, associados à melhora da qualidade de vida dos afetados. A HbA1c é um biomarcador estável, com variações analítica e biológica expressivamente pequenas (CVa e CVi or equal to 6.5%), concentrations between 6.2% and 6.8% are in the 95% confidence interval. Therefore, considering the RCV, HbA1c concentrations equal to or greater than 6.2% may indicate diabetes. The construction of a subsample (n=50,714) with removal of HbA1c records with characteristics of alterations in glycemic biomarkers associated with diabetes/inadequate glycemic control, allowed us to estimate, for the sample under study, the confidence interval (95%) for HbA1c between 4.7% and 6.1% (median 5.5%), which has similarities with other studies in relation to the observed median. The frequency of HbA1c concentrations in the study sample was evaluated across multiple risk criteria for diabetes and glycemic control. In particular, frequencies of 36.1%, 27.1% and 36.8% were associated, respectively, with low risk ( or equal to 6.5%), for the most frequent type 2 diabetes. It was also identified in the sample that 19.5% had inadequate glycemic control (HbA1c>8.0%) and 12.4% had HbA1c>9.0%, represented a high risk group for complications associated with diabetes and candidates for insulin therapy. Applying cumulative sum statistics (CuSum) and quality control charts (Shewhart), indicators were proposed to monitor the evolution of diabetes in the study population. Considering 95% probability ( ± 2-standard deviations), we propose that with the treatment and obtaining the sample under study, annual frequencies of HbA1c ? 6.5% lower than 34.2%, HbA1c>8.0% lower than 15.8% and HbA1c ratio > or equal to 6.5%/>8.0% lower than 1.93 are indicators of improvement in diabetes and glycemic control in the studied environment. The analyzes performed provide health managers with important HbA1c standards in the population studied, which can be converted into knowledge to generate actions that enable or help new planning and optimization of the control of patients with diabetes, associated with improving the quality of life of those affected. HbA1c is a stable biomarker, with significantly small analytical and biological variations (CVa and CVi <2.0%), compared to other markers, and has the potential to identify and establish indicators for the Unified Health System (SUS) in monitoring the evolution diabetes and glycemic control

    Sex differences in a cohort of COVID-19 Italian patients hospitalized during the first and second pandemic waves

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    none9Coronavirus disease 2019 (COVID-19) severity seems to be influenced by genetic background, sex, age, and presence of specific comorbidities. So far, little attention has been paid to sex-specific variations of demographic, clinical, and laboratory features of COVID-19 patients referred to the same hospital in the two consecutive pandemic waves.noneQuaresima, Virginia; Scarpazza, Cristina; Sottini, Alessandra; Fiorini, Chiara; Signorini, Simona; Delmonte, Ottavia Maria; Signorini, Liana; Quiros-Roldan, Eugenia; Imberti, LuisaQuaresima, Virginia; Scarpazza, Cristina; Sottini, Alessandra; Fiorini, Chiara; Signorini, Simona; Delmonte, Ottavia Maria; Signorini, Liana; Quiros-Roldan, Eugenia; Imberti, Luis
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