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Safety and tolerability of antipsychotics: focus on amisulpride
The introduction of the atypical antipsychotic drugs represents an important advance in the treatment of schizophrenia, because the therapeutic efficacy, tolerability, and safety profiles of these agents seem to be superior to that of the classical neuroleptics. As would be predicted from the pharmacologic profile of a pure D2/D3 receptor blocker, amisulpride is an atypical antipsychotic agent, effective for positive and negative symptoms, which can bring about additional improvement in the social functioning and quality of life of patients with schizophrenia. Amisulpride is effective in acute schizophrenia as determined by Clinical Global Impression scores. The major concern regarding the safety of the atypical antipsychotics is related to their propensity to induce weight gain and alter glucose and lipid metabolism. Amisulpride has one of the lowest potentials for weight gain of all the antipsychotic agents, and is associated with clearly lower use of antiparkinsonian medication and with fewer dropouts due to adverse events than conventional antipsychotics. Amisulpride is well tolerated with regard to anxiety and insomnia, and not notably different from placebo. Amisulpride has a pronounced prolactin-elevating effect which appears to be independent of dosage and duration of administration. Hyperprolactinemia rapidly reverses following amisulpride discontinuation. Amisulpride benefits patients with negative symptoms, and is the only antipsychotic to demonstrate efficacy in patients with predominantly negative symptoms. Amisulpride maintains its efficacy when used for medium/long-term treatment, as demonstrated in studies of up to 12 months. In terms of relevance of the effects, superiority is observed for quality of life, social adaptation, and functioning, as measured by the Quality of Life and Functional Status Questionnaire scales. In conclusion, amisulpride is an antipsychotic agent with proven efficacy and good tolerability. Moreover, this drug can help people with schizophrenia to attain social reinsertion
Qualidade de vida em adultos com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
Introdução: mais de 50% das crianças com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) continuam apresentando sintomas na vida adulta, com impactos no desenvolvimento psicossocial, profissional, acadêmico e emocional e, consequentemente, na qualidade de vida (QV). Objetivo: descrever características e escores da QV de dados da linha de base de uma amostra clínica de indivíduos adultos, participantes de ensaio clínico randomizado controlado do uso de estimulação transcraniana por corrente contínua no TDAH. Metodologia: sessenta indivíduos foram selecionados e submetidos à avaliação da QV com a escala de autorrelato de adultos (ASRS) e a escala da qualidade de vida em adultos com TDAH (AAQoL). Características demográficas e clínicas dos indivíduos foram descritas como frequências e porcentagens para variáveis categóricas. Resultados: a média (DP) do escore total de AAQoL foi de 43,0 (14,1). Os escores médios (DP) das subescalas foram 37,4 (15,8) para Produtividade na Vida, 38,4 (23,0) para Saúde Psicológica, 53,7 (15,5) para Perspectiva de Vida e 45,9 (22,2) para Relacionamentos. Conclusão: os resultados obtidos com o AAQoL demonstraram que os sujeitos da amostra caracterizaram o perfil do adulto portador de TDAH, onde diversas esferas da vida são comprometidas, em especial os “Relacionamentos”, em que apresentou o maior comprometimento identificado, além da “Produtividade”. Foi identificado também o consumo de bebida alcoólica e a hereditariedade com familiares também portadores, como confirma a literatur
Perfil cirúrgico e taxa de extubação precoce em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca
Introdução: as doenças cardiovasculares apresentam grande prevalência em todo mundo. A indicação cirúrgica varia de acordo com as comorbidades associadas, idade e gravidade das manifestações clínicas. O conceito de manejo acelerado em cirurgia cardíaca está associado ao uso de drogas anestésicas, que permitem a rápida interrupção da ventilação mecânica invasiva (VMI) no pós-operatório, em até seis horas após o término do procedimento operatório. Objetivo: Conhecer o perfil dos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca (CC) e a taxa de extubação precoce pode viabilizar o planejamento de estratégias para otimização assistencial. Metodologia: Estudo observacional, exploratório e retrospectivo, realizado nas unidades cardiovasculares de um hospital público de referência em cardiologia em Salvador, Bahia, Brasil. Foram utilizados dados dos prontuários relativos à internação dos pacientes submetidos a CC, durante o período de fevereiro de 2021 a fevereiro de 2022. Foram incluídos pacientes maiores de 18 anos, de ambos os sexos, submetidos à intervenção cirúrgica cardíaca e que tiveram sua recuperação pós-operatória na unidade de terapia intensiva (UTI). A variável dependente foi interrupção da VMI em até seis horas da chegada do paciente na UTI. As variáveis independentes foram: idade, sexo, data de internação, admissão na UTI, tipo de cirurgia, tempo de circulação extracorpórea (CEC), tempo de clampeamento, tempo de VMI, tempo de UTI e tempo de internamento hospitalar. Resultados: a amostra foi composta por 886 pacientes, com média de idade de 55,6 ± 14,3 anos. Foram realizados um total de 1097 procedimentos cirúrgicos. A mediana do tempo de CEC foi 70 minutos, tempo de clampeamento 55 minutos e tempo UTI de 3 dias. Conclusão: os procedimentos cirúrgicos mais prevalentes foram troca valvar e revascularização do miocárdio. Cerca de 80% dos pacientes foram extubados em até 6 horas após a admissão na UTI. Foram observadas menores medianas do tempo de CEC e internação em UTI quando comparadas com estudos semelhantes na literatura
Comorbidade entre Transtorno Obsessivo Compulsivo e Transtorno de Ansiedade Generalizada: um estudo de caso
Introdução: O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) caracteriza-se pela presença de obsessões e compulsões, enquanto o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é caracterizado pela presença de preocupações excessivas e ansiedade elevada. Estudos apontam comorbidade frequente entre TOC e de TAG, pelo fato de ambas apresentarem sintomas de ansiedade, provenientes das obsessões e preocupações, além de afetarem a qualidade de vida dos acometidos por essas psicopatologias. Objetivo: Descrever, por meio de um relato de caso clínico, a comorbidade entre o TOC e o TAG. Metodologia: Estudo de caso clínico de um paciente de ambulatório de transtornos ansiosos. Foi realizada entrevista semiestruturada para avaliar a presença de obsessões e preocupações e obter o diagnóstico de transtornos mentais. Também foram aplicados inventários de ansiedade, qualidade de vida, habilidades sociais e sintomas obsessivo-compulsivos. Resultados: O paciente apresenta sofrimento significativo associado às obsessões e preocupações. Os inventários também apontaram baixa qualidade de vida, ansiedade e sintomas obsessivo-compulsivos com intensidade de moderadosa graves, baixas habilidades sociais. Conclusão: A comorbidade entre esses transtornos estão associadas ao pior prognóstico e ao aumento da ansiedade proveniente das obsessões e preocupações. Discutiram-se as características clínicas desses transtornos
Perfil de internações psiquiátricas em unidade hospitalar de Salvador, Bahia
Introdução: os transtornos mentais e comportamentais caracterizam-se por uma série de alterações psíquicas que afetam ideias, emoções, comportamentos e relacionamentos interpessoais. Essas perturbações acometem milhares de pessoas no mundo e requerem uma atenção à saúde que atendam os princípios da universalidade, igualdade e integralidade defendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: avaliar e descrever o perfil das internações psiquiátricas em unidades públicas hospitalares de Salvador (BA), no período de 2010 a 2016. Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico realizado por meio de consulta ao Departamento de Informática do SUS (DATASUS), sendo verificados os dados referentes ao período de 2010 a 2016. Os dados obtidos foram organizados em planilhas do software Microsoft Excel® e passaram por tratamento estatístico descritivo, sendo calculadas as frequências das internações hospitalares. Resultados: o município de Salvador é responsável por 39,58% das internações psiquiátricas da Bahia, no período especificado. A frequência de hospitalizações foi maior em indivíduos do sexo masculino, pardos e na faixa etária de 30 a 34 anos. Os hospitais especializados são responsáveis pela maior parte das hospitalizações por transtornos mentais e comportamentais, internando 63,01% dos pacientes em Salvador. A esquizofrenia, os transtornos esquizotípicos e delirantes são responsáveis por 45,63% de toda demanda Conclusões: a assistência integral a saúde mental deve ser garantida aos portadores de transtornos mentais e comportamentais. O fortalecimento dos três níveis de atenção à saúde é de suma importância devido aos diversos estados clínicos das doenças, no intuito de assegurar um cuidado de qualidade
Tratamento do transtorno esquizoafetivo
O tratamento farmacológico do transtorno esquizoafetivo (TE) é usualmente realizado com antipsicóticos, estabilizadores do humor e antidepressivos. Verifica-se a falta de estudos epecificamente desenhados para avaliar a resposta de pacientes esquizoafetivos à medicação. Portanto, as informações sobre o tratamento de pacientes com TE são derivadas de bancos de dados de paciente com esquizofrenia e transtornos bipolares. Dados de pesquisa apóiam a idéia de um continuum entre os transtornos bipolares e a esquizofrenia. As duas condições podem ser tratadas com antipsicóticos, o que pode refletir uma base fisiopatológica comum para ambas.The pharmacological treatment of schizoaffective disorders (SD) is usually carried out with antipsychotics, mood stabilizers and antidepressants. There is a lack of clinical trials specifically designed to assess the clinical response of schizoaffective patients to medication. Therefore, data on the treatment of patients with SD is largely derived from datasets of patients with schizophrenia and bipolar disorders. Research data support the idea of a continuum between bipolar and schizophrenic disorders. Both disorders can be treated with antipsychotics and this may reflect a common pathophysiological diathesis
Validade de critério e confiabilidade de uma proposta de correção neuropsicológica dos desenhos da Casa-Árvore-Pessoa (H-T-P)
Introdução: o teste do desenho da Casa-Árvore-Pessoa (H-T-P), como um instrumento projetivo de avaliação qualitativa, é muito difundido na clínica psicológica. Todavia, como uma avaliação quantitativa de aspectos cognitivos, ainda apresenta parâmetros psicométricos bastante limitados. Objetivo: avaliar, baseada na expressão gráfica, as propriedades psicométricas de proposta quantitativa da forma reduzida do H-T-P. Metodologia: os sujeitos com esquizofrenia e os sujeitos controles foram avaliados com a forma reduzida do H-T-P (correção adaptada). A confiabilidade foi calculada mediante a avaliação da consistência interna (alfa de Cronbach e teste das metades) e da consistência temporal (teste-reteste). A validade de critério foi realizada mediante a comparação da diferença entre os grupos de sujeitos controles e o de sujeitos com esquizofrenia. Resultados: a consistência interna para o valor do alfa de Cronbach encontrado, na fase de teste, foi 0,71 e o teste das metades foi 0,66. Na fase reteste, o teste das metades obteve o valor de 0,71. A confiabilidade temporal para o grupo de sujeitos controles e o grupo de sujeitos com esquizofrenia foram, respectivamente, 0,60 e 0,80. A validade de critério pôde distinguir as diferenças entre os grupos. Discussão: A forma reduzida considerou características nitidamente mensuráveis dos desenhos as quais estavam descritas no manual do instrumento como as encontradas em sujeitos com baixa capacidade cognitiva, esquizofrenia e psicoses em geral. Conclusão: a forma reduzida do H-T-P com correção adaptada mostrou boa confiabilidade nas consistências internas, no teste- reteste e na validade de critério. Portanto, o instrumento apresentou-se útil para avaliar aspectos da expressão gráfica em pacientes com esquizofreni
Avaliação de assimetria hemisférica funcional em pacientes com doença de Alzheimer
Introdução: as assimetrias cerebrais constituem aspectos fundamentais para a organização funcional e o processamento cognitivo. Estudos prévios têm reportado que alterações no padrão de assimetria hemisférica existentes em algumas patologias reduzem a eficiência no processamento de informação. Objetivos: avaliar a assimetria hemisférica funcional a partir de padrões de homofilia e heterofilia; analisar a assimetria da conectividade funcional de redes dinâmicas em portadores de Alzheimer. Metodologia: foram construídas redes funcionais dinâmicas do córtex cerebral de pacientes com diferentes níveis de Alzheimer (muito leve, leve e moderado a grave) e do grupo de controle a partir de EEG (19 eletrodos, Sistema 10-20). Tais redes foram geradas a partir do método de associação sincronização por motifs e representadas através de grafos variantes no tempo e de redes estáticas agregadas. Essas redes foram avaliadas por meio de índices de assimetria e conectividade. Resultados: os resultados mostram uma tendência à redução da homofilia com a progressão da enfermidade, quando se compara ao controle, além de um leve aumento do índice para o último estágio, se comparado aos estágios iniciais da doença. A assimetria para a conectividade funcional, por sua vez, mostrou uma propensão a maior conectividade para o hemisfério direito, salvo para o estágio moderado a grave. Conclusão: embora os resultados não tenham apresentado diferenças significativas, eles indicam tendências de alteração no padrão de homofilia e na assimetria da conectividade funcional em redes funcionais dinâmicas de pacientes com Alzheimer.
Desempenho neuropsicológico de crianças com traço falcêmico comparadas com portadoras de Doença Falciforme e crianças com desenvolvimento típico: estudo de casos
Introdução: A doença falciforme está associada a alterações cognitivas em função principalmente da ocorrência de eventos cerebrovasculares. Objetivo: Descrever e comparar o desempenho cognitivo em duas crianças com traço falcêmico, duas controles e quatro portadoras de Doença Falciforme (DF). Metodologia: Foram selecionadas 08 crianças do banco de dados de uma pesquisa maior da validação nacional do Instrumento “NEPSY: Avaliação Neuropsicológica do Desenvolvimento”. Resultado: As duas crianças com o traço falcêmico apresentaram pior desempenho do que os controles em 5/14 subtestes: Atenção Visual, Precisão Visuomotora, Flechas, Tocando Posições das mãos e Memória para Nomes; os controles tiveram pior desempenho do que os sujeitos com traço falcêmico em 1/14 subteste: Compreendendo instruções; e foi observado desempenho intermediário em traço 1/14: Atenção Visual. Discussão: Apesar de a literatura considerar os irmãos de indivíduos com DF e portadores do traço falcêmico como controles saudáveis, sem comprometimento cognitivo, outros estudos apontam alterações no desenvolvimento psicossocial dos irmãos heterozigotos dos pacientes com DF. Sabe-se que o ambiente exerce influência sobre o desenvolvimento global, portanto também cognitivo. Conclusão: Os dados obtidos sugerem a necessidade de estudos com maior casuística para investigar os irmãos com traço falcêmico, contemplando o aspecto psicossocial, emocional e cognitivo comparando o seu desempenho como o de irmãos portadores de DF, irmãos sem traço e controles não familiares
Influência do tempo de vida nos resultados da Triagem Auditiva Neonatal
Introdução: A deficiência auditiva não diagnosticada nos primeiros meses de vida traz prejuízos ao desenvolvimento linguístico e social da criança. Recomenda-se a Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) com testes objetivos para a detecção de perdas auditivas congênitas. No entanto, existe um questionamento a respeito do tempo de vida ideal para realização do teste, uma vez que pesquisas indicam maiores índices de falha na realização do teste com menos de 48h de vida. Objetivo: Verificar associação entre o tempo de vida do neonato no momento do teste auditivo e a “falha” na TAN. Metodologia: Estudo tipo quantitativo, retrospectivo, descritivo, no qual foi realizada análise de 1499 recém-nascidos submetidos a um Programa de Triagem Auditiva Neonatal (PTAN) em um hospital da rede particular de Salvador. Os neonatos foram divididos em grupos de acordo com a idade no momento do teste, denominando-se Grupo I neonatos com menos de 36 horas, Grupo II neonatos entre 36 e 48 horas e Grupo III com mais de 48 horas. Resultado: dos 1499 RNs, 105 eram do Grupo I, sendo que dez falharam no teste e um permaneceu com a falha no reteste (0,95% de GI); 1116 RNs pertenciam ao Grupo II, com falha de 105 RNs no teste e 13 no reteste (1,16% de GII) e 278 RNs faziam parte do Grupo III, com 24 falhas no teste e oito no reteste (2,9% de GIII). Conclusão: Os dados da presente pesquisa indicam que não houve associação entre o tempo de vida no momento da realização do exame e o resultado “falha”
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