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Budo as philosophical background of Karate-Do: does the training method really matter?
Background. The practice of Japanese originated martial arts, like Karate-Do, is associated with an individual “path of enlightment” or the way of living (Do), that surpasses the athletic practice for itself. The concept of Budo, with all values, moral principles and patterns of behaviour, is traditionally linked to this path or way, being the philosophical background of the practice. The globalisation of the Karate-Do have created two main ways or training methods with different main goals – traditional one and sports Karate-Do.
Problem. The main objective of this study is to compare the evaluations of different Budo- associated aspects, values, principles and domains, to find the differences between karateka who are engaged in both training methods.
Method. A questionnaire was applied, in Portugal, to a group of 78 karateka with more than two years of continued training, who are engaged or use a traditional or sports training method.
Results. The results show a high and similar evaluation scores of all items questioned on both training methods, only with single and not consistent differences.
Conclusion. Without generalising, we can assume that karateka observe the philosophical background of Karate-Do (Budo) in only one way, even when they are engaged in different methods of practice with different main goals. So, Karate-Do philosophy is one,only daily practices in dojo and goals differ. However, further investigation is needed to support these conclusions
A educação como instituição. O caso particular da escola.
Estudar as instituições sociais é procurar compreender os mecanismos através dos quais as sociedades se perpetuam, dado que elas respeitam a práticas sociais que perduram através do tempo mediante a adesão que encontram na maioria dos membros da sociedade.
Neste texto não acentuamos a evolução histórica da instituição educativa. Preferimos centrar a análise nas formas como a instituição educativa, particularmente sob a forma escolar, responde às necessidades dos indivíduos ou dos coletivos. Assim, adotamos uma perspetiva essencialmente funcionalista do estudo das instituições, na medida em que ocupamo-nos particularmente das funções que a educação escolar cumpre nas sociedades em que esta se instituiu como um dos agentes educativos, porventura o mais importante da contemporaneidade. As funções da escola, várias e de tipologia diversa, são interpretadas diferentemente consoante os autores, as teorias sociológicas e os paradigmas da sociologia. Porém, não foi nossa intenção estruturar a análise das funções da educação (escolar) a partir das teorias sociológicas e/ou dos seus autores. Essas referências foram integradas na análise de per si, de cada uma das funções sociais da educação
Book review: Learning with adults: A critical pedagogical introduction.
Written at a time when, for many, the neoliberal policies and globalization lead to an
increasing confusion between education and training, as well as to the reification of the
“theories of human capital”, this book addresses the critical pedagogy in the context of
adult education in several fields. (...)Book review about the book "Learning with adults: A critical pedagogical introduction", written by Leona M. English and Peter Mayo. (Rotterdam: Sense Publishers., 2012) 269 pp.
Sport and maximisation of the subjective perception of wellbeing: A trend analysis of sporting practises at the start of the 21st century.
We have seen a transformation in the development of sporting activities over recent decades. There are a number of social factors behind this. In this article, we report a longitudinal study of sporting activities in Spain between 1995 and 2014 among the population aged 18 and over, including both sexes, examining the social relationships that arise in sporting activities. Our analysis is based on national databases and analysis of trends in sporting activities. It demonstrates the main hypothesis of the study, which is that individual sporting activities have increased compared to group activities with family and friends. We also examine changes in sporting activities depending on the primary relations established in the sport, by sex, age, habitat, occupation, educational level, the form in which the sport is practised, the degree of competition, frequency, the sports facilities used, the type of sport, hours of free time and the subjective sensation of happiness
Equidade, Inclusão e Qualidade na Educação Escolar: desafios e ações possíveis.
Os valores da equidade, qualidade e justiça têm constituído, sobretudo desde a década de 60 do
século XX, questões centrais nas agendas de políticas públicas de educação das sociedades, em
particular das mais desenvolvidas.
Porém, e apesar do grande progresso que tem sido feito em termos de escolarização nas
últimas décadas, as desigualdades subsistem. Se levar as crianças para as escolas e alargar
a escolaridade obrigatória, progressivamente, parece ser relevante, importa, também, garantir
que elas adquiram os conhecimentos básicos necessários para a vida em sociedade em
infraestruturas de qualidade e mediante o exercício de uma cidadania plena num ambiente de
justiça e de inclusão social. Algo que não acontece em boa parte do mundo. Na estruturação
dos processos educacionais devem merecem atenção particular os grupos mais vulneráveis e
marginalizados (especialmente as crianças que vivem em condições mais fragilizadas e em países
afetados por conflitos, as crianças com deficiência e as raparigas) que são mais suscetíveis de
serem afetados pela falta de professores com formação adequada, de materiais de ensino e de
outras infraestruturas educacionais adequadas.
Esta comunicação problematiza, numa primeira parte, as questões da equidade, da inclusão
social e da qualidade educacional, no quadro dos «objetivos de desenvolvimento sustentável»
preconizados pela ONU para o horizonte 2030, evidenciando alguns dos principais desafios que
se colocam às sociedades, independentemente do seu grau de desenvolvimento. Na segunda
parte, identificam-se algumas pistas para a intervenção no quadro das políticas públicas
educacionais e das ações dos diversos atores educacionais em países desenvolvidos e em
países em desenvolvimento
Avaliação da Qualidade das Escolas: Mecanismos de Regulação e Lógicas de Ação dos Atores Escolares.
A avaliação de qualidade das escolas é uma temática bastante presente na sociedade contemporânea. Assumida como um mecanismo fundamental para conhecer o estado e funcionamento da organização, a avaliação pode contribuir sobremaneira para a melhoria do funcionamento da organização, ou seja para o desenvolvimento da qualidade dos serviços prestados. Tendo em conta que as escolas foram adquirindo alguma autonomia, torna-se fundamental proceder à sua avaliação externa, na perspetiva da prestação de contas (accountability) e das caraterísticas da Nova Gestão Pública. A avaliação de escolas, orientada para potenciar a qualidade dos resultados, da melhoria da prestação do serviço educativo e do exercício das lideranças das organizações escolares, pode também permitir-nos averiguar as relações e perceções existentes entre os diversos atores sociais que fazem parte e formam a escola, de modo a que possamos interpretar a complexidade do sistema, privilegiando as ações e não as intenções. Neste quadro, os atores escolares rentabilizam projetos, estratégias e recursos que sejam uma mais-valia para o estabelecimento de ensino no quadro de processos de avaliação tidos como um ato regulador baseado do conhecimento. Nesta comunicação procuraremos apresentar e fundamentar uma proposta de investigação de doutoramento que toma como objeto de estudo a avaliação e qualidade das escolas sob uma perspetiva sociológica que tenta compreender os mecanismos de regulação e as lógicas de ação entre os atores escolares no quadro das atividades de avaliação destas organizações
Impacto e efeitos da avaliação externa nas escolas
Comunicação no âmbito do Projeto financiado pela Fundação Ciência e Tecnologia: PTDC/CPE-CED/116674/2010, com o título Impacto e Efeitos da Avaliação Externa nas Escolas do Ensino não Superior
Avaliação de Escolas, Regulação e Lógicas de Ação: uma análise Sociológica de caráter Prospetivo.
A avaliação de escolas é percecionada em Portugal como um processo de aprendizagem e reflexão com o objetivo de melhoria contínua das escolas. A avaliação externa e autoavaliação, enquanto processos sociais que mobilizam diversos atores externos e internos às escolas e
impactam sobremaneira na organização e nas dinâmicas destas, têm sido uma temática muito refletida e estudada na sociedade atual, nomeadamente no quadro das ciências da educação, em geral, e da sociologia da educação em particular.
Nesta comunicação procuramos dar a conhecer e discutir, entre pares, uma investigação que desenvolvemos em torno desta temática, (a avaliação externa de escolas e a autoavaliação) procurando compreender de que forma as lógicas de ação são produto ou elas próprias
produtoras de mecanismos de regulação no âmbito da autoavaliação e avaliação externa e antecipar os “futuros possíveis” para estes processos de avaliação externa e interna do agrupamento de escolas que será alvo do estudo de caso em questão.
Na nossa intervenção apresentaremos, detalhadamente, a metodologia prospetiva a utilizar na investigação, com destaque para os métodos MACTOR e MORPHOL (Godet, 1993). Refletiremos sobre o interesse da metodologia prospetiva para a nossa investigação sociológica
Diagnóstico e Prospectiva Social – Apontamentos.
Nota de Abertura
A Sociologia, e mormente a Sociologia da Acção ensina-nos que, apesar de sujeito às estruturas sociais, o homem não é por elas pré-determinado nos seus comportamentos e, por outro lado, que, embora também não exista livre arbítrio para o comportamento humano, os sistemas não são completamente aleatórios. Ou seja, a acção humana resulta da vontade individual assumida no quadro de constrangimentos socialmente impostos. O presente, e, por conseguinte, ainda mais o futuro, dos sistemas sociais não é único, antes diverso, plural e, em grande medida, incerto. Neste sentido, subsiste uma margem de acção sobre o futuro, seja através da realização de diagnósticos antecipadores das mudanças, seja da implementação de planos de acção estratégicos no sentido de serem alcançados os “cenários mais desejados” de uma forma sustentada.
Enquadrada no campo dos Future Studies enquanto abordagem interdisciplinar que estuda as mudanças passadas e presentes e procura, através da análise das fontes, padrões e causas da mudança e da estabilidade, desenvolver a capacidade de previsão e traçar futuros possíveis, a prospectiva constitui-se como uma metodologia adequada ao planeamento estratégico, logo, com enorme potencial para intervenções orientadas para o desenvolvimento das organizações e dos territórios em busca de um futuro desejável, nas quais é comum participarem, em equipa, diversos especialistas, entre eles sociólogos. Nessa medida, a prospectiva assume interesse fundamental para a formação de um sociólogo contemporâneo, razão que justifica a elaboração e edição de um primeiro conjunto de apontamentos introdutórios dirigidos a estudantes que iniciam este tipo de estudos
Metodologia prospetiva: uma proposta de aplicação ao estudo da cooperação entre municípios.
Numa investigação em curso, propomo-nos estudar a cooperação entre municípios, refletindo sobre novas práticas de relacionamento entre estas estruturas de poder local típicas de umasociedade crescentemente complexa e globalizada, em que o relacionamento «em rede» e fruto
de parcerias várias é cada vez mais uma necessidade.
Este texto procura mostrar como a prospetiva, nomeadamente o método dos cenários proposto por Godet é uma abordagem que contempla ferramentas metodológicas potentes para a análise do objeto de estudo proposto. De facto, a aplicação da prospetiva na análise e
compreensão das relações de cooperação entre municípios torna-se apropriada atendendo a que nos permite conhecer profundamente as variáveis-chave de um sistema em que a implicação dos atores no processo de mudança é essencial para a ação coletiva, para a construção de um «futuro desejado».
Procuramos, assim, dar a conhecer e discutir, entre pares, os fundamentos teóricos e, sobretudo, metodológicos, de uma pesquisa que procura identificar os fatores que influenciam as relações intermunicipais e compreender os seus comportamentos e «jogos», bem como
antecipar os «futuros possíveis» para a cooperação intermunicipal e, dessa forma, potenciar a escolha de um cenário desejado por parte dos atores, que podem vir a desenhar uma estratégia de ação coletiva tendente ao reforço da cooperação centrada no desenvolvimento dos seus territórios
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