10 research outputs found

    Rosácea cutânea e ocular - uma revisão abrangente sobre etiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas, fatores de agravamento, diagnóstico, classificação e tratamento

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    A rosácea é uma condição crônica que afeta a pele e, em alguns casos, os olhos, caracterizada por inflamação e vermelhidão. Sua etiologia não é totalmente compreendida, mas fatores genéticos, ambientais e vasculares estão implicados. Na fisiopatologia, acredita-se que a disfunção do sistema imunológico e a resposta inflamatória desempenhem papéis importantes. As manifestações clínicas da rosácea cutânea incluem rubor facial persistente, pápulas, pústulas e telangiectasias. Além disso, a rosácea ocular pode causar sintomas como olhos secos, sensação de corpo estranho, queimação e fotofobia. Os fatores de agravamento da rosácea são diversos e incluem exposição ao sol, temperaturas extremas, alimentos picantes, álcool, estresse e certos medicamentos. O diagnóstico da rosácea é geralmente clínico, baseado na apresentação dos sintomas e na exclusão de outras condições similares. No entanto, exames adicionais, como cultura bacteriana, podem ser realizados para descartar outras doenças. Quanto à classificação, a rosácea é comumente dividida em subtipos: eritemato telangiectásica, pápulo-pustulosa, fimatosa e ocular. A classificação auxilia no direcionamento do tratamento mais adequado. O tratamento da rosácea envolve uma abordagem multifacetada, que pode incluir medidas tópicas, como cremes e géis contendo agentes anti-inflamatórios, antibióticos ou agentes vasoconstritores. Antibióticos orais e isotretinoína também podem ser prescritos em casos mais graves. Além disso, medidas não farmacológicas, como evitar gatilhos conhecidos e proteger a pele dos raios solares, são fundamentais para controlar os sintomas e prevenir recorrências. No caso da rosácea ocular, tratamentos específicos, como lágrimas artificiais, antibióticos tópicos e corticosteroides, podem ser necessários para aliviar os sintomas e proteger a saúde ocular. O manejo adequado da rosácea requer uma abordagem individualizada, adaptada às necessidades e gravidade de cada paciente

    Hipotireoidismo: da fisiopatologia ao tratamento / Hypothyroidism: from pathophysiology to treatment

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    Introdução: O hipotireoidismo é uma doença que acomete a glândula tireoide, resultando em queda dos hormônios tireoidianos, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Trata-se de uma doença mais comum no gênero feminino, podendo acometer indivíduos em qualquer idade. Objetivos: O objetivo desse estudo é revisar sobre o hipotireoidismo, compreendendo epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clinicas, diagnóstico e tratamento. Métodos: Os bancos de dados Pubmed, Diretrizes e UpToDate foram pesquisados eletronicamente utilizando os descritores doenças da tireoide, hipotireoidismo e doença de hashimoto nos idiomas inglês e português. Discussão e Conclusão: A forma mais comum de hipotireoidismo é a forma primária da doença. O diagnóstico de hipotireoidismo é feito através do exame clinico e exame laboratorial. O hipotireoidismo primário é caracterizado por uma alta concentração sérica de hormônio estimulante da tireoide (TSH) e uma baixa concentração sérica de tiroxina livre. O tratamento, quando indicado, deve ser realizado com reposição de tiroxina sintética, levotiroxina

    Cocaína: intoxicação aguda e suas alterações fisiológicas : Cocaine: acute intoxication and its physiological alterations

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    A cocaína é um estimulante potente de origem natural que é extraída das folhas da planta de coca. Nos dias atuais uso essa substância é caracterizada como ilícita, entretanto, muitas pessoas ainda realizam o uso que, muitas vezes é excedido, e chegam ao pronto atendimento com um quadro de intoxicação aguda. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo abordar as principais manifestações da intoxicação aguda por cocaín

    Sifilis em pacientes sem HIV: revisão de literature / Syphilis in HIV-free patients: A review of the literature

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    Introdução: As manifestações clínicas dependem do estágio da doença. O T. pallidum pode iniciar a infecção onde quer que ocorra a inoculação. A sífilis é geralmente dividida em fases iniciais ou precoce e tardias. Objetivos: O objetivo desse estudo é revisar sobre o manejo da sífilis em pacientes sem HIV, compreendendo epidemiologia, fisiopatologia, manifestações clinicas, diagnóstico e tratamento. Métodos: Os bancos de dados Pubmed, Diretrizes e UpToDate foram pesquisados eletronicamente utilizando os descritores doenças sexualmente transmissíveis; infecções por treponema; sífilis congênita e treponema pallidum nos idiomas inglês e português. Discussão e Conclusão: Pacientes com sinais e sintomas compatíveis com sífilis devem ser submetidos a testes sorológicos para confirmar o diagnóstico. No entanto, alguns pacientes podem ser tratados empiricamente com base nos achados clínicos (por exemplo, pacientes com suspeita de câncer e exposição conhecida). A penicilina G administrada por via parenteral é o tratamento de escolha para todos os estágios da sífilis

    Pancreatite crônica - uma revisão de literatura

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    A pancreatite crônica (PC) é uma inflamação prolongada do pâncreas que causa destruição permanente do tecido pancreático, substituído por tecido fibroso. Sua principal etiologia é o consumo excessivo de álcool, mas também pode resultar de doenças autoimunes, distúrbios genéticos, obstruções ductais e hiperlipidemia. A prevalência é maior em homens entre 30 e 40 anos, variando conforme os hábitos culturais e a prevalência de fatores de risco locais. A condição pode ser classificada segundo critérios etiológicos, morfológicos e funcionais. Clinicamente, a PC se manifesta com dor abdominal persistente ou recorrente, perda de peso, esteatorreia e diabetes secundário. A dor, frequentemente exacerbada após as refeições, pode ser debilitante. O diagnóstico clínico baseia-se na história do paciente, exame físico e sintomas. Exames laboratoriais podem revelar alterações nas enzimas pancreáticas e glicose. Para o diagnóstico imagiológico, utilizam-se ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e colangiopancreatografia por ressonância magnética (CPRM), que ajudam a visualizar calcificações e fibrose pancreática. O tratamento clínico visa aliviar sintomas, manejar complicações e modificar fatores de risco, como a cessação do consumo de álcool. Inclui analgésicos, enzimas pancreáticas suplementares e mudanças na dieta. O tratamento cirúrgico pode ser necessário para dor intratável ou complicações locais, envolvendo procedimentos como pancreatectomia parcial ou descompressão ductal. A PC na gravidez é rara, exigindo manejo cuidadoso para equilibrar a saúde materna e fetal, com foco no controle da dor e nutrição adequada. O prognóstico depende da causa subjacente e adesão ao tratamento; cessar o consumo de álcool e manejar complicações melhoram a qualidade de vida e expectativa de vida. A prevenção envolve educação sobre os riscos do álcool, identificação e tratamento precoce de condições predisponentes e promoção de um estilo de vida saudável. Conscientização e diagnóstico precoce são cruciais para reduzir a incidência e gravidade dessa condição

    Diabetes mellitus tipo 2 - uma revisão de literatura

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    A diabetes mellitus tipo 2 (DM2), uma condição crônica caracterizada pela resistência à insulina e pela deficiência relativa de insulina, representa um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo. A fisiopatologia do DM2 está intimamente ligada à resistência insulínica, na qual as células do corpo não respondem adequadamente à insulina produzida pelo pâncreas, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do DM2, destacam-se a obesidade, a falta de atividade física, a dieta pouco saudável e a predisposição genética. O diagnóstico da DM2 geralmente é feito por meio da avaliação dos níveis de glicose no sangue em jejum e do teste de tolerância à glicose oral. Uma vez diagnosticado, o tratamento farmacológico visa principalmente controlar os níveis de glicose no sangue, muitas vezes incluindo medicamentos como metformina, sulfonilureias, inibidores da dipeptidil peptidase-4 (DPP-4) e agonistas do receptor de GLP-1. No entanto, o tratamento não farmacológico desempenha um papel crucial e pode incluir mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios físicos regulares e perda de peso. Embora a DM2 seja historicamente associada a adultos mais velhos, seu aumento está sendo observado em crianças, principalmente devido ao aumento da obesidade infantil. Isso requer uma abordagem especializada no diagnóstico e tratamento, levando em consideração as necessidades específicas dessa população. Além disso, a DM2 em crianças pode acarretar complicações a longo prazo, incluindo doenças cardiovasculares, neuropatias, retinopatias e disfunção renal. Por fim, a DM2 representa um desafio multifacetado para os sistemas de saúde em todo o mundo, exigindo uma abordagem holística que inclua não apenas o tratamento farmacológico para controlar a glicemia, mas também intervenções não farmacológicas para abordar os fatores de risco modificáveis, bem como uma atenção especial ao diagnóstico e tratamento em populações vulneráveis, como crianças

    Alterações cognitivas na infecção pelo HIV: uma revisão sistemática: Cognitive changes in HIV infection: a systematic review

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    Provocada pelo vírus da imunodeficiência humana, com a síndrome da imunodeficiência adquirida, numa pessoa tem o seu sistema imunológico prejudicado, tornando-se suscetível a outras doenças e infecção. Tem-se a estimativa de que 50% dos infectados com o referido vírus podem sofrer alterações cognitivas. Diante disso, este estudo tem como objetivo refletir sobre mudanças estruturais cerebrais e comprometimento cognitivo em pacientes com HIV. Portanto, trata-se de uma revisão sistemática de literatura, desenvolvida a partir da seleção de estudos nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS/Medline a partir do uso de descritores DeCS/MeSH e aplicação de critérios de inclusão e exclusão. Após a análise e interpretação dos dados, concluiu-se que há uma significativa prevalência de HAND em adultos infectados por HIV, no que se refere a alterações cognitivas, especialmente entre pacientes do sexo feminino, de baixa escolaridade e renda, com diagnóstico tardio e baixa quantidade de linfócitos CD4 no início do tratamento. Entre essas pessoas, revelam-se comprometimentos quanto à memória, atenção, controle de impulsos, velocidade de processamento e motora, dentre outros

    Uso de drogas e o aumento das infecções sexualmente transmissíveis: uma revisão sistemática: Drug use and the increase in sexually transmitted infections: a systematic review

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    Populações de usuários de drogas têm sido associadas a epidemias de infecções ou Infecções Sexualmente Transmissíveis, especialmente a infecção pelo HIV (que está associada a drogas injetáveis, uso de equipamentos contaminados para drogas injetáveis e sexo inseguro). A droga mais associada às DSTs é a cocaína fumável de base livre (crack), devido ao aumento dos comportamentos sexuais de risco. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo compreender o impacto do uso de drogas no aumento das infecções sexualmente transmissíveis. Para isso, adotou-se como metodologia a revisão sistemática de literatura, realizando buscas nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS/Medline a partir do uso de descritores DeCS/MeSH e aplicação de critérios de inclusão e exclusão. A partir da análise e interpretação dos dados, concluiu-se que que pessoas que fazem uso abusivo de drogas lícitas ou ilícitas, sejam elas mulheres, homens, adolescentes, jovens, adultos, idosos, em situação de rua ou não, tendem a desenvolver comportamentos vulneráveis que pode resultar em IST. Somado a isso, enquanto comportamento de risco, tem-se a preferência por não usar preservativo, seja em relações sexuais com pessoas monogâmicas como com dois ou mais parceiros. Nesses casos, tanto o uso exacerbado de drogas como a falta de informação sobre comportamento sexual demonstram-se insuficientes

    NEOTROPICAL XENARTHRANS: a data set of occurrence of xenarthran species in the Neotropics

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    Xenarthrans—anteaters, sloths, and armadillos—have essential functions for ecosystem maintenance, such as insect control and nutrient cycling, playing key roles as ecosystem engineers. Because of habitat loss and fragmentation, hunting pressure, and conflicts with domestic dogs, these species have been threatened locally, regionally, or even across their full distribution ranges. The Neotropics harbor 21 species of armadillos, 10 anteaters, and 6 sloths. Our data set includes the families Chlamyphoridae (13), Dasypodidae (7), Myrmecophagidae (3), Bradypodidae (4), and Megalonychidae (2). We have no occurrence data on Dasypus pilosus (Dasypodidae). Regarding Cyclopedidae, until recently, only one species was recognized, but new genetic studies have revealed that the group is represented by seven species. In this data paper, we compiled a total of 42,528 records of 31 species, represented by occurrence and quantitative data, totaling 24,847 unique georeferenced records. The geographic range is from the southern United States, Mexico, and Caribbean countries at the northern portion of the Neotropics, to the austral distribution in Argentina, Paraguay, Chile, and Uruguay. Regarding anteaters, Myrmecophaga tridactyla has the most records (n = 5,941), and Cyclopes sp. have the fewest (n = 240). The armadillo species with the most data is Dasypus novemcinctus (n = 11,588), and the fewest data are recorded for Calyptophractus retusus (n = 33). With regard to sloth species, Bradypus variegatus has the most records (n = 962), and Bradypus pygmaeus has the fewest (n = 12). Our main objective with Neotropical Xenarthrans is to make occurrence and quantitative data available to facilitate more ecological research, particularly if we integrate the xenarthran data with other data sets of Neotropical Series that will become available very soon (i.e., Neotropical Carnivores, Neotropical Invasive Mammals, and Neotropical Hunters and Dogs). Therefore, studies on trophic cascades, hunting pressure, habitat loss, fragmentation effects, species invasion, and climate change effects will be possible with the Neotropical Xenarthrans data set. Please cite this data paper when using its data in publications. We also request that researchers and teachers inform us of how they are using these data

    NEOTROPICAL ALIEN MAMMALS: a data set of occurrence and abundance of alien mammals in the Neotropics

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    Biological invasion is one of the main threats to native biodiversity. For a species to become invasive, it must be voluntarily or involuntarily introduced by humans into a nonnative habitat. Mammals were among first taxa to be introduced worldwide for game, meat, and labor, yet the number of species introduced in the Neotropics remains unknown. In this data set, we make available occurrence and abundance data on mammal species that (1) transposed a geographical barrier and (2) were voluntarily or involuntarily introduced by humans into the Neotropics. Our data set is composed of 73,738 historical and current georeferenced records on alien mammal species of which around 96% correspond to occurrence data on 77 species belonging to eight orders and 26 families. Data cover 26 continental countries in the Neotropics, ranging from Mexico and its frontier regions (southern Florida and coastal-central Florida in the southeast United States) to Argentina, Paraguay, Chile, and Uruguay, and the 13 countries of Caribbean islands. Our data set also includes neotropical species (e.g., Callithrix sp., Myocastor coypus, Nasua nasua) considered alien in particular areas of Neotropics. The most numerous species in terms of records are from Bos sp. (n = 37,782), Sus scrofa (n = 6,730), and Canis familiaris (n = 10,084); 17 species were represented by only one record (e.g., Syncerus caffer, Cervus timorensis, Cervus unicolor, Canis latrans). Primates have the highest number of species in the data set (n = 20 species), partly because of uncertainties regarding taxonomic identification of the genera Callithrix, which includes the species Callithrix aurita, Callithrix flaviceps, Callithrix geoffroyi, Callithrix jacchus, Callithrix kuhlii, Callithrix penicillata, and their hybrids. This unique data set will be a valuable source of information on invasion risk assessments, biodiversity redistribution and conservation-related research. There are no copyright restrictions. Please cite this data paper when using the data in publications. We also request that researchers and teachers inform us on how they are using the data
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