9 research outputs found

    Espacialidades, ‘Mistanásia’ de travestis e pessoas transexuais e a criminalização da homotransfobia

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    This text aims to understand the social death -mistanásia, that travestis and transsexual people suffer from the transphobia experienced in multiple scale. Our reflection basis is the result of 20 interviews with travestis, trans women and trans men who experience or have experienced higher education levels in southern Brazil. From the discourse content analysis of these speeches, it is evident that from the discursive category 'transphobia', the main spatialities constituted by this action of intolerance refer, in order of importance, to educational spaces, workplaces, home, church and to the body. Our argument shows that the lives of travestis and trans people are lived on the geographical walk of a long death row, which is constituted by ‘mistanásia’, culminates in physical death, the definitive elimination of these people.Este texto tem por objetivo compreender a morte social - mistanásia que travestis e pessoas transexuais sofrem a partir da transfobia vivenciada em múltiplos espaços. Nossa base de reflexão é o resultado da realização de 20 entrevistas com travestis, mulheres trans e homens trans que vivenciam ou vivenciaram os espaços educacionais de nível superior no Sul do Brasil. A partir da análise de conteúdo do discurso destas falas, evidencia-se que a partir da categoria discursiva ‘transfobia’, as principais espacialidades constituídas por esta ação de intolerância referem-se, em ordem de importância, aos espaços educacionais, ao trabalho, a casa, a igreja e ao corpo. Nossa argumentação evidencia que a vida de travestis e pessoas trans é vivida na caminhada de um longo corredor da morte, que constituída pela mistanásia, culmina na morte física, a eliminação definitiva destas pessoas

    DOENTES NOS CORREDORES UNIVERSITÁRIOS: : O ESPAÇO DA UNIVERSIDADE COMO IMPULSIONADOR DO ADOCECIMENTO MENTAL DE GRADUANDOS

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    Este artigo tem por objetivo compreender como o processo de adoecimento mental dos discentes do curso de Geografia impacta na vivência socioespacial acadêmica. Perceber a universidade como um espaço de vivência de indivíduos é entender que o local contempla diferentes narrativas, e dentre elas, as daqueles que adoeceram durante o processo de formação acadêmica. Para tanto, foram selecionados como objeto de estudo os graduandos vinculados ao curso de Geografia da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), abrangendo os ingressos ativos associados à licenciatura e ao bacharelado. No total foram coletadas 57 respostas por meio de questionário adaptado para aplicação pela plataforma virtual Google Forms. Por eles, realizou-se análise dos perfis socioeconômicos dos discentes, identificou-se como como o processo de adoecimento mental destes discentes se (re)elabora semestralmente e verificou-se as espacialidades que ocorrem no processo de adoecimento mental. Os dados foram analisados pelo método de análise de conteúdo do discurso com a formulação de uma tabela de auxílio. Na tabela em questão, os depoimentos foram categorizados e subcategorizados em grupos visando espacialização dos fatores que influenciam no processo de adoecimento mental. Os resultados atingidos remontam a universidade como espaço de encontro de fatores que prejudicam a saúde mental, o que contrapõe com a ideia do espaço universitário como condutor de melhoria na vida daqueles que o frequentam. O fator ansiedade apresentou destaque em diversas esferas captadas pela pesquisa, constatando a presença de transtornos mentais comuns dos discentes universitários da Geografia

    ESPAÇO ESCOLAR, HOMOSSEXUALIDADES E HOMOFOBIA

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    Esta discussão problematiza como o discurso dos docentes, em relação às homossexualidades, compõe o espaço escolar. Nossa fonte de reflexão refere-se aos resultados de 13 entrevistas com 13 docentes de diferentes disciplinas que atuam ou que atuaram no Ensino Médio de instituições de ensino público na cidade de Ponta Grossa, Paraná. Evidencia-se que a homofobia é um elemento constituinte do espaço escolar, a partir de formas diretas, indiretas ou subliminares e que os docentes não estão preparados para as discussões em relação às sexualidades e a homofobia na sala de aula. Assim, a análise geográfica desta espacialidade pode produzir elementos à elaboração de políticas públicas direcionadas à diversidade sexual na escola. Palavras-Chave: Espaço Escolar; Homossexualidade; Discurso; Homofobia.   DOI: 10.5902/223649941365

    Homophobia and teaching: The difficulties homosexual teachers meet in professional practice

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    O presente artigo tem por objetivo compreender como a homofobia impacta na vivência profissional de docentes homossexuais, do município de Ponta Grossa, Paraná. Para tanto, foram realizadas 5 (cinco) entrevistas orientadas por um roteiro semiestruturado voltado a docentes gays da referida cidade, com vistas a identificar como a homofobia é (re)produzida através do espaço escolar e quais fatores a tornam um fenômeno institucional, visto que impacta a vivência profissional e particular destes profissionais. Posteriormente, as entrevistas foram transcritas, analisada e sistematizadas num banco de dados a partir do software livre e de código aberto LibreOffice, valendo-se da análise de conteúdo do discurso. A partir dos resultados, evidencia-se que os docentes sofreram atitudes homofóbicas em todos os níveis escolares, mesmo quando estes eram apenas discentes. Além disso, foi possível identificar que todas as esferas que compõem o espaço escolar propagam discriminações e preconceitos contribuindo para um continuum do fenômeno homofóbico. Desta forma, os professores são coagidos a não expressar sua sexualidade; sofrem censura por parte da coordenação e direção a respeito de discussões sobre esta temática; estão expostos a contínuos enfrentamento com discentes e demais equipe pedagógica; há uma maior cobrança em relação a sua prática profissional, além da dificuldade em se relacionar com demais colegas de profissão.This article aims to understand how homophobia impacts the professional experience of homosexual teachers in Ponta Grossa, Paraná. To this end, 5 (five) interviews guided by a semi-structured script aimed at gay teachers from that city, with a view to identifying how homophobia is (re) produced in the school space and which factors make it an institutional phenomenon, as it impacts the professional and private life of these professionals. Subsequently, the interviews were transcribed, analyzed and systematized in a database from the free and open-source software LibreOffice, using content analysis of discourse. From the results, it is evident that teachers suffered homophobia in all school levels, even when they were just students. And, it was possible to identify that all spheres that make up the school space propagate discrimination and prejudice contributing to a continuum of the homophobic phenomenon. Thus, teachers are coerced not to express their sexuality; are censored by the coordination and direction regarding discussions on this subject; are exposed to continuous confrontation with students and other pedagogical staff; there is a greater charge in relation to their practice, as well as the difficulty in relating with other professional colleagues

    ANÁLISE DE RISCO SOCIAL NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA GEOGRÁFICA BRASILEIRA SOBRE SEXUALIDADES

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    Este artigo tem por objetivo evidenciar a produção científica geográfica brasileira, sobre a temática das sexualidades, a partir das pesquisas publicadas na Revista Latino-americana de Geografia e Gênero. Para tanto, foi realizado um levantamento de artigos científicos publicados na referida revista desde sua publicação do primeiro volume em 2010, até a última publicação, que ocorreu em 2022. As pesquisas que discutiam a temática foram selecionadas e agrupadas em uma planilha Excel, bem como analisadas mediante análise de conteúdo Bardin (1977). Os trabalhos que abordavam as sexualidades foram então, analisados sob a ótica do risco social, a fim de categorizar os trabalhos em indicadores de perigo, de vulnerabilidade e de redução do risco, indicando a potencialidade da teoria do risco nos estudos das sexualidades, na Geografia

    AS VIVÊNCIAS DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS E OS TERRITÓRIOS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA, PARANÁ

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    O presente texto tem por objetivo compreender como as vivências de travestis e pessoas transexuais compõem territórios nas Instituições de Ensino Superior do município de Ponta Grossa, Paraná. Para tanto, foram realizadas 4 entrevistas com pessoas que se identificam enquanto travestis e transexuais (mulheres e homens) que vivenciam / vivenciaram as Instituições de Ensino Superior (públicas e privadas, ambas presenciais) da referida cidade. Os resultados evidenciam que o nome social se constitui como o pilar para a construção da identidade travesti e da identidade transexual, mas que, ao serem reconhecidas suas identidades dissidentes, estas pessoas são privadas de usufruir livremente seus territórios acadêmicos, delimitando-se assim aquilo que podemos chamar de insiders e outsiders. Desta forma, esta relação insiders/outsiders não é fixa, sendo que estas pessoas necessitam estabelecer estratégias e dispositivos para a expressão de seus corpos e de suas vivências nas Instituições de Ensino Superior

    AS VIVÊNCIAS DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS E OS TERRITÓRIOS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA, PARANÁ

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    O presente texto tem por objetivo compreender como as vivências de travestis e pessoas transexuais compõem territórios nas Instituições de Ensino Superior do município de Ponta Grossa, Paraná. Para tanto, foram realizadas 4 entrevistas com pessoas que se identificam enquanto travestis e transexuais (mulheres e homens) que vivenciam / vivenciaram as Instituições de Ensino Superior (públicas e privadas, ambas presenciais) da referida cidade. Os resultados evidenciam que o nome social se constitui como o pilar para a construção da identidade travesti e da identidade transexual, mas que, ao serem reconhecidas suas identidades dissidentes, estas pessoas são privadas de usufruir livremente seus territórios acadêmicos, delimitando-se assim aquilo que podemos chamar de insiders e outsiders. Desta forma, esta relação insiders/outsiders não é fixa, sendo que estas pessoas necessitam estabelecer estratégias e dispositivos para a expressão de seus corpos e de suas vivências nas Instituições de Ensino Superior

    Experiências Espaciais de Homens Transexuais Residentes na Cidade de Ponta Grossa, Paraná

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    Este texto analisa as vivências espaciais de homens transexuais residentes na cidade de Ponta Grossa, Paraná. Nossa fonte de reflexão refere-se aos resultados de quatro entrevistas realizadas com homens trans que vivenciam ou vivenciaram os espaços educacionais de nível superior. Estas entrevistas apontam para um processo de identificação não linear enquanto homem trans, e que as relações acerca da adoção do nome social são distintas, pois sua utilização pelos sujeitos inicia-se em diferentes contextos temporais e espaciais. Por fim, a transfobia perpassa todos os níveis educacionais, mas é através do espaço escolar que esta ação se apresenta de forma mais intensa, o que torna necessária a criação de estratégias para a própria permanência nestas espacialidades desde a tenra idade

    Sexualidade corporal e doenças sexualmente transmissíveis: uma atividade de pesquisa-ação

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    Este trabalho parte de um projeto institucional PIBID, da UEPG, com apoio da CAPES, teve como objetivo socializar e discutir com os alunos do 1° ano do ensino médio do Colégio Estadual Prof. João Ricardo Von Borell Du Vernay (Ponta Grossa, PR), questões acadêmicas a respeito de sexualidade e dos riscos relacionados às DST’s, com vistas a colaborar para uma vida mais saudável dos mesmos no que diz respeito à sexualidade corporal. Com base na metodologia da pesquisa-ação, realizou-se visitas frequentes à escola, com o intuito de elaborar um amplo diagnóstico sócio-educacional, seguido da aplicação de questionários sobre a temática do trabalho aos alunos do 1o ano do ensino médio. A partir dos resultados obtidos, notou-se que os alunos da escola, apesar de terem à disposição um corpo docente qualificado e que conta com apoio da direção para a discussão de alguns temas, ainda há carência de informações e os alunos anseiam em adquiri-las, principalmente no que tange a temática em pauta, alvo de tantas discussões históricas de jovens entre 14 e 16 anos (idade dos alunos do 1o ano do Ensino Médio da escola investigada). Como resultado dessa preocupação aflorada na investigação realizada na escola, elaborou-se um plano de ação, na forma de oficinas, contendo informações sobre os assuntos citados e relacionando-os ao cotidiano dos jovens, visando sanar dúvidas, e amplificar o espaço para discussão sobre sexualidade e DST’s na referida escola.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES
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