25 research outputs found

    Análise do perfil clínico e social de pacientes diabéticos com ênfase às características do pé diabético em pacientes de um centro de referência de media complexidade / Clinical profile and frequency of diabetic foot complications in patients from a diabetes center

    Get PDF
    Introdução: O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente decorrente da deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ocasionando complicações em longo prazo. Uma das complicações, o pé diabético, consiste em lesões nos tecidos profundos associadas a distúrbios neurológicos e doença vascular periférica nos membros inferiores, é o responsável pelo maior número de internações. Objetivo: Caracterizar o grupo de pacientes diabéticos em relação a variáveis antropométricas, socioeconômicas, presença de comorbidades com ênfase ao pé diabético. Metodologia: Estudo observacional e transversal, baseado na revisão de prontuários, entrevista e realização do exame do pé em risco de pacientes diabéticos tipo 2 durante o período de fevereiro a abril de 2020. Os pacientes incluídos na pesquisa foram aqueles diagnosticados com diabetes, atendidos em um centro de referência de média complexidade no município de Aracaju - SE, e que aceitaram participar da pesquisa. Resultados: Dos 40 pacientes avaliados, a mediana do tempo de diabetes foi de 8,5 anos. Quanto aos dados demográficos, 72,5% são mulheres, 60% pardos, 55% moradores do interior de Sergipe, 40% com ensino fundamental incompleto. No que se refere a hábitos de vida, 30% realizava exercício físico, etilismo atual apenas 12,5% e tabagismo atual 5%. A mediana do IMC entre o grupo estudado foi de 29 Kg/m², e a da circunferência abdominal foi de 98,5 cm. Em relação às comorbidades, 80% dos pacientes apresentava hipertensão arterial sistêmica, 75% dislipidemia, 27,5% neuropatia periférica, 47,5% vasculopatia periférica e 32,5% nefropatia diabética. O antecedente de ferida nos pés estava presente em 12,5%, sem ocorrência de amputações. Entre as alterações observadas, 92,5% correspondiam a pé seco/descamativo e 60% a hiperqueratose/rachaduras. Joanete foi a deformidade mais frequente, acometendo 15% dos pacientes. Conclusão: O paciente diabético demanda cuidados constantes, não somente direcionado a própria doença como as comorbidades e suas complicações. A forma inocente como se dá a evolução do pé diabético alerta para a necessidade de acompanhamento e educação quanto as precauções que podem evitar quadros graves futuros

    Prognostic value of exercise echocardiography in diabetic patients

    Get PDF
    Background Coronary artery disease (CAD) is the leading cause of death in diabetic patients. Although exercise echocardiography (EE) is established as a useful method for diagnosis and stratification of risk for CAD in the general population, there are few studies on its value as a prognostic tool in diabetic patients. The purpose of this investigation was to evaluate the value of EE in predicting cardiac events in diabetics. Methods 193 diabetic patients, 97 males, 59.8 ± 9.3 yrs (mean ± SD) were submitted to EE between 2001 and 2006 and followed from 7 to 65 months with median of 29 months by phone calls and personal interviews with patients and their primary physician, and reviewing medical records and death certificates. The end points were cardiac events, defined as non-fatal myocardial infarction, late myocardial revascularization and cardiac death. Sudden death without another explanation was considered cardiac death. Survival free of end points was estimated by the Kaplan-Meier method. Results Twenty-six cardiac events were registered in 24 individuals during the follow-up. The rates of cardiac events were 20.6 and 7% in patients with positive and negative EE, respectively (p < 0.001). Predictors of cardiac events included sedentary lifestyle, with RR of 2.57 95%CI [1.09 to 6.02] (P = 0.03) and positive EE, with RR 3.63, 95%CI [1.44 to 9.16] (P = 0.01). Patients with positive EE presented higher rates of cardiac events at 12 months (6.8% vs. 2.2%), p = 0.004. Conclusion EE is a useful method to predict cardiac events in diabetic patients with suspected or known CAD

    Tuberculose pulmonar: perfil epidemiológico do sertão Pernambucano, Brasil / Pulmonary tuberculosis: epidemiological profile of sertão Pernambucano, Brazil

    Get PDF
    Atualmente, observa-se que a tuberculose pulmonar constitui um importante problema de Saúde Pública no mundo, uma vez que esse agravo apresentou, em 2015, 10,4 milhões de casos, dos quais, mais de um milhão de pessoas vieram a óbito. Sob essa perspectiva, o presente artigo tem como objetivo traçar um perfil epidemiológico dos casos de Tuberculose Pulmonar notificados no município de Serra Talhada, entre os anos de 2007 a 2017. Foi realizado um estudo de série histórica observacional do tipo transversal, no intervalo de tempo de 2007 a 2017.  No período investigado o número de casos de tuberculose pulmonar foi de 246 casos, o local que teve a maior prevalência foi Serra Talhada, 287 por 100 mil habitantes. Diante dos dados apresentados, é imprescindível concluir, portanto, que esse estudo corrobora o perfil epidemiológico brasileiro para a Tuberculose Pulmonar, o qual indica variabilidade nos índices de acometimento durante o período analisado

    Clinical and molecular profile of Hürthle cell thyroid carcinomas

    No full text
    INTRODUÇÃO: A caracterização genômica dos carcinomas de células de Hürthle da tireoide (CCHs) está em progressão. Estudos recentes identificam alterações cromossômicas e mutações de DNA mitocondrial, além de distinto padrão de expressão gênica das vias PI3K-AKT-mTOR e Wnt/Beta-catenina, particularmente em CCHs extensamente invasivos. Entretanto, as potenciais mutações condutoras ou as responsáveis pelo fenótipo rico em mitocôndrias não estão completamente definidas. OBJETIVOS: caracterizar clinicamente os pacientes e avaliar o perfil molecular dos CCHs por meio de sequenciamento paralelo em larga escala e correlacioná-lo com as características clínicas, histológicas e desfechos. MÉTODOS: Avaliação retrospectiva de 52 CCHs e 49 adenomas de células de Hürthle (ACHs). Analisaram-se dados clínicos, histológicos, exames de ultrassonografia de tireoide e desfechos. Realizou-se o sequenciamento do DNA extraído de 40 CCHs e 10 ACHs por painel de 97 genes das vias MAPK, PI3K-AKT-mTOR, Wnt/Beta-catenina e Notch e outros, como promotor do TERT e TP53. Os programas Lofreq, Mutect e Lancet identificaram variantes somáticas, e os achados foram revisados no \"Integrative Genomics Viewer\". As alterações genéticas identificadas foram avaliadas no banco de dados COSMIC70, e potenciais efeitos deletérios por ferramentas de predição \"in silico\". Os dados clínicos, histológicos e desfechos dos CCHs foram correlacionados com o perfil molecular. RESULTADOS: A idade média dos pacientes com CCHs foi de 57,3 ± 14,5 anos, com predomínio do sexo feminino (82,7%). Os nódulos malignos foram significativamente maiores que os benignos (47,4 ± 25,7 mm vs. 28,6 ± 19,5 mm, p largura 16,7% e vascularização predominante central 52,6%). Os carcinomas eram extensamente invasivos em 61,5%. Metástases linfonodais ocorreram em 9,6% e à distância em 13,5%. Em seguimento médio de 92,7 meses, recorrência e/ou persistência ocorreram em 17,3% e óbito pela doença em 3,8%. Houve variantes somáticas em 47,5% dos CCHs (190 SNPs e 5 inserções/deleções). A via Wnt/Beta-catenina foi a mais frequentemente alterada (30%), seguida das vias MAPK (27,5%) e PI3K-AKT-mTOR (25%). Os genes com maior número de alterações foram FAT1 e APC (12 e 18 mutações, respectivamente) em 17,5% dos casos. Ocorreram mutações de NRAS em 7,5%, HRAS e KRAS em um CCH cada. Não foram identificadas mutações de BRAF e TP53, e as duas mutações do promotor do TERT foram distintas das C228T e C250T. Mutações foram mais numerosas nos carcinomas extensamente invasivos. Não houve associação significativa entre perfil mutacional e dados clínicos e histopatológicos. CONCLUSÃO: O perfil clínico dos pacientes com CCHs demonstrou idade média avançada e predomínio do sexo feminino. Na ultrassonografia, predominaram nódulos sólidos, não-hipoecoicos, sem calcificações, com contornos regulares, halo periférico e vascularização predominantemente central. Apesar de a maior parte dos casos ter sido extensamente invasiva, metástases linfonodais e à distância foram infrequentes, assim como recorrência ou persistência de doença. No sequenciamento paralelo em larga escala, observaram-se diversas mutações destacando-se a via Wnt/Beta-catenina e seus genes FAT1 e APC. Não houve associação do perfil mutacional com características clínicas, histológicas e desfechosBACKGROUND: Genomic characterization of thyroid Hürthle cell carcinomas (HCCs) has evolved recently. Studies have identified recurrent driver mutations, chromosomal alterations and mitochondrial DNA mutations. PI3K-AKT-mTOR and Wnt/Beta-catenin pathways present distinct expression pattern, particularly in widely invasive HCCs. However, potential novel driver mutations or alterations responsible for mitochondrion-rich cells are not fully defined. OBJECTIVES: To clinically characterize patients with HCCs; to assess molecular profile of HCCs through next generation sequencing and to correlate it with clinical, pathologic characteristics and outcomes. METHODS: Retrospective assessment of 52 HCCs and 49 Hürthle cell adenomas (HCAs). Clinical, histological, ultrasound and outcome data were analyzed. Extracted DNA from 40 HCCs and 10 HCAs was sequenced through a 97-gene panel targeting MAPK, PI3K-AKT-mTOR, Wnt/Beta-catenin and Notch pathways and other genes, such as a TERT promoter and TP53. Variant callers Lofreq, Mutect and Lancet identified somatic variants, which were reviewed using Integrative Genomics Viewer. Genetic alterations were evaluated in COSMIC70 database and potential deleterious effects were assessed by in silico prediction tools. Clinical, histological and outcome data from HCCs were correlated with molecular profile. RESULTS: Mean age of patients with HCC was 57.3 ± 14.5 years, with a predominance of females (82.7%). Malignant nodules were significantly larger than the benign ones (47.4 ± 25.7 mm vs. 28.6 ± 19.5 mm, p < 0.001). Suspicious ultrasound features were infrequent in HCCs (solid 54.2%, hypoechoic 37.5%, coarse calcifications 12.5%, microcalcifications 8.3%, irregular contours 4.2%, taller-than-wide shape 16.7%, central vascularization 52.6%). HCCs were widely invasive in 61.5% of cases. Lymph node metastasis occurred in 9.6% and distant metastasis in 13.5%. At mean follow-up of 92.7 months, disease relapsed or persisted in 17.3%, and cancer-related death occurred in 3.8%. Somatic variants were identified in 47.5% of HCCs (190 SNPs and 5 insertions/deletions). Wnt/Beta-catenin was the most frequently altered pathway (30%), followed by MAPK (27.5%) and PI3K-AKT-mTOR (25%) pathways. FAT1 and APC were the most frequently mutated genes (12 and 18 mutations, respectively) in 17.5% of cases. NRAS mutations were present in 7.5% of HCCs, HRAS and KRAS in one HCC each. No BRAF or TP53 mutation was found, and there were two mutations in TERT promoter, different from C228T and C250T. Although mutations were more numerous in extensively invasive HCCs, no significant association was found between mutational profile and clinical, pathologic characteristics or outcomes. CONCLUSION: HCC clinical profile demonstrated advanced age at diagnosis and female predominance. Ultrasound showed mostly solid, regular, non-hypoechoic nodules with peripheral halo and central vascularization and without calcifications. Most HCCs were widely invasive, but persistent disease, recurrence, lymph node and distant metastasis were uncommon. HCC molecular profile depicted several mutations, mainly in Wnt/Beta-catenin pathway, particularly in FAT1 and APC genes. There was no association between mutational profile and clinical, pathologic characteristics and outcome

    Rhabdomyolysis as a manifestation of clomipramine poisoning

    No full text
    CONTEXT: Tricyclic antidepressive agents are widely used in suicide attempts and present a variety of deleterious effects. Rhabdomyolysis is a rare complication of such poisoning. CASE REPORT: A 55-year-old woman ingested 120 pills of 25 mg clomipramine in a suicide attempt two days before admission. After gastric lavage in another emergency department on the day of intake, 80 pills were removed. On admission to our department, she was disoriented, complaining of a dry mouth and tremors at the extremities. An electrocardiogram showed a sinus rhythm with narrow QRS complexes. Laboratory results showed high creatine phosphokinase (CK = 15,094 U/l on admission; normal range = 26 to 140 U/l), hypocalcemia, slightly increased serum transaminases and mild metabolic acidosis. The patient's medical history included depression with previous suicide attempts, obsessive-compulsive disorder, hypothyroidism and osteoporosis. She presented cardiac arrest with pulseless electric activity for seven minutes and afterwards, without sedation, showed continuous side-to-side eye movement. She developed refractory hypotension, with need for vasopressors. Ceftriaxone and clindamycin administration was started because of a hypothesis of bronchoaspiration. The patient remained unresponsive even without sedation, with continuous side-to-side eye movement and a decerebrate posture. She died two months later. Rhabdomyolysis is a very rare complication of poisoning due to tricyclic drugs. It had only previously been described after an overdose of cyclobenzaprine, which has a toxicity profile similar to tricyclic drugs. CONCLUSIONS: Although arrhythmia is the most important complication, rhabdomyolysis should be investigated in cases of clomipramine poisoning
    corecore