14 research outputs found

    PREVALÊNCIA DE AGENTES CAUSADORES DE MASTITE EM BOVINOS CRIADOS EM SISTEMA DE ALOJAMENTO FREE STALL NA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA E RESISTÊNCIA DOS AGENTES A ANTIMICROBIANOS

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    A bovinocultura de leite no Brasil vem crescendo ao longo dos anos, visto que em 2011 o país atingiu a produção de 21,6 bilhões de litros de leite, tendo as regiões Sudeste e Sul como maiores produtoras. Visando ao aumento na produtividade e considerando as características do relevo na região Oeste de Santa Catarina, tem-se aumentado o número de propriedades aderindo ao sistema de alojamento de bovinos em Free Stall, entretanto, os animais criados em galpões tornam-se mais suscetíveis às enfermidades em razão do maior contato e da alta carga microbiológica do ambiente. Entre essas enfermidades, destaca-se a mastite, que se trata do processo inflamatório da glândula mamária, geralmente de caráter infeccioso, caracterizada por alterações no leite e no tecido glandular, podendo ser classificada como clínica ou subclínica, ou ainda ser classificada de acordo com o agente causador em contagiosa ou ambiental. Com o objetivo de determinar a prevalência de agentes causadores de mastite em bovinos criados em sistema de alojamento Free Stall no Oeste de Santa Catarina e avaliar a resistência dos agentes aos principais antimicrobianos utilizados para tratamento dos casos de mastite, foram realizadas coletas de leite de animais positivos para o teste California Mastitis Test (CMT), selecionados por conveniência. As amostras foram enviadas para o laboratório de microbiologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), onde foram realizados os testes para a identificação dos agentes e teste de suscetibilidade aos antimicrobianos. Observou-se que o agente de maior prevalência foi Staphylococcus sp. coagulase negativa (38,56%) , seguido de Staphylococcus sp. coagulase positiva (11,76%), Enterococcus saccharolyticus (10,46%), Staphylococcus aureus (9,15%), Streptococcus uberis (4,58%), Acinetobacter sp. (3,27%), Enterobacter aerogenes (3,27%), Alcaligenes faecalis (2,61%), Aeromonas sp. (2,61%), Streptococcus acidominimus (2,61%) e 11,11% de outros microrganismos. Em relação ao teste de suscetibilidade aos antimicrobianos, constatou-se que os microrganismos Gram positivos isolados apresentaram sensibilidade aos seguintes antimicrobianos: Ceftiofur (98,36%), Enrofloxacina (97,54%), Amoxicilina + ácido clavulânico (95,90%), Ampicilina (94,26%), Eritromicina (90,16%), Sulfametoxazol + trimetoprim (88,52%), Penicilina (87,70%), Tetraciclina (80,33%), Gentamicina (77,04%), Neomicina (65,57%), Oxaciclina (59,84%) e Estreptomicina (40,16%). Já os microrganismos Gram negativos apresentaram sensibilidade à Enrofloxacina (96%), Norfloxacina (92%), Tetracilcina (88%), Ceftiofur (80%), Gentamicina (76%), Neomicina (72%), Sulfametoxazol + trimetoprim (68%), Estreptomicina (52%), Ampicilina (44%), Lincomicina (36%), Amocicilina (36%) e Oxacilina (12%). O agente de maior prevalência Staphylococcus coagulase negativa apresentou maior sensibilidade para Amoxicilina + ácido clavulânico (98,30%), seguido de Ceftiofur (96,61%) e enrofloxacina (96,61%), enquanto o Staphylococcus aureus apresentou 100% de sensibilidade para ceftiofur e enrofloxacina, seguido de ampicilina (92,85%). Dessa forma, enfatiza-se a importância da realização de testes para identificação dos agentes, bem como testes para verificar a susuctibilidade dos mesmos, a fim de realizar-se um correto tratamento e prevenção por meio de manejo adequado de acordo com cada situação.Palavras-chave: Free stall. Mastite. Antibiograma. Microrganismos

    IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS ISOLADOS DE LESÕES PULMONARES COLETADAS AO ABATE EM SUÍNOS NA FASE DE TERMINAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM LESÕES HISTOLÓGICAS

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    As pneumonias caracterizam as patologias mais importantes e frequentes na clínica de suínos, atividade econômica de destaque nos cenários nacional e mundial. Essas patologias acometem suínos na fase de terminação, têm etiologia multifatorial e acarretam perdas produtivas e econômicas. Em razão da magnitude dessas enfermidades, seu controle é indispensável, porém, por sua característica multifatorial e infecções mistas, tornam-se um desafio para médicos veterinários. Objetivou-se com este estudo identificar os principais agentes envolvidos nas lesões de pneumonias encontradas em suínos por ocasião do abate e correlacionar com as lesões histológicas, caracterizando o tipo de pneumonia e o tempo de evolução. Para as análises, foram colhidos 25 pulmões com lesão de consolidação em um frigorífico localizado na região Oeste de Santa Catarina. Os pulmões foram avaliados macroscopicamente e foi calculada a área média de parênquima afetada pela lesão. Posteriormente, foram realizadas colheitas de amostras de lobos pulmonares com lesões (fragmentos de aproximadamente 10 cm) para diagnóstico no laboratório de microbiologia da Unoesc Xanxerê. Os agentes isolados foram identificados de acordo com suas características morfo-tintoriais. Fragmentos pulmonares de 1,5 cm em área de lesão foram coletados para exame histológico, acondicionados em formol 10% e posteriormente processados rotineiramente e corados com hematoxilina e eosina no laboratório de patologia veterinária da Unoesc Xanxerê. As lesões histológicas foram descritas de acordo com o tipo de patologia e grau de acometimento do tecido. Do total de amostras avaliadas, a área média pulmonar afetada por lesão foi de 19,85%; o pulmão com área mínima de lesão foi de 2,2% e área máxima, de 53%.  Quanto ao isolamento, nove amostras (36%) não apresentaram crescimento e 16 (64%) apresentaram crescimento, sendo Pasteurella multocida (Pm) o agente mais frequentemente isolado, em 13 amostras (81,25%). Na avaliação histopatológica, a lesão predominante foi pneumonia intersticial associada à hiperplasia linfoide peribronquiolar (hiperplasia BALT) em 10 amostras (40,0%), e observou-se que em seis (60,0%) não houve crescimento bacteriano. A lesão de broncopneumonia supurativa (Bp) foi observada em sete amostras (28,0%) e Bp associada à hiperplasia BALT, em cinco amostras (20,0%). Dessas amostras com lesão de Bp supurativa e Bp supurativa com hiperplasia BALT, o agente predominante foi Pm em oito amostras (66,7%). A partir dos achados, observa-se uma alta ocorrência de lesões pulmonares com isolamento bacteriano e uma porcentagem de área pulmonar afetada relativamente alta. Cabe ressaltar que nos animais doentes a literatura relata que há prejuízos em ganhos produtivos. A não identificação de agentes etiológicos pela técnica de bacteriologia convencional nas lesões de hiperplasia de BALT confere com o descrito na literatura, uma vez que o agente relacionado a essa lesão é o Mycoplasma hyopneumoniae, identificado por técnicas moleculares ou imunohistoquímica, pois, em razão da sua característica de crescimento fastidiosa, não é isolado em meios de cultura convencionais. Por outro lado, a identificação de Pm nas lesões supurativas já era esperada, uma vez que o agente tem capacidade de induzir uma resposta inflamatória com infiltrado de neutrófilos, nesse caso, predominando a reação supurativa em vias aéreas, que na macroscopia se observa como exsudato mucoso a purulento e quadros produtivos de tosse na clínica.Palavras-chave: Micro-organismos. Consolidação pulmonar. Hiperplasia peribronquiolar. Suínos abate. Fonte de Financiamento: PIBIC/Unoes

    IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO DOS PERFIS DE SUSCETIBILIDADE E DETECÇÃO DE BIOFILMES DOS PRINCIPAIS CONTAMINANTES BACTERIANOS ISOLADOS EM CENTRAIS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL DE SUÍNOS

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    A inseminação artificial (IA) é uma biotécnica que continua em franca expansão em suínos por possibilitar a utilização de reprodutores geneticamente superiores. Essa técnica requer higiene rígida em todas as etapas do processo, desde a coleta do sêmen até o processamento, para minimizar a contaminação bacteriana do ejaculado, o que reflete diretamente na produtividade das matrizes. O sucesso da IA depende da qualidade das doses inseminantes (DI), que devem ser isentas de micro-organismos contaminantes e potencialmente patogênicos, com capacidade fertilizante e elevado valor genético. A coleta de um ejaculado livre de contaminantes representa um desafio, pois os contaminantes são oriundos do ambiente em que o ejaculado é coletado e estão presentes em partículas de poeira em suspensão, bem como integrantes da microbiota normal do próprio animal. Falhas de manejo e higiene predispõem à contaminação bacteriana do sêmen do suíno, apresentando a viabilidade das células espermáticas comprometida, além disso, podendo causar infecções uterinas, aumentando a infertilidade em fêmeas, trazendo prejuízos reprodutivos. Medidas de limpeza e desinfecção adotadas nos processos de coleta e processamento de sêmen algumas vezes não são eficientes em decorrência da resistência do agente bacteriano a antimicrobianos comumente utilizados nos diluentes de sêmen. A formação de biofilme é um mecanismo descrito como importante na persistência e manutenção dos micro-organismos, fazendo com que os antimicrobianos e desinfetantes não consigam atingi-los. Foram realizadas coletas de amostras de sêmen e swabs em três unidades de processamento de sêmen (UDG). Entre as amostras coletadas em cada UDG, os principais focos de contaminação bacteriana estavam relacionados à produção e ao armazenamento de água e do sêmen in natura. A água representa o maior fator de risco quando o tema abordado é a qualidade seminal e requer atenção especial. Os agentes bacterianos mais prevalentes em todas as UDGs foram S. aureus, S. hyicus, E. coli e Peseudomonas sp. No teste in vitro de susceptibilidade a antimicrobianos das bactérias mais prevalentes do sêmen suíno das UDGs, foram utilizados penicilina (PEN), ceftiofur (CTF), lincomicina (LIN), gentamicina (GEN) e neomicina (NEO); as bactérias apresentaram maior resistência à penicilina e à lincomicina e mais sensíveis à gentamicina e à neomicina.Os agentes mais prevalentes isolados das amostras serão submetidos a provas moleculares por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para a detecção de genes codificadores de biofilmes. Serão submetidos também a testes de resistência a substâncias desinfetantes. Práticas como limpeza e desinfecção do ambiente laboratorial, processamento e resfriamento das doses inseminantes são fatores fundamentais para reduzir a carga microbiana e posteriormente minimizar os prejuízos causados pelos micro-organismos.Palavras-chave: Inseminação artificial. Biofilme. Cachaços

    PREVALÊNCIA DE AGENTES ETIOLÓGICOS DE MASTITE EM BOVINOS LEITEIROS CRIADOS EM SISTEMA DE ALOJAMENTO DO TIPO COMPOST BARN NA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA

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    O sistema Compost Barn (CB) é composto por camas comuns que passam por um processo de compostagem. Esse sistema tem crescido nos últimos anos no Brasil por gerar melhoria do conforto e bem-estar animal. Entretanto, os animais criados nesse sistema podem estar mais suscetíveis à mastite em razão do contato direto com a cama, especialmente se esta for mal manejada. Nesse sentido, objetivou-se, com este estudo, avaliar a contagem de células somáticas (CCS), identificar os agentes causadores de mastite em sistemas CB e avaliar a suscetibilidade destes frente a antimicrobianos. Para isso, foram avaliados 102 animais das raças Jersey e Holandês, totalizando 403 amostras. Nas amostras de leite foram realizados o California mastites test (CMT), o isolamento microbiológico, o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos e a contagem de células somáticas microscópica. Além disso, realizou-se avaliação da temperatura, umidade e isolamento bacteriano a partir de amostras das camas. Das 403 amostras submetidas ao CMT, 224 (55,6%) apresentaram reação negativa e 179 (44,4%) foram positivas em graus variados. Os agentes microbianos mais prevalentes foram Staphylococcus sp. coagulase negativa (36,4%), seguido de Streptococcus uberis (21,6%), Corynebacterium sp. (14,7%) e Staphylococcus aureus (10,22%). No teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, os agentes Gram positivos apresentaram sensibilidade de 97% para amoxicilina, tetraciclina e enrofloxacina, seguidos de ceftiofur (94%), eritromicina (91%), oxacilina (90%), gentamicina e sulfametoxazol com trimetoprim (79%), neomicina (78%), ampicilina (76%), penicilina (71%) e estreptomicina (58%). Já em relação aos agentes Gram negativos, estes apresentaram sensibilidade de 100% para ceftiofur, neomicina, sulfametoxazol com trimetoprim, gentamicina e enrofloxacina, seguidos de tetraciclina (97%), estreptomicina (58%) e 33% para oxacilina, amoxicilina e ampicilina. O resultado médio da CCS microscópica encontrada foi 622.567 cél/mL, visto que esta variou de 38.196 a 7.375.011 cél/mL. Ao estratificar os micro-organismos isolados de acordo com os resultados de CCS, não se observou diferença significativa entre os agentes isolados em relação à CCS. Nas avaliações das camas, observou-se umidade e temperatura médias de 51,20% e 31,44 °C, respectivamente. Além disso, identificou-se Escherichia coli, Acinetobacter sp., Alcaligenes faecalis e Bacillus sp. como agentes contaminantes. Dessa forma, observa-se que os agentes isolados a partir das amostras das camas são caracterizados como micro-organismos ambientais. Embora esses agentes não tenham sido identificados nas amostras de leite, podem desencadear quadros de mastite nos bovinos. Além disso, a temperatura e a umidade das camas estavam em desacordo com o que cita a literatura, podendo resultar na má compostagem destas. Percebe-se, portanto, que os sistemas de Compost Barn instalados na região Oeste de Santa Catarina ainda necessitam melhorar o manejo da cama para, consequentemente, melhorar a qualidade do leite produzido.Palavras-chave: Compost barn. Leite. Mastite. Staphylococcus sp. Fonte de Financiamento: PIBIC/Unoes

    Influence of the Bovine Leukemia Virus on the Immunological Activity by the Neutrophilic Function

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    Background: Bovine leukemia virus (VLB) is an oncogenic deltaretrovirus associated with the development of persistent lymphocytosis (LP) and lymphosarcomas in cattle. LP is characterized by chronic elevation of the number of circulating lymphocytes, in the case of B lymphocytes. Several studies have described functional changes in various leukocyte populations in both blood and milk in VLB-infected animals. The impact of some chronic diseases of low lethality is aggravated by the emergence of comorbidities.The objective of the present study was to evaluate the oxidative metabolism and neutrophil phagocytosis of bovines of the Holtein breed naturally infected with the bovine leukemia virus (VLB).Materials, Methods & Results: In this study, 20 cows were divided into three groups: (NG) seven non-seroreagent animals for VLB and without hematological alterations; (GAL) eight seroreagent animals for VLB and without hematological alterations; and (GLP) five seroreagent animals for VLB with persistent lymphocytosis (LP). The oxidative metabolism of neutrophils was determined by the tetrazolium nitroblast reduction test stimulated or not with Zymosan particles. The percentage of neutrophils that phagocytosed Zymosan particle (s) was also evaluated. The data were initially evaluated for normality and homoscedasticity by the Shapiro-Wilk test. Then the ANOVA test followed by the Student-Newman-Keuls test was applied for the comparison between the NG, GAL and GLP animals. Comparison between the NG animals and the seroreagent animals for the VLB (GVLB) was also performed through the unpaired Student's t-test. The value of P < 0.05 was considered significant. No significant differences were observed in oxidative neutrophil metabolism in stimulated and non-stimulated samples with Zymosan particles nor in the percentage of neutrophils that phagocytosed Zymosan particle (s) among the three experimental groups. However, as no differences were observed between the seroreagent animals for VLB with and without LP, we chose to divide the animals into only two experimental, non-seroreagent and seroreagent groups for VLB. Thus, when non-seroreagent animals for the VLB were compared with the seroreagent animals for the VLB, which corresponds to the GAL and GLP animals, a significant difference was observed in relation to the oxidative metabolism by neutrophils stimulated with Zymosan particles.Discussion: Some viral diseases are often associated with increased susceptibility to new infections and several studies have evaluated the role of peripheral blood mononuclear cells in VLB infection, but few studies have investigated neutrophil function. Some authors, when evaluating phagocytic capacity and oxidative metabolism, respectively, of blood leukocytes from VLB-infected animals, observed that VLB-infected animals displaying LP had lower phagocytic capacity and lower production of Reactive Oxygen Species (ROS). Some studies have shown that oxygen consumption by neutrophils was higher in experimentally infected sheep by VLB after 15 weeks of challenge, but this species is not a natural host of the virus, since transmission does not occur between sheep and cattle and the pathogenesis of infection by VLB is more acute in sheep, a result of the lower latency period for LP development. Other authors, when evaluating the interference of VLB in milk leukocytes, concluded that VLB-infected animals show lower intensity of intracellular ROS production by flow cytometry in VLB-infected animals, especially animals expressing LP, despite the fact that percentage of milk neutrophils that produced ROS did not differ between groups. It can be concluded that VLB interferes in neutrophilic function with possible implications for the health of VLB-infected animals and may favor secondary infections

    USO DO TESTE DE REDUÇÃO DO NITROAZUL DE TETRAZÓLIO PARA AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO NEUTROFÍLICA EM ANIMAIS NATURALMENTE INFECTADOS PELO VÍRUS DA LEUCEMIA BOVINA

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    O objetivo com o presente estudo foi avaliar o metabolismo oxidativo e a fagocitose de neutrófilos de bovinos da raça holandesa naturalmente infectadas pelo vírus da leucemia bovina (VLB). Para o presente estudo, foram selecionadas 20 vacas, divididas em três grupos: (GN) sete animais não sororreagentes para o VLB e sem alterações hematológicas; (GAL) oito animais sororreagentes para o VLB e sem alterações hematológicas; e, (GLP) cinco animais sororreagentes para o VLB com linfocitose persistente (LP). O metabolismo oxidativo dos neutrófilos foi determinado pelo teste de redução do nitroazul de tetrazólio estimulado ou não com partículas de Zymosan. A porcentagem de neutrófilos que fagocitaram partícula(s) de Zymosan também foi avaliada. Não foram observadas diferenças significativas no metabolismo oxidativo de neutrófilos em amostras estimuladas e não estimuladas com partículas de Zymosan, nem na porcentagem de neutrófilos que fagocitaram partícula(s) de Zymosan entre os três grupos experimentais. Porém, quando comparados os animais do GN com os animais sororreagentes para o VLB, com e sem LP, observou-se diferença significativa em relação ao metabolismo oxidativo por neutrófilos estimulados com partículas de Zymosan. Portanto, pode-se concluir que o VLB interfere na função neutrofílica com possíveis implicações para a saúde dos animais infectados pelo VLB, podendo favorecer infecções secundárias.Palavras-chave: Neutrófilos. Leucose Enzoótica Bovina. Metabolismo oxidativo. Fagocitose. Bovinos leiteiros

    PREVALÊNCIA DE AGENTES CAUSADORES DE MASTITE EM BOVINOS CRIADOS EM SISTEMA DE ALOJAMENTO FREE STALL NA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA E RESISTÊNCIA DOS AGENTES A ANTIMICROBIANOS

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    A bovinocultura de leite no Brasil vem crescendo ao longo dos anos, visto que em 2011 o país atingiu a produção de 21,6 bilhões de litros de leite, tendo as regiões Sudeste e Sul como maiores produtoras. Visando ao aumento na produtividade e considerando as características do relevo na região Oeste de Santa Catarina, tem-se aumentado o número de propriedades aderindo ao sistema de alojamento de bovinos em Free Stall, entretanto, os animais criados em galpões tornam-se mais suscetíveis às enfermidades em razão do maior contato e da alta carga microbiológica do ambiente. Entre essas enfermidades, destaca-se a mastite, que se trata do processo inflamatório da glândula mamária, geralmente de caráter infeccioso, caracterizada por alterações no leite e no tecido glandular, podendo ser classificada como clínica ou subclínica, ou ainda ser classificada de acordo com o agente causador em contagiosa ou ambiental. Com o objetivo de determinar a prevalência de agentes causadores de mastite em bovinos criados em sistema de alojamento Free Stall no Oeste de Santa Catarina e avaliar a resistência dos agentes aos principais antimicrobianos utilizados para tratamento dos casos de mastite, foram realizadas coletas de leite de animais positivos para o teste California Mastitis Test (CMT), selecionados por conveniência. As amostras foram enviadas para o laboratório de microbiologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), onde foram realizados os testes para a identificação dos agentes e teste de suscetibilidade aos antimicrobianos. Observou-se que o agente de maior prevalência foi Staphylococcus sp. coagulase negativa (38,56%) , seguido de Staphylococcus sp. coagulase positiva (11,76%), Enterococcus saccharolyticus (10,46%), Staphylococcus aureus (9,15%), Streptococcus uberis (4,58%), Acinetobacter sp. (3,27%), Enterobacter aerogenes (3,27%), Alcaligenes faecalis (2,61%), Aeromonas sp. (2,61%), Streptococcus acidominimus (2,61%) e 11,11% de outros microrganismos. Em relação ao teste de suscetibilidade aos antimicrobianos, constatou-se que os microrganismos Gram positivos isolados apresentaram sensibilidade aos seguintes antimicrobianos: Ceftiofur (98,36%), Enrofloxacina (97,54%), Amoxicilina + ácido clavulânico (95,90%), Ampicilina (94,26%), Eritromicina (90,16%), Sulfametoxazol + trimetoprim (88,52%), Penicilina (87,70%), Tetraciclina (80,33%), Gentamicina (77,04%), Neomicina (65,57%), Oxaciclina (59,84%) e Estreptomicina (40,16%). Já os microrganismos Gram negativos apresentaram sensibilidade à Enrofloxacina (96%), Norfloxacina (92%), Tetracilcina (88%), Ceftiofur (80%), Gentamicina (76%), Neomicina (72%), Sulfametoxazol + trimetoprim (68%), Estreptomicina (52%), Ampicilina (44%), Lincomicina (36%), Amocicilina (36%) e Oxacilina (12%). O agente de maior prevalência Staphylococcus coagulase negativa apresentou maior sensibilidade para Amoxicilina + ácido clavulânico (98,30%), seguido de Ceftiofur (96,61%) e enrofloxacina (96,61%), enquanto o Staphylococcus aureus apresentou 100% de sensibilidade para ceftiofur e enrofloxacina, seguido de ampicilina (92,85%). Dessa forma, enfatiza-se a importância da realização de testes para identificação dos agentes, bem como testes para verificar a susuctibilidade dos mesmos, a fim de realizar-se um correto tratamento e prevenção por meio de manejo adequado de acordo com cada situação.Palavras-chave: Free stall. Mastite. Antibiograma. Microrganismos

    IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS ISOLADOS DE LESÕES PULMONARES COLETADAS AO ABATE EM SUÍNOS NA FASE DE TERMINAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM LESÕES HISTOLÓGICAS

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    As pneumonias caracterizam as patologias mais importantes e frequentes na clínica de suínos, atividade econômica de destaque nos cenários nacional e mundial. Essas patologias acometem suínos na fase de terminação, têm etiologia multifatorial e acarretam perdas produtivas e econômicas. Em razão da magnitude dessas enfermidades, seu controle é indispensável, porém, por sua característica multifatorial e infecções mistas, tornam-se um desafio para médicos veterinários. Objetivou-se com este estudo identificar os principais agentes envolvidos nas lesões de pneumonias encontradas em suínos por ocasião do abate e correlacionar com as lesões histológicas, caracterizando o tipo de pneumonia e o tempo de evolução. Para as análises, foram colhidos 25 pulmões com lesão de consolidação em um frigorífico localizado na região Oeste de Santa Catarina. Os pulmões foram avaliados macroscopicamente e foi calculada a área média de parênquima afetada pela lesão. Posteriormente, foram realizadas colheitas de amostras de lobos pulmonares com lesões (fragmentos de aproximadamente 10 cm) para diagnóstico no laboratório de microbiologia da Unoesc Xanxerê. Os agentes isolados foram identificados de acordo com suas características morfo-tintoriais. Fragmentos pulmonares de 1,5 cm em área de lesão foram coletados para exame histológico, acondicionados em formol 10% e posteriormente processados rotineiramente e corados com hematoxilina e eosina no laboratório de patologia veterinária da Unoesc Xanxerê. As lesões histológicas foram descritas de acordo com o tipo de patologia e grau de acometimento do tecido. Do total de amostras avaliadas, a área média pulmonar afetada por lesão foi de 19,85%; o pulmão com área mínima de lesão foi de 2,2% e área máxima, de 53%.  Quanto ao isolamento, nove amostras (36%) não apresentaram crescimento e 16 (64%) apresentaram crescimento, sendo Pasteurella multocida (Pm) o agente mais frequentemente isolado, em 13 amostras (81,25%). Na avaliação histopatológica, a lesão predominante foi pneumonia intersticial associada à hiperplasia linfoide peribronquiolar (hiperplasia BALT) em 10 amostras (40,0%), e observou-se que em seis (60,0%) não houve crescimento bacteriano. A lesão de broncopneumonia supurativa (Bp) foi observada em sete amostras (28,0%) e Bp associada à hiperplasia BALT, em cinco amostras (20,0%). Dessas amostras com lesão de Bp supurativa e Bp supurativa com hiperplasia BALT, o agente predominante foi Pm em oito amostras (66,7%). A partir dos achados, observa-se uma alta ocorrência de lesões pulmonares com isolamento bacteriano e uma porcentagem de área pulmonar afetada relativamente alta. Cabe ressaltar que nos animais doentes a literatura relata que há prejuízos em ganhos produtivos. A não identificação de agentes etiológicos pela técnica de bacteriologia convencional nas lesões de hiperplasia de BALT confere com o descrito na literatura, uma vez que o agente relacionado a essa lesão é o Mycoplasma hyopneumoniae, identificado por técnicas moleculares ou imunohistoquímica, pois, em razão da sua característica de crescimento fastidiosa, não é isolado em meios de cultura convencionais. Por outro lado, a identificação de Pm nas lesões supurativas já era esperada, uma vez que o agente tem capacidade de induzir uma resposta inflamatória com infiltrado de neutrófilos, nesse caso, predominando a reação supurativa em vias aéreas, que na macroscopia se observa como exsudato mucoso a purulento e quadros produtivos de tosse na clínica.Palavras-chave: Micro-organismos. Consolidação pulmonar. Hiperplasia peribronquiolar. Suínos abate. Fonte de Financiamento: PIBIC/Unoes
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