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MISSIONÁRIO MIGRANTE – TEÓLOGO MILITANTE JOSÉ COMBLIN: O RETORNO DO ENVIADO DO PAI "Migrant missionary - militant theologian José Comblin: the return of the envoy of the Father"
Este trabalho, inicialmente, reconhece e identifica o Pe. Comblin instruindo e testemunhando como ser autenticamente humano. Ele é descortinado como beato, peregrino, mestre e teólogo de grande lucidez e sensibilidade. O texto o apresenta como um “Enviado do Pai” que viu em Medellín o surgimento de uma Igreja dos pobres. Vislumbra um Comblin que trouxe de cada uma de suas estações biográficas experiências de Deus, enraizadas na vida do povo. Afirma que o mesmo reconheceu e valorizou inúmeros “pequenos profetas” que nunca entraram oficialmente na história. Seu método era forjar a teologia a partir da vida concreta dos pobres.Palavras-chave: Peregrino. Profeta. Professor. Enviado do Pai. Igreja dos pobres.AbstractThis work initially recognizes and identifies Father Comblin's work as an instructor and role model on how to be truly human. He is bold as a leader, pilgrim, teacher and theologian of great clarity and sensitivity. This text presentes him as a envoy of the Father, a person who saw in Medellin the emergence of a Church of the poor. Envisions a Comblin that brought each of its stations biographical experiences of God, rooted in people's lives. It states that he recognized and appreciated many "small prophets" who never officially entered the story. His method was to forge theology from the concrete life of the poor.Keywords: Pilgrim. Prophet. Teacher. Envoy of the Father. Church of the poor.
Die Herausforderung durch die Anderen. 500 Jahre Christentum in Lateinamerika: Conquista, Sklaverei, Befreiung
Der Hunger der Armen und die Legitimationspflicht des Anderen sind gleichermaßen ein Skandal, der das Leben von Völkern, sozialen Gruppen und Individuen bedroht. Die weltweite Armut, Ergebnis einer historisch-strukturellen, sozio-ökonomischen Asymmetrie, muß solidarisch bekämpft werden. Das Anderssein jedoch - jene identitätsbildende Widerstandskraft gegen administrative, technokratische und neokoloniale Gleichmacherei - ist ein grundsätzlich verteidigenswertes Gut. Partizipative, demokratische Gleichheit und universale Solidarität haben die Überwindung von Armut und die Anerkennung der Anderen-andere Ethnien, Kulturen,Glaubensbekenntnisse - im Auge. Das Anderssein der Anderen hat nur dann kein Recht auf Anerkennung, wenn es Hegemonieansprüche anmeldet, das Gespräch verweigert und den Toleranzvertrag, der ja die Voraussetzung für modernes gesellschaftliches Zusammenleben bildet, grundsätzlich nicht anerkennt. (...) EnglishAgainst the background of the current discussion about the "Quinto Centenario" of the 'discovery' and conquest of Latin Arnerica the author opposes the frequent reduction of the 'other' to the 'poor'. Beside the necessary socio-analytical perspective one needs above all an ethnic-cuitural perspective which takes serious the cultural variety and otherness of many latin american population groups. The basic question of the latin Arnerican ecclesiastical history runs: Has there actually been an 'evangelization' or only a 'christianization'? The author turns out that as far as the church is concerned a merciful acceptance of the poor has often gone hand in hand with a confused intolerance with regard to the other. After the Conquista many old-established traditions of latin american people were condemned to a catacomb life in the religious underground. After the destruction of their temples the Indian priests have quite frequently gone on telling their story on removed hills and in the darkness of the forests, fobbing the catholic priestsoff with answers from the catechism learned by heart. Yet, despite some forms of resistance the exterminated, isolated or compulsively 'integrated' other demonstrates the violence and the potential of suppression of the christianization of Latin Arnerica.History proves, however, that beside the official Christianity in Latin Arnerica there has always been the 'other' Christianity which defends the cause of the others and stands up against neo-colonialism, political hegemony, eurocentric claims for truth and grey uniformity.
A PROPOSTA DO PAPA FRANCISCO PARA O SÍNODO PAN-AMAZÔNICO DE 2019: SINODALIDADE, MISSÃO, ECOLOGIA INTEGRAL
O magistério do Papa Francisco gira em torno de três eixos: a sinodalidade como método, a missão como relevância do ser cristão para o mundo e a ecologia integral como horizonte de responsabilidade para o futuro da humanidade. No texto que segue, o Autor perscruta esse magistério em vista do “Sínodo para a Amazônia” a ser realizado em outubro de 2019, em Roma. O papa justificou a convocação desse Sínodo Pan-Amazônico com o pedido de algumas Conferências Episcopais da América Latina, de Pastores e fiéis de outras partes do mundo. O Sínodo Pan-Amazônico é dedicado à preservação de um bioma com seus habitantes e tem como ponto de partida o imenso território do qual fazem parte nove países: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa e Brasil. Ao mesmo tempo, esse sínodo tem um horizonte planetário, já que Amazônia, que é considerada pulmão do mundo, está hoje com uma pneumonia aguda (DAp, n. 475)
Igreja em saída: compromissos e contradições na proposta missionária do Papa Francisco
O magistério do Papa Francisco parece descortinar horizontes conciliares de saída de um inverno eclesial a serviço do mundo de hoje, depois de longos anos de um magistério tímido no aproveitamento das aberturas propostas pelo Vaticano II. O paradigma da “Igreja em saída” (Evangelii gaudium 20) inspira, não sem contradições, a possibilidade de um novo agir pastoral do encontro e da proximidade entre Povo de Deus e Igreja hierarquicamente estruturada. A “Igreja em saída” está substituindo o paradigma da “Nova Evangelização”, que remete à XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que em 2012 discutiu sobre a nova evangelização para a transmissão da fé cristã. A Evangelii gaudium (EG), que deveria ser a síntese das Proposições daquele sínodo, foi muito além, inspirando uma renovada missão na Igreja. No entanto, sua implementação encontra obstáculos previsíveis
A PROPÓSITO DA EVANGELIZAÇÃO EXPLÍCITA A DECLARAÇÃO DOMINUS IESUS REVISITADA
O Decreto sobre o Múnus Pastoral dos Bispos na Igreja, do Vaticano II (28.10.1965), e a Declaração sobre a unicidade e universalidade salvífica de Jesus, da Congregação para a Doutrina da Fé (06.08.2000) têm nomes semelhantes. Ambos falam do “Senhor” que caminha. Mas o Senhor caminha, nesses documentos, em direções diferentes. O Decreto do Concílio inicia seu discurso em nome do “Cristo Senhor” (Christus Dominus [CD]), que desceu do céu e veio, enviado pelo Pai, para salvar o seu povo (cf. CD 1). A Declaração da Congregação invoca o “Senhor Jesus” (Dominus Iesus [DI]), que subiu ao céu e, ao despedir-se dos seus, deu ordens e falou com “toda a autoridade” (cf. DI 1). No Decreto, os bispos do mundo inteiro lembram-se da responsabilidade para com toda a Igreja e para com o mundo, e essa responsabilidade desdobra-se na partilha e no especial cuidado “pelos pobres e humildes” (CD 6; 7; 13)
MISSÃO E SOLIDARIEDADE
Ao cantar que “a vida só se dá pra quem se deu” (Vinícius de Moraes), o poeta aponta para a dimensão da reciprocidade da vida que é o início da solidariedade. A responsabilidade recíproca entre cada um e a comunidade humana faz a vida desabrochar. Por isso, a prática da solidariedade encontra-se em todos os povos e grupos sociais. Ela varia entre um “fato quase natural”, como, por exemplo, a solidariedade familiar, um “dever”, como o socorro depois de um acidente, e uma “virtude”, como a prática da caridade fora de obrigações legais. A diferença está nas motivações – laços de sangue, punição pela lei ou opções de fé – que permitem uma maior ou menor abrangência da solidariedade. Na larga escala de práticas solidárias, a solidariedade dos cristãos não vai, necessariamente, mais longe do que a solidariedade praticada na base de outras religiões, crenças ou ideologias. Ela tem, porém, fundamentos teológicos próprios e horizontes específicos que permitem fazer um discernimento crítico nos diferentes cenários da vida cotidiana