20 research outputs found

    A grande transformação da planície do norte do Rio de Janeiro (1933-1990)

    Get PDF
    As planícies costeiras do Atlântico Sul formaram-se nos últimos 5 mil anos e foram um dos primeiros terrenos tocados na América por europeus em seu processo de expansão, no século XV. Áreas de tabu­leiros também se estendem na zona costeira e foram conquistadas no século XVI para a obtenção de lenha e madeira, tanto quanto para a abertura de terras para a agropecuária. As planícies, principalmen­te, contavam com extensas áreas úmidas que dificultavam uma economia agropecuária. Durante todo o período colonial e ao longo do século XIX, a excessiva umidade impunha limitações à agropecuária. A modernização dessa atividade, a partir do final do século XIX, acabou exigindo a drenagem de tais áreas em todo o Brasil. Várias comissões de saneamento foram criadas para tal finalidade. A que se firmou, entre 1940 e 1989, em todo o país foi o Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS). A atu­ação do órgão promoveu uma grande transformação no ambiente com profundas consequências soci­ais. O presente artigo toma o caso da planície do norte do estado do Rio de Janeiro para ilustrar a gran­de transformação por que passaram esses terrenos e os problemas ambientais dela resultantes. Hoje, a agropecuária no Norte Fluminense mostra sensíveis sinais de esgotamento

    A few words on an ecohistory theory

    Get PDF
    O objetivo deste artigo é esboçar, a título de ensaio, uma teoria, com seus respectivos conceitos, sobreum novo domínio da história que examina as relações das sociedades humanas com a natureza ou como ambiente. Para ele, propomos o nome de eco-história.The purpose of this article is to outline the first draft of a theory, with its respective concepts, about anew history domain that examines the relationships of human societies with nature or with the environment.For such, we propose the name Ecohistory

    DNOS: uma instituição mítica da República Brasileira

    Get PDF
    Tomando por base o conceito de mito histórico, amplamente estudado por Raoul Girardet e José Murilo de Carvalho, pretende-se, neste artigo, examinar a trajetória do Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS) – principalmente na Baixada dos Goytacazes (RJ), onde sua atuação foi mais intensa que em outras partes do país –, em consonância com os fundamentos teóricos dos autores citados. Assim, são identificadas quatro fases no mito do DNOS: tempo do apelo e da espera, tempo da presença, tempo da crise e tempo da lembrança. Para concluir, aborda-se o período posterior à extinção ao órgão, em plena fase do neoliberalismo.

    Breve história das relações das sociedades com os manguezais no Brasil

    Get PDF
    Abstract: mangroves became better known to Europeans from the 15th century onwards with maritime expansion. As a worldwide intertropical ecosystem, it was known and sustainably exploited by native peoples. Europeans saw it as an infectious and unproductive environment, like swamps. Gradually, the importance for subsistence and market economies was being recognized. Today, science demonstrates its importance as a carbon dioxide sink.Resumen: Los manglares se hicieron más conocidos por los europeos a partir del siglo XV con la expansión marítima. Como ecosistema intertropical a nivel mundial, los pueblos originarios lo conocían y lo explotaban de manera sostenible. Los europeos lo vieron como un ambiente infeccioso e improductivo, como pantanos. Gradualmente, se fue reconociendo la importancia para las economías de subsistencia y de mercado. Hoy, la ciencia demuestra su importancia como sumidero de dióxido de carbono.Os manguezais passaram a ser mais conhecidos pelos europeus a partir do século XV com a expansão marítima. Sendo um ecossistema intertropical mundial, eles eram conhecidos e explorados de forma sustentada pelos povos nativos da zona intertropical. Os europeus viam-nos como ambiente infecto e improdutivo, como os pântanos. Aos poucos, a importância para as economias de subsistência e de mercado foram sendo reconhecidas. Hoje, a ciência demonstra sua importância como sumidouro de gás carbônico. A leitura do texto deixa pressuposta uma abordagem que privilegia a infraestrutura econômica. A expansão da Europa no século XV coloca em confronto o modo de produção capitalista, ainda incipiente, e modos de produção não capitalistas. As relações das sociedades humanas com os manguezais, a partir do século XVI, são enfocadas na perspectiva da longa, média e curta durações, como concebida por Braudel. O manguezal ocupa papel de protagonista, juntamente com os humanos, na linha de investigação de Le Roy Ladurie, ainda que não se analise, neste artigo, as respostas do ecossistema às pressões antrópicas. Palavras-chave: Ecossistema; Manguezal; Economia; Ciência; Brasil.   A brief history of the relationships between societies and mangroves in Brazil Abstract Mangroves became better known to Europeans from the 15th century onwards with maritime expansion. As a worldwide intertropical ecosystem, it was known and sustainably exploited by the native peoples of the intertropical zone. Europeans saw it as an infectious and unproductive environment, like swamps. Gradually, the importance for subsistence and market economies was being recognized. Today, science demonstrates its importance as a carbon dioxide sink. Reading the text presupposes an approach that favors economic infrastructure. The expansion of Europe in the fifteenth century confronts the still incipient capitalist mode of production with non-capitalist modes of production. The relations between human societies and mangroves, from the 16th century onwards, are focused on the perspective of long, medium and short durations, as conceived by Braudel. The mangrove occupies a leading role, along with humans, in Le Roy Ladurie's line of analysis, but this article does not fit to analyze the responses of the ecosystem to anthropic pressures, as we would already be in the area of biological sciences. Keywords: Ecosystem; Mangrove; Economy; Science; Brazil.   Breve historia de las relaciones entre sociedades y manglares en Brasil Resumen Los manglares se hicieron más conocidos por los europeos a partir del siglo XV con la expansión marítima. Como ecosistema intertropical a nivel mundial, fue conocido y explotado sustentablemente por los pueblos originarios de la zona intertropical. Los europeos lo vieron como un ambiente infeccioso e improductivo, como pantanos. Gradualmente, se fue reconociendo la importancia para las economías de subsistencia y de mercado. Hoy, la ciencia demuestra su importancia como sumidero de dióxido de carbono. La lectura del texto presupone un enfoque que privilegia la infraestructura económica. La expansión de Europa en el siglo XV confronta el todavía incipiente modo de producción capitalista con modos de producción no capitalistas. Las relaciones entre las sociedades humanas y los manglares, a partir del siglo XVI, se enfocan en la perspectiva de larga, mediana y corta duración, tal como las concibe Braudel. El manglar ocupa un lugar protagónico, junto con el hombre, en la línea de análisis de Le Roy Ladurie, pero este artículo no corresponde a analizar las respuestas del ecosistema a las presiones antrópicas, como ya estaríamos en el área de las ciencias biológicas. Palabras clave: Ecosistema; Manglar; Economía; Ciencia; Brasil

    Breve história da globalização ocidental e seus custos ambientais

    Get PDF
    In this article, we intend to reflect on the current globalization process. We recognize globalizations promoted by lifestyles that spread throughout the world without political, economic and cultural domination, such as that of Palaeolithic and Neolithic societies, which diversified as they spread throughout the world. Several civilizations have also partially globalized. The largest and most enduring of all before the Western world was that of the Hellenic civilization, expressed in the Roman Empire. All of them had social, cultural and environmental impacts. None, however, has been as prolonged as impactful as the globalization of Western civilization, both in space and in time. Like none, its socio-environmental impacts have been caused by the capitalist economic system. In this article, we seek to examine the transformations of the natural environment across the planet under the pressure of the capitalist mode of production, as well as the constitution of a new science, which can only be treated, by the complexity of its object, in a transdisciplinary way; at least in a multidisciplinary way.Neste artigo, pretendemos efetuar uma reflexão sobre o processo de globalização da atualidade. Reco­nhecemos globalizações promovidas por estilos de vida que se alastraram pelo mundo sem dominação política, econômica e cultural, como o das sociedades paleolíticas e neolíticas, que se diversificavam à medida em que se disseminavam pelo mundo. Várias civilizações também se globalizaram parcialmente. A maior e mais duradoura de todas antes do mundo ocidental foi a da civilização helênica, expressa no Império Romano. Todas elas causaram impactos sociais, culturais e ambientais. Nenhuma, porém, tem sido tão prolongada em tão impactante como a globalização da civilização ocidental, tanto no espaço como no tempo. Como nenhuma, seus impactos socioambientais têm sido causados pelo sistema econô­mico capitalista. No presente artigo, procuramos examinar as transformações do ambiente natural em todo o planeta sob a pressão do modo de produção capitalista, assim como a constituição de uma nova ciência, que só pode ser tratada, pela complexidade de seu objeto, de forma transdisciplinar; no mínimo de forma multidisciplinar

    A cidade como natureza e a natureza da cidade

    Get PDF
    Faz a distinção dos tipos de ecossistemas: o nativo, transformado e o antrópico. Examina o aspecto concernente à separação epistemológica efetuado entre animal e ser humano pela filosofia clássica. Por fim, discute se a arquitetura, urbanismo e o direito incorporaram os princípios do novo paradigma organicista

    Algumas palavras sobre uma teoria da eco-história

    No full text
    The purpose of this article is to outline the first draft of a theory, with its respective concepts, about a new history domain that examines the relationships of human societies with nature or with the environment. For such, we propose the name Ecohistory
    corecore