157 research outputs found
Eustrongylides spp. (Nematoda: Eustrongylidae) em Polypterus endlicheri na região central do Rio Grande do Sul, Brasil
A criação de peixes para ornamentação teve sua demanda aumentada nos últimos anos no Brasil, no entanto, o ambiente aquático dos criatórios artificiais facilita a invasão por agentes patogênicos, incluindo zoonoses parasitárias, que são um fator limitante para produção causando perdas econômicas nas criações. O conhecimento da distribuição de agentes causadores de enfermidades parasitárias é importante para que se possa intervir nos criatórios, portanto, o objetivo do presente trabalho é relatar a ocorrência da infecção por larva de Eustrongylides sp. (Nematoda: Eustrongylidae) em Polypterus endlicherii (Polypteriformes: Polypteridae) na região central do Rio Grande do Sul, Brasil. O nematódeo foi identificado após ser liberado de um cisto nas escamas, de um peixe da espécie P. endlicherii. Pode-se concluir que este é o primeiro registro da ocorrência de larvas de Eustrongylides sp. em peixes no Rio Grande do Sul, evidenciando que o parasito está presente na região central do estado. Portanto, mais estudos devem ser realizados a fim de verificar a presença dos parasitos em peixes destinados ao consumo humano. Salienta-se ainda, a necessidade de se ter maior cuidado ao alimentar peixes com oligoquetas, principalmente os destinados para alimentação humana.
Palavras-chave: aquarismo; Bichir selado; nematódeo; parasitismo
Parasitismo por Lernaea cyprinacea em Astyanax bimaculatus provenientes de um açude no município de Antonio Prado, Rio Grande do Sul
A Lernaea cyprinacea é um crustáceo copépode que causa lesão no tegumento do peixe, o que acarreta um aspecto repugnante. Esse fator inviabiliza o peixe para consumo humano, trazendo prejuízos para a piscicultura. O objetivo deste estudo foi relatar o parasitismo por L. cyprinacea em Astyanax bimaculatus (lambari). Foram necropsiados vinte peixes provenientes de um açude da região nordeste do Rio Grande do Sul. Os parasitos foram removidos manualmente, montados em lâmina de vidro e identificados baseando-se nas características morfológicas da fêmea. Todos os peixes analisados apresentavam-se parasitados pelo copépode L. cyprinacea. Os lambaris apresentavam lesões no local de fixação dos parasitos, possivelmente devido ao grande número de crustáceos por peixe. Observou-se nos lambaris uma infestação de 12-39 parasitas. É preocupante a presença do verme âncora em um ambiente natural da região, pois essa espécie exótica pode disseminar-se e parasitar outras espécies de peixes
EFEITO IN VITRO DA ASSOCIAÇÃO DE CITRONELA, ERVA DE SANTA MARIA E QUÁSSIA SOBRE O CARRAPATO BOVINO Rhipicephalus (Boophilus) microplus
O carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus é o ectoparasita que mais causa prejuízos à pecuária brasileira. O controle desse parasita é realizado por meio da administração de produtos químicos, sendo que estes são utilizados de forma inadequada, gerando alto custo e estimulando a seleção de parasitas resistentes. Tendo em vista essa situação, o objetivo deste experimento foi avaliar a eficácia in vitro de diferentes formulações contendo tintura de citronela (Cymbopogon nardus), erva de Santa Maria (Chenopodium ambrosioides) e quássia (Quassia amara) sobre o carrapato bovino R. microplus. Para isso, fêmeas ingurgitadas do parasita foram submetidas ao teste laboratorial de biocarrapaticidograma. As soluções testadas continham as três plantas em diferentes concentrações e utilizadas em associação. Aproximadamente 84% dos tratamentos apresentou eficiência igual ou superior a 95%. Os tratamentos que continham citronela em concentração igual ou superior a 5% apresentaram melhores resultados e a concentração de 10% apresentou máxima eficiência, independente das concentrações da quássia e da erva de Santa Maria. A alta eficácia das soluções foi atribuída principalmente à redução na postura dos ovos e na taxa de eclosão da postura, e em menor escala à morte das teleóginas. Isso sugere que as soluções contendo os três fitoterápicos provocam alteração no sistema e na capacidade reprodutiva das fêmeas de R. microplus e também apresenta ação carrapaticida em testes in vitro.
PALAVRAS-CHAVE: Chenopodium ambrosioides; Cymbopogon nardo; fitoterapia; Quassia amara
Ciclo biológico do cascudinho Alphitobius diaperinus em laboratório
O Alphitobius diaperinus é um inseto da ordem Coleoptera, vulgarmente denominado cascudinho da cama das aves sendo adaptável ao ambiente das mesmas pela disponibilidade de alimento e umidade da cama, apresenta grande capacidade de proliferação e causa prejuízos significativos aos criadores. O trabalho foi realizado com o intuito de verificar o ciclo biológico do A. diaperinus em todas as etapas de desenvolvimento e assim saber em que fase ele é mais susceptível a um posterior controle químico ou biológico. Após a sexagem dos coleópteros adultos, cada 10 casais foram alojados em placas de Petri contendo serragem autoclavada e mantidos em câmara climatizada com temperatura e umidade controlada (27°C e 80% UR). Os mesmos foram alimentados com ração comercial para coelhos em pellets. Após três dias do período de pré-ovoposição, foram encontrados os primeiros ovos nas ranhuras da ração e em cinco dias eclodiram as larvas com 1,5 mm de comprimento e coloração esbranquiçada. Estas permaneceram em crescimento durante 38 dias até chegar ao tamanho de 13,8 mm de comprimento e cor marrom escura. Após essa fase as larvas sofreram ecdise e puparam por 5 dias. Das pupas eclodiram os cascudinhos de coloração branca que em quatro dias desenvolveram quitinização e após 20 dias começaram a reproduzir-se. O ciclo reprodutivo do inseto em temperatura de 27º C e 80% de U.R. foi de 55 dias
Ivermectina no tratamento de camundongos (Mus muscullus) infestados por ácaros
A utilização de animais de laboratório em pesquisa é uma prática comumente empregada, porém estes estudos podem ser afetados pelas condições ambientais e infecciosas. Este estudo visou relatar a infestação mista por ectoparasitos em camundongos ( Mus muscullus) mantidos em um biotério experimental e testar um protocolo terapêutico no controle dos parasitos. Em 20 animais foi observado pelo seco, áreas de alopecia com lesões avermelhadas e úmidas, prurido intenso e crostas na região dorsal do corpo. Dos camundongos avaliados, foi coletado pelo e realizado raspado cutâneo para análise microscópica, onde se identificou nesses roedores ácaros das espécies Radfordia affinis, Myocoptes musculinus e Demodex sp. Os roedores foram separados em dois grupos, sendo que os animais do grupo A foram tratados com ivermectina 1% diluída em água na dose de 0,007 mg.ml-1 por cinco dias consecutivos e os do grupo B não foram tratados. Após 10 dias do início do tratamento, no grupo A não foram encontrados ácaros, já no grupo B o número de ectoparasitos e as lesões de pele aumentaram. Portanto, conclui-se que a terapia utilizada apresenta eficácia nos controle de infestações por estes ácaros
Occurrence of pseudoparasite coccidians in carnivores
O objetivo deste trabalho foi relatar a ocorrência de pseudoparasitos em três espécies de carnívoros (Felis catus, Lycalopex gymnocercus e Canis lupus familiaris) no sul do Brasil. Amostras de fezes colhidas em exame de rotina dos animais foram processadas através da técnica de centrífugo-flutuação com sulfato de zinco. Em microscópio óptico foram detectados oocistos esporulados e não esporulados de coccídios da família Adeleidae em gato doméstico e graxaim-do-campo. Nas fezes do canídeo foram encontrados oocistos de Eimeria sp. Ambos protozoários não são patogênicos para estas espécies hospedeiras, porém, podem ser facilmente confundidos com outros coccídeos virulentosquando não estão esporulados. The aim of this research study was to report the occurrence of pseudoparasites in three species of carnivores (Felis catus, Lycalopex gymnocercus and Canis lupus familiaris) in the southern region of Brazil. Fecal samples collected in the routine examination of the animals were analyzed by the centrifugal flotation technique with zinc sulfate. Sporulated and nonsporulated oocysts of coccidia of the family Adeleidae were observed in the feces of the domestic cat and pampas-fox. Oocysts of Eimeria sp. were present in the dog feces. Although not pathogenic for these host species, these oocysts can be easily confounded with other virulent coccidian when present in their nonsporulated form
NÍVEIS DE IMUNOGLOBULINAS EM RATOS INFECTADOS POR Trypanosoma evansi
Objetivou-se avaliar os níveis de imunoglobulinas presentes em ratos infectados experimentalmente por Trypanosoma evansi. Para isso, inocularam-se vinte animais com 106 tripomastigotas de T. evansi e dez ratos usados como controle. Controlou-se a parasitemia através de esfregaço sanguíneo diário, sendo que no quinto dia após a inoculação os animais foram divididos em três grupos homogêneos. Formaram-se os grupos A e B por ratos que apresentaram elevada e baixa parasitemia, respectivamente, e o grupo C por ratos sadios. Submeteram-se as amostras de soro ao teste de ELISA para quantificação de imunoglobulinas. A IgG e IgM de ratos dos grupos A e B foram superiores aos do grupo C. Já a IgM de ambos os grupos infectados não diferiu, apesar do grau de parasitemia. Portanto, os ratos infectados por T. evansi apresentaram resposta imunológica frente à infecção pelo flagelado, embora esta não seja suficiente para eliminar o protozoário na infecção aguda.
PALAVRAS-CHAVES: IgG, IgM, Ratus norvergicus, Trypanosoma evansi.
Objetivou-se avaliar os níveis de imunoglobulinas presentes em ratos infectados experimentalmente por Trypanosoma evansi. Para isso, inocularam-se vinte animais com 106 tripomastigotas de T. evansi e dez ratos usados como controle. Controlou-se a parasitemia através de esfregaço sanguíneo diário, sendo que no quinto dia após a inoculação os animais foram divididos em três grupos homogêneos. Formaram-se os grupos A e B por ratos que apresentaram elevada e baixa parasitemia, respectivamente, e o grupo C por ratos sadios. Submeteram-se as amostras de soro ao teste de ELISA para quantificação de imunoglobulinas. A IgG e IgM de ratos dos grupos A e B foram superiores aos do grupo C. Já a IgM de ambos os grupos infectados não diferiu, apesar do grau de parasitemia. Portanto, os ratos infectados por T. evansi apresentaram resposta imunológica frente à infecção pelo flagelado, embora esta não seja suficiente para eliminar o protozoário na infecção aguda.
PALAVRAS-CHAVES: IgG, IgM, Ratus norvergicus, Trypanosoma evansi
- …