8 research outputs found

    Peregrinas de outrora. Viajantes latino-americanas no século XIX

    Get PDF

    Sediciosa Buenos Aires: o complot de franceses e escravos no Rio da Prata

    Get PDF
    In 1795 the mayor of the Cabildo of Buenos Aires, Martín de Álzaga, believed that an antimonarchical and pro-French conspiracy was being prepared in the city. He had heard some rumors and anonymous complaints saying that the uprising would take place in the Holy Week and some slaves were taking part in the conspiracy. If the plot were successful, these slaves would be freed. Maybe it was the ghost of Tupac Amaru, or the French or the Haitian Revolution that gave rise to this suspicion. In 1794 the French National Convention had abolished slavery in the colonies. Because of this, in the late 18th and early 19th centuries the Spanish Empire was full conspiracies, complots, suspects, complaints and complainants. The colonial authorities believed that Buenos Aires and the Spanish rule were in danger and that those responsible for the menace were some Frenchmen and their slaves who lived in Buenos Aires. Álzaga thought that they used to get together and make toasts to “freedom”. Never before had a single word seemed so subversive, and it seemed even more subversive in the context of the war between Spain and the French Convention of 1793-1795.Key words: conspiracy, Frenchmen, slaves, Spanish Empire.Em 1795 os boatos e denúncias anônimas levaram a que o alcaide do Cabildo de Buenos Aires, Martín de Álzaga, acreditasse que se tramava uma conspiração antimonárquica e pró-francesa na cidade. A sublevação, segundo chegara a seus ouvidos, aconteceria na Semana Santa e incluiria os escravos, que, depois da mesma, seriam deixados em liberdade. Talvez tenha sido o fantasma de Tupac Amaru, o da Revolução Francesa, ou da Haitiana que despertou esta desconfiança. Em 1794 a Convenção Nacional tinha abolido a escravidão nas colônias. O Império Espanhol de final do século XVIII e do início do XIX era povoa do de conspirações,c omplots, suspeitos, denúncias e denunciantes. As autoridades coloniais acreditavam que Buenos Aires e o domínio espanhol corriam perigo e que os responsáveis por isso eram alguns moradores da cidade de origem francesa e seus escravos. Álzaga achava que eles se reuniam e brindavam em nome da “liberdade”. Nunca uma única palavra pareceu tão subversiva. E mais ainda no contexto da guerra entre a Espanha e a Convenção Francesa de 1793-1795.Palavras-chave: conspiração, franceses, escravos, Império Espanhol

    Sediciosa Buenos Aires: o complot de franceses e escravos no Rio da Prata

    Get PDF
    In 1795 the mayor of the Cabildo of Buenos Aires, Martín de Álzaga, believed that an antimonarchical and pro-French conspiracy was being prepared in the city. He had heard some rumors and anonymous complaints saying that the uprising would take place in the Holy Week and some slaves were taking part in the conspiracy. If the plot were successful, these slaves would be freed. Maybe it was the ghost of Tupac Amaru, or the French or the Haitian Revolution that gave rise to this suspicion. In 1794 the French National Convention had abolished slavery in the colonies. Because of this, in the late 18th and early 19th centuries the Spanish Empire was full conspiracies, complots, suspects, complaints and complainants. The colonial authorities believed that Buenos Aires and the Spanish rule were in danger and that those responsible for the menace were some Frenchmen and their slaves who lived in Buenos Aires. Álzaga thought that they used to get together and make toasts to “freedom”. Never before had a single word seemed so subversive, and it seemed even more subversive in the context of the war between Spain and the French Convention of 1793-1795.Key words: conspiracy, Frenchmen, slaves, Spanish Empire.Em 1795 os boatos e denúncias anônimas levaram a que o alcaide do Cabildo de Buenos Aires, Martín de Álzaga, acreditasse que se tramava uma conspiração antimonárquica e pró-francesa na cidade. A sublevação, segundo chegara a seus ouvidos, aconteceria na Semana Santa e incluiria os escravos, que, depois da mesma, seriam deixados em liberdade. Talvez tenha sido o fantasma de Tupac Amaru, o da Revolução Francesa, ou da Haitiana que despertou esta desconfiança. Em 1794 a Convenção Nacional tinha abolido a escravidão nas colônias. O Império Espanhol de final do século XVIII e do início do XIX era povoa do de conspirações,c omplots, suspeitos, denúncias e denunciantes. As autoridades coloniais acreditavam que Buenos Aires e o domínio espanhol corriam perigo e que os responsáveis por isso eram alguns moradores da cidade de origem francesa e seus escravos. Álzaga achava que eles se reuniam e brindavam em nome da “liberdade”. Nunca uma única palavra pareceu tão subversiva. E mais ainda no contexto da guerra entre a Espanha e a Convenção Francesa de 1793-1795.Palavras-chave: conspiração, franceses, escravos, Império Espanhol

    Histórias conectadas, histórias integradas: Brasil e Argentina em busca de um terceiro no século XIX

    No full text
    Durante o século XIX houve um comparativismo explícito nos escritos que versavam sobre imigração, colonização e terras. Esse comparativismo se sustentava na ideia de concorrencia entre os diferentes países pelo mesmo recurso: os imigrantes. Nos escritos, hoje canônicos, de Nicolás Avellaneda da Argentina e de Cândido Tavares Bastos do Brasil as comparações acompanharam um roteiro que podemos definir como clássico: os Estados Unidos e a Austrália, incluindo em alguns momentos, dada a influência dos periódicos econômicos franceses, a Argélia

    Territorialidades fluidas: corsários franceses e tráfico negreiro no Rio da Prata (1796-1799). Tensões locais-tensões globais

    No full text
    RESUMO Entre 1798 e 1799 dois corsários franceses, o capitão Carbonell e o capitão Le Bozec utilizaram o porto de Montevidéu como base para conduzir suas presas. O modus operandi destes, comandantes da corveta Le Grand Bonaparte e da fragata La Republicaine, respectivamente, foi o de espreitar suas presas perto do Rio de Janeiro, águas marítimas pelas quais navegavam inimigos da França: portugueses e ingleses. A presa era conduzida até o porto de Montevidéu para vender seu produto: os carregamentos e navios. As ações dos capitães Carbonell e Le Bozec desnudam um conjunto de relações do espaço platino. As ações dos dois corsários evidenciam algumas das tensões ao interior da classe comerciante, sobretudo, o conflito entre os comerciantes vinculados a Cádiz e os vinculados ao Brasil
    corecore