121 research outputs found

    EDITORIAL

    Get PDF

    A window to Amazonian precolonial history: looking beyond – and in spite of – phases and traditions

    Get PDF
    In this article, it is in debate the assumed correlation between pottery industry (phase) and social group. It is argued that this assumption is not adequate to understand either variability or change in material culture. Three case studies are presented in order to demonstrate that technological and iconographic similarities between artifact assemblages might correspond to different sociopolitical organizations and subsistence patterns; the identification of stylistic variability inside of a single phase might signalize political limits, as well as sociocultural identities; and typological variation (especially regarding decoration), used to define distinct phases, might mask cultural continuity and sociopolitical change within a single territory

    Editorial

    Get PDF
    Amazonica enters its second year, and brings to readers articles that reflect on the thorny dialogue between indigenous and non-indigenous persons, which is characterized by the struggle for cultural survival of the former, that struggle itself reflective of difficulties regarding the understanding of diversity, as expressed in myriad ways. The article on the Mbyá-Guarani in southern Brazil, written by Sergio Baptista da Silva, Martin Cesar Tempass, and Carolina Schneider Comandulli, presents a  Mbyá-Guarani particular understanding of territory, fundamental to the process of land demarcation, which conflicts with the nonindigenous view. That nonindigenous view arguably needs to be overcome in order to ensure the free will of ethnically distinct peoples, accustomed to secular mobility across international borders. Noelia Enriz contributes to this debate by considering indigenous education, which is framed in terms of interventionist and participatory models. Interventionist models disregard the autonomy of indigenous people; in contrast,  participatory ones focus on political training in order to mediate historical struggles. If the articles on the Guarani seem far removed from our regional focus, we must remember that Guarani mobility brought them back to the Amazon region, where they originated. Territorial mobility is also highlighted in the article by Fabiola Andrea Silva and Francisco Forte Stuchi. They evaluate the reasons for Kaiabi mobility along the border between Mato Grosso and Pará, with implications for archaeology. Luciana Barroso França stresses intra-ethnic conflicts within the village, between two Tupi-Guarani groups, in contact resulting from historical contingencies.From the article by Gnecco, who discusses archaeological discourse vis-à-vis the Other, together with its implications for the present - and future - we make the transition to archaeology, which is intimated in the provocative article by Sanna Saunaluoma, who brings new information and perspectives on monumental sites of Acre and Bolivia. Contributing to discussions on the social relations produced by trade fairs, which show other keys to understanding Amazonia in its current manifestations, we publish the research report by Gutemberg Armando Diniz Guerra and César Augusto Martins de Souza on the case of Altamira, Xingu river area.These papers in the aggregate complement and further inform efforts to extending outward our look on Amazon through the photo essay, research news, abstracts of theses and dissertations, and book reviews. These offer the reader a multiplicity of academic works on the region.We thank the editorial board and anonymous reviewers for this issue as well as the authors of the articles presented herein for their contributions and patience with the editorial process. We take the opportunity to extend a continuing invitation to readers of Amazonica to submit articles and other contributions through the website of the Journal. The EditorsAmazônica entra no segundo ano e traz aos leitores artigos que refletem sobre a difícil interlocução entre povos indígenas e não-indígenas, que se caracteriza pela luta pela sobrevivência cultural dos primeiros que têm como “adversário” as dificuldades relativas à compreensão da diversidade, expressas de inúmeras formas.  O artigo sobre os Mbyá-Guarani no sul do Brasil de autoria de Sergio Baptista da Silva, Mártin César Tempass e Carolina Schneider Comandulli traz a público a diferenciada compreensão de território dos Mbyá-Guarani, fundamental ao processo de demarcação de terras, que conflita com a (in)compreensão dos não-indígenas, mas que deve ser vencida para garantir a livre determinação dos povos etnicamente diferenciados, sob pena de desconsiderar a secular mobilidade entre fronteiras internacionais.Noelia Enriz contribui ao debate, refletindo sobre a educação escolar indígena que se (em/de)bate entre os modelos intervencionistas e participativos, os primeiros que desconhecem a autonomia dos povos indígenas e o segundo que contempla as necessidade de formação de quadros políticos para intermediar disputas históricas. Se a leitura dos especialistas em Guarani parece distanciada do cotidiano amazônico, é preciso pensar que os Guarani, pela mobilidade encontram-se na Amazônia, além dela se originar. A mobilidade territorial é enfocada também no artigo de Fabíola Andrea Silva e Francisco Forte Stuchi, que avaliam as razões para a mobilidade Kaiabi na fronteira entre o Mato Grosso e o Pará, com implicações para a arqueologia. Luciana Barroso França se debruça sobre conflitos intra-étnicos no espaço da aldeia, entre dois grupos tupi-guarani, em contato forçado por contingências históricas. A partir do artigo de Gnecco, que discute os discursos arqueológicos sobre o outro e suas implicações para o presente – e futuro - fazemos a transição para a arqueologia, que é contemplada com o instigante artigo do Sanna Saunaluoma, que traz novos dados e perspectivas sobre os sítios monumentais do Acre e da Bolívia.Contribuindo com as discussões sobre as relações sociais produzida pelas trocas em feiras, que revelam outras chaves de entendimento, publicamos o relatório de pesquisa de Gutemberg Armando Diniz Guerra e César Augusto Martins de Souza sobre o caso de Altamira, na área do Xingu.Complementando e informando sobre as possibilidades de ampliar o olhar sobre a Amazônia, o ensaio fotográfico, as notícias de pesquisa, os resumos de teses e dissertações, assim como as resenhas brindam o leitor com a multiplicidade de produções sobre a região. Agradecemos ao Conselho Editorial e aos anônimos pareceristas que examinaram dezenas de artigos, alguns deles não aceitos para publicação, e aos autores dos artigos que aqui apresentamos pelas contribuições e paciência com o processo editorial. Convidamos os leitores a submeterem artigos e outras contribuições por intermédio do site da Revista.As Editora

    Sobre os cacicados Amazônicos: sua vida breve e sua morte anunciada

    Get PDF
    O artigo examina a arqueologia da Amazônia brasileira em uma perspectiva histórica, abarcando a segunda metade do século XX até o presente. A partir do desenvolvimento do debate sobre as sociedades complexas existentes às vésperas do contato europeu, examina-se a influência das teorias arqueológicas na construção do conhecimento científico na região, e os caminhos que diversos arqueólogos tomaram em suas próprias trajetórias enquanto cientistas. O debate sobre os cacicados é ilustrativo porque demonstra como, em um primeiro momento, identificar cacicados na Amazônia era importante como forma de reação à ecologia cultural e construção de novos paradigmas para a disciplina. No entanto, em um segundo momento, a discussão sobre formas de organização sociopolítica foi abandonada, e com ela perdeu-se também a possibilidade de crescimento de um debate teórico fundamental para a reconstituição do passado das populações amazônicasO artigo examina a arqueologia da Amazônia brasileira em uma perspectiva histórica, abarcando a  metade do século XX até o presente. A partir do  debate sobre as sociedades  existentes às vésperas do contato europeu, examina-se a influência das teorias arqueológicas  construção do conhecimento científico na região, e os caminhos que diversos arqueólogos tomaram  suas próprias trajetórias enquanto cientistas. O debate sobre os cacicados é ilustrativo porque  como, em um primeiro momento, identificar  na Amazônia era importante como  de reação à ecologia cultural e construção de novos paradigmas para a disciplina. No entanto,  um segundo momento, a discussão sobre formas de organização sociopolítica foi abandonada, e  ela perdeu-se também a possibilidade de crescimento de um debate teórico fundamental para a reconstituição do passado das populações amazônicas

    EDITORIAL

    Get PDF

    Diversity of Pre-colonial Earthworks in the Brazilian State of Acre, Southwestern Amazonia

    Get PDF
    Amazonian earthworks, which are an important testimony to ancient anthropogenic landscape modifications, have a significant variety of structures and sizes, and are found in different geographical and ecological locations that indicate separate time periods, distinct cultural affiliations, and diverse purposes. We introduce data from diverse archaeological earthwork sites, geoglyphs, mound sites, and walled enclosures situated in the interfluves of the Purus River in the Brazilian state of Acre and propose a type definition for these sites. The abundant anthropogenic landscape features and their associated material culture indicate considerable human-induced environmental alterations and diverse earthworking traditions that are characteristic of the region of eastern Acre from at least ca. 2000 b.p. onwards.Peer reviewe

    USO DA TERRA E PADRÃO DE ASSENTAMENTO PRÉ-COLOMBIANO NA REGIÃO DE SANTARÉM, BAIXO AMAZONAS

    Get PDF
    One of the most promising areas for the study of pre-Columbian complex societies in the Amazon River basin is the area of the lower Tapajos, Trom­betas and Nhamundá rivers. There are written accounts on the Konduri and Tapajó Indians, presenting information on their regional social organization, trade patterns, abundance of foods, and material world. Hence, archaeologi­cal evidences – immense sites, full of anthrosols remains, and beautiful ar­tefacts – may be contrasted with written information. These rich cultural deposits are vanishing at an alarming rate, as urban centres grow, and agricul­ture expands in the region. Despite this situation, little archaeological research has been conducted in the area, especially when it comes to investigations of ancient settlement systems and trade patterns. In the last couple of years, we have performed surveys in the Lower Tapajós River basin. The archaeologi­cal record indicates that pottery showing strong stylistic resemblance to that found at the large central site is spread at least as far as 90km to the south of present Santarém city. This article presents the results of a regional survey in the vicinities of Santarém, in the Belterra plateau, and Alter do Chão, offering a preliminary settlement system analysis in the region. Keywords: Tapajó ceramics, settlement patterns, lower Amazon.Una de las áreas más prometedoras para el estudio de las sociedades complejas precolombinas en la cuenca del río Amazonas es el área del curso inferior de los ríos Tapajós, Trombetas y Nhamundá. Hay relatos escritos sobre los Konduri y los Tapajó, presentando información sobre sus patrones de organización social, de comercio regional, la abundancia de alimentos, y el mundo material. Por lo tanto, la evidencia arqueológica – muchos sitios, los suelos antropogénicos y ricos artefactos – se puede contrastar con la información escrita. Estos depósitos culturales están desapareciendo a un ritmo alarmante, en la medida en que los centros urbanos están creciendo y la agricultura se expande en la región. A pesar de esto, poca investigación arqueológica se ha realizado en la zona, sobre todo cuando se trata de investigar los patrones de asentamiento antiguos y los intercambios regionales. En los últimos años hemos llevado a cabo investigaciones en la cuenca del bajo río Tapajós. El registro arqueológi­co indica que cerámicas con fuerte similitud estilística con la que se en­cuentra en el grande sitio central se extiende por al menos 90 kilómetros al sur de la ciudad de Santarém. Este artículo presenta los resultados de una investigación regional realizada en las inmediaciones de Santarém, la meseta de Belterra y en Alter do Chão, ofreciendo un análisis preliminar del sistema de asentamientos en la región. Palabras-clave: Cerámica tapajónica, patrones de asentamiento, bajo Amazonas.Uma das áreas mais promissoras para o estudo das sociedades pré-colombi¬anas complexas na bacia do rio Amazonas é a área do baixo curso dos rios Tapajós, Trombetas e Nhamundá. Há relatos escritos sobre os Konduri e os Tapajó, apresentando informações sobre a sua organização social regional, padrões de comércio, a abundância de alimentos, e o mundo material. Assim, evidências arqueológicas – sítios imensos, solos antrópicos, e belos artefatos – podem ser contrastadas com a informação escrita. Estes ricos depósitos culturais estão desaparecendo a um ritmo alarmante, à medida em que os centros urbanos crescem e se expande a agricultura na região. Apesar desta situação, pouca pesquisa arqueológica tem sido realizada na área, especial-mente quando se trata de investigar os antigos padrões de assentamento e redes de trocas. Nos últimos anos, temos realizado pesquisas na bacia do baixo rio Tapajós. O registro arqueológico indica que a cerâmica mostrando forte semelhança estilística forte com a encontrada no grande sítio cen¬tral está espalhada por pelo menos 90 quilômetros ao sul da presente cidade de Santarém. Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa regional realizada nas proximidades de Santarém, no planalto de Belterra e Alter do Chão, oferecendo uma análise preliminar do sistema de as¬sentamentos na região. Palavras-Chave: Cerâmica tapajônica, padrões de assentamento, baixo Amazonas

    Editorial

    Get PDF

    Arqueologia para etnólogos: colaborações entre arqueologia e antropologia na Amazônia

    Get PDF
    Ethnology and archaeology developed in Brazil as separate fields of knowledge. The institutionalization of these fields inside universities based on European models influenced the production of knowledge on indigenous societies in Brazil. Ethnology has played an important role in the interpretation of the archeological record in Amazonia, but the opposite is not true. This article focuses on the interplay between archaeology and ethnology in Amazonia. It analyses the uses of ethnographic analogy by cultural ecology, and the reactions from the field of historical ecology, with examples of pre-Columbian landscape transformations on Marajó Island, Lower Amazon and Acre. Finally, it is argued that collaboration between ethnologists and archaeologists could provide ethnology with a historical perspective, in the same way archaeology has benefitted from various anthropological perspectives along its history.A etnologia e a arqueologia desenvolveram-se no Brasil no século XX como campos distintos do conhecimento. A institucionalização dessas disciplinas nas universidades, a partir principalmente de modelos europeus, influenciou o modo como se produziu conhecimento sobre as sociedades indígenas brasileiras. Na arqueologia amazônica, a etnologia teve e tem um papel importante na interpretação do registro arqueológico, ao passo que o contrário não é verdadeiro. Este artigo centra-se na relação entre arqueologia e etnologia na Amazônia. É analisado o uso que a abordagem ecológico-cultural na arqueologia faz dos dados etnográficos e as reações contrárias vindas do campo da ecologia histórica, com exemplos de transformações pré-colombianas da paisagem na ilha de Marajó, no Baixo Amazonas e no Acre. Finalmente, argumenta-se que uma colaboração entre etnólogos e arqueólogos poderia favorecer a etnologia com uma perspectiva histórica, assim como a arqueologia tem se beneficiado de diversas perspectivas antropológicas ao longo de sua história

    Arqueologia para etnólogos

    Get PDF
    A etnologia e a arqueologia desenvolveram-se no Brasil no século XX como campos distintos do conhecimento. A institucionalização dessas disciplinas nas universidades, a partir principalmente de modelos europeus, influenciou o modo como se produziu conhecimento sobre as sociedades indígenas brasileiras. Na arqueologia amazônica, a etnologia teve e tem um papel importante na interpretação do registro arqueológico, ao passo que o contrário não é verdadeiro. Este artigo centra-se na relação entre arqueologia e etnologia na Amazônia. É analisado o uso que a abordagem ecológico-cultural na arqueologia faz dos dados etnográficos e as reações contrárias vindas do campo da ecologia histórica, com exemplos de transformações pré-colombianas da paisagem na ilha de Marajó, no Baixo Amazonas e no Acre. Finalmente, argumenta-se que uma colaboração entre etnólogos e arqueólogos poderia favorecer a etnologia com uma perspectiva histórica, assim como a arqueologia tem se beneficiado de diversas perspectivas antropológicas ao longo de sua história
    corecore