16 research outputs found

    Os limites do “re-fazer” etnográfico

    Get PDF
    O artigo empreende um exercício analítico da obra “Sociedade de Esquina”, de William Foote-Whyte, publicada em 1943, em três dimensões: primeiramente, analisa a estrutura do livro e as estratégias etnográficas do autor em campo; em seguida o artigo situa o trabalho de Whyte no debate sobre o ideal democrático estadunidense durante a segunda guerra e no período subsequente, mostrando como a proposta de investigação etnográfica de processos políticos contribuiu para as ciências políticas na época; finalmente o artigo explora a questão do presente etnográfico a partir da crítica de Marianne Boelen sobre a obra, na década de 90, à luz do conceito de revisit de Michael Burawoy.The article undertakes an analytical exercise of "Street Corner Society", by William Foote-Whyte, published in 1943, in three dimensions: first, the book analyzes the structure and strategies of ethnographic author field, then the article situates Whyte work in the debate on the democratic ideal during the Second World War and in the subsequent period, showing how the proposed ethnographic investigation of political processes contributed to political science at the time, and finally the paper explores the issue of ethnographic present from the point of view of the work of Marianne Boelen, in the 90s, in the light of the concept of revisit , offered by Michael Burawoy

    Mulheres indígenas contra o vírus: notas antropológicas sobre políticas públicas de saúde e os impactos da Covid-19 entre os povos indígenas em contexto urbano em Manaus, Brasil.

    Get PDF
    O artigo explora a invisibilidade social dos indígenas em contexto urbano na cidade de Manaus, Amazonas, Brasil, traduzida principalmente na ausência de dados sobre as condições de vida das pessoas que se autoidentificam como indígenas, estabelece paralelos entre esta ausência de informações e a ausência de políticas públicas, especialmente no campo da saúde, e toma o Sistema Único de Saúde como um elemento etnográfico para problematizar alguns aspectos da etnicidade e da ação das organizações indígenas urbanas frente à ausência do Estado no enfrentamento da Covid-19. A pandemia produz um contexto social que agudiza a necessidade de atenção à saúde deste segmento da população e a necessidade de reconhecimento destes sujeitos na ordem das políticas. Finalmente, a discussão destaca o protagonismo das mulheres indígenas no contexto da pandemia, que produz um cenário de incertezas e de risco, demandando ações que as mulheres, por vários motivos, assumem de forma singular.The article explores the social invisibility of indigenous people in an urban context in the city of Manaus, Amazonas, Brazil, translated mainly in the absence of data on the living conditions of people who identify themselves as indigenous. Parallels between this lack of information and the absence of public policies, especially in the field of health, are drawn, and the Unified Health System is regarded as an ethnographic element to problematize some aspects of ethnicity and the action of urban indigenous organizations in the face of the absence of the State in fighting Covid-19. The pandemic produces a social context that heightens the need for health care for this segment of the population and the need for recognition of these subjects in the order of policies. Finally, the discussion highlights the role of indigenous women in the context of the pandemic, which produces a scenario of uncertainty and risk, demanding actions that women, for various reasons, assume in a unique way

    Perspectivas relacionais sobre o conhecimento e a autoridade etnográfica no Alto Rio Negro

    Get PDF
    O artigo aborda as perspectivas relacionais de antropólogos, acadêmicos indígenas e especialistas xamânicos sobre a gestão dos conhecimentos endógenos e exógenos no Alto Rio Negro. As relações de colaboração e/ou antagonismo estabelecidas, a figura do etnógrafo e o papel da antropologia como instância de legitimação/deslegitimação dos sujeitos envolvidos neste processo são os objetos da discussão

    Apresentação

    Get PDF
    A Revista Amazônida tem por finalidade difundir o resultado de análises e pesquisas do campo educacional. Ao longo de vinte anos desenvolveu sua missão com publicações semestrais no formato impresso que reuniram estudos de pesquisadores locais, nacionais e internacionais. O ano de 2016 marca a mudança no formato de apresentação da revista. A iniciativa, além de dinamizar o processo de publicação, integra um esforço internacional de livre acesso ao resultado das pesquisas realizadas em Educação. Assim, de forma complementar a Revista Amazônida procura, a partir do formato doravante adotado, obter indicadores e indexadores nacionais e internacionais que possam ratificar a qualidade das publicações tradicionalmente veiculadas pelo periódico de circulação semestral.O primeiro número digital e, ao mesmo tempo, último no formato impresso, foi organizado pelas Dras. Heloisa da Silva Borges e Marinês Viana de Souza. As professoras, com longa trajetória na Educação Básica e Superior, partilham uma análise, com um conjunto de outros pesquisadores, sobre as principais mudanças e configurações do Plano Nacional de Educação (PNE) – Lei 13.005/2014. A Revista pretende vislumbrar os diversos campos de atuação na Educação Básica no ordenamento que servirá de base para os próximos 10 anos.Os dois primeiros artigos se debruçam nos anos iniciais da Educação Básica. O ponto de partida é uma análise do panorama histórico das políticas recentes para a Educação Infantil no Brasil e da elaboração dos Planos Nacionais de Educação, com destaque para os impactos do atual Plano Nacional de Educação, Lei n. 13005 de 2014, Plano Estadual de Educação do Amazonas e Plano Municipal de Educação de Manaus, sobre a oferta vagas em  instituições de Educação Infantil no contexto da cidade de Manaus. O segundo artigo apresenta uma breve história da alfabetização no Brasil e suas perspectivas no contexto das políticas públicas por meio de um estudo comparado entre os Planos Nacional, Estadual e Municipal de Educação, Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e Base Nacional Comum Curricular, buscando elucidar os pontos de convergência entre as referidas bases legais.O terceiro e o quarto artigos se voltam para duas importantes e tradicionais modalidades educativas, nomeadamente a Educação Especial e a Educação de Jovens e Adultos. Assim, o terceiro trabalho evidencia o Plano Nacional de Educação de 2014-2024 em seus desdobramentos no que se refere à Educação de pessoas com Deficiência Visual, inseridas na diversidade Amazônica. Enquanto o quarto, para além da modalidade referida, resulta de um convite especial a duas educadoras paulistas que apresentam uma reflexão de questões da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Para tanto, analisam as metas do Plano Nacional de Educação e o Plano Municipal de Educação de São Paulo e indicam as tensões entre o Poder Público e a Sociedade Civil no que tange aos projetos de sociedade e às finalidades da Educação.Por fim, do quarto ao oitavo artigo, a Revista Amazônida propõe uma discussão dos temas emergentes no campo educacional com destaque para as relações étnico-raciais, Educação Indígena, Educação do Campo e Educação profissional. As relações étnico-raciais são apresentadas a partir de uma perspectiva comparada que faz um paralelo do PNE -13.005/2014 com o Plano Estadual de Educação do Amazonas (Lei n˚ 4.183/2015) e com o Plano Municipal de Educação de Manaus (Lei n˚ 2.000/2015) sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no currículo escolar. A Educação Escolar Indígena é retratada nas metas e nas estratégias pontuais para a educação escolar indígena na Educação Básica firmadas no Plano Nacional de Educação (2014-2024), em articulação com as proposições das Conferências de Educação e as reivindicações do movimento indígena, especialmente as propostas da I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena – CONEEI de 2009. Como também, traz as especificidades firmadas à educação escolar indígena no Plano Municipal de Educação – PME (2015-2025) de Manaus. A análise da Educação do Campo é organizada a partir de um estudo documental dos planos educacionais (nacional, estadual e municipal) referentes ao período de 2014 a 2025. A reflexão é estruturada nas concepções e marcos referenciais da Educação do Campo como política pública vinculada aos pressupostos básicos do direito à educação. O último artigo aborda a modalidade da Educação Profissional no PNE 2014-2024. No trabalho, identifica-se que a expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, a institucionalização dos Institutos Federais e a integração das ações da educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica são movimentos da política nacional brasileira para essa modalidade de ensino que vem se consolidando na última década.O mote proposto para este número da Revista se configurou a partir de oito análises documentais, nelas estão dispostas perspectivas históricas e políticas de um cenário diverso que se configura no âmbito nacional, regional e local. Em todos os acetatos é perceptível uma fundamentação normativa e política dos processos educativos perspectivados a partir do Plano Nacional de Educação – Lei 13005/2014. Ao mesmo tempo, os trabalhos congregam numa análise temática específica a visão de um conjunto de educadores que atuam e se dedicam a campos tradicionais e emergentes da Educação Brasileira.

    Mulheres indígenas, movimento social e feminismo na amazônia: empreendendo aproximações e distanciamentos necessários

    No full text
    The paper intends to reflect on the specificities of the movement of indigenous women in the Brazilian Amazon in relation to the discussion of the conventional feminism, from the experience of the seminar "National States, Health and Indigenous Women in Amazon: public policy, culture and reproductive rights in the pan-Amazonian context", held at Manaus, Brazil, in 2004O artigo pretende refletir sobre as especificidades do movimento de mulheres indígenas na Amazônia brasileira em relação ao feminismo convencional a partir da experiência do Seminário �Estados Nacionais, saúde e as mulheres Indígenas na Amazônia: políticas públicas, cultura e direitos reprodutivos no contexto pan-amazônico�, ocorrido em Manaus, Amazonas, em 200
    corecore