"Bomba hormonal": os riscos da contracepção de emergência na perspectiva dos balconistas de farmácias no Rio de Janeiro, Brasil

Resumo: A pesquisa objetivou conhecer a perspectiva dos balconistas de farmácias sobre a contracepção de emergência na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil. O material empírico advém de pesquisa socioantropológica com vinte entrevistas semiestruturadas com balconistas dos sexos feminino (8) e masculino (12). Os entrevistados apresentam concepções negativas sobre a contracepção de emergência, enfatizando os riscos que ela pode provocar à saúde. O medicamento é considerado uma "bomba hormonal" que pode causar danos aos órgãos reprodutivos femininos e outros sistemas do corpo. Eles destacam os riscos do uso "descontrolado" ou "indiscriminado", especialmente por adolescentes e mulheres jovens. Por ser considerado "perigoso" aos corpos femininos, eles atribuem a responsabilidade de orientação e aconselhamento sobre o uso do método aos médicos ginecologistas e não aos farmacêuticos. Discute-se a necessidade de ampliação do debate público sobre contracepção de emergência no Brasil, incluindo-se os farmacêuticos e balconistas de farmácia, além dos profissionais de saúde e educadores

Assessing treatment outcomes in multiple sclerosis trials and in the clinical setting

Increasing numbers of drugs are being developed for the treatment of multiple sclerosis (MS). Measurement of relevant outcomes is key for assessing the efficacy of new drugs in clinical trials and for monitoring responses to disease-modifying drugs in individual patients. Most outcomes used in trial and clinical settings reflect either clinical or neuroimaging aspects of MS (such as relapse and accrual of disability or the presence of visible inflammation and brain tissue loss, respectively). However, most measures employed in clinical trials to assess treatment effects are not used in routine practice. In clinical trials, the appropriate choice of outcome measures is crucial because the results determine whether a drug is considered effective and therefore worthy of further development; in the clinic, outcome measures can guide treatment decisions, such as choosing a first-line disease-modifying drug or escalating to second-line treatment. This Review discusses clinical, neuroimaging and composite outcome measures for MS, including patient-reported outcome measures, used in both trials and the clinical setting. Its aim is to help clinicians and researchers navigate through the multiple options encountered when choosing an outcome measure. Barriers and limitations that need to be overcome to translate trial outcome measures into the clinical setting are also discussed