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    Infecção experimental de equinos com o vírus Vaccínia

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    O vírus Vaccinia (VACV) é o agente etiológico da vaccínia bovina, uma doença zoonótica re-emergente e de importância sanitária e econômica para rebanhos leiteiros. O VACV também pode ocasionalmente infectar outras espécies, incluindo equinos. Nesse sentido, um surto de VACV em equinos foi descrito em Pelotas, RS, em 2008, no qual uma coinfecção com dois isolados de VACV (denominados Pelotas 1 [P1V] e Pelotas 2 [P2V]) foi detectada. Considerando a rara ocorrência da infecção pelo VACV em equinos, o objetivo deste estudo foi investigar a susceptibilidade e a patogenia experimental da infecção pelo VACV nessa espécie. Para isso, seis equinos adultos foram inoculados com P1V ou P2V (106,3DICC50/ml) após escarificação na superfície nasolabial e monitorados para os aspectos virológicos, clínicos e patológicos por 28 dias. Quatro animais inoculados (4/6) desenvolveram lesões macroscópicas leves nos locais da inoculação, consistentes com aquelas causadas por VACV, caracterizadas por úlceras e crostas focais restritas à área inoculada, entre os dias 2 e 8 pós-inoculação (pi). Microscopicamente, havia acantose, degeneração hidrópica do estrato espinhoso e necrose da epiderme, com bactérias intralesionais. Infiltração moderada de neutrófilos, macrófagos e linfócitos foi observada na derme superficial. Inclusões intracitoplasmáticas eosinofílicas foram infrequentemente observadas nos queratinócitos degenerados adjacentes às áreas necróticas. Excreção viral foi detectada por PCR e isolamento viral das lesões de um equino inoculado com o P2V, entre os dias 4 e 8pi. Não foi detectada produção de anticorpos específicos para o VACV em nenhum animal inoculado. Em resumo, a inoculação de cavalos com os isolados P1V e P2V resultou em um baixo nível de replicação viral e em baixa frequência, resultando em lesões cutâneas mais discretas em comparação com outras espécies susceptíveis ao VACV. Apesar dos equinos serem susceptíveis à infecção pelo VACV, possivelmente apresentam baixo potencial de manutenção e de transmissão do vírus para outras espécies.Vaccinia virus (VACV) is the etiologic agent of bovine vaccinia, an emerging zoonotic disease with potential health issues for dairy herds and humans. VACV may occasionally infect other species, including horses. In this sense, an outbreak of VACV disease in horses was described in Pelotas, RS, in 2008, where a co-infection with two VACV strains (named Pelotas Virus 1 [P1V] and Pelotas Virus 2 [P2V]) was detected. Considering the rare occurrence of VACV infection in horses, the objective of this study was to investigate the susceptibility and pathogenesis of VACV infection in this species. Six adult horses were inoculated with VACV P1V or P2V (106.3TCID50/ml) through scarification of the nasolabial surface and monitored for virological and clinical aspects during 28 days. Four inoculated horses (4/6) developed mild lesions in the site of inoculation. Ulcers and scabs restricted to inoculated areas were observed between days 2 and 8 post-inoculation (pi). Microscopically there were acanthosis, ballooning degeneration of the stratum spinosum, necrosis and loss of the epidermis. Infiltration of neutrophils, macrophages and lymphocytes were observed in the dermis. Intracytoplasmic eosinophilic inclusions were infrequently observed in degenerate keratinocytes from adjacent necrotic areas. Virus shedding was detected between days 4 and 8 pi by PCR and virus isolation (infectious virus) from the lesions of one horse inoculated with P2V. No neutralizing antibodies were detected in inoculated animals at day 28 pi. In summary, inoculation of horses with VACV P1V and P2V isolates resulted in a low level of replication and at low frequency, with mild cutaneous lesions, when compared with the course of infection of other susceptible species to VACV. Therefore, horses possibly have a low potential for viral maintenance and transmission to other species, albeit being susceptible to VACV infection

    Educação em Saúde para Pacientes no Perioperatório de Cirurgia Cardiovascular: Relato de Experiência/ Health Education for Patients in the Perioperative Period of Cardiovascular Surgery: Experience Report

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    Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) representam um enorme problema de saúde pública no Brasil e mundo. Grande parcela da população acometida pelas DCV fica com limitação da capacidade física e funcional do coração, passando a depender de cuidados de média e alta complexidade. É importante promover estratégias que insira o paciente e seu familiar no processo de tratamento e recuperação, sendo a educação em saúde uma ferramenta fundamental para isso. Objetivos: Este estudo objetiva relatar a experiência vivenciada em atividades de educação em saúde no ambiente hospitalar e analisar a prática educativa utilizada sob a luz da teoria problematizadora de Paulo Freire. Metodologia: A metodologia utilizada é o relato de experiência. A vivência ocorreu no Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco - Prof. Luiz Tavares (PROCAPE), através do projeto de extensão universitária desenvolvido na UPE/PROCAPE-FENSG, no período de julho de 2017 a junho de 2018, que discentes da Centro Universitário Estácio do Recife foram convidadas a participar. No projeto eram realizadas orientações perioperatória para os pacientes que se encontravam internados nas enfermarias do 5º, 6º e 7º andar da instituição de estudo e estavam com cirurgia programada para a semana subsequente ao dia da reunião. As explicações eram realizadas de forma simples e lúdica. Resultados e Discussões: Os pacientes demonstraram melhora na autoestima, na perspectiva de vida e na disposição para o autocuidado e diminuição do tempo de internamento pós-operatório. Foi por meio da educação em saúde nos hospitais que permitiram estimular essas ações transformadoras através da teoria de Paulo Freire. Considerações finais: O estudo simboliza um passo na construção de novos saberes sobre o processo de trabalho educativo em ambiente hospitalar e que a implementação dessas ações produz transformação no paradigma hospitalocêntrico vigente

    Estudo restrospectivo de casos de gastrenterite hemorrágica em cães filhotes atendidos no HVET - UnB

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    Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2016.A gastrenterite hemorrágica (GEH) é uma séria disfunção do trato gastrintestinal onde há perda de fluidos, eletrólitos e proteínas. A gastrenterite por parvovírus canino é provavelmente a desordem infecciosa mais comum em cães jovens com diarreia. O objetivo desse trabalho foi descrever o desfecho clínico dos casos de GEH em cães atendidos no Hospital Veterinário da UnB, no período de janeiro de 2014 a março de 2016, por meio do levantamento de dados acerca da idade, do esquema vacinal, do leucograma, do número de óbitos. Com essas informações, objetivou-se também avaliar a eficácia dos protocolos terapêuticos instituídos atualmente no Hvet-UnB. Para isso, foram coletados dados de 94 prontuários de pacientes que receberam tratamento nosocomial por pelo menos um dia no Hvet-UnB. As informações obtidas foram organizadas em planilhas no programa Excel® 2010 para descrição posterior dos seguintes dados: animais submetidos ao teste rápido de detecção de PVC; aspectos epidemiológicos como idade e sexo; esquema vacinal de cães com idade igual ou superior a quatro meses; número de óbitos relacionados à GEH; contagem de leucócitos. O perfil encontrado dos cães no estudo mostra que: 43% dos cães tem idade entre dois a três meses, 64% eram machos, 69% (33/48) dos cães acima de quatro meses não eram vacinados, 46% (42/91) dos animais tinham leucopenia, Dos 60 cães submetidos ao teste de antígeno da parvirose em amostra fecal, todos foram positivos Não ocorreram óbitos intrahospitalares, porém, o hospital não funciona 24 horas por dia. Para estabelecer o desfecho dos casos, os proprietários foram contatados por telefone ou a alta hospitalar estava registrada no prontuário Os óbitos relacionados diretamente à GEH foram de 12% (10/77). Não foi possível avaliar o desfecho de todos os animais por não haver informações suficientes na ficha, ou por não ser possível contatar todos os proprietários. Com a realização deste estudo, pode-se observar que o número de óbitos é baixo em relação ao que é descrito na literatura. Acredita-se que esse número possa estar associado à terapêutica utilizada no Hvet-UnB que inclui a reidratação adequada do animal, o uso precoce de antibióticos, a instituição rápida de uma alimentação enteral e a manutenção da pressão arterial sistólica e temperatura central dentro dos valores de referência.Hemorrhagic gastroenteritis (HGE) is a serious dysfunction of the gastrointestinal tract where there is loss of fluids, electrolytes and proteins. Gastroenteritis by canine parvovirus (CPV) is probably the most common infectious diseases in young dogs with diarrhea. The aim of this study was to describe the clinical outcome of HGE cases in puppies admitted to treatment at the Hospital Veterinário da UnB, from January 2014 to March 2016, by the means of compiling data such as age, vaccination schedule, white blood count and number of deaths. Through these information, the secondary objective was to evaluate the efficacy of treatment protocols currentely in use in this institution. Data from 94 clinical files of puppies admitted for treatment for at least one day. The information obtained was organized in spreadsheets in 2010 Excel® for further description such as: positives results in the rapid antigen detection test for CPV; epidemiological aspects such as age and sex; vaccination protocol of dogs aged between 4 and 12 months; number of HGE-related deaths; white blood count. The profile of the dogs in the study shows that 43% of dogs were aged two to three months, 64% were males, 69% (33/48) of dogs over four months were unvaccinated, 46% (42/91) of the animals had leukopenia. All of the 60 dogs submitted to parvovirus antigen test in fecal samples were positive. There were no in-hospital deaths, however, the hospital does not work 24 hours a day. To establish the outcome of cases, the owners were contacted by phone or hospital discharge was recorded in the chart. The deaths related directly to HGE were 12% (10/77). It was not possible to assess the outcome of all animals because there was not enough information in the files, or it was not possible to contact all owners. With this study, it can be seen that the number of deaths is low in relation to what is described in the literature. It is believed that this number may be associated with therapeutic use Hospital Veterinário da UnB including appropriate animal rehydration, early use of antibiotics, the rapid establishment of an enteral feeding and maintenance of systolic blood pressure and core temperature within the range of reference

    Experimental infection of horses with Vaccinia virus

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    ABSTRACT: Vaccinia virus (VACV) is the etiologic agent of bovine vaccinia, an emerging zoonotic disease with potential health issues for dairy herds and humans. VACV may occasionally infect other species, including horses. In this sense, an outbreak of VACV disease in horses was described in Pelotas, RS, in 2008, where a co-infection with two VACV strains (named Pelotas Virus 1 [P1V] and Pelotas Virus 2 [P2V]) was detected. Considering the rare occurrence of VACV infection in horses, the objective of this study was to investigate the susceptibility and pathogenesis of VACV infection in this species. Six adult horses were inoculated with VACV P1V or P2V (106.3TCID50/ml) through scarification of the nasolabial surface and monitored for virological and clinical aspects during 28 days. Four inoculated horses (4/6) developed mild lesions in the site of inoculation. Ulcers and scabs restricted to inoculated areas were observed between days 2 and 8 post-inoculation (pi). Microscopically there were acanthosis, ballooning degeneration of the stratum spinosum, necrosis and loss of the epidermis. Infiltration of neutrophils, macrophages and lymphocytes were observed in the dermis. Intracytoplasmic eosinophilic inclusions were infrequently observed in degenerate keratinocytes from adjacent necrotic areas. Virus shedding was detected between days 4 and 8 pi by PCR and virus isolation (infectious virus) from the lesions of one horse inoculated with P2V. No neutralizing antibodies were detected in inoculated animals at day 28 pi. In summary, inoculation of horses with VACV P1V and P2V isolates resulted in a low level of replication and at low frequency, with mild cutaneous lesions, when compared with the course of infection of other susceptible species to VACV. Therefore, horses possibly have a low potential for viral maintenance and transmission to other species, albeit being susceptible to VACV infection
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