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    Um muiraquitã em seu contexto arqueológico no lendário amazônico

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    Em salvamento arqueológico realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPA em 2011 no porto da cidade de Santarém (Pará) foi encontrado um pingente lítico com as características morfológicas de um muiraquitã, aqui denominado de muiraquitã Santarém, portanto um dos primeiros em ambiente contextualizado no vale amazônico. Enquanto se tem em mente que esses pingentes sejam elaborados em jade nefrítico, o Santarém, embora lítico e de cor cinza esverdeado, foi entalhado em clorita-sericita-quartzo xisto, uma rocha metamórfica de baixo grau recorrente.  Mesmo assim o achado é raro, em função do design e uso, além de representar objetos pré-históricos socioculturais, que no design encontram paralelos na pré-história ao longo da costa atlântica amazônica e nas ilhas do Caribe

    Educomunicação e suas áreas de intervenção: Novos paradigmas para o diálogo intercultural

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    oai:omp.abpeducom.org.br:publicationFormat/1O material aqui divulgado representa, em essência, a contribuição do VII Encontro Brasileiro de Educomunicação ao V Global MIL Week, da UNESCO, ocorrido na ECA/USP, entre 3 e 5 de novembro de 2016. Estamos diante de um conjunto de 104 papers executivos, com uma média de entre 7 e 10 páginas, cada um. Com este rico e abundante material, chegamos ao sétimo e-book publicado pela ABPEducom, em seus seis primeiros anos de existência. A especificidade desta obra é a de trazer as “Áreas de Intervenção” do campo da Educomunicação, colocando-as a serviço de uma meta essencial ao agir educomunicativo: o diálogo intercultural, trabalhado na linha do tema geral do evento internacional: Media and Information Literacy: New Paradigms for Intercultural Dialogue

    Jarina: o marfim das biojóias da Amazônia

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    A palmeira jarina (Phytelephas macrocarpa) é endêmica da Amazônia, onde se desenvolve sobre antigas planícies de inundação, cujos sedimentos são constituídos por quartzo, minerais de argila 2:1 e feldspatos, constituindo solos férteis e pouco ácidos a neutros. As sementes dessa palmeira são incluídas entre as gemas orgânicas raras. Devido a sua cor e brilho, as sementes são comparadas ao marfim animal, apesar da baixa dureza e baixa densidade, sendo empregadas na manufatura de biojóias e artefatos. Esses produtos são bem aceitos comercialmente devido às sementes serem susceptíveis a mudança de coloração e outros melhoramentos. Infelizmente, as jóias não apresentam vida longa, pois as sementes podem sofrer ataque de microorganismos entre 5 e 10 anos. Se houver uma política adequada para cadeia produtiva das sementes de jarina, a mesma poderá se tornar de grande importância para o desenvolvimento da região Amazônica, ao criar novas oportunidades de trabalho e agregação de valor aos produtos. No entanto faz-se necessário um especial cuidado para evitar exploração inadequada das sementes para assegurar a preservação da espécie

    O sítio Jabuti, em Bragança, Pará, no cenário arqueológico do litoral amazônico

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    Quarenta anos após a conclusão do Projeto Salgado, no nordeste paraense, arqueólogos retomam pesquisas na região, investigando questões relacionadas a ocupações humanas pré-coloniais do litoral. São apresentados os primeiros resultados da pesquisa no sítio arqueológico Jabuti, localizado no município de Bragança (PA), na Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperuçu. Trata-se de um sítio cerâmico, a céu aberto, do tipo habitação, com manchas de terra preta arqueológica. O material coletado constitui-se, principalmente, de fragmentos de cerâmica, alguns líticos lascados e corantes. A datação única C14 obtida indica que o sítio foi ocupado há pelo menos 2.900 anos BP. Interessante notar que, segundo esta datação, a ocupação ocorreu no segundo momento do modelo estabelecido por Pedro Walfir Martins Souza Filho e colaboradores, em artigo publicado em 2009, sobre a evolução geológica da zona bragantina do litoral do Salgado, ou seja, o sítio estava situado na maior ilha de terra, próximo ao continente. As características observadas no material cerâmico desse sítio remetem à tradição cerâmica Mina. Inicialmente, duas hipóteses são levantadas: 1) a ocorrência de cerâmica Mina neste tipo de sítio arqueológico pode indicar alguma forma de contato entre grupos sambaquieiros e outros grupos ceramistas; ou, ainda, 2) uma mudança na economia e no modo de vida dos grupos sambaquieiros em direção ao cultivo
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