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Comparação entre Puérperas Fumantes e Ex-Fumantes com Relação ao Tempo de Amamentação e suas Consequências sobre a Saúde dos Recém-Nascidos
Introdução: A influência nociva do tabagismo no período gestacional e na amamentação é amplamente descrita na literatura. Objetivo: Avaliar a relação entre o tempo de amamentação e o tabagismo entre as puérperas fumantes e ex-fumantes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e suas consequências para a saúde dos bebês. Métodos: Estudo transversal com aplicação de questionário via telefone em puérperas fumantes do HCPA, divididas em 2 grupos: mulheres que não fumaram (G1) e que fumaram (G2) após o parto. Variáveis contínuas foram descritas por medidas de tendência central e dispersão; variáveis categóricas, por frequências absolutas e relativas. As médias foram comparadas com t de Student e as complicações entre os grupos com Qui-quadrado. Resultados: Avaliadas 154 puérperas: 75 (G1) e 79 (G2). A idade não diferiu entre os grupos (26,0 e 24,7 anos); 67,5% tinham feito pré-natal e, destas, metade não fumou no pós-parto. Somente 51,3% receberam informação médica de que o fumo poderia trazer complicações para ela e seu bebê. Não houve diferença estatisticamente significativa com relação a problemas ou intercorrências respiratórias nos bebês. As puérperas amamentaram em média 7,2 (G1) e 6,2 (G2) meses e não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. No grupo G2 houve uma tendência à interrupção da amamentação por causas respiratórias (p=0,058). Conclusão: Não houve alterações significativas com relação a problemas respiratórios nos bebês ou parada da amamentação em puérperas fumantes. No entanto, o tabagismo é um preocupante problema de Saúde Pública e deve receber atenção constante nesse grupo especial de mulheres
Efeito do comprimento axial ocular na espessura da camada de fibras nervosas da retina e da camada de células ganglionares-plexiforme interna avaliadas por OCT espectral
Purpose: To evaluate the influence of ocular axial length on circumpapillary retinal nerve fiber layer and ganglion cell-inner plexiform layer thickness in healthy eyes after correcting for ocular magnification effect. Methods: In this cross-sectional study, we evaluated 120 eyes from 60 volunteer participants (myopes, emmetropes, and hyperopes). The thickness of the circumpapillary retinal nerve fiber layer and ganglion cell-inner plexiform layer were measured using the spectral optical coherence tomography (OCT)-Cirrus HD-OCT and correlated with ocular axial length. Adjustment for ocular magnification was performed by applying Littmann’s formula. Results: Before the adjustment for ocular magnification, age-adjusted mixed models analysis demonstrated a significant negative correlation between axial length and average circumpapillary retinal nerve fiber layer thickness (r=-0.43, p<0.001), inferior circumpapillary retinal nerve fiber layer thickness (r=-0.46, p<0.001), superior circumpapillary retinal nerve fiber layer thickness (r=-0.31, p<0.05), nasal circumpapillary retinal nerve fiber layer thickness (r=-0.35, p<0.001), and average ganglion cell-inner plexiform layer thickness (r=-0.35, p<0.05). However, after correcting for magnification effect, the results were considerably different, revealing only a positive correlation between axial length and temporal retinal nerve fiber layer thickness (r=0.42, p<0.001). . Additionally, we demonstrated a positive correlation between axial length and average ganglion cell-inner plexiform layer thickness (r=0.48, p<0.001). All other correlations were not found to be statistically significant. Conclusions: Before adjustment for ocular magnification, axial length was negatively correlated with circumpapillary retinal nerve fiber layer and ganglion cell-inner plexiform layer thickness measured by Cirrus-OCT. We attributed this effect to ocular magnification associated with greater axial lengths, which was corrected with the Littman’s formula. Further studies are required to investigate the impact of ocular magnification correction on the diagnostic accuracy of Cirrus-OCT.Objetivo: Avaliar a influência do comprimento axial ocular na espessura da camada de fibras nervosas da retina peripapilar e na espessura da camada de células ganglionares-plexiforme interna em olhos saudáveis após correção para efeito de magnificação ocular. Métodos: Neste estudo transversal, avaliamos 120 olhos de 60 participantes voluntários (míopes, emétropes e hipermétropes). A espessura da camada de fibras nervosas da retina peripapilar e da camada de células ganglionares-plexiforme interna foram medidas usando a tomografia de coerência óptica espectral (OCT)-Cirrus HD-OCT e correlacionada com o comprimento axial ocular. O ajuste para a magnificação ocular foi realizado aplicando a fórmula de Littmann. Resultados: Antes do ajuste para magnificação ocular, a análise de modelos mistos ajustada por idade demonstrou uma correlação negativa significante entre o comprimento axial e a espessura média da camada de fibras nervosas da retina peripapilar (r=-0,43; p<0,001), espessura da camada de fibras nervosas da retina peripapilar inferior (r=-0,46; p <0,001), espessura da camada de fibras nervosas da retina peripapilar superior (r=-0,31; p<0,05), espessura da camada de fibras nervosas da retina peripapilar nasal (r=-0,35; p<0,001) e espessura média das células ganglionares-plexiforme interna (r=-0,35; p<0,05). No entanto, após a correção do efeito de magnificação, os resultados foram consideravelmente diferentes, revelando apenas uma correlação positiva entre o comprimento axial e a espessura temporal da camada de fibras nervosas da retina (r=0,42; p<0,001). Além disso, demonstramos uma correlação positiva entre o comprimento axial e a espessura média das células ganglionares-plexiforme interna (r=0,48; p<0,001). Todas as outras correlações não foram consideradas estatisticamente significativas Conclusão: Antes do ajuste para o efeito de magnificação ocular, o comprimento axial estava negativamente correlacionado com a espessura da camada de fibras nervosas da retina peripapilar e das células ganglionares-plexiforme interna medido pelo Cirrus-OCT. Atribuimos esse efeito à magnificação ocular associada a comprimentos axiais maiores, o que foi corrigido com a fórmula de Littman. Mais estudos são necessários para investigar o impacto da correção da magnificação ocular na acurácia diagnóstica do Cirrus-OCT