Eleições 2018: uma memória política das emoções

Fear inhabits the sensitive and abstract domains of social reality. Like a figure, subtly reveals its features in different contexts, sometimes in shared narrative constructions, or subjective perceptions about space and time. In 2018 fear has played a central hole in the context of the Brazilian presidential elections as a political method of population management. In this essay, we show some of the features of fear that leave traces through the streets and walls of the city of Porto Alegre with images of urban interventions in the public space after the elections.O medo habita os domínios sensíveis e abstratos da realidade social. Como um vulto, evidencia sutilmente suas feições em distintos contextos, ora por construções narrativas compartilhadas, ora por percepções subjetivas sobre o espaço e o tempo. Em 2018 o medo teve um papel central no contexto das eleições presidenciais brasileiras como método político de gestão das populações. Buscamos, neste ensaio, mostrar algumas das feições do medo que deixaram rastros pelas ruas e muros da cidade de Porto Alegre com imagens das intervenções urbanas no espaço público após as eleições

Sociabilidade, conflito e resistência : etnografia no viaduto do Brooklyn em Porto Alegre

Este trabalho é resultado de minhas reflexões ao longo do últimos anos como aluna vinculada ao Núcleo de Antropologia Visual (NAVISUAL/UFRGS) e se insere em uma linha de pesquisa etnográfica na interface da antropologia urbana com a antropologia visual. Tomo como referência empírica e reflexiva o viaduto Imperatriz Leopoldina, localizado na região central da cidade de Porto Alegre - RS. Constitui-se como temática deste trabalho a análise das dinâmicas socioculturais atreladas ao viaduto que, pela aproximação com a cultura urbana do skate e do hip hop, ficou conhecido por seus habitués como viaduto do Brooklyn. O trabalho consiste num estudo acerca dos usos e representações do viaduto como espaço de lazer, de moradia, de memória e de resistência cultural. Foi desenvolvido sob quatro eixos principais: (1) as formas de sociabilidade predominantes no espaço e os modos de habitar e de fazer; (2) o lazer, a vida noturna e a boêmia na cidade; (3) a memória e a duração e (4) os sentidos políticos da experiência urbana. O estudo etnográfico parte da observação e participação no contexto do viaduto do Brooklyn. Conversas e entrevistas com frequentadores ou habitantes nos arredores, bem como a produção imagética de fotografias e vídeo também foram recursos metodológicos utilizados para o desenvolvimento deste trabalho.This work is a result of my last years’ study as associate student of Núcleo de Antropologia Visual (NAVISUAL/UFRGS) and it takes place in an ethnographic research area between urban anthropology and visual anthropology. I take as empirical reference the Imperatriz Leopolina viaduct, which is located at inner city of Porto Alegre. This work’s subject matter consists in the analysis of sociocultural dynamics attached to the viaduct, which is known to its habitués, through its relations with the urban culture of skate and hip hop, as Brooklyn Viaduct. The study is about the uses and representations of the viaduct as a place for leisure, habitation, memory and cultural resistance. It was developed from four main aspects: (1) different ways in which one may figure and perform and the prevailing forms of sociability in the space; (2) leisure, night life and bohemia at the city; (3) memory and time, and (4) political senses of urban experience. The ethnographic study figures in the observation of and participation in Brooklyn Viaduct. Talks and interviews with goers or nearby dwellers, as well as photos and videos were my methodological tools to the development of this work

Diálogos com jovens e suas imagens : estudo etnográfico com oficinas na grande cruzeiro em Porto Alegre (RS)

Essa dissertação é resultado de uma experiência etnográfica na Grande Cruzeiro, região composta por diversas vilas populares e situada entre a zona sul e o centro de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Os enfoques temáticos principais são as condições da vida urbana e a construção de narrativas visuais sobre o espaço habitado. Partindo de referenciais teóricos e metodológicos das antropologias visual e urbana, procurei compreender o ponto de vista dos/as moradores sobre os modos de habitar essa região, assim como os afetos e as tensões implicadas na vida cotidiana local. Os objetivos foram (1) desenvolver um estudo etnográfico na região da Grande Cruzeiro e (2) compreender as relações sociais e afetivas dos/as jovens de um projeto social com o território. Para tanto, realizaram-se oficinas com jovens, nas quais foram exploradas formas criativas de expressar seus pertencimentos à cidade. Percursos realizados no território, entrevistas com lideranças comunitárias, produção de vídeos e fotografias e observações participantes foram empregados para a construção dos dados de pesquisa. Durante a pandemia, a obrigatoriedade do trabalho remoto implicou a adaptação de metodologias de pesquisa, e o Google Maps, plataformas de videoconferências e o Whatsapp se mostraram ferramentas essenciais. Apresento o percurso da pesquisa e os seus desdobramentos, que produzem enfoques diversificados sobre Porto Alegre e a região da Grande Cruzeiro. Com esta pesquisa, espero contribuir com o campo de estudos sobre juventudes, cidade e imagens e enriquecer as narrativas etnográficas sobre experiências e olhares juvenis na/da cidade.This thesis consists in the results of an ethnographic experience in “Grande Cruzeiro”, an area formed by a number of popular neighborhoods between the south side and the city center of Porto Alegre. The main subjects are the conditions of urban life and the construction of visual narratives about the inhabited space. Using theories and methods from visual and urban anthropologies, I looked for understanding the inhabitant’s point of view on living in this region of the city, as well as the affections and tensions involved in local daily life. The objectives were (1) to develop an ethnographic study in the region of Grande Cruzeiro and (2) to understand the social and affective relations of young people from a social project with the territory. To do so, workshops have been held with young people, in which they explored creative ways to express their belongings to the city. Walks in the territory, interviews with community leaders, production of videos and photographs, and participant observations were used to construct the research informations. During the pandemic, the obligation of remote work implied the adaptation of research methodologies. Google Maps, videoconference platforms and Whatsapp proved to be essential tools. I present the research path and its unfoldings, which produce diversified approaches on Porto Alegre and the region of Grande Cruzeiro. With this research, I hope to contribute to the field of studies on youth, cities, and images and enrich ethnographic narratives about youth experiences and views in/of the city

Tempos de crise e a (in)vulnerabilidade do viver cotidiano em contextos urbanos

A expansão vertiginosa dos cenários urbanos e a crescente diversificação populacional nos espaços públicos produzem desigualdades e vulnerabilidade frente à imprevisibilidade das mudanças sociais, políticas e econômicas que caracterizam esses contextos. Diante da instabilidade, o medo e a insegurança emergem como reações a essa condição, produzindo novos agenciamentos e transformando as formas de sociabilidade nos espaços das cidades

Cartas aos narradores urbanos: Etnografia de rua na Porto Alegre das intervenções artísticas

Esta expografia apresenta a pesquisa antropológica desenvolvida em 2017 pela equipe de alunos e professores do Núcleo de Antropologia Visual (NAVISUAL-UFRGS). O contexto é Porto Alegre; a motivação intelectual, o diálogo com autores que, de alguma forma, exaltam as experiências de deslocamento na cidade para colecionar imagens que nascem da observação, da escuta, de sua captação pela ação etnográfica de pesquisadores, e seus registros tecnológicos (fotografia, vídeo, som). A leitura das obras resenhadas orienta a equipe na construção de categorias interpretativas, um campo semântico que nos estimula na ordenação das figuras em constelações de imagens. A equipe homenageia nove narradores urbanos, a quem redige cartas que recitam a experiência da pesquisa. Esta consistiu em quatro saídas a campo, em quatro territorialidades na cidade de Porto Alegre, que, em comum, se beneficiaram com a presença de intervenções artísticas, as artes-cidade. Para percorrer ruas e passagens, e para nos deslocar nas paisagens que fazem palpitar a vida urbana, convidamos artistas de rua, ou coordenadores de projetos artísticos, para partilharem com nossa equipe suas reflexões. Acompanhados por esses interlocutores, descobrimos novas formas de perceber a cidade: a Porto Alegre das intervenções artísticas. Convidados pelo programa de extensão do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS e sob a curadoria do técnico administrativo e antropólogo Rafael Derois dos Santos, compartilhamos com os flâneurs, no espaço da Reitoria, esta exposição da UNIFOTO, DDC, UFRGS

Robust estimation of bacterial cell count from optical density

Optical density (OD) is widely used to estimate the density of cells in liquid culture, but cannot be compared between instruments without a standardized calibration protocol and is challenging to relate to actual cell count. We address this with an interlaboratory study comparing three simple, low-cost, and highly accessible OD calibration protocols across 244 laboratories, applied to eight strains of constitutive GFP-expressing E. coli. Based on our results, we recommend calibrating OD to estimated cell count using serial dilution of silica microspheres, which produces highly precise calibration (95.5% of residuals <1.2-fold), is easily assessed for quality control, also assesses instrument effective linear range, and can be combined with fluorescence calibration to obtain units of Molecules of Equivalent Fluorescein (MEFL) per cell, allowing direct comparison and data fusion with flow cytometry measurements: in our study, fluorescence per cell measurements showed only a 1.07-fold mean difference between plate reader and flow cytometry data