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    Etnogeomorfologia e paisagem

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    Relevo e paisagem se encontram visivelmente vinculados através de relações integradas e dinâmicas. A Etnogeomorfologia como novo campo de investigação, move esforços através da busca dos conhecimentos tradicionais sobre os aspectos geomorfológicos locais. Numa análise dos trabalhos etnogeomorfológicos já realizados, constatou-se que os conhecimentos não se limitam ao relevo e seus processos, mas abrange toda a teia de relações ambientais da paisagem. Assim a relação entre Etnogeomorfologia e Paisagem é claramente detectada através da descrição de uma série de processos geomorfológicos de maneira coerente, detalhada e integrada. Deste modo o principal objetivo deste trabalho é apontar que o conhecimento etnogeomorfológico que as comunidades locais possuem se encontra interligado aos demais elementos da paisagem, revelando assim que esses saberes não se encontram compartimentados, e se expandem muito além dos conhecimentos geomorfológicos propriamente ditos. Os trabalhos de Ribeiro (2012) e Lopes (2014) foram a base principal de análise, viabilizando a discussão aqui exposta

    O ensino da geomorfologia com a produção de materiais didáticos

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    O ensino da dinâmica geomorfológica é essencial para que o aluno compreenda de forma estimulante a lógica das mudanças da superfície do planeta e suas influências no seu dia a dia. O objetivo deste trabalho é produzir junto com a turma do 7° ano da Escola de Ensino Infantil e Fundamental Maria Pedrina em Juazeiro do Norte - CE, um material didático, para facilitar o aprendizado de Geomorfologia no qual eles tenham noção básica das modificações pelas quais passam as formas de relevo. Na construção deste trabalho foi feito um levantamento bibliográfico temático, após o qual se aplicou um questionário para a turma; na 3ª fase, fez-se uma abordagem didática sobre o conteúdo relevo e suas formas para depois focar-se na produção do material. Identificou-se com os dados coletados no questionário que os alunos não tinham um bom conhecimento sobre o assunto antes de abordar o conteúdo

    GEOMORFOLOGIA E PAISAGEM DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE/CE: RELAÇÕES ENTRE A NATUREZA SEMI-ÁRIDA E OS IMPACTOS ANTRÓPICOS

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    Ambientado no semi-árido brasileiro, Juazeiro do Norte, no estado do Ceará, está entre as cidades que mais crescem no interior do Nordeste. O presente trabalho teve como objetivo analisar a relação entre os aspectos naturais da paisagem geomorfológica do semi-árido com os impactos antrópicos no solo do município de Juazeiro do Norte, a fim de apontar e entender formas de degradação pela urbanização no local e suas conseqüências socioambientais. Na análise dos impactos urbanos no solo, foram analisadas erosões em dois bairros periféricos, São José e Antônio Vieira. O município vem sofrendo com as modificações de sua paisagem original pela forte urbanização, seja pela retirada da cobertura vegetal, seja pela modificação nas formas e dinâmica do relevo. Isto mostra uma das formas como as cidades médias do interior nordestino são impactadas pela ação antrópica. As erosões estudadas mostraram que houve um agravamento do risco nos últimos cinco anos, e que isto se deve ao crescimento urbano, que traz consigo a modificação no fluxo superficial e aderência das vertentes

    DEPÓSITOS DE ENCOSTAS EM REGIÕES TROPICAIS: UMA ABORDAGEM SOBRE A FORMAÇÃO DE COLÚVIOS

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    Os depósitos de encostas são cruciais para a pesquisa geomorfológica, haja vista que o material transportado, geometria e forma adquirida quando da acomodação, podem indicar as perturbações e/ou transformações pelos quais as diferentes paisagens foram submetidas, em especial, durante os eventos que desencadearam, por alteração no fluxo de energia e matéria no sistema, níveis de instabilidades. Esses registros estão contidos nas camadas de sedimentos que estão dispostas estruturalmente na forma de depósitos como, por exemplo, os coluviais. Esse trabalho tem como objetivo estabelecer uma discussão conceitual sobre colúvio e sua importância para os estudos paleoambientais das paisagens. Para o desenvolvimento desse trabalho foi feito um exaustivo levantamento bibliográfico, indo desde teses e dissertações a artigos científicos e livros produzidos sobre a temática. De posse desse levantamento foi possível estabelecer a discussão conceitual sobre colúvio. Os colúvios, corpos sedimentares representativos dos eventos evolutivos do Quaternário, mesmo respondendo por até 50% da cobertura superficial da paisagem em algumas áreas tropicais, não integram a paisagem de maneira contínua, mas descontinuamente e pouco espessa pela breve duração dos processos e por ser resultado da intensa interação entre erosão e sedimentação, o que pode conforme o evento, ser remobilizado sucessivamente por ciclos erosivos de intensidade variada. A formação dos depósitos coluviais reflete a relação dos processos de morfogênese e pedogênese, da qual resulta a esculturação da paisagem. O resultado dessa relação é a constante disponibilização de material para ser deslocado e acomodado em uma porção do relevo. A permanência ou não do material nas áreas de acomodação está condicionada a ocorrência de mecanismos que favoreçam sua estabilização ou a retirada de qualquer registro sedimentar pelos agentes erosivos. A superposição de camadas coluviais registra a evolução da paisagem pela recorrência de processos agradacionais e degradacionais, cuja porção superior pode ser submetida às condições pedogenéticas. Ao analisar e interpretar as seqüências deposicionais (colúvios) é possível vislumbrar as diversas mudanças nas condições ambientais e explicar a evolução desses ambientes auxiliando, por sua vez, na compreensão das características do atual arranjo espacial da paisagem. Reconhecida a relevância do conhecimento dos processos que condicionaram a evolução da paisagem em tempos pretéritos para o entendimento do arranjo atual e prognósticos futuros voltados para o planejamento do uso dos espaços, os depósitos coluviais constituem importantes registros na dimensão temporal do Quaternário/Holoceno capazes de revelar as condições ambientais pretéritas das quais evoluíram os sistemas ambientais do presente, cuja configuração apresenta estreita interação com a variável antrópica, num constante feedback com implicações diretas na magnitude dos processos

    Aula de campo no ensino de geografia: abordagem nos geossítios do Geopark UNESCO Araripe

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    This work has as its theme the field class as a methodological resource applied to Geography Teaching. The initial questions that guided the study were: How does the field class contribute to student learning? What is the importance of the field class for the Teaching of Geography? What contents of the textbook can be associated to the field practice on geodiversity of geosites? From the questions presented, the general objective of the research was defined, which was to analyze the potential of the geosites of the Geopark UNESCO Araripe, as a locus of learning about the geodiversity of Ceará's Cariri in Geography classes in High School. Methodologically, a bibliographic survey was carried out on the Teaching of Geography, field activity and Geopark Araripe, the applicability of the questionnaire to high school teachers was carried out, and then analysis of the contents of the textbook of the 1st year of high school were carried out. and the potential of the geosites, finally, as a result, a contextualized script was presented as a suggestion for field activity in some of the geosites of Geopark Araripe.Este trabalho tem como temática a aula de campo como recurso metodológico aplicado ao Ensino de Geografia. Os questionamentos iniciais que nortam o estudo foram: Como a aula de campo  contribui na aprendizagem dos alunos? Qual a importância da aula de campo para o Ensino de Geografia? Quais conteúdos do livro didático podem ser associados para a prática de campo sobre geodiversidade dos geossítios? A partir das questões apresentadas se definiu o objetivo geral da pesquisa, que foi analisar as potencialidades dos geossítios do Geopark UNESCO Araripe, como locus de aprendizagem sobre a geodiversidade do Cariri Cearense em aulas de Geografia no Ensino Médio. Metodologicamente, foi realizado o levantamento bibliográfico acerca do Ensino de Geografia, atividade de campo e Geopark Araripe, realizou-se a aplicabilidade do questionário aos professores do Ensino Médio, e em seguida foram realizadas analises dos conteúdos do livro didático do 1º ano do Ensino Médio e das potencialidades dos geossítios, por fim, como resultado foi apresentado um roteiro contextualizado como sugestão para atividade de campo em algum dos geossítios do Geopark Araripe

    Aula de campo no ensino de geografia: abordagem nos geossítios do Geopark UNESCO Araripe

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    Este trabalho tem como temática a aula de campo como recurso metodológico aplicado ao Ensino de Geografia. Os questionamentos iniciais que nortam o estudo foram: Como a aula de campo  contribui na aprendizagem dos alunos? Qual a importância da aula de campo para o Ensino de Geografia? Quais conteúdos do livro didático podem ser associados para a prática de campo sobre geodiversidade dos geossítios? A partir das questões apresentadas se definiu o objetivo geral da pesquisa, que foi analisar as potencialidades dos geossítios do Geopark UNESCO Araripe, como locus de aprendizagem sobre a geodiversidade do Cariri Cearense em aulas de Geografia no Ensino Médio. Metodologicamente, foi realizado o levantamento bibliográfico acerca do Ensino de Geografia, atividade de campo e Geopark Araripe, realizou-se a aplicabilidade do questionário aos professores do Ensino Médio, e em seguida foram realizadas analises dos conteúdos do livro didático do 1º ano do Ensino Médio e das potencialidades dos geossítios, por fim, como resultado foi apresentado um roteiro contextualizado como sugestão para atividade de campo em algum dos geossítios do Geopark Araripe

    ETNOGEOMORFOLOGIA SERTANEJA: METODOLOGIA APLICADA NOS SITIOS FARIAS E SANTO ANTONIO, BARBALHA/CE

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    A sustentabilidade do homem nordestino no semiárido tem sido, desde o povoamento desta região, condicionada pelas condições naturais do seu meio e pelas decisões políticas, no que se refere à implantação de programas e projetos econômicos para dinamizar seu território. As áreas semiáridas, devido a suas características morfoesculturadoras, apresentam um equilíbrio extremamente frágil diante da dinâmica ambiental.Nas áreas de produção agropecuária do semiárido o manejo agrícola dos solos tem sido um dos principais responsáveis pela aceleração dos processosmorfodinâmicos. O presente trabalho objetiva identificar como os produtores familiares sertanejos entendem os processos geomorfológicos, de onde vêm estes conhecimentos, como usam estes saberes no manejo do ambiente em que vivem e se tem algum tipo de classificação da paisagem baseado nestes. Para tanto, foram feitas visitasaos sítios Farias e Santo Antônio, no município de Barbalha, Ceará, onde entrevistas roteirizadas levadas a termo junto às áreas de produçãoforneceram dados para a análise desta compreensão etnogeomorfológica. O resultado obtido condiz com a hipótese previamente levantada, na qual existe um conhecimento etnogeomorfológico do produtor rural do semiárido nordestino que vem sendo passado através das gerações desde o povoamento da região, de forma vernacular. Estes saberes estão intrinsicamente relacionado às práticas agropastoris e produz uma classificação/denominação dos fatos e processos geomórficos bastante peculiar

    MAPEAMENTO DE ÁREAS DE RISCO GEOMORFOLÓGICOS NO DISTRITO DO CALDAS-BARBALHA-CE: caso do núcleo urbano do Sítio Riacho do Meio

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    Este artigo tem como objetivo identificar e cartografar os riscos geomorfológicos nas áreas com ocupações desordenadas do sitio Riacho do Meio, permitindo a implantação de políticas públicas voltadas para o planejamento urbano. A elaboração deste trabalho consistiu em uma revisão bibliográfica acerca do tema Riscos geomorfológicos. Para o mapeamento do setor seguiu os procedimentos metodológico do Ministério das Cidades. A elaboração do mapa contou com a base cartográfica elaborada pelo Prourb–cidades do Ceará (1997) e disponibilizada pela Secretaria de Infraestrutura (2016) na escala 1: 10.000 e Datum SAD 69 reprojetada para o Sirgas 2000 no software Arcgis 9.3. Sobre os resultados foi mapeado um setor de risco alto (R3) com uma diversidade de causas e agravantes nos taludes como, altura e declividade muito acentuada, além de cortes e retirada de material da sua base para ampliação dos quintais das residências, agravando assim a instabilidade do setor de risco. Diante da situação podemos concluir que é necessário tomar medidas estruturais como obras de contenção e medidas não-estruturais voltadas para educação ambiental, para que haja assim um controle e estabilização dos riscos uma vez que a área já é naturalmente frági
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