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    Índice de dessaturação delta-9 em pacientes com eventos clínicos de doença aterosclerótica

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    Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, Programa de Pós Graduação em Nutrição Humana, 2015.Introdução: O Índice de Dessaturação delta-9 (ID9) é uma medida que estima a atividade da estearoil-CoAdessaturase, uma enzima que participa da biossíntese de ácidos graxos monoinsaturados. A sua relação com doenças cardiovasculares ainda não está bem estabelecida, apesar de sua elevação ter sido associada ao prognóstico negativo. No presente estudo foi verificada a relação entre ID9 e variáveis que expressam risco cardiovascular em pacientes com doença aterosclerótica. Métodos: estudo de coorte composto por 48 indivíduos com idade a partir de 45 anos com doença aterosclerótica. Os voluntários receberam orientação nutricional no momento basal e foram acompanhados por 6 meses. Coletou-se dados sobre consumo alimentar, antropometria, dados clínicos, medicação e exames bioquímicos cardiovasculares. Os participantes foram divididos em 2 grupos a partir da mediana do ID9 calculado pela razão entre os ácidos graxos oleico e esteárico (18:1n9/18:0) plasmáticos. Resultados: os valores de VLDL e triglicerídios basais tiveram médias significativamente maiores no grupo com ID9 maior (p=0,003) comparado aos com ID9 abaixo da mediana. Não houve diferença quanto a prevalência de fatores de risco, consumo de nutrientes e variáveis antropométricas entre os grupos. Após 6 meses, houve aumento de colesterol total, VLDL e triglicerídios no grupo com menor ID9 e aumento do índice de massa corporal (IMC) no grupo de maior ID9 (p=0,040). Observou-se interação entre os dois grupos após 6 meses, na qual o grupo com ID9 maior apresentou aumento significativo no IMC (p=0,043). Conclusão: Os resultados deste estudo permitem concluir que o ID9 está associado com variáveis que expressam risco cardiovascular, como VLDL e triglicerídios sanguíneos, e os valores aumentados de ID9 podem resultar em maior IMC após 6 meses neste grupo de pacientes.Introduction: The desaturation index delta-9 (ID9) is a measure that estimates the activity of Stearoyl-CoAdesaturase, anenzymethatacts in the monounsaturated fatty acid biosynthesis. Its increase has been associated with negative prognosis, although the relationship with cardiovascular disease is not well established yet. Thus, in the present study we investigated the relationship between variables expressing ID9 and cardiovascular risk in patients with atherosclerotic disease. Methods: A cohort study was conducted with 48 subjects with atherosclerotic disease aged 45 years or older.Volunteers received nutritional counseling at base line and followed-up for 6 months. Anthropometric, clinical, medication and biochemical data were collected. Participants were divided into 2 groups based on median ID9 calculated as theratiobetween plasma oleic and stearicfattyacids (18: 1n9 / 18: 0). Results: Mean basal VLDL and triglycerides were significantly higher in the higher ID9 group (p = 0.003) compared to those with ID9 below the median values. There was no difference in the prevalence of risk factors, nutrient in take and anthropometrics between groups. After 6 months, there was an increase in total cholesterol, VLDL, andtriglycerides in the group with lowest ID9 and increased body mass index (BMI) in the group with high ID9 (p = 0.040). Interaction was observed between the two groups after 6 months, in which the ID9 high group showed significantly greater BMI (p = 0.043). Conclusion: Results of this study support the conclusion that the ID9 is associated with variables expressing cardiovascular risk and increased levels of ID9 may result in higher BMI after six months in this group of patients

    SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA: PREVALÊNCIA E RISCO CARDIOVASCULAR ASSOCIADO / POLYCYSTIC OVARY SYNDROME IN A REFERENCE SERVICE: PREVALENCE AND ASSOCIATED CARDIOVASCULAR RISK

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    Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino heterogêneo, que engloba vários critérios diagnósticos. Dentre suas repercussões sistêmicas, as alterações metabólicas podem destacar-se como fatores de risco para doenças cardiovasculares. Objetivo: Identificar a prevalência da SOP de acordo com os consensos diagnósticos vigentes, as características clínicas e a prevalência de fatores de risco cardiovascular nas mulheres diagnosticadas com essa síndrome. Métodos: Estudo transversal com 215 mulheres, entre 20 e 45 anos, atendidas no ambulatório de ginecologia do Hospital Universitário Unidade Materno-Infantil, no período de 2008 a 2010. As mulheres foram submetidas à avaliação para diagnóstico de SOP segundo os consensos, posteriormente, submetidas a exame clínico e laboratorial (pressão arterial, colesterol total, LDL-colesterol, HDL-colesterol, triglicerídeos e glicemia em jejum). Resultados: A prevalência de SOP correspondeu a 47,4% das mulheres avaliadas, sendo caracterizada por mulheres com idade entre 20 e 25 anos (41,2%), cor parda (50%), solteiras (52,9%), com ensino médio (44,1%) e estudantes (27,4%). O consenso de Rotterdam apreendeu todas as mulheres com SOP, seguido do desenvolvido pela Androgen Excess Society (68,6%). A disfunção ovulatória ocorreu em 90,2% da amostra, caracterizada principalmente por oligomenorréia. Quanto aos fatores de risco cardiovascular, identificaram-se as alterações mais prevalentes no perfil lipídico, destacando-se o HDL-colesterol com 23,5% e colesterol total com 22,5%. Conclusão: Reafirma-se que a SOP consiste em uma endocrinopatia comum entre as mulheres na idade reprodutiva e que estas mulheres apresentam uma prevalência importante de fatores de risco cardiovascular, sobretudo relacionados à alteração no perfil lipídico.Palavras-chave: Síndrome do Ovário Policístico. Consenso. Fatores de Risco. Doenças Cardiovasculares.AbstractIntroduction: Polycystic Ovary Syndrome (PCOS) is a heterogeneous endocrine disorder that comprises several diagnostic criteria. Among its systemic repercussions, metabolic changes stand out as risk factors for cardiovascular disease. Objective: To identify the prevalence of PCOS according to the current consensus of diagnoses, the clinical characteristics and the prevalence of cardiovascular risk factors in women diagnosed with this syndrome. Methods: Cross-sectional study with 215 women of 20 to 45 years age and assisted at the gynecology clinic of the University Hospital - Maternal Child Unit from 2008 to 2010. These women underwent evaluation for diagnosis of PCOS according to the consensus. Thus, they were subjected to clinical examination and laboratory tests (blood pressure, total cholesterol, LDL cholesterol, HDL cholesterol, triglycerides and fasting glucose). Results: The prevalence of PCOS corresponded to 47.4% of all women evaluated. Of these women, mostly were between 20 and 25 years (41.2%), brown (50%), single (52.9%), high school graduate (44.1%) and students (27.4%). The consensus of Rotterdam involved all women with PCOS, followed by the developed criterion of the Androgen Excess Society (68.6%). The ovulatory dysfunction occurred in 90.2% of the sample, mainly characterized by oligomenorrhea. Regarding cardiovascular risk factors, the most frequent changes were identified in the lipid profile, especially in the HDL-cholesterol (23.5%) and the total cholesterol (22.5%). Conclusion: It is noteworthy to say that the PCOS is a common endocrine disorder among women in reproductive age and that these women have a high prevalence of cardiovascular risk factors, particularly related to changes in lipid profile.Keywords: Polycystic Ovary Syndrome. Consensus. Risk Factors. Cardiovascular Disease
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