7 research outputs found
Territorialidade lúdica guarani e kaiowá da região da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul
Resumo de pesquisa apresentado no encontro anual de 2014Rede CEDE
O Movimento Indígena e os Professores: Os Professores Indígenas e o Movimento
O artigo analisa a trajetória histórica dos movimentos de professores indígenas, com ênfase em Mato Grosso do Sul, em conexão com o movimento indígena em suas múltiplas expressões. As reflexões resultam da análise documental sobre a história do movimento indígena, além da observação participante nas assembleias indígenas em aldeias e maiores, como por exemplo o Acampamento Terra Livre, Aty Guasu, Assembleia Terena, Fóruns de Educação Escolar Indígena e Encontros de Professores. Fundamenta-se também no diálogo com protagonistas da Educação Escolar Indígena no âmbito da formação de professores indígenas. O objetivo do artigo é esclarecer a relação de continuidade e alianças entre o movimento indígena e o movimento de professores indígenas, identificando linhas de ação de médio e longo prazos do movimento. A fundamentação teórica e metodológica constitui-se na pesquisa histórica e documental analisada na perspectiva multidisciplinar das ciências humanas, além de entrevistas com lideranças indígenas, registradas em caderno de campo. Como resultado da pesquisa, destaca-se a interconexão entre o movimento indígena e o movimento de professores indígenas, além da inseparabilidade entre a demanda territorial, direito fundamental, sem o qual os demais, saúde e educação, não se viabilizam
O Movimento Indígena e os Professores: Os Professores Indígenas e o Movimento
O artigo analisa a trajetória histórica dos movimentos de professores indígenas, com ênfase em Mato Grosso do Sul, em conexão com o movimento indígena em suas múltiplas expressões. As reflexões resultam da análise documental sobre a história do movimento indígena, além da observação participante nas assembleias indígenas em aldeias e maiores, como por exemplo o Acampamento Terra Livre, Aty Guasu, Assembleia Terena, Fóruns de Educação Escolar Indígena e Encontros de Professores. Fundamenta-se também no diálogo com protagonistas da Educação Escolar Indígena no âmbito da formação de professores indígenas. O objetivo do artigo é esclarecer a relação de continuidade e alianças entre o movimento indígena e o movimento de professores indígenas, identificando linhas de ação de médio e longo prazos do movimento. A fundamentação teórica e metodológica constitui-se na pesquisa histórica e documental analisada na perspectiva multidisciplinar das ciências humanas, além de entrevistas com lideranças indígenas, registradas em caderno de campo. Como resultado da pesquisa, destaca-se a interconexão entre o movimento indígena e o movimento de professores indígenas, além da inseparabilidade entre a demanda territorial, direito fundamental, sem o qual os demais, saúde e educação, não se viabilizam
Esses que (não) são os outros: a presença kaiowá e guarani em Amambai, MS
Esse ensaio traz reflexões oriundas de pesquisas e convivência com os Kaiowá e Guarani, especialmente a partir das ações de ensino, pesquisa e extensão implementadas no curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Amambai, Brasil. Apresenta aspectos dos processos históricos que impactam os coletivos indígenas Kaiowá e Guarani, nos territórios do sul do atual Mato Grosso do Sul. Partindo da constatação de que a constituição das Reservas Indígenas Amambai e Limão Verde antecedem a criação do município de Amambai, analisa aspectos do processo da territorialização empreendida pelo Estado, assim como da socialidade e territorialidade própria desses coletivos, que integram um terço da população de Amambai. Uma primeira versão foi publicada em coletânea de artigos com fins didáticos, mas considerando a emergência de novos conflitos na região, em 2022, entende-se ser oportuno retomar o assunto
Formação de professores indígenas guarani e kaiowá em Mato Grosso do Sul: o empoderamento que circula entre dois mundos
Resumo
Estudos antropológicos apontam que as forças de poder guarani e kaiowá concentram-se em dois pilares - a força extraterrena e a força terrena. Estas forças se entrelaçam no dia a dia das pessoas, em maior ou menor intensidade. O texto busca problematizar o seguinte questionamento: “a formação dos professores guarani e kaiowá reflete as relações de poder, inseridas nas figurações históricas desse grupo”? Para tal, objetivamos compreender as redes de interdependência que figuram nos cursos de formação de professores indígenas da etnia guarani e kaiowá, na Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul e na Universidade Federal da Grande Dourados. Essa formação, nos níveis médio e superior, foi uma conquista dos povos indígenas, inseridos num processo histórico mais amplo e complexo. A pesquisa é de caráter bibliográfico enriquecida com depoimentos de uma indigenista que atua na formação de professores guarani e kaiowá há mais de 30 anos e participa da escrita deste texto. A relevância do estudo consiste em registrar o processo de efetivação de uma formação específica dos povos indígenas, em um país que demorou 488 anos para inserir a população indígena na sua Carta Magna. Um país que dispõe de 240 línguas faladas em seu território nacional, embora enfatize somente a língua do colonizador nos estudos escolares da Educação Básica. Nas considerações finais pontuamos a formação da rede de interdependência que fortalece o empoderamento dos indígenas da etnia guarani e kaiowá de Mato Grosso do Sul, no quesito formação de professores.
Palavras-chave: Formação de professores indígenas. Guarani e kaiowa. Figurações e poder.
Abstract
Anthropological studies indicate that Guarani and Kaiowá power forces are concentrated on two pillars - extraterrestrial force and earthly force. These forces intertwine in people's daily lives, to a greater or lesser extent. The text seeks to problematize the following questioning: "Does the formation of Guarani and Kaiowá teachers reflect the power relations inserted in the historical figurations of this group"? To do this, we aim to understand the networks of interdependence that appear in the training courses of indigenous teachers of the Guaraní and Kaiowá ethnic groups, at the Department of Education of Dourados, Mato Grosso do Sul and at the Indigenous Intercultural Faculty of the Federal University of Grande Dourados. This training, at the middle and higher levels, was an achievement of indigenous peoples, inserted in a broader and more complex historical process. The method is bibliographical, with the testimony of an indigianist who has worked with the Guarani and Kaiowá for more than 30 years and participates in the writing of this text. The relevance of the study is to record the process of carrying out specific training of indigenous peoples in a country that took 488 years to insert the indigenous population into its Constitution. Brazil is a country that has 240 languages spoken in its national territory, although it emphasizes only the language of the colonizer in the school studies of Basic Education. In the final considerations we point out the formation of the network of interdependence that strengthens the empowerment of the Guaraní and Kaiowá natives of Mato Grosso do Sul in the training of teachers.
Keywords: Training of indigenous teachers. Guarani and Kaiowa. Figuration and power
Ainda Não Sei Ler e Escrever: alunos indígenas e o suposto fracasso escolar
O processo de leitura e escrita de alunos indígenas deve ser problematizado em relação ao fracasso escolar, cuja terminologia é aplicada aos alunos que não alcançam as expectativas estabelecidas pelo sistema de ensino, cujo parâmetro é pautado na educação para o não indígena. Este estudo objetiva discutir o suposto fracasso escolar, no campo da leitura e da escrita, de alunos indígenas Guarani, Kaiowá e Terena, em Dourados/MS. Fundamenta-se na perspectiva sociopolítica dos Estudos Culturais e dos Estudos do Letramento, adotando o caminho investigativo da etnografia