24 research outputs found
Aprender a ver no candomblé
Neste artigo discuto o aprendizado de práticas visuais no candomblé. Conforme procuro mostrar aprender a ver está diretamente relacionado ao modo como se fazem pessoas nessa religião. Uma parte importante desse processo envolve a experiência de não ver – de ter a visão repetidamente limitada por outros. Reforçada por um conjunto de práticas, contextos e modos de sociabilidade, essa experiência contribui para formar pessoas que aprendem a ver um excesso oculto sob o visível (ou repousando ao seu lado), que aprendem a ver o invisível. Na conclusão aponto para o tipo de mundo que as práticas visuais do candomblé tanto descortinam e quanto ajudam a instaurar.In this paper I discuss the process by which novices learn to see in the Afro-Brazilian religion known as candomblé. As I try to show learning to see is intimately tied to way by which persons are constructed or “made” in candomblé cult houses. An important part of this process involves the experience of not being able to see, of having one’s vision repeatedly restricted by others. Reinforced by a series of practices, situations and modes of sociability, this experience helps form persons wholearn to see an excess hidden under the visible (or lying beside it), persons who learn to see the invisible. The paper concludes by identifying the world which the candomblé’s visual practices both unveil and help constitute
O presente de Oxum e a construção da multiplicidade no candomblé
Resumo Este trabalho tem como foco um presente ofertado pela comunidade de um terreiro de candomblé de Salvador para a orixá Oxum. Ao descrever a trajetória do presente – desde sua preparação no terreiro até sua consumação nas águas do mar –, procura-se acompanhar tanto as práticas que lhe dão forma quanto as relações e entidades que promove e ajuda a articular. Especial atenção é dada às práticas de ocultamento e exibição em jogo no preparo do presente e aos modos de ver a elas relacionados
Enredos, feituras e modos de cuidado: dimensões da vida e da convivência no candomblé
Resultado de um trabalho etnográfico, reflexões teóricas e fruto de um longo perÃodo de pesquisa e participação no candomblé, o livro parte de um esforço para compreender o processo de construção dos laços entre humanos e entidades do candomblé â orixás, exus, erês e caboclos. Ao descrever o mundo vivido no terreiro e sua experiência prática como filha de santo, a autora aborda a questão da convivência, das formas e possibilidades de viver junto como são cultivadas no terreiro.Salvado
Enredos, feituras e modos de cuidado: dimensões da vida e da convivência no candomblé
Resultado de um trabalho etnográfico, reflexões teóricas e fruto de um longo período de pesquisa e participação no candomblé, o livro parte de um esforço para compreender o processo de construção dos laços entre humanos e entidades do candomblé – orixás, exus, erês e caboclos. Ao descrever o mundo vivido no terreiro e sua experiência prática como filha de santo, a autora aborda a questão da convivência, das formas e possibilidades de viver junto como são cultivadas no terreiro.Salvado
Aprender a ver no candomblé
ResumoNeste artigo discuto o aprendizado de práticas visuais no candomblé. Conforme procuro mostrar aprender a ver está diretamente relacionado ao modo como se fazem pessoas nessa religião. Uma parte importante desse processo envolve a experiência de não ver – de ter a visão repetidamente limitada por outros. Reforçada por um conjunto de práticas, contextos e modos de sociabilidade, essa experiência contribui para formar pessoas que aprendem a ver um excesso oculto sob o visível (ou repousando ao seu lado), que aprendem a ver o invisível. Na conclusão aponto para o tipo de mundo que as práticas visuais do candomblé tanto descortinam e quanto ajudam a instaurar
Enredos, feituras e modos de cuidado: dimensões da vida e da convivência no candomblé
Resultado de um trabalho etnográfico, reflexões teóricas e fruto de um longo perÃodo de pesquisa e participação no candomblé, o livro parte de um esforço para compreender o processo de construção dos laços entre humanos e entidades do candomblé â orixás, exus, erês e caboclos. Ao descrever o mundo vivido no terreiro e sua experiência prática como filha de santo, a autora aborda a questão da convivência, das formas e possibilidades de viver junto como são cultivadas no terreiro.Salvado
Estudar a religião a partir do corpo: algumas questões teórico-metodológicas
Neste artigo, discuto alguns dos caminhos analíticos que a reflexão sobre o corpo nas ciências sociais contemporâneas abre para o estudo da religião. A discussão é desenvolvida em três partes, cada qual abordando um conjunto de questões inter-relacionadas. A primeira apresenta a noção de compreensão encarnada e tece algumas considerações acerca do papel da sensibilidade na experiência religiosa. A segunda dá continuidade a essa discussão, tratando especificamente a questão do aprendizado religioso e da articulação da agência na religião. A terceira e última parte retoma o tema da agência, considerando o papel dos objetos no desenvolvimento das habilidades que fazem de uma pessoa um agente. Cada uma dessas temáticas é introduzida a partir de exemplos ou casos advindos de minha própria pesquisa no candomblé e no pentecostalismo