14 research outputs found

    Psychiatric emergency services and their relationships with mental health network in Brazil

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    OBJETIVO: Revisão de dados da literatura relativos ao papel e à inserção de serviços de emergências psiquiátricas em redes de saúde mental. MÉTODO: Foi realizada uma busca em banco de dados (PubMed e SciELO) de artigos empíricos e revisões sobre serviços de emergências psiquiátricas e rede de serviços de saúde mental. RESULTADOS: Serviços de emergências psiquiátricas constituem unidade central para o funcionamento adequado de redes de saúde mental, tanto pelo manejo de situações de emergências, como pela regulação da rede em que se insere. Os serviços de emergências psiquiátricas relacionam-se com todos os serviços hospitalares e extra-hospitalares, possibilitando a organização do fluxo das internações e evitando sobrecarga da rede de saúde mental. As funções dos serviços de emergências psiquiátricas são amplas e extrapolam o simples encaminhamento para internação integral, pois estabilização clínica e suporte psicossocial podem ser alcançados em serviços de emergências psiquiátricas bem estruturados. No Brasil, estas funções foram ampliadas após a Reforma da Assistência à Saúde Mental e a sobrecarga das redes de saúde mental provocadas pelas dificuldades e limitações dos serviços hospitalares e extra-hospitalares. CONCLUSÃO: Serviços de emergências psiquiátricas devem ser valorizados e ampliados, principalmente aqueles localizados em hospitais gerais. Recomenda-se que o investimento em emergências psiquiátricas seja prioridade das políticas de saúde pública brasileiras para o aprimoramento da atenção na saúde mentalOBJECTIVE: To review the literature concerning the role and the inclusion of emergency psychiatric services in mental health networks. METHOD: We performed a search in online databases (PubMed and SciELO) of empirical articles and reviews about emergency psychiatric services and networks of mental health services. RESULTS: Emergency psychiatric services are a core unit for a proper functioning of mental health networks, by both the management of emergencies itself, and the regulation of the network where it belongs. The emergency psychiatric services relate to all inpatient and outpatient services, allowing the organization of the flow of admissions and avoiding the overload of the network of mental health.The functions of emergency psychiatric services are broad and go beyond the simple referral for hospitalization, since clinical stabilization and psychosocial support can be reached in well structured emergency psychiatric services. In Brazil, these functions were expanded after the mental health reform and the burden of mental health network caused by difficulties and limitations of inpatient and outpatient services. CONCLUSION: Emergency psychiatric services should be recovered and expanded; especially those located in general hospitals. It is suggested that investment in psychiatric emergencies should be a priority of the Brazilian public health policies for improving the mental health care.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP

    Desenvolvimento do transtorno de estresse pós-traumático no puerpério tardio a partir de fatores relacionados ao parto em um hospital público do Distrito Federal

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    INTRODUÇÃO: O ciclo gestacional, em especial o parto, constitui um evento complexo, que a depender da resposta adaptativa de cada paciente, pode representar tanto uma experiência positiva quanto uma negativa, podendo, nesse último caso, levar puérperas a experienciar estresse e depressão por períodos prolongadas após o parto, além de ser um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de TEPT. METODOLOGIA: Estudo individuado, observacional, quantitativo, transversal; realizado em um hospital público do Distrito Federal em duas etapas, sendo a primeira por meio de uma entrevista estruturada e análise de prontuários através do Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento, coletados na maternidade, e a segunda, pela Escala de impacto de um evento (IES) obtida via telefone 42 dias após o parto. As variáveis foram analisadas quanto ao tamanho amostral, valor mínimo, máximo, média, desvio-padrão e coeficiente de variação. Para análise do impacto das variáveis foram utilizados os testes de: Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Bartlett. RESULTADOS: A média de idade foi de 28 anos, sendo a maioria, menor de 35 anos (79,57%; n =113), a maioria possuía ensino médio (58,16%; n = 82), declarou trabalhar fora (44,29%; n = 62), tem história de trauma anterior 21,13% (n = 30), histórico psiquiátrico 16,90% (n = 24). Foi identificada a prevalência de transtorno de estresse pós-traumático de 6,33%, (n =17). Quanto ao parto, 74,45% (n = 102) relataram preferência por parto vaginal, sendo que 53,52% (n = 76) teve o parto desejado. 47,89% (n = 68) das pacientes teve parto vagina, 36,62% (n = 52) tiveram cesárea de emergência e 15,49% (n = 22), cesárea eletiva. Quanto ao uso de medicações durante o trabalho de parto, em 40,85% (n = 58) houve indução do parto e em 51,41% (n = 73) foi utilizada analgesia de parto, em sua maioria raquianestesia (98,55%; n = 68). Das pacientes, 48,59% (n = 69) tiveram alguma intercorrência durante a gestação, e 42,25% (n = 60) durante o parto. 48,23% (n = 68) foram acompanhadas pelo parceiro, 36,17% (n = 51) por algum membro da família, 14,89% (n = 21) estavam sozinhas e uma pacientes (0,71%) estava com uma amiga. A respeito da experiência com o parto, 28,17% (n = 40) alegaram muito ruim, 28,87% (n = 41) ruim, 23,94% (n = 34) moderada, 15,49% (n = 22) boa e 3,52% (n = 5) afirmaram que a experiência foi muito boa. Das 142 pacientes, apenas 1 não realizou o pré-natal, sendo que a maioria (75,35%; n=107) realizou o pré-natal completo (6 consultas). DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Foi observada uma diferença significativa na escala IES em relação a avaliação do parto realizada pelas pacientes (Kruskal-Wallis; H = 31,50; GL = 2; P 0,001), percebeu-se que pacientes que consideraram o parto ruim (7,970 ± 12,04), tiveram um valor na escala IES maior do que quem considerou o parto bom (1,84 ± 3,97; média ± DP) ou moderado (2,00 ± 5,25 média ± DP; post-hoc para ambos P 0,05; Fig. 1). Dentre os fatores que influenciaram negativamente a avaliação das gestantes, estão: indução do parto (p =0,023), parto vaginal (p = 0,021) e cesárea de emergência (p = 0,021). Como fator protetor foi identificado ter o parto desejado (p 0,001). Não houve associações estatísticas significativas entre a pontuação do IES e o histórico psiquiátrico das pacientes, trauma anterior. Conclui-se pacientes que apresentaram avaliações negativas quanto ao parto no puerpério imediato e mediato são um grupo de maior risco para o desenvolvimento de transtorno de estresse pós-traumático, assim como pacientes que tiveram parto induzido, passaram pelo trabalho de parto, tiveram parto vaginal, cesárea de emergência ou não tiveram o plano de parto respeitado. As demais variáveis estudadas não apresentaram associação estatística relevant

    Prevalência, fatores de risco e co-relação entre Questionário de Expectativas e Satisfação (QESP) associados à depressão pós-parto em um hospital público do Distrito Federal

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    PROBLEMA: Frente à maternidade, a mulher se depara com a necessidade de reorganização social, pessoal, familiar e sexual, além das mudanças na sua imagem corporal e identidade feminina e nas flutuações hormonais. Todos esses fatores são possíveis geradores de estresse, cansaço tanto físico quanto emocional tornando-a mais vulnerável ao desenvolvimento de transtornos psicopatológicos. OBJETIVOS: Este estudo visa analisar a prevalência e os fatores de risco relacionados à depressão pós-parto (DPP) em um hospital público do Distrito Federal. Ademais, objetiva-se relacionar o questionário de experiência e satisfação com o parto (QESP) com o desenvolvimento de DPP. MÉTODOS: Em uma amostra de 184 mulheres em puerpério imediato foi aplicada uma entrevista semiestruturada para identificar os perfis epidemiológicos e alguns fatores de risco para DPP. A partir de 6 semanas após o parto foi aplicada a Escala de Depressão pós-parto de Edimburgo (EPDS) para identificar as mulheres com pontuação = 10, avaliado com DPP. RESULTADOS: A prevalência de DPP na população estudada foi de 21,28%. A história prévia de depressão esteve relacionada com aumento do risco para DPP, bem como ter considerado interromper a gestação do puerpério atual. Não houve relação estatisticamente relevante entre o QESP e o surgimento de DPP. CONCLUSÃO: A prevalência de DPP encontrada no estudo está um pouco acima da prevalência mundial, mas é semelhante aos países subdesenvolvidos, assim como o Brasil. Os fatores de risco encontrados são compatíveis com os prováveis mecanismos envolvidos na fisiopatologia da doença e, por isso também, se justifica não ter havido relação significativa entre o QESP o desenvolvimento de DP

    AVALIAÇÃO DO ESTRESSE, DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO PRIMEIRO AO SÉTIMO SEMESTRE DO UniCEUB

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    O ingresso na universidade é um período de grandes impactos na saúde mental e na vida social dos estudantes. Tais mudanças ocorrem devido às excessivas demandas acadêmicas, exemplificadas pelo vasto conteúdo proposto e pelo intenso treinamento prático. A partir disso, o aluno desenvolve uma elevada expectativa de conquistas, que pode resultar em estresse e, como consequência, desencadear um quadro de ansiedade e de depressão. A presente pesquisa possui caráter descritivo transversal e tem como objetivo averiguar a frequência e a intensidade com que se apresentam os transtornos de estresse, depressão e ansiedade nos alunos do primeiro ao sétimo semestre do curso de medicina do UniCEUB, com enfoque para os fatores de risco e para a identificação de grupos mais ou menos afetados. Para tanto, os acadêmicos foram convidados a preencher o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o Questionário Básico Censo Demográfico 2010 e o questionário DASS-42, o qual se propõe a avaliar os níveis dos referidos transtornos. A partir da análise dos dados, foram apurados os seguintes resultados: 33,89% dos entrevistados apresentaram níveis de depressão moderada ou superior; 41,93%, níveis de ansiedade moderada ou superior; e 49,1%, níveis de estresse moderado ou superior. Entre os participantes de sexo feminino, em comparação aos de sexo masculino, foi constatada diferença sutil em relação à depressão e elevada discrepância quanto à ansiedade e ao estresse. O cotejo dos dados relativos às faixas etárias e ao semestre cursado possibilitou a identificação de maiores níveis de depressão, ansiedade e estresse nos discentes entre 21 e 25 anos, bem como nos que compunham os 3º, 4°, 5° e 7° semestres. Ademais, entrevistados com renda superior a 20 salários mínimos apresentaram menores níveis de depressão quando confrontados com os das demais faixas de renda. Foi ainda verificada leve discrepância na frequência de depressão, ansiedade e estresse nos moradores do Plano Piloto em relação aos das cidades satélites. Diante do exposto, constata-se que o curso de medicina pode desencadear um grande impacto na esfera psicossocial da vida do estudante, tendo em vista os altos níveis de estresse, depressão e ansiedade observados. Outrossim, foi evidenciado que fatores como renda, sexo, idade, semestre cursado, local de residência e tipo de moradia podem afetar a intensidade com que tais transtornos se manifestam nos estudantes. Sendo assim, deve-se atentar para a saúde mental dos discentes da graduação em medicina, a fim de proporcionar não só uma melhor experiência acadêmica como também qualidade de vid

    Internação breve em unidade de emergência psiquiátrica pode prevenir permanência prolongada em instituições psiquiátricas

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    OBJECTIVE: Characterize and compare acute psychiatric admissions to the psychiatric wards of a general hospital (22 beds), a psychiatric hospital (80) and of an emergency psychiatry unit (6). METHOD: Survey of the ratios and shares of the demographic, diagnostic and hospitalization variables involved in all acute admissions registered in a catchment area in Brazil between 1998 and 2004. RESULTS: From the 11,208 admissions, 47.8% of the patients were admitted to a psychiatric hospital and 14.1% to a general hospital. The emergency psychiatry unit accounted for 38.1% of all admissions during the period, with a higher variability in occupancy rate and bed turnover during the years. Around 80% of the hospital stays lasted less than 20 days and in almost half of these cases, patients were discharged in 2 days. Although the total number of admissions remained stable during the years, in 2004, a 30% increase was seen compared to 2003. In 2004, bed turnover and occupancy rate at the emergency psychiatry unit increased. CONCLUSION: The increase in the number of psychiatric admissions in 2004 could be attributed to a lack of new community-based services available in the area beginning in 1998. Changes in the health care network did affect the emergency psychiatric service and the limitations of the community-based network could influence the rate of psychiatric admissions.OBJETIVO: Caracterizar e comparar internações psiquiátricas agudas em alas psiquiátricas no hospital geral (22 leitos), hospital psiquiátrico (80) e emergência psiquiátrica (6). MÉTODO: Foram analisadas todas as internações agudas entre 1998 e 2004 na região do estudo, com razões e proporções de variáveis demográficas, diagnósticas e das hospitalizações. RESULTADOS: Das 11.208 internações, 47,8% foram no hospital psiquiátrico e 14,1% no hospital geral. A emergência psiquiátrica realizou 38,1% das internações no período, com grande variabilidade da taxa de ocupação e giro leito durante os anos. Cerca de 80% das internações foram menores que 20 dias, com metade destas resolvidas em dois dias. O número total das internações permaneceu estável durante os anos, mas em 2004 ocorreu um aumento de 30% em relação a 2003. O giro leito e a taxa de ocupação na emergência psiquiátrica aumentaram em 2004. CONCLUSÃO: O aumento das internações psiquiátricas em 2004 pode estar ligado ao não surgimento de novos serviços extra-hospitalares desde 1998. O serviço de emergência psiquiátrica refletiu mudanças na rede de saúde e as limitações da rede de saúde extra-hospitalar podem ter influenciado a taxa de internações psiquiátricas
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