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    A influência da microbiota intestinal no desenvolvimento do transtorno depressivo maior

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    O transtorno depressivo maior afeta mais de 300 milhões de indivíduos nomundo e manifesta-se como tristeza intensa, sensação de vazio, irritabilidade,variações afetivas e alterações somáticas, cognitivas e neurovegetativas. Dentre suasetiologias, estão as alterações da microbiota intestinal, que atua em funçõeshomeostáticas e participa na comunicação bidirecional do eixo intestino-cérebro pormeio de mecanismos de vias neurais, endócrinas e imunitárias. Modificações de suacomposição levam ao desequilíbrio e sobreposição de bactérias intestinaispatogênicas sobre as consideradas benéficas, resultando na disbiose intestinal. Essequadro impacta diretamente na saúde psíquica, pois as bactérias intestinais possuema capacidade de liberar metabólitos, toxinas e neuro-hormônios que alteram oshábitos alimentares e o humor. Descrever o papel da microbiota intestinal nodesenvolvimento e progressão do transtorno depressivo maior. Trata-se de umestudo descritivo baseado em uma revisão integrativa da literatura. Foi executadauma busca entre 2016 a 2020 nas bases de dados PubMed (National Library ofMedicine and National Institutes of Health), LILACS (Literatura Latino-Americana e doCaribe em Ciências da Saúde), e Google Acadêmico. A partir dos descritores da Ciênciada Saúde “Gastrointestinal Microbiome”, “Dysbiosis” e “Depression”, foramselecionados 27 artigos. A fisiopatologia do transtorno depressivo maior inclui umabaixa imunoinflamação persistente intestinal quando comparada a indivíduossaudáveis. Gatilhos ambientais, como estresse psicossocial, dieta desbalanceada,inatividade física e tabagismo, causam um desbalanço da microbiota intestinal. Essadisbiose, aliada a marcadores inflamatórios elevados, como as interleucinas (IL)1β, 6, Proteína C Reativa, receptor solúvel de IL-2, retroalimentam a inflamaçãointestinal, corroborando para o desenvolvimento e continuidade do transtornodepressivo. Isso ocorre porque a microbiota intestinal participa do metabolismo dealguns nutrientes, como aminoácidos, ácido gama-aminobutírico, triptofano,serotonina, histamina e dopamina. Dessa forma, a depressão é resultado de umdesequilíbrio dos sistemas endócrino, imune, metabólico, nervoso e gastrointestinal.Estudos apontam a associação direta entre hábitos alimentares saudáveis e aprevenção de transtornos psíquicos, evidenciando que o uso de probióticos aumentaa população intestinal dos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium, influenciapositivamente o humor do paciente e demonstra propriedades antidepressivas eansiolíticas. Apesar de recente, a literatura mostra evidências da modulação direta dasaúde mental pelo eixo intestino-cérebro. A disbiose intestinal contribui para odesenvolvimento de distúrbios psíquicos, de forma que a maior compreensão daimunologia, endocrinologia, microbiologia e neurologia promove novas perspectivaspara o diagnóstico, tratamento e prevenção da depressão

    Avaliação do pé diabético na atenção primária

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    Introdução: A prevalência do Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 tem se elevado globalmente, provocando impactos negativos a qualidade de vida e ao sistema de saúde. Dentre as complicações dessa patologia, destaca-se o pé diabético, um estado fisiopatológico multifacetado caracterizado por lesões ulcerativas consequentes de uma neuropatia, doença vascular periférica e de deformidades. A gangrena e infecção são alterações comuns, que podem resultar em amputação, quando não instituído o tratamento adequado e precoce. Diante da relevância do tema, ao se avaliar um indivíduo com diabetes na rede de atenção primária, deve-se enfatizar a prevenção de complicações nos pés, buscando a influência direta e indireta de fatores envolvidos com a instalação dessa complicação, bem como as consequências destes no controle do diabetes do indivíduo. Objetivo :Avaliar a importância da prevenção do pé diabético na atenção primária a saúde. Material e método: Trata-se de um estudo descritivo, baseado em uma revisão integrativa da literatura. A questão norteadora da pesquisa foi: como é feita a avaliação do pé diabético na atenção primária? Para responder tal questionameno, foi executada uma busca nas bases de dados PUBMED, LILACS e Scielo. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis gratuitamente, em língua inglesa e portuguesa, que trouxessem dados epidemiológicos e clínicos sobre o pé diabético. A partir dos descritores da Ciência da Saúde “diabetes mellitus” and “pé diabético” and “educação em saúde”, foram selecionados vinte e três artigos publicados entre os anos de 2011 a 2019. . Resultados: O exame clínico é o método diagnóstico mais efetivo, simples e de baixo custo para diagnóstico do pé diabético. Contudo, testes auxiliares com o monofilamento, martelo e diapasão também são relevantes. Na anamnese, analisa-se o grau de adesão do paciente e de familiares próximos ao tratamento, o estado nutricional, a imunidade e comorbidades do paciente. A sintomatologia, fatores de risco associados, antecedentes familiares, condições socioeconômicas e demográficas também são aspectos significativos. O exame físico é extremamente importante, uma vez que busca avaliar a higiene dos pés, a existência de deformidades e se o calçado utilizado pelo paciente é adequado. Ademais, para classificar a etiopatogenia do pé diabético, os exames físicos vascular e neurológico são fundamentais. O primeiro avalia úlceras, pulsos, tempo de enchimento capilar e pressão arterial; já o segundo refere-se à sensibilidade ao monofilamento, sensibilidade dolorosa, térmica e vibratória. Esses métodos deveriam ser amplamente empregados na atenção primária, visando a prevenção do pé diabético e a melhora da qualidade de vida da população. Conclusão:Percebe-se o grande número de pacientes diabéticos sem mínimas orientações, evidenciando-se que a prevenção na atenção primária é precária e insatisfatória. O pé diabético tende a ser ignorado por grande parte dos pacientes, devido à falta de conhecimento das consequências. Assim, é necessário a melhora de algumas habilidades por parte dos profissionais da saúde, no que diz respeito ao aperfeiçoamento da relação médico-paciente e dos métodos utilizados para a resolução de diferentes casos, como técnicas de exame físico e o uso do raciocínio clínico, auxiliando a população ao informá-la sobre a prevenção da ocorrência e progressão dessa complicação

    Risk factors and diagnosis of diabetic foot ulceration in users of the Brazilian public health system

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    Background. An individual with diabetes mellitus (DM) has an approximately 25% risk of developing ulcerations and/or destruction of the feet’s soft tissues. These wounds represent approximately 20% of all causes of hospitalizations due to DM. Objective. To identify the factors for the development of diabetic foot ulceration (DFU) among individuals treated by the Brazilian public health system. Methods. This cross-sectional study was conducted on individuals with diabetes mellitus, aged above 18 years, of both sexes, and during July-October 2018 within a public healthcare unit in Brazil. All participants were assessed based on their socioeconomic, behavioral, and clinical characteristics, along with vascular and neurological evaluations. All participants were also classified according to the classification of risk of developing DFU, in accordance with the International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF). Statistical analyses were conducted using the chi-squared test, chi-squared test for trend, and Fisher’s exact test, with a significance level of 5% (p < 0 05). Results. The study consisted of 85 individuals. The DFU condition was prevalent in 10.6% of the participants. Adopting the classification proposed by IWGDF, observed risks for stratification categories 0, 1, 2, and 3 were 28.2%, 29.4%, 23.5%, and 8.2%, respectively. A statistically significant (p < 0 05) association was observed between the development of DFU and the following variables: time since the diagnosis of diabetes and the appearance of the nails, humidity, and deformations on the feet. Conclusion. The present study found an elevated predominance of DM patients in the Brazilian public health system (SUS) featuring cutaneous alterations that may lead to ulcers; these individuals had elevated risks of developing DFU. Furthermore, it was revealed that the feet of patients were not physically examined during treatment

    Avaliação da adesão e preferência do paciente ao tratamento de DPOC e Asma com dispositivos inalatórios

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    A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a asma estão entre as principais doenças pulmonares obstrutivas que se caracterizam pelo aumento da resistência das vias aéreas e que possuem como consequência, dentre outras, a diminuição da qualidade de vida do paciente, podendo levar até mesmo a morte. O tratamento farmacológico dessas comorbidades é feito por meio de dispositivos inalatórios, que podem ser divididos em quatro tipos: inaladores pressurizados dosimetrados, com ou sem câmara expansora, de pó seco, de névoa suave e nebulizadores. No entanto, uma das principais causas de agravo dessas doenças é a falta de adesão ao tratamento medicamentoso pelo paciente por diversos motivos, dentre eles a dificuldade de utilização dos dispositivos inalatórios e os erros cometidos ao usá-los. O objetivo do presente estudo é analisar os fatores que corroboram para a não adesão do paciente ao tratamento com dispositivos inalatórios, além de avaliar o sistema com maior preferência pelos usuários. A metodologia do trabalho é uma pesquisa aplicada, com abordagem qualiquantitativa, observacional, descritiva e de caráter transversal, através da aplicação de questionários aos pacientes de uma instituição de saúde, o Ambulatório Central de Anápolis. Em relação aos resultados, é esperado que a adesão ao tratamento dos pacientes portadores de doenças pulmonares crônicas de caráter obstrutivo seja de moderado a baixo. Tendo em vista que a morbimortalidade relacionada a tais afecções, torna imprescindível uma análise de quais são os fatores que melhor predizem um seguimento adequado da terapia instituída pelo profissional de saúde. É esperado também que os portadores de DPOC possuam menor índice de adesão do que os asmáticos

    A abordagem da importância da higiene pessoal com crianças e adolescentes inseridos em um programa de acolhimento institucional em Anápolis, Goiás/The approach of the importance of personal hygiene with children and adolescents inserted in an institutional reception program in Anápolis, Goiás

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    Os futuros profissionais de saúde devem defender o bem-estar biopsicossocial daqueles que carecem de atenção. Assim, este relato de experiência tem como objetivo apresentar a vivencia de acadêmicos de medicina, em ação conjunta de duas ligas acadêmicas, para a promoção de saúde, educação e entretenimento, realizado no Instituto de Acolhimento Luz de Jesus. O intuito principal foi ensinar higiene básica e mostrar seu poder frente o combate às doenças infecto-parasitárias e proporcionar uma tarde de diversão. Metodologicamente, o público alvo foi crianças de 2 a 18 anos, residentes do instituto. Foram empregados métodos expositivos e interativos no compartilhamento do conhecimento, além de brincadeiras e música no horário recreativo. Alcançamos resultados no âmbito educacional e social, em que foi proporcionado aos envolvidos, acadêmicos e público alvo, a prevenção em saúde, o trabalho em equipe, o cuidado para com o próximo nas relações de afeto e o conhecimento teórico-prático a respeito da higiene pessoal
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