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    Pênfigos na amazônia: aspectos clínicos, epidemiológicos e terapêuticos de pacientes atendidos em serviço de referência.

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    O termo "pênfigo" é usado para descrever um grupo de doenças bolhosas autoimunes que comprometem a pele e as mucosas. É histologicamente caracterizado pela clivagem intraepidérmica e deposição de IgG na superfície dos ceratinócitos. Pênfigo vulgar (PV) e pênfigo foliáceo (PF) são as principais formas clínicas. Essa pesquisa objetivou identificar os aspectos clínicos, socio-demográficos e terapêuticos dos pacientes com diagnóstico de pênfigo. Para isso, foi realizada análise retrospectiva de prontuários médicos nos arquivos do ambulatório de Dermatologia da Universidade do Estado do Pará (UEPA) de janeiro de 2007 a janeiro de 2017. Foram identificados no período 19 pacientes com diagnóstico de pênfigo, dos quais 11 com PV e 8 PF, ambas as formas clínicas foram mais prevalentes em mulheres (57,89%). A faixa etária mais comprometida por PV foi entre 22 a 59 anos (81,82%), enquanto por PF maiores de 60 anos (62,5%). A principal área afetada nos casos de PV foi de membros superiores (20,69%), e de PF a face (21,43%). A prednisona foi o tratamento mais utilizado (42,87%). Observou-se que os dados epidemiológicos referentes a essa patologia ainda são escarços, especialmente na rgião norte do Brasil. Ainda não há consenso referente ao tratamento, e a escolha de medicações deve ser baseada nas particularidades de cada caso

    Epidemiologia de sarampo e a cobertura vacinal no Norte do Brasil em 2018 / Measles epidemiology and vaccination coverage in Northern Brazil in 2018

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    O sarampo é uma doença infecciosa exantemática, extremamente contagiosa, de caráter agudo e potencialmente grave, causada pelo RNA vírus da família Paramyxoviridae do gênero Morbilivirus. Em 2016 o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo com o auxílio da vacina tríplice viral (TV), conquistando uma cobertura vacinal (CV) de 95%. Em 2018, o país passou pela reintrodução do sarampo na população através do genótipo D8, circulante na Venezuela desde 2017. O objetivo deste trabalho é analisar a cobertura vacinal e a incidência de sarampo na Região Norte do Brasil no ano de 2018. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo. Os dados utilizados foram referentes à incidência de sarampo na população moradora do território nos estados da Região Norte do Brasil, no ano de 2018. O número de casos confirmados de sarampo na região Norte, no período estudado, em sua totalidade foi de 10.050 casos, com 2.451 pessoas diagnosticadas (24,99%) entre 20 a 29 anos, 2075 casos (21,15%) entre 15 e 19 anos e 1699 casos (17,32%) em menores de um ano. Apesar da cobertura vacinal a nível nacional ser satisfatória, sobretudo para imunizantes como a BCG, ainda há uma heterogeneidade na cobertura de vacinas, bem como no acesso à vacinação entre as diferentes regiões e estados, revelando que há uma parcela da população desassistida. Além disso, artigo de revisão que visou elencar as causas relacionados a queda na imunização e a influência de tais fatores ao longo dos anos, destacaram um cenário cada vez mais corriqueiro em que há recusa vacinal pelos responsáveis dos menores de 0 a 5 anos. Foi constatado que no período estudado o aumento da incidência de sarampo na região Norte durante o ano de 2018 possui relação com os baixos índices de cobertura vacinal da Tríplice Viral e Tetra viral

    Impacto da pandemia da COVID-19 em crianças com transtorno do espectro autista

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    Objetivo: Analisar e descrever os impactos provocados pela pandemia de COVID-19 em crianças com Transtorno do Espectro Autista. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, descritivo, realizado com responsáveis por pacientes pertencentes ao espectro autista, realizado por meio de questionário online montado no Google Forms e enviados em grupos que reúnem responsáveis de pessoas autistas em redes sociais, como o “Facebook” e o “WhatsApp”. Resultados e discussão: Observou-se que as crianças e adolescentes com TEA podem ser considerados mais vulneráveis à COVID-19, não devido à suscetibilidade às complicações do vírus, mas às características próprias do quadro clínico que dificultam a adequada compreensão do cenário  pandêmico,  assim  como  dificuldades em seguir as  medidas sanitárias de controle e proteção (62,9%), o que predispõe esse grupo a maiores riscos de contaminação. Dentre as características mais fortemente impactadas pela pandemia,  64,3% dos entrevistados relataram alterações na saúde mental, agressividade, transtornos de sono, aumento da irritabilidade, aparecimento de condutas estereotipadas, além de impulsões e ataques de grito, além de que 58,6% declararam ter ocorrido diminuição da interação social da criança com TEA. Conclusão: Com a adoção de medidas de controle da pandemia do novo Coronavírus, foram observadas alterações nas práticas habituais para a maioria dos indivíduos com TEA

    HANSENÍASE: CONHECER PARA COMBATER

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    A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução lenta, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que infecta células cutâneas e nervos periféricos, que podem gerar sequelas permanentes. Possui alto poder infectante, no entanto somente algumas pessoas adoecem, pois possui baixa patogenicidade. Possui grande importância para a saúde pública, devido sua magnitude e seu alto poder de causar incapacidades na população. Dessa forma, a educação em saúde é um artificio importante para combater essa doença, uma vez que ações educativas proporcionam melhor percepção das manifestações clínicas por parte das pessoas o que estimula a busca ao diagnóstico e tratamento. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo relatar as vivências de estudantes de Medicina em um projeto de extensão realizado com jovens de escolas públicas de Belém do Pará. O projeto foi realizado por meio de palestras, conversas dialogadas e pesquisa em forma de questionário para avaliar o conhecimento prévio e após as atividades. Ao final desta vivência, foi notável o quão construtivo, foram essas ações, pois as orientações transmitidas para os jovens foram capazes de diminuir o estigma e preconceito que essa enfermidade ainda carrega, bem como auxiliar na redução da disseminação dessa doença e no aumento da procura de diagnóstico precoce como um alerta para esses jovens, que serão também multiplicadores de informações em seus convívios familiares. As ações também foram de grande importância para os acadêmicos, pois contribuiu para a sua construção profissional

    Grau de incapacidade física em pacientes hansenicos em um centro de referência/Degree of physical disability in hansenic patients in a reference center

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    A hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa com potencial de causar lesões neurais e incapacidades físicas. Essa doença ainda se configura como um problema de saúde pública no Brasil, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Dentro da região Norte, o estado do Pará se destaca historicamente pelo status de hiperendemicidade ou muito alta endemicidade para o agravo em questão. Sendo assim, o presente estudo objetivou analisar a os graus de incapacidade física (GIF) 0, 1 e 2 em pacientes com hanseníase atendidos no Centro Saúde Escola do Marco e analisar os dados epidemiológicos dos pacientes atendidos de 2009 a 2018 no referido serviço. Para isso, foi realizado um estudo longitudinal, retrospectivo, unicêntrico, a partir da análise de 346 prontuários, correspondentes à totalidade de pacientes cadastrados no programa de atendimento à hanseníase no Centro de Saúde Escola do Marco, Belém – Pará, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2018. Encontrou-se predominância do sexo masculino (55%) e da forma multibacilar (61%) na casuística. Quanto ao grau de incapacidade, verificou-se que no momento de diagnóstico, houve predominância do grau 0 (62,1%), seguido do grau 1 (23,11%). Já no momento de alta verificou-se que 76,6% dos pacientes não possuíam informações acerca do grau de incapacidade. Esta carência de avaliação ao longo do tratamento e ao seu fim evidencia a necessidade constante de realização de treinamentos para as equipes de saúde, bem como a sensibilização dos profissionais para a realização do exame neurológico simplificado. Dessa forma, mais pesquisas devem ser executadas para dimensionar o nível de acometimento e incapacidade de hanseníase na população, para que estes dados possam se converter em estratégias de controle da doença e fomentar políticas públicas de saúde efetivas, bem como estimular o diagnóstico precoce com intuito de reduzir o número de pacientes que evoluem com alto grau de incapacidade

    Hanseníase na infância: uma série de casos / Leprosy in childhood: a case series

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    Objetivo: O presente estudo visa a relatar o caso de 10 crianças com diagnóstico de hanseníase em um serviço no norte do Brasil. Métodos: Este é um estudo do tipo série de casos, em acordo com as guidelines CARE. Foram incluídos 10 pacientes pediátricos (com idade abaixo ou igual a 15 anos), com o diagnóstico clínico e/ou histopatológico de hanseníase entre janeiro de 2016 a abril de 2020, no ambulatório de hanseníase em um Serviço de Dermatologia do norte do Pará. O diagnóstico foi feito baseado no quadro clínico, pesquisa de BAAR na linfa em 5 sítios e a avaliação clínica foi baseada na classificação de Madri. Relato dos casos: Em relação aos aspectos demográficos, foram relatados os casos de 10 crianças, sendo 7 do sexo masculino e 3 do sexo feminino. A idade variou entre 09 e 15 anos, com média de 11,7 anos.Dentre as formas clínicas encontradas, três pacientes possuíam a forma indeterminada, dois a forma tuberculóide, quatro pacientes com a forma dimorfa e um paciente com a apresentação virchowiana. No que diz respeito às reações hansênicas, cinco pacientes apresentaram a reação hansênica do tipo 1, que foi mais prevalente, e um paciente apresentou dois episódios de eritema nodoso hansênico, configurando a reação do tipo 2. Conclusão: Diante do exposto, o presente trabalho pode demonstrar a diversidade de apresentações da infecção pelo Mycobacterium leprae na população pediátrica, bem como as distintas peculiaridades dessa condição, chamando atenção para o dano neurológico que pode ocorrer nesta faixa etária

    Hanseníase em menores de 15 anos: expressão da magnitude e da força da transmissão recente, no estado do Pará, 2006 a 2015 / Leprosy in children under 15 years of age: expression of the magnitude and strength of recent transmission, in Pará state, 2006 to 2015

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    A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, curável, contudo, com grande potencial para gerar incapacidade física. Conhecer o impacto da hanseníase em menores de 15 anos permite estimar o nível de transmissão, a intensidade da endemia e avaliar a efetividade dos serviços de saúde em combater essa enfermidade, que é mais prevalente em populações pobres e representa um crescente problema de saúde no estado do Pará. O objetivo deste estudo foi estudar a distribuição geográfica da hanseníase em menores de 15 anos, na Região Metropolitana de Belém, estado do Pará. Estudo quantitativo, com desenho de estudo ecológico, dos casos notificados de hanseníase, em menores de 15 anos de idade, abrangendo o período de 2006 a 2015. Foram calculados indicadores epidemiológicos e utilizou-se o software livre com código-fonte aberto QGis 2.18 para a construção dos mapas. Dos 675 casos, havia predomínio das formas paucibacilares e maior frequência da forma clínica dimorfa. A evolução da taxa média, padronizada, de detecção da hanseníase em menores de 15 anos, apontou muito hiperendemicidade nos municípios de Castanhal, que tinha cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família consolidada, e de Marituba, com cobertura intermediária. A magnitude da endemia, a força da morbidade e a tendência da doença, apontadas pelos indicadores de acompanhamento epidemiológico, permaneceram elevadas e a cobertura da Estratégia Saúde da Família, embora consolidada na maioria dos municípios, não se distribuiu de forma homogênea a garantir cobertura universal aos territórios. Esses resultados contribuem para a análise da distribuição geográfica da hanseníase, importante para a identificação de áreas para alocação de recursos, visando controle e redução da doença. 
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