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Discursividades estéticas nas teorias da comunicação
O presente texto prolonga o exame que já vem se fazendo acerca das matrizes de uma discursividade estética nas teorias da comunicação: partindo agora de uma consideração crítica sobre o debate epistemológico nesta área, procura-se avaliar aqui os termos em que certas abordagens estéticas da comunicação nos auxiliam nos deslocamentos relativos aos parâmetros heurísticos da pesquisa em nosso campo. Como sintoma destes limites impostos a uma discursividade estética nas teorias da comunicação, tomamos o diálogo que Ciro Marcondes Filho e José Luiz Braga mantiveram sobre a definição do objeto da pesquisa em comunicação. E, em vista de uma suposta “virada estética” em certos ramos mais recentes destas teorias, propomos novos marcos desta discursividade teórica, assimilando a noção de “estético” aos domínios da experiência afetiva e sensorial, assim como nos corolários de sua essencial comunicabilidade e razoabilidade, no modo como o formulam autores como Herman Parret e Jean-François Lyotard
Do instante ao estado de coisas: formas da estabilidade no discurso visual do fotojornalismo
O texto procura examinar a questão da função narrativa atribuída aos temas da estabilidade no fotojornalismo, tomando como modelo de comparação as relações entre os temas de paisagem e o conceito de sublimidade da representação pictórica, na análise que o historiador da arte Louis Marin faz das funções narrativas nas tópicas da natureza, em Nicolas Poussin. Do lado do fotojornalismo, tomamos como exemplo dessas questões o ensaio visual “Shattered”, realizado pelo fotógrafo de guerra James Nachtwey, sobre os instantes seguintes do ataque às torres gêmeas, publicada na revista Time, como campo de provas da análise desse problema da estabilidade e do dicurso visual na fotografia.This article intends to examine the question of the narrative functions attributed to the motives of stability in photojournalism, departing from the relationships between visual themes of landscapes and the concept of sublimity in pictotial representation, from Louis Marin’s analysis of depiction of nature in the paintings of Nicolas Poussin. From the standpoint of photojournalism, we take the example of war photographer James Nechtwey’s visual essay on the aftermath of the attack on the Twin Towers in New York, published in Time magazine, as a field for the analysis of the same problem of stability and visual discourse in photography
Da iconicidade à plasticidade gráfica do instantâneo: o mistério do testemunho fotográfico da ação
This article seeks to examine in greater depth the issue of the visual regimes in which the photographic image is capable of causing an effect of witness, proper to all genres of visual report. The article identifies the models of such an effect of discourse in images on the basis of the ways in which art historians have thought about the problem of the thematization of the historical in pictorial representations, assessing at the same time their possible repercussions on the level of inquiries about communication through images. Key words: photography, action, instant, witness, pictorial representation.O presente artigo procura examinar, em maior profundidade, a questão dos regimes visuais nos quais a imagem fotográfica é capaz de instaurar o efeito de testemunho, próprio de todos os gêneros de reportagem visual. Busca os modelos deste efeito de discurso na imagem, a partir dos modos como certos historiadores da arte refletiram sobre o problema da tematização do histórico nas representações pictóricas, avaliando suas possíveis repercussões no âmbito da investigação sobre a comunicação através das imagens. Palavras-chave: fotografia, ação, instante, testemunho, representação pictórica
Sentido Visual e Vetores de Imersão: regimes plásticos da implicação do espectador nas formas visuais do fotojornalismo
Propomos examinar aspectos da discursividade visual do fotojornalismo e sua relação com o papel ativo da instância espectatorial. Considerado o quadro patêmico e sensorial da significação visual destas imagens, o artigo constata a consolidação de um modelo da rendição fotográfica baseado no princípio da atualidade, plasticamente manifesto na espacialização do instante, como elemento central dos processos de implicação do espectador. Nesta dimensão estética do testemunho visual, invoca-se também o ethos das imagens de sofrimento – e o princípio da reciprocidade que elas mantêm com o olhar do leitor, assim como a desdramatização do instante no fotojornalismo contemporâneo
Da iconicidade à plasticidade gráfica do instantâneo: o mistério do testemunho fotográfico da ação
This article seeks to examine in greater depth the issue of the visual regimes in which the photographic image is capable of causing an effect of witness, proper to all genres of visual report. The article identifies the models of such an effect of discourse in images on the basis of the ways in which art historians have thought about the problem of the thematization of the historical in pictorial representations, assessing at the same time their possible repercussions on the level of inquiries about communication through images. Key words: photography, action, instant, witness, pictorial representation.O presente artigo procura examinar, em maior profundidade, a questão dos regimes visuais nos quais a imagem fotográfica é capaz de instaurar o efeito de testemunho, próprio de todos os gêneros de reportagem visual. Busca os modelos deste efeito de discurso na imagem, a partir dos modos como certos historiadores da arte refletiram sobre o problema da tematização do histórico nas representações pictóricas, avaliando suas possíveis repercussões no âmbito da investigação sobre a comunicação através das imagens. Palavras-chave: fotografia, ação, instante, testemunho, representação pictórica
Assinaturas do instante na fotografia: causalidade, geometria e expectância em Henri Cartier-Bresson e Pierre Verger
This paper proposes an examination on some parameters of a hypothetical study of style in photographs. Departing from examples taken from the works of Henri Cartier-Bresson and Pierre Verger, we seek to examine three aspects of images that could end up serving as marks for a purposeful pattern in photojournalism and documentary photography: the management of causal elements in the photographic process, the functions of geometry in conducting a photographic discourse, and the regimes of expectancy, which define the relationships between fixation of the instantaneous and its origin in duration.Key words: photograph, causality, geometry, expectancy, Pierre Verger, Henri Cartier-Bresson.O presente artigo propõe-se a fazer uma análise sobre algumas matrizes do exame sobre uma hipotética estilística da fotografia.Tomando em causa os exemplos da obra de Henri-Cartier Bresson e de Pierre Verger, procura-se examinar três aspectos das imagens fotográficas que poderiam servir como marcas de um padrão intencional no fotojornalismo e na fotografia documentária: a gestão dos elementos causais do processo fotográfico, as funções da geometria na condução de uma discursividade fotográfica e os regimes da expectância, que definem a relação entre a fixação do instante e sua origem na duração.Palavras-chave: fotografia, causalidade, geometria, expectância, Pierre Verger, Henri Cartier-Bresson
Discursividades estéticas nas teorias da comunicação
O presente texto prolonga o exame que já vem se fazendo acerca das matrizes de uma discursividade estética nas teorias da comunicação: partindo agora de uma consideração crítica sobre o debate epistemológico nesta área, procura-se avaliar aqui os termos em que certas abordagens estéticas da comunicação nos auxiliam nos deslocamentos relativos aos parâmetros heurísticos da pesquisa em nosso campo. Como sintoma destes limites impostos a uma discursividade estética nas teorias da comunicação, tomamos o diálogo que Ciro Marcondes Filho e José Luiz Braga mantiveram sobre a definição do objeto da pesquisa em comunicação. E, em vista de uma suposta “virada estética” em certos ramos mais recentes destas teorias, propomos novos marcos desta discursividade teórica, assimilando a noção de “estético” aos domínios da experiência afetiva e sensorial, assim como nos corolários de sua essencial comunicabilidade e razoabilidade, no modo como o formulam autores como Herman Parret e Jean-François Lyotard
Fotografia: teoria, interrompida?
Estabeleço um diagnóstico sobre o estado da arte das teorias da fotografia, em vista dos sintomas de uma “interrupção” de seus discursos, no limite entre duas balizas que o orientaram, desde os anos 1980, a saber: a ênfase nos dispositivos técnicos de visualização e seu corolário semiótico de indexicalidade. A partir dos discursos teóricos da história e da crítica da arte e da força instauradora da obra de fotógrafos-artistas, construo um contra-discurso à dominância do dispositivo, situando a aisthésis visual e sua mediação pela história da arte como parâmetros alternativos para realocar uma interrogação genuinamente pragmática e fenomenológica acerca da experiência da imagem fotográfica
Disjonction, itération, sérialisation, curiosité : l’unité épisodique du gag visuel dans l’humour graphique
Cet article propose de dégager une structure élémentaire de l’humour graphique, en partant de l'examen de ses schémas narratifs les plus fréquents. À partir de l’analyse de gags visuels publiés dans la presse quotidienne, nous identifierons les thèmes les plus récurrents de l'humour graphique, qui sont de nature disjonctive et itérative. L'article examinera également divers aspects d'une mutation observable dans les univers narratifs et graphiques de l'humour visuel, en comparant le canon des bandes dessinées quotidiennes à de nouvelles inflexions émergeant dans ce segment des genres comiques.This article proposes an elementary structure of graphic humour, departing from the examination of its more constant narrative schemes. From the visual gags of daily newspapers, we identify the most frequent themes of graphic humour, all of a disjunctive and iterative nature. The article will also examine aspects of a mutation in narrative and graphic universes of visual humour, comparing the canon of the daily comics with the new inflections found in this segment of the laughter genres
Dimensions of Mechanical Narrative in Graphic Humour: elementary episodic structures of daily comic strips
This article discusses elementary narrative schemes of graphic humour, based on an examination of the interactional economy of the narrative meaning of comic strips published in daily newspapers. From a theoretical point of view, we aim to determine the importance of sequential schemes and their underlying principles of causality as aspects that link the sequential textuality of narrated actions to the principles of their understanding in ordinary experience. In the model of visual and verbal gags of these strips, we also identify certain disjunctive aspects of the humorous action, whose operation is dependent on the causality that originates certain everyday situations, and also produces the sensory-motor and paradigmatic events that characterize the genres of laughter as founded upon the aspect of criticism of the mechanical normality of ordinary life
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