138 research outputs found

    As hidrelétricas de Belo Monte e Altamira (Babaquara) como fontes de gases de efeito estufa

    Get PDF
    Quando é necessário decidir que investimentos públicos fazer para a geração e conservação de energia elétrica, é importante calcular as emissões de gases de efeito estufa das barragens hidrelétricas. A proposta da hidrelétrica de Belo Monte e sua contrapartida rio acima, a hidrelétrica de Altamira está no centro das controvérsias sobre o modo como deveriam ser calculadas as emissões de gases de efeito estufa de represas. A hidrelétrica de Belo Monte por si só teria uma área de reservatório pequena (440 km2) e grande capacidade instalada (11.181,3 MW), mas a represa de Babaquara, que regularizaria a vazão do Rio Xingu (aumentando assim a geração de energia de Belo Monte), inundaria uma vasta área (6.140 km2). Está previsto que, em cada ano, o nível da água em Babaquara vai variar em 23 m, expondo, assim, repetidamente uma área de 3.580 km2 (a zona de deplecionamento), onde cresceria rapidamente uma vegetação herbácea, de fácil decomposição. A presente análise indica que, no prazo de até 41 anos decorridos após o enchimento da primeira represa, o complexo Belo Monte/Babaquara não teria um saldo positivo em termos de emissões de gases de efeito estufa, comparado ao gás natural. A aplicação de qualquer taxa de desconto acima de 1,5% ao ano resulta no fato de o complexo não ter um saldo positivo, se comparado ao nível de emissão de gás natural, até o final do horizonte de tempo de 50 anos, usado no Brasil para a avaliação de projetos de energia

    A VULNERABILIDADE DA FLORESTA AMAZÔNICA PERANTE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

    Get PDF
    The Amazon forest is threatened by ongoing climate changes, which are expected to make this region gradually hotter and drier. These effects are more intense in global climate simulations by models that connect peaks in the temperature of surface water in the Pacific Ocean with the El Niño phenomenon. Past events such as the fires in Roraima of 1997/1998 and 2003 suggest that the connection between the Pacific Ocean-surface temperature and El Niño is real. The estimated impact of climate changes on the Amazon are even worse in models that include biospheric feedback effects, pointing to the disappearance of forested areas and subsequent heating of the exposed soil, which leads to greater carbon emissions that further affect climate and kill more forest. A previously unappreciated climatic threat became apparent in 2005, when a devastating drought struck Amazonia. This type of drought is linked to a gradient of water temperature from the North to the South Atlantic Oceans, which is part of an oscillation that is becoming more intense. The formation of the patch of warm water in the tropical North Atlantic is worsening due to the reduction of aerosol loads over this area of the ocean, a situation that is expected to intensify in the forthcoming decades as a result of continued global warming. Whether such a scenario will come to take place depends on our efforts towards limiting the emission of greenhouse gases from fossil-fuel combustion and deforestation. Brazil is among the countries with the most to lose from global warming, possibly risking the loss of the Amazon rainforest. Therefore, Brazil ought to change political sides in negotiations under the Climate Convention. Instead of trying to postpone any commitment to reductions in its emissions, Brazil should immediately agree to a reduction target under the Convention (not only as an internal objective), thus joining the Convention's Annex I and Kyoto Protocol's Annex B, and then endeavor to convince other countries, such as China and India, to do likewise.La selva amazónica enfrenta serias amenazas para su sobrevivencia debido a los cambios globales, que se proyecta tornaran a la Amazonia más caliente y seca. Este efecto es mucho más intenso en simulaciones de clima global usando modelos que incluyen la conexión entre el calentamiento del agua en el océano Pacífico y la ocurrencia del fenómeno El Niño. Eventos como los incendios en Roraima en 1997/1998 y 2003 indican que la conexión con El Niño es real. Los impactos son peores en modelos que incluyen las retroalimentaciones bioesféricas, con la muerte del bosque y el calentamiento de los suelos llevando a la emisión de carbono que, a su vez, calienta más el clima y mata más bosque. Una amenaza climática que antes no era apreciada se reveló en 2005, cuando una sequia devastadora afectó a la Amazonia. Este tipo de sequia se debe a un gradiente de temperatura del agua de la superficie del mar entre el Atlántico Norte y el Atlántico Sur, que hace parte de una oscilación que se está intensificando. La formación de la mancha de agua caliente en el Atlántico Norte se está agravando debido a la reducción de las cargas de aerosol sobre el mar en esta área, situación que debe intensificarse en las próximas décadas como resultado de la continuación del calentamiento global. La concretización, o no, de un escenario de este tipo depende de decisiones humanas sobre la limitación de las emisiones de gases de efecto invernadero, tanto de la quema de combustibles fósiles como de la continuación de la deforestación. Brasil es uno de los países que perdería mas con el calentamiento global, con la propia selva amazónica estando en riesgo. Por lo tanto, Brasil debe cambiar de lado en las negociaciones bajo la Convención del Clima. Al contrario de siempre intentar posponer el compromiso con una meta para reducir sus emisiones, Brasil debe asumir inmediatamente una meta frente a la Convención (no solo de forma interna), adhiriéndose al Anexo I de la Convención y al Anexo B del Protocolo de Kyoto, sino pasando a impulsar y convencer a los otros países, como China e India, a hacer lo mismo.A floresta amazônica enfrenta sérias ameaças à sua sobrevivência devido às mudanças globais, que poderão tornar a Amazônia gradualmente mais quente e mais seca. Este efeito aparece mais intensamente em simulações do clima através de modelos que incluem a ligação entre o aquecimento da água no oceano Pacífico e a ocorrência do El Niño. Eventos como incêndios em Roraima em 1997/1998 e 2003 indicam que a ligação mencionada anteriormente é real. Os impactos são mais acentuados em modelos que incluem as retroalimentações bioesféricas, a morte da floresta e o aquecimento dos solos levando à emissão de carbono que, por sua vez, aumenta mais a temperatura e a morte da floresta. Uma ameaça climática inesperada revelou-se em 2005, quando uma seca devastadora atingiu a Amazônia. Este tipo de seca se deve a um gradiente de temperatura da água da superfície do oceano entre o Atlântico Norte e Sul, que faz parte de uma oscilação que está intensificando. A formação da mancha de água quente no Atlântico Norte está se agravando devido à redução das cargas de aerossol sobre o mar nesta área, situação que deve se intensificar nas próximas décadas como resultado da continuação do aquecimento global. A concretização, de um cenário deste tipo depende de decisões humanas sobre a limitação das emissões de gases do efeito estufa, provenientes tanto da queima de combustíveis fósseis quanto do desmatamento. O Brasil é um dos países que perderia mais com o aquecimento global, colocando em risco a própria floresta amazônica. Portanto, o Brasil precisa mudar de lado nas negociações sob a Convenção de Clima. Ao invés de sempre tentar adiar a assunção de uma meta para redução de emissões, deve assumir imediatamente uma meta sob a Convenção (não apenas internamente), juntando ao Anexo I da Convenção e ao Anexo B do Protocolo de Kyoto, e passar a se empenhar para convencer os outros países, como a China e a Índia, a fazer o mesmo

    Amazonia threatened by Brazilian President Bolsonaro’s mining agenda

    Get PDF
    Brazilian President Jair Bolsonaro has induced a cycle of deforestation and violence in the Amazon, where dismantling environmental agencies and gutting protection policies have become a central strategy in removing barriers to predatory exploitation of natural resources. Mining is a key part of this agenda. Brazil and the international community must struggle to reverse the ongoing destruction of the Amazon

    A Floresta Amazônica nas Mudanças Globais

    Get PDF
    A obra é organizada por capítulos com uma revisão da interação humana como parte dos ecossistemas na região e, em seguida, detalha o papel da biodiversidade amazônica e o valor potencial do serviço ambiental desempenhado pelos ecossistemas naturais na manutenção da biodiversidade. Dentre os capitulos, três são dedicados ao papel da floresta no efeito estufa e ao valor da manutenção da floresta para mitigar o aquecimento global

    Derrubada da floresta e roçagem de crescimento secundário em projetos de colonização na Amazônia Brasileira e a sua relação à capacidade de suporte humano

    Get PDF
    O comportamento dos colonos na rodovia Transamazônica, com respeito à derrubada da floresta primária e a roçagem de crescimento secundário (capoeira), é modelado como par_ te de uma simulação por computador com a finalidade de estimar a capacidade de suporte humano. As áreas "cortadas," (desmatadas no caso de floresta, virgem, ou roçadas no caso da capoeira) são limitadas pelos recursos disponíveis aos colonos: terra, mão-de-obra e capital. Os parâmetros de entrada para a simulação são baseados em entrevistas realizadas entre os colonos em uma área de estudo localizada a 50 km a oeste de Altamira, estado do Pará. Dados do Projeto de Colonização de Ouro Preto, no Estado de Rondônia, mostram muitas semelhanças com os padrões observados em Altamira. Para fins de simulação, áreas disponíveis aos colonos, nos lotes, são classificados pela idade de crescimento secundário, com uma classe separada para floresta virgem (i.e. nao previamente derrubada pelos colonos). A probabilidade de corte, dentro de cada classe, é calculada baseando-se na proporção de anos-lote nos quais a classe era presente e era cortada. As probabilidades são de derrubada em uma parte da área na classe em questão; estes "contes" são a preparação da terra para culturas que não sejam pastagens (a pastagem é calculada separadamente). Em Rondônia, as áreas cortadas em lotes ocupadas por um único dono, aumentam linearmente ao longo de. 6 anos, após o que a área desmatada aumenta muito mais lentamente. A venda de lotes aos recém-chegados leva a novos períodos de desmatamento rápido. Os efeitos do comportamento dos colonos no que se refere ao corte de floresta e de capoeira sobre a capacidade de òupotte oicíuem os seguintes: [a] a falta de um cronograma de pousio (descanso) de maneira que os períodos sem cultivo sejam suficientes para restaurar a qualidade do solo, como é no caso dos pousios em sistemas tradicionais de agricultura itinerante, podem, potencialmente, levar à degradação do recurso e à diminuição da capacidade de suporte., e (b) o desmatamento rápido Ieva ao plantio de pastagens, que é associado com uma baixa capacidade de suporte humano, e (c) ultrapassar o limite máximo para desmatamento pode ser usado como um dos critérios para a determinacão da capacidade de suporte

    Global warming response options in Brazil's forest sector: Comparison of project-level costs and benefits

    Full text link
    A project-level assessment of monetary and carbon costs and benefits for 5 classes of global warming response options in the forest sector is attempted for typical Brazilian conditions. Options considered are: silvicultural plantations (for pulp, charcoal and sawlogs), sustainable timber management and reduction of deforestation. Comparison of pulpwood and sawlog plantations with the vegetation characteristic of deforested areas indicates a modest carbon benefit. Plantations for charcoal can produce a substantial carbon benefit through fossil fuel substitution, but much of this calculated benefit disappears if discount rates greater than zero are applied to carbon. Sustainable timber management, when compared with existing forest, represents a net carbon loss, accumulation of carbon in wood products being insufficient to compensate for biomas
    corecore