4 research outputs found

    Corpos (in)dóceis:

    Get PDF
    Neste artigo, pretendo refletir, partindo do entendimento do último Foucault sobre Baudelaire, de que o estilo de vida cínico, que o filósofo francês encontrou entre os gregos, é algo raro e singular entre os modernos e, por isso, a vida artista, como apresentada em Le courage de la vérité, torna-se essencial na medida em que ela seria o exemplo mais forte, na modernidade, de luta e de resistência. Mesmo assim, o que tentarei mostrar é que Foucault ainda parece dizer o quão pouco gregos nós, modernos, somos, e da nossa dificuldade em tornar nossa vida obra de arte e, portanto, resistir às tecnologias do biopoder

    Imagens para além da linguagem?: O anacronismo da hipótese foucaultiana de uma “ruína do simbolismo gótico” em História da Loucura

    No full text
    History of Madness is a text marked by the same critique of the dialectical tradition defended by Nietzsche in The Birth of Tragedy. This becomes clear when Foucault differentiates two types of “experiences” of madness in the frontier between Medievalism and Renaissance: a tragic experience of madness, which reigns on the pictorial arts by Bosch and Bruegel, opposed to a critical experience, majorly expressed in comical and moral literary texts by Brant and Erasmus. Based on this distinction, Foucault asserts that the difference between the tragic and the critical experiences of madness occurs when Bosch reveals the limits of verbal language, historical fact acknowledged by Foucault as “the decay of Gothic symbolism”. The aim of this essay is to reveal the anachronism of Foucault’s historical interpretation, stressing how Nietzsche’s critique of the dialectical tradition of Plato and Hegel contributed to the formulation of a hypothesis without historiographic rigor.História da Loucura é um texto marcado pela crítica à tradição dialética que Nietzsche havia esboçado em seu Nascimento da Tragédia. Isto fica evidente quando Foucault diferencia dois tipos de “experiências” da loucura no limiar entre medievo e renascimento: uma experiência trágica da loucura, imperante nas artes plásticas de Bosch e Bruegel, em oposição a uma experiência crítica, que se expressa majoritariamente em textos literários moralistas e cômicos como de Brant e Erasmo. Com base nessa distinção, Foucault propõe que a diferença entre a experiência trágica e crítica da loucura se dá quando as imagens de Bosch revelam os limites da linguagem verbal, acontecimento histórico que chamou de “ruína do simbolismo gótico”. O objetivo deste artigo é ressaltar a anacronia desta interpretação histórica de Foucault, apontando para como a crítica de Nietzsche à tradição dialética de Platão e Hegel contribuiu para a formulação de uma hipótese sem rigor historiográfico.Historia de la Locura es un texto marcado por la crítica a la tradición dialéctica que Nietzsche había esbozado en su Nacimiento de la Tragedia. Esto queda evidente cuando Foucault diferencia dos tipos de "experiencias" de la locura en el umbral entre medievo y renacimiento: una experiencia trágica de la locura, imperante en las artes plásticas de Bosch y Bruegel, en oposición a una experiencia crítica, que se expresa mayoritariamente en textos literarios moralistas y cómicos como de Brant y Erasmo. Con base en esta distinción, Foucault propone que la diferencia entre la experiencia trágica y crítica de la locura se da cuando las imágenes de Bosch revelan los límites del lenguaje verbal, acontecimiento histórico que lo llamó de "ruina del simbolismo gótico". El objetivo de este artículo es resaltar la anacronía de esta interpretación histórica de Foucault, apuntando hacia cómo la crítica de Nietzsche a la tradición dialéctica de Platón y Hegel contribuyó a la formulación de una hipótesis sin rigor historiográfico
    corecore