29 research outputs found

    Material arqueológico para o estudo de evolução de plantas cultivadas

    Get PDF
    This research studies archaeological samples of maize (Zea mays mays) and cassava (Manihot esculenta), from Januaria, MG, Brazil, for samples between 1010 (for the oldest sample) and 570 years (for the most recent) as estimated through radiocarbon dating. Maize cobs were morphologically analysed by using length, basal and apical diameters, largest diameter, number of rows, number of grains per row, and number of grains per row per length parameters. The maize cob length presented increases through time, allowing an increase on the number of seed per cob, but the size of seeds did not vary significantly. Starch present in the reserve organs of the maize and cassava were analysed morphologically through Scanning Electron Microscopy, and compared to indigenous and modern samples, aiming to estimate the diversity of the material and, for the cassava, to assure that samples were truely Manihot sp. The starch of the maize and cassava reserve organs was in excellent state of conservation and the morphology of the starch grains allowed the separation of maize varieties. More than one variety of maize was found on a same period of time, suggesting that the old indigenous people of the area planted different varieties of maize simultaneously and these varieties changed through the studied period of time. Finally archaeological starch grains of maize presented more diverse standards than modern grains.Amostras arqueológicas de milho (Zea mays mays) e mandioca (Manihot esculenta), oriundas da região de Januária, Minas Gerais, Brasil, com idades estimadas entre 1010 anos para a amostra mais antiga, até 570 anos para as mais novas, foram estudadas morfologicamente. No caso do milho, tomaram-se medidas de comprimento da espiga, diâmetro basal, diâmetro apical, diâmetro maior, número de fileiras, número de grãos por fileiras e número de grãos por fileiras por comprimento. O tamanho da espiga aumentou com o tempo, permitindo aumento da quantidade de sementes, mas sem que estas sementes sofressem uma variação significativa em seu tamanho. Amostras de grãos de amido das sementes de milho e do tubérculo de mandioca foram estudados por meio de microscopia eletrônica de varredura e comparadas com amostras de raças indígenas e etnovariedades, para estimar a diversidade deste material e, no caso do tubérculo, para certificação que se tratava realmente de mandioca e não uma outra espécie. O amido dos órgãos de reserva do milho e mandioca encontram-se em excelente estado de conservação e, através da morfologia dos grãos de amido foram separadas raças ou variedades de milho. Constatou-se a presença de mais de uma raça de milho em um mesmo período de tempo e estas raças foram variando ao longo do período analisado (de 1010 a 570 anos atrás). A variabilidade dos grãos de amido das amostras arqueológicas de milho se apresentou maior do que as amostras atuais utilizadas

    Caracterização preliminar de Amaranthus hybridus L. e Amaranthus viridis L. através de isoenzimas

    Get PDF
    Through starch gel electrophoresis with horizontal migration, Amaranthus hybridus green biotype was the only accession to show variation in esterase patterns, with presence or absence of a band in position 0.7. On the other hand, all species and biotypes (A.viridisand A.hybridus green and purple biotypes) showed variation in banding patterns for peroxidase. Through the existence of common bands to both species, one could detect evidence for hybridization and introgression between them.Através da técnica de eletroforese de gel de amido com migração horizontal, pode-se observar que para esterase, apenas o Amaranthus hybridus tipo verde apresentou variação, na forma de presença ou ausência da banda na posição 0.7. Por outro lado, para peroxidase, para todas as espécies e biótipos (A.viridis e A.hybridus tipo verde e tipo roxo) houve variação no padrão de bandas. Através da existência de bandas comuns às duas espécies, pode-se detectar evidências de hibridação e introgressãc entre elas

    Cotyledon persistence in the seedling as a parameter for evaluation of aluminum tolerance in leucaena leucocephala

    Get PDF
    O objetivo do presente trabalho foi verificar se o parâmetro persistência dos cotilédones nas plântulas, anteriormente utilizado para a discriminação de grandes diferenças em tolerância ao alumínio entre populações de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, também seria bom parâmetro para distinguir níveis de tolerância entre e dentro de populações tolerantes. Para isto foram utilizadas doze progênies de plantas individuais referentes a três populações consideradas tolerantes, uma população intolerante e uma progênie de uma planta individual de tolerância desconhecida, cultivadas em solução nutritiva contendo 9 ppm de Al. Foram analisados os parâmetros percentagem de plântulas com cotilédones caídos ou amarelecidos e peso seco total das plântulas. O primeiro parâmetro foi capaz de discriminar não somente as populações tolerantes das intolerantes, mas também diferentes níveis de tolerância dentro de populações consideradas tolerantes, contrastando, neste aspecto, como segundo parâmetro.  Cotyledon persistence in seedlings grown under aluminum stress, previously found to be a good parameter to discriminate large differences In Al tolerance among Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. introductions, was evaluated as a method to discriminate different levels of tolerance between and within tolerant populations. Twelve single plant progenies obtained from three tolerant populations, one intolerant introduction and one single-plant introduction of unknown tolerance were screened in nutrient solution under 9 ppm of Al. Percentage of plants with yellowed or fallen cotyledons and total dry weight of the seedlings were recorded. The former parameter was efficient not only in the discrimination of tolerant versus intolerant populations, but also in the discrimination of different levels of tolerance within tolerant populations, contrasting in this respect with the latter parameter

    Evaluation of leucaena populations for tolerance to aluminum

    Get PDF
    O objetivo do presente trabalho foi verificar a existência de variabilidade genética em solução nutritiva para tolerância ao alumínio em 29 populações de leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.), submetidas a cinco diferentes concentrações de AI (0, 3, 6, 9 e 12 ppm), em dois experimentos, em casa de vegetação e classificar as populações quanto à tolerância ao AI. Os caracteres utilizados para classificar as populações em relação à tolerância ao AI foram: comprimento da parte aérea (Y1), comprimento da maior raiz (Y2), peso seco da parte aérea (Y3), peso seco das raízes (Y4), comprimento da primeira folha (Y5), número de ramificações (Y6), relação peso seco da parte aérea/peso seco das raízes (Y7), e persistência dos cotilédones (Y8). Analisando-se as tabelas das médias padronizadas para as oito características (Y1 a Y8) nas cinco concentrações de AI em dois experimentos, só se conseguiu classificar as populações T-1, T-2, T-3 e T-14 como tolerantes e as T-4, T-5, T-12 e T-22 como intolerantes ao AI. As demais apresentaram resultados variáveis conforme a características analisada. Como não se pode, "a priori", afirmar qual das características melhor avalia a tolerância ao AI, a classificação destas 21 populações como tolerantes ou intolerantes fica difícil.This paper aimed at verifying the existence of genetic variability in nutrient solution for aluminum tolerance among 29 populations of Ieucaena (Leucaena Ieucocephala (Lam.) de Wit.), tested under five different AI concentrations (0, 3, 6, 9 and 12 ppm) in two glasshouse experiments, and at classifying these populations according to their tolerance to AI. The traits under study in the classification of the populations for their AI tolerance were: length of the aerial portion (Y1), length of the longest root (Y2), dry weight of aerial portion (Y3), dry weight of roots (Y4), length of the first leaf (Y5), number of lateral branches (Y6), dry weight of the aerial portion/dry weight of roots ratio (Y7) and cotyledon persistence (Y8). The examination of the standardized means for the eight traits (Y1 to Y8) under the five AI concentrations over two experiments was able to screen populations T-1, T-2, T-3 and T-14 as being tolerant to AI, and T-4, T-5, T-12 and T-22 as being intolerant. The remaining populations showed variable results, depending on the trait considered. Since there is no previous information about the traits which are the most appropriate to screen for AI tolerance, the classification of these remaining 21 populations as tolerant/intolerant is inconclusive

    Variabilidade genética para tolerância ao alumínio entre e dentro de progênies de leucina

    Get PDF
    In a nutrient solution containing 9 ppm Al, 18 single-plant progenies of leucaena, Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., from three populations considered to be tolerant to Al by means of the multivariate analysis were tested. The experiment was set up in a randomized complete block design with four replications, each plot being comprised by a different progeny; ten plants were used par plot, comprising 40 plants per progeny over the four replications. Four weeks after transplanting the germinated seeds to the nutrient solution, the following traits were evaluated: length of the aerial portion (Y1) length of the longest root (Y2), dry weight of the aerial portion (Y3), dry weight of roots (Y4) and cotyledon persistence (Y5). Genetic variability was shown to be present among progenies and within some progenies of Ieucaena, demonstrating the possibility of improving Al tolerance in L. leucocephala by means of intrapopulational selection. Mutual agreement between the results yielded by parameters Y1, Y2, Y3, Y4 and Y5 was less than satisfactory, underlining the difficulty in the use of a single parameter in the evaluation of Al tolerante in leucaena.Utilizando-se solução nutritiva contendo 9 ppm de Al, testaram-se 18 progênies de plantas individuais de leucena, Leuccena leucocephala (Lam.) de Wit., oriundas de três populações tidas como tolerantes ao Al. Fez-se um experimento em blocos casualizados com quatro repetições; cada parcela foi composta por uma das 18 progênies. Utilizaram-se dez plantas por parcela e, portanto, 40 plantas por progênie no total das quatro repetições. Observou-se, quatro semanas após o transplante das sementes germinadas para a solução nutritiva, o comprimento da parte aérea (Y1), comprimento da maior raiz (Y2), peso seco da parte aérea (Y3), peso seco das raízes (Y4) e persistência dos cotilédones (Y5). Detectou-se variabilidade genética para tolerância ao Al entre progénies e dentro de algumas progénies de leucena, mostrando a possibilidade do melhoramento genético para tolerância ao Al em L. leucocephala por meio de seleção intrapopulacional. A concordância mútua dos resultados das variáveis Y1, Y2, Y3, Y4 e Y5 não foi plenamente satisfatória, ressaltando a dificuldade de se usar cada parâmetro isoladamente na avaliação de tolerância ao Al em leucena

    Avaliação de populações de leucena para tolerância ao alumínio. II. Análise de conglomeração

    Get PDF
    This paper reports on the use of cluster analysis of euclidean distances (multivariate analysis) to screen for Al tolerance among 29 populations of leucaena (Leucaena leucocepbala (Lam.) de Wit.) tested under five different Al concentrations over two experiments. The multivariate analysis was applied to the standardized means of the variables Y1 to Y7 (length of the aerial portion, length of the longest root, dry weigth of the aerial portion, dry weight of roots, length of the first leaf, number of lateral branches, dry weight of the aerial portion/dry weight of roots ratio, respectively), under each of the five Al concentrations, and the populations were grouped in clusters according to their similarity by the use of Johnson's algorithm, performed by the CLUSTER procedure of the SAS package. The cluster analysis was able to discriminate two widely contrasting groups relatively to the traits under study. The populations T-1, T-2, T-3, T-6, T-7, T-13, T-14, T-15, T-17, T-19, T-20 , T-21, and T-30 were classified as AI tolerant, whereas T-4, T-5, T-8, T-9, T-10, T-11, T-12, T-16, T-18, T-22, T-23, T-24, T-25, T-26, T-28 and T-29 were classified as intolerant.O objetivo desse trabalho é discriminar, quanto à tolerância ao Al, 29 populações de leucena, Leucaena leucocephala (Lam) de Wit, testadas em cinco concentrações de alumínio, em dois experimentos, por meio da análise de conglomeração das distâncias euclideanas (análise multivariada). As médias padronizadas de cada população, em cada uma das cinco concentrações de Al, para as variáveis Y1 a Y7 (comprimento da parte aérea, comprimento da maior raiz, peso seco da parte aérea, peso seco das raízes, comprimento da primeira folha, número de ramificações e relação peso seco da parte aérea/peso seco das raízes, respectivamente), foi aplicada uma análise de conglomeração (análise multivariada), agrupando as populações mais semelhantes de acordo com o algoritmo de Johnson executado pelo procedimento CLUSTER do pacote estatístico SAS. A análise multivariada conseguiu identificar dois grupos bem contrastantes em relação às características estudadas. No grupo das tolerantes situaram-se as populações T-1, T-2, T-3, T-6, T-7, T-13, T-14, T-15, T-17, T-19, T-20, T-21 e T-30; e no das intolerantes, as populações T-4, T-5, T-8, T-9, T-10, T-11, T-12, T-16, T-18, T-22, T-23, T-24, T-25, T-26, T-28 e T-29

    Biologia reprodutiva de etnovariedades de mandioca

    Get PDF
    The knowledge of the reproductive biology of cassava (Manihot esculenta) is essential for the development of genetic improvement programs and understanding the domestication process. This study evaluates aspects of sexual reproduction, such as floral morphology, pollination ecology, production and viability of pollen grains, apomixis, seed production and seed germination of cassava landraces collected in gardens of "caboclos" and Indians of the Amazon region and São Paulo State, both in Brazil. The aspects of the reproductive biology were studied from field evaluations and collection of flower buds and seeds. The experiments were carried out in Piracicaba, SP. Alteration was verified in the floral morphology of the landrace DG-55, which showed hermaphrodite flowers, and DG-65 and variety Mantiqueira, which presented smaller number of ovules per ovary. Honeybee (Apis mellifera) was the main pollinator of cassava. There was significant variation in the number and viability of pollen grains. The superior anters of the masculine flower presented, significantly, large number of pollen grains. Apomixis was not detected. A larger number of fruits with two or three seeds were detected. However, seeds originating from fruits with a single seed presented higher germination rates. The morphological alterations in the floral structure influenced the seed production and viability. The variation observed in the aspects of the reproductive biology, was probably due to differentiated selective pressure to which the landraces were submitted along the domestication process.O conhecimento da biologia reprodutiva da mandioca é essencial para o desenvolvimento de programas de melhoramento genético e compreensão do processo de domesticação. Este trabalho avalia aspectos que influenciam a reprodução sexuada, tais como morfologia floral, ecologia da polinização, produção e viabilidade dos grãos de pólen, apomixia, produção e germinação de sementes de etnovariedades de mandioca coletadas em roças de caboclos e índios da Região Amazônica e do Estado de São Paulo. Os aspectos da biologia reprodutiva foram estudados a partir de avaliações de campo e coleta de botões florais e sementes. Os experimentos foram realizados em Piracicaba, SP. Constatou-se alteração na morfologia floral da etnovariedade DG-55, a qual possui flores hermafroditas, e DG-65 e variedade Mantiqueira, que apresentaram menor número de óvulos por ovário. A abelha (Apis mellifera) foi o principal polinizador da mandioca. Houve variação significativa no número e viabilidade de grãos de pólen, constatando-se que as anteras do verticilo superior da flor masculina apresentaram, significativamente, maior número de grãos de pólen. Não foi constatada apomixia. Foi detectado maior número de frutos com duas ou três sementes. No entanto, sementes originadas de fruto com semente única apresentaram maior porcentagem de germinação. As alterações morfológicas na estrutura floral influenciaram a produção e viabilidade das sementes. A variação constatada nos aspectos da biologia reprodutiva, provavelmente, ocorreu devido à pressão seletiva diferenciada a que as etnovariedades foram submetidas ao longo do processo de domesticação

    Not avaliable

    No full text
    O presente trabalho visa analisar a variação que ocorre em comunidades naturais, representadas pelas espécies do gênero Miltonia Ldl. (Orchidaceae-Oncidieae). Entre os métodos de análise do processo evolutivo em populações selvagens, o reconhecimento e a descrição dos tipos de variação que ocorrem nessas populações, constituem a base para o estudo da fragmentação populacional e da diversificação. O gênero Miltonia Ldl. Foi escolhido para esse estudo, por possuir a maior parte de suas espécies localizadas no Brasil, abrangendo áreas fitogeográficas e ecológicas distintas, e porque suas espécies possuem grande variabilidade, devido à sua ampla distribuição geográfica. O material utilizado constituiu-se de plantas coletadas pelos técnicos do Instituto de Genética, na região suleste do Brasil, e que se acham em cultivo nos ripados desta Instituição. Foram analisados 149 espécimes. Para analisar e descrever os tipos de variação intra-específica, sempre que possível, fizemos as análises levando em consideração as regiões fitogeográficas e ecológicas. A área de distribuição da M. flavescens (Ldl.) Ldl. foi subdividida em cinco regiões, sendo que a região 5, considerada uma área especial do ponto de vista fitogeográfico dentro das formações vegetais da região suleste brasileira, foi considerada à parte. A área de distribuição da M. regnellii Reichb. f. foi subdividida em três regiões e a área da M. anceps Ldl. não pôde ser subdividida por ser muito restrita e uniforme do ponto de vista fitogeográfico. Para a análise da variação apresentada por essas espécies, levámos em consideração doze caracteres, escolhidos por serem caracteres de valor taxonômico comumente usados na classificação de orquídeas. Calculámos para cada caráter das espécies em estudo, a média, desvio-padrão, coeficiente de variação e a regressão linear, para possibilitar a comparação entre as regiões e a verificação se a variação que porventura ocorresse apresentava algum sentido ou era variação sem regularidade. Para a M. flavescens (Ldl) Ldl. estimámos as médias dos diversos caracteres na região 5 e calculámos os intervalos de confiança em torno dessas médias, a fim de comparar com as médias observadas nestas região. Com relação à M. flavescens (Ldl) Ldl., constatámos que os comprimentos do pseudobulbo, da folha, da sépala dorsal, da sépala ventral, da pétala e do labelo, apresentam variação clinal e que os outros caracteres que são as larguras do pseudobulbo, da folha, da sépala dorsal, da sépala ventral, da pétala e do labelo, embora não sejam clines perfeitos apresentam a mesma tendência de variação dos caracteres anteriores. A tendência encontrada nos doze caracteres da M. flavescens (Ldl) Ldl., foi a de haver aumento gradual no sentido sul-norte da área de distribuição, sendo que as menores dimensões dos caracteres analisados, são encontrados nos espécimes provenientes do noroeste do Rio Grande do Sul e nordeste do Paraguai e as maiores dimensões nos espécimes originários do Espírito Santo. Não foi encontrada qualquer correlação entre esse tipo de variação e a variação do número de cromossomos da M. flavescens (Ldl.) Ldl. Esta espécie apresenta variação neuplóide, que ocorre ao acaso. Com relação à região 5 (sul da Bahia), os valores estimados e observados dos caracteres analisados, confirmam a originalidade desta região do ponto de vista fitogeográfico e ecológico. Além disso, a época de florescimento diferente dos espécimes dessa região, indica a existência de uma fragmentação populacional e consequente diversificação. No que diz respeito à variação da forma do labolo, a maior variabilidade ocorre nas regiões 2 (São Paulo) e 5 (Bahia), sendo que a menor variabilidade ocorre na região 3 (Rio de Janeiro). Esses resultados são diferentes dos obtidos por MARTINS (1967) para a M. spectabilis Ldl. Com relação à M. regnellii Reichb. f., constatámos que sete caracteres analisados apresentam variação clinal, sendo que a espessura do pseudobulbo e o comprimento da folha, aumentam gradativamente de tamanho no sentido sul-norte da área de distribuição e o comprimento da sépala dorsal, comprimento e largura da pétala e comprimento e largura do labelo, diminuem de tamanho no sentido acima indicado. Os outros caracteres, com exceção do comprimento do pseudobulbo, que apresenta variação irregular, embora não sejam clines verdadeiros, apresentam a mesma tendência de variação dos caracteres que diminuem de tamanho no sentido sul-norte da área de distribuição. A única exceção é a largura da folha que mostra a tendência de aumentar de tamanho no sentido acima indicado. Não foi encontrada qualquer correlação entre a variação clinal e o número de cromossomos. Com relação à forma do labelo, constatámos que a variabilidade diz respeito tanto à forma como ao tamanho, sendo uniforme nas três regiões. A tendência da variação clinal encontrada nas espécies analisadas, com exceção de oito caracteres da M. regnellii Reichb. f., é a mesma encontrada por MARTINS (1967) para a M. spectabilis Ldl., sugerindo que um mesmo gradiente ecológico, existente no sentido sul-norte da região suleste do Brasil, seja o responsável pela existência e manutenção dos clines. Embora não existam dados ecológicos precisos, para tôda essa região, como as orquídeas são epífitas, e não foi notada, para esse gênero, nenhuma relação entre espécie de orquídea analisada e espécie de planta hospedeira, o gradiente, com grande probabilidade deverá ser climático, relacionado à temperatura e pluviosidade. Com relação à M. anceps, observámos que apresenta menor variabilidade que as outras espécies do gênero Miltonia. Isto era esperado devido à sua distribuição geográfica ser muito restrita. Não foi observado nesta espécie nenhuma variação no número de cromossomos. Os resultados obtidos na análise da variação, indicam que nas espécies do gênero Miltonia Ldl. existe a tendência de ocorrerem fragmentações populacionais devido ao tipo de variação existente. Embora tenhamos obtido sempre, variação contínua, verificámos que as populações marginais estão sofrendo evidente processo de diversificação e que as diferenças de época de florescimento encontradas são indícios de formação de mecanismos de isolamento. Por outro lado, confirmou-se a originalidade da região sul da Bahia e norte do Espírito Santo, do ponto de vista fitogeográfico, que se constitui num centro de especiação na região suleste brasileira , talvez mais intenso do que a região do Rio de Janeiro, considerada por SMITH (1962) como centro de especiação da floresta pluvial costeira. Com relação à taxonomia dos grupos estudados, os resultados obtidos na análise da variação, permitiram estabelecer que: a) na M. flavescens (Ldl.) Ldl., os espécimes da região 5 que se situam no extremo da variação clinal, devem ser considerados, de acôrdo com a classificação dos sistemas populacionais de GRANT (1963) como semiespécie simpátrica. b) a espécie M. quadrijuga Dus & Kränz. e as variedades stellata Regel e grandiflora Regel pertencentes à M. flavescens (Ldl.) Ldl., por se encontrarem dentro da amplitude de variação desta última espécie , como tal devem ser consideradas; c) na M. regnellii Reichb. f., a variedade citrina Reichb. f. embora seja um dos extremos da variação clinal, deve ser mantida por possuir características fenotípicas que a distinguem do resto populacional; d) na M. anceps Ldl., a variação irregular que ocorre não permite caracterizar qualquer categoria taxinômica.The objective of this work is to analyze the variation that occurs in natural communities which are represented by the Miltonia species (Orchidaceae-Oncidieae). Among the methods of analysis of evolution process in wild populations, the recognition and the description of the types of variation that occurs in these populations are the basis for the studies of the population fragmentation and the diversification. The genus Miltonia Ldl. was chosen as the material, because a great number of this genus are found in Brazil in the different phytogeographical and ecological areas. The material used consist of 149 specimens collected by the members of Institute of Genetics, in the Southeast region of Brazil. Analyses were made in order to assess and describe the types of intraspecific variation in the different phytogeographical and ecological regions. The distribution area of M. flavescens (Ldl.) Ldl. was subdivided into five regions, and the region 5 was considered to be specially phytogeographic in the Southeast region of Brazil. The distribution area of M. regnellii Reichb. f. was subdivided into three regions, but that of M. anceps Ldl. could not be subdivided because this species is distributed over a very small and phytogeographically uniform area. Twelve characters were chosen for analysis of variation of these species because of their taxonomic values in the classification of orchids. Mean, standard-deviation, coefficient of variation and linear regression were estimated for each character in order to see if the variations are regular or not. Mean and confidence interval of the various characters in the region 5 were estimated and compared with the observed mean in this region. Regarding M. flavescens (Ldl.) Ldl., it was shown that length of pseudobulb, leaf, dorsal sepal, ventral sepal, petal and labellum were clines, and that width of pseudobulb, leaf, dorsal sepal, ventral sepal, petal and labellum, have the same tendency of the variation of clines, though the variations of these characters are not linear. For twelve characters of M. flavescens (Ldl.) Ldl., the variations are apt to increase gradually in South-North direction of the distribution area. Small dimensions of the characters were observed in the specimens from the Northwest region of State of Rio Grande do Sul and from the Northeast of Paraguay, and those large dimensions from State of Espírito Santo. No correlation was found between the clinal variation of M. flavescens (Ldl.) Ldl. and the variation of its chromosome number. This species shows aneuploidy variation that is not related with the regions of distribution. Regarding the region 5 (South of State of Bahia and North of State of Espírito Santo), the data confirmed the phytogeographical and ecological originality of this region. Above all, the different flowering periods of the specimens of this region indicate that there exist population fragmentation and consequent diversification. Regarding the labellum form, a great variation was found in the regions 2 (State of S. Paulo) and 5 (State of Bahia), and a small variation in the region 3 (State of Rio de Janeiro). These results are different from those obtained by MARTINS (1967) in M. spectabilis Ldl. In relation to M. regnellii Reichb. f., it was shown that width of pseudobulb, length of leaf and dorsal sepal, length and width of petal and labellum are clines. The first two characters, i.e., width of pseudobulb and leaf length increase gradually in South-North direction of the distribution area. However, on the contrary, the others decrease gradually in the same direction. Width of leaf and dorsal sepal, and length and width of ventral sepal, with the exception of pseudobulb length that shows an irregular variation, have the same tendency of clines that decrease in South-North direction of the distribution area. The only exception was leaf width that shows the tendency of increase in the same direction. No correlation was found between the clinal variation of M. regnellii Reichb. f. and its chromosome number. Regarding the labellum form, the variation was uniform in the three regions. The tendency of clinal variation in the species studied, with the exception of eight characters of M. regnellii Reichb. f., is the same as that found by MARTINS (1967) in M. spectabilis Ldl.. This suggests that the same ecological gradient existent in South-North direction in the Southeast region of Brazil may be responsible for existence and maintenance of the clines. The gradient must have relations with temperature and precipitation in the Southeast region of Brazil, though we have no precise ecological data of this region at hand. It was observed that M. anceps Ldl. has the smallest morphological variability in the genus Miltonia Ldl.. No variation in chromosome number was observed in this species. The results obtained through the analysis of variation indicate that, in the Miltonia species, there exists a tendency of population fragmentation according to the type of variation. It was demonstrated that marginal populations are diversifying and that the different flowering period is one of the indications of the isolation mechanism. The data confirmed that the region 5 is a center of speciation in the Southeast region of Brazil. This center may be more active than the region of State of Rio de Janeiro where SMITH (1962) considered to be a center of speciation of the Atlantic coast evergreen forest. Regarding taxonomy of the groups studied the data obtained through the variation analysis indicate as follows: a) in M. flavescens (Ldl.) Ldl., the specimens from the region 5 which are situated in the extremity of the clinal variation must be taken into consideration to be the sympatric semispecies, according to the GRANTs classification of population systems; b) M. quadrijuga Dus. & Kränz. and the varieties M. flavescens stellata Regel and M. flavescens grandiflora Regel must be solely classified as M. flavescens (Ldl.) Ldl., because they are situated within the same amplitude of the clinal variation of this species; c) in M. regnellii Reichb. f., the variety citrina, though it may be situated in the extremity of the clinal variation, must be maintained because this variety possesses various phenotypical characters that enable it to be more distinguished from the rest of population system; d) in M. anceps Ldl., the irregular variation observed does not permit to characterize any taxon

    Dormência das sementes de 7 espécies e 3 variedades do gênero Stylosanthes Sw. (Leguminosae-Papilionoideae)

    No full text
    Seeds of S. capitata Vog., S. macrocephala M.B. Ferr. et S. Costa, S. scabra Vog., S. grandifolia M.B. Ferr. et S. Costa, S. humilis H.B.K., S. gracilis H.B.K., S. viscosa Sw. and s. guianensis (Aubl. ) Sw. varieties: microcephala M.B. Ferr. et S. Costa, canescens M.B. Ferr. et S. Costa and vulgaris M.B. Ferr. et S. Costa were utilized in 3 experiments of laboratory to determine the percentage of dormancy and index of germination considering only the temperature factor. A high degree of dormancy was evidenced in the results, refleted in a low index of germination.Sementes de S. capitata Vog., S. macrocephala M. B. Ferr. et S. Costa, S. scrabra Vog., S. grandifolia M. B. Ferr. et S. Costa, S. humilis H. B. K., S. gracilis H. B. K., S. viscosa Sw. e S. guianensis, (Aubl.) Sw. variedades: microcephala M. B. Ferr. et S. Costa, canescens M. B. Ferr. et S. Costa e vulgaris M. B. Ferr. et S. Costa, foram utilizadas em 3 experimentos, em laboratório, para determinar a porcentagem de dormência e índice de germinação, considerando apenas o fator temperatura. Um forte grau de dormência foi evidenciado nos resultados, refletindo-se num índice muito baixo de germinação
    corecore