5 research outputs found

    Aspectos do ciclo de vida da espécie invasora Cordylophora caspia (Cnidaria) no reservatório da Usina Hidrelétrica Governador José Richa, Rio Iguaçu, Paraná

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    Orientadora: Maria Angelica HaddadCoorientador: Carlos Eduardo BelzMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Ciências BiológicasResumo : A introdução, estabelecimento e conseqüências negativas de espécies ocorrendo em uma área fora de seu limite natural, historicamente conhecido, podem ser definidos como invasões biológicas. Um organismo aquático invasor encontrado recentemente no estado do Paraná e que vem causando grandes prejuízos econômicos, é o hidrozoário colonial Cordylophora caspia. Por sua grande capacidade de adaptação, reprodução, e por conseguir invadir uma gama de ambientes, ajustando suas necessidades ecológicas e fisiológicas, pode ser considerado um animal potencialmente invasor. Com o objetivo de estudar aspectos do ciclo de vida da espécie, placas de acrílico foram introduzidas no reservatório da usina Governador José Richa, localizada no Rio Iguaçu, Paraná. Os resultados mostram um ciclo de vida sazonal para a espécie, sendo observada a regressão-regeneração, com maior crescimento durante a primavera, quando os valores de porcentagem de cobertura, densidade das colônias, altura de polipeiros e estruturas reprodutivas encontram-se máximos. A regressão das colônias ocorre no início do inverno quando perdem seus pólipos, e todos os demais valores também se apresentam mais baixos. A utilização de substrato artificial mostrou-se eficiente para o estudo de aspectos do ciclo de vida da Cordylophora caspia. Os resultados obtidos podem melhorar o conhecimento sobre o ciclo de vida da espécie, sendo possível com isso discutir mecanismos de dispersão, prever as épocas mais adequadas de manutenção dos equipamentos de usinas hidrelétricas e servirem como base para posteriores estudos relacionados

    Limnoperna fortunei(Bivalvia:Mytilidae) e o setor elétrico brasileiro : distruibção, impactos, estudo de caso da dispersão no Rio Iguaçu e teste de protocolo de uso de larvas na caracterização do perfil genético de populações

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    Orientador : Prof. Dr. Walter Antônio Pereira BoergerDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Defesa: Curitiba, 24/07/2014Inclui referênciasArea de concentração: ZoologiaResumo: As invasões biológicas têm sido reconhecidas como uma das ameaças de alto impacto aos ecossistemas naturais. Os ambientes mais susceptíveis à introdução acidental de espécies são regiões estuarinas e lagos, pois muitas das espécies exóticas e potencialmente invasoras são organismos aquáticos. Os bivalves de água doce, em particular, apresentam a maioria dos atributos necessários para a colonização de novos ambientes. Um bivalve de grande interesse é o mexilhão dourado Limnoperna fortunei. Originário da Ásia e introduzido na América do Sul em 1991 na Argentina, em pouco tempo se disseminou entre as bacias hidrográficas deste país, do Paraguai, Uruguai, Bolívia e Brasil, com limite de distribuição ao norte registrado na região de Cáceres, Mato Grosso, Brasil. A Bacia Amazônica ainda não apresenta registro do mexilhão dourado. A chegada da espécie na região deverá promover sérios impactos ambientais e econômicos, e sua ocorrência certamente não passará despercebida. O setor mais afetado pela proliferação do mexilhão dourado é o setor elétrico, atualmente, a espécie está presente em 36 usinas hidrelétricas brasileiras, e outras 52 apresentam risco de invasão no período de um ano. Somadas, resultam em aproximadamente 56% da potência instalada total de usinas hidrelétricas no Brasil. Se considerarmos ainda os prejuízos que o mexilhão dourado potencialmente pode gerar a outras fontes de geração de energia que utilizam água para a própria geração e para resfriamento de equipamentos, como as pequenas centrais hidrelétricas (PCH), as usinas termelétricas (UTE) e as usinas termonucleares (UTN), os impactos serão extremos e imprevisíveis. As ferramentas moleculares são de extrema importância para elucidar questões de rotas de invasão e detectar precocemente estágios larvais de L. fortunei. Neste estudo, é proposto um protocolo de utilização de larvas no estudo do perfil genético de populações, permitindo estudar a espécie em regiões de difícil acesso às populações adultas e entender de forma mais aprofundada os processos de invasão. Palavras chave Fouling, bioinvasão, mexilhão dourado, incrustação, protocolo molecular.Abstract: Biological invasions are recognized as one of the major threats to natural ecosystems. Ecosystems that are more susceptible to accidental introduction of species are estuarine regions and lakes, since many of the exotic and potentially invasive species are aquatic organisms. Freshwater bivalves, in particular, present most of the attributes required to colonize and invade new environments. A bivalve of great interest is the golden mussel, Limnoperna fortunei. Originally from Asia and introduced in South America in 1991, this species soon spread throughout the watersheds in this country, Paraguay, Uruguay, Bolivia and Brazil, reaching the region of Caceres, Mato Grosso, Brazil. The Amazon Basin still has no record of the golden mussel. The arrival of the species in the region should promote serious environmental and economical impacts, and its occurrence certainly will not go unnoticed. The sector most affected by the proliferation of the golden mussel is the electricity-production sector. Currently, 36 Brazilian power plants present the species, and 52 others are at risk of invasion within one year. Together, these power plants represent approximately 56% of the total installed capacity of hydroelectricity in Brazil. If we also consider the damage that the golden mussel can potentially generate to other sources of power generation that use water to generate power and cooling equipment, such as small hydropower, thermal power plants and the thermonuclear plants, the impacts will be unpredictable and extreme. Molecular tools are extremely important to elucidate issues such as invasion routes and to early detect L. fortunei larval stages. In this study, we proposed a protocol to use larvae to determine the genetic profile of populations of the golden mussel, allowing study of the species in regions of difficult access to adult populations and a better understanding of the processes of invasion. Key words Fouling, bioinvasion, golden mussel, molecular protocol

    Ausência do mexilhão dourado invasor em um reservatório perto de Curitiba, Brasil: um possível caso de invasão malsucedida

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    Although most cases of non-native species introductions do not result in the final phases of the invasion process or in negative impacts, there are few reports of failure through their different stages, especially for unintentional introductions. However, unsuccessful invasion cases may help understand which factors are predominant during the invasion process. The golden mussel, Limnoperna fortunei, is an invasive species in South America. Since its first record in Río de la Plata watershed, it has spread and caused several ecological and economic impacts in different hydrographic basins. Based on larval sampling through conventional and molecular techniques and visual census by scuba diving, we report the absence of this invasive species after its occurrence recorded in 2003, at the Piraquara I reservoir, Upper Iguaçu River basin, Brazil. It is the only potential record of juvenile individuals of this species in a reservoir environment without their population establishment and spreading. Understanding the causes of failures in the invasion process may be crucial to avoid their negative impacts. In this context, the accuracy of non-native species records in new environments is fundamental; recording invasion failure of non-native species may be as important as reporting new occurrences.Keywords: Bivalvia, alien species, ecosystem engineers, invasiveness, naturalization, propagule pressure.Embora a maioria dos casos de introdução de espécies não-nativas não resulte nas fases finais do processo de invasão ou em impactos negativos, há poucos relatos de insucesso em suas diferentes etapas, especialmente para introduções não intencionais. No entanto, casos de invasão sem sucesso podem ajudar a entender quais fatores são predominantes durante o processo de invasão. O mexilhão dourado, Limnoperna fortunei, é uma espécie invasora na América do Sul e, desde seu primeiro registro na bacia do Prata, tem se espalhado e causado impactos ecológicos e econômicos em diferentes bacias hidrográficas. Com base em amostragens de larvas por meio de técnicas convencionais e moleculares e censo visual por mergulho autônomo, relatamos a ausência dessa espécie invasora após seu registro em 2003, no reservatório de Piraquara I, Bacia do Alto Rio Iguaçu, Brasil. Esse é o único potencial registro de indivíduos juvenis dessa espécie em ambiente de reservatório sem seu estabelecimento e propagação. A compreensão das causas de invasões malsucedidas pode ser crucial para prevenir seus impactos negativos. Assim, a precisão dos registros de espécies não nativas em novos ambientes é fundamental, e relatos de invasões malsucedidas de espécies não nativas podem ser tão importantes quanto o informe de novas ocorrências.Palavras-chave: Bivalvia, espécies exóticas, engenheiro ecossistêmico, invasão, naturalização, pressão de propágulos
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