40 research outputs found
Opinions, knowledge, and attitudes of health professionals on induced abortion: a review of Brazilian studies (2001-2011)
O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão das pesquisas brasileiras quantitativas e qualitativas sobre opiniões, conhecimentos e atitudes de profissionais da saúde sobre o aborto induzido publicadas entre 2001 e 2011. Admitiram-se publicações com amostras compostas por profissionais com quaisquer graus de formação. Os trabalhos foram categorizados segundo características metodológicas: abordagem dos dados, técnica e instrumento para coleta de dados, categorias profissionais incluídas, local da pesquisa, tamanho amostral e técnica de amostragem. Na etapa seguinte, categorizaram-se os temas centrais das pesquisas (por exemplo, aconselhamento genético e anticoncepção de emergência). Finalmente, categorizaram-se os resultados das pesquisas: conhecimento técnico e legal, perspectiva moral, opiniões sobre a lei, opiniões sobre o Sistema Único de Saúde, e atitudes hipotéticas e concretas. As publicações identificadas sugerem ampla aprovação dos casos de aborto atualmente permitidos por lei, mas larga rejeição da criminalização em casos de malformações fetais graves. A maioria das publicações relatou ter investigado profissionais de medicina (especialmente gineco-obstetras) ou de enfermagem, sendo poucos ou inexistentes dados sobre assistentes sociais e psicólogos. Não foram identificados quaisquer instrumentos apresentando dados mínimos de validade, análise de confiabilidade ou adaptação transcultural. Acredita-se que, no futuro, o desenvolvimento de instrumentos com essas qualidades possa facilitar a realização de novas pesquisas sobre esse tema, inclusive com maior abrangência e diversificação das categorias profissionais a serem estudadas.This paper reviews quantitative and qualitative Brazilian research published from 2001 to 2011 on opinions, knowledge, and attitudes of health professionals on abortion. We included publications with samples composed of professionals with some degree of training. The papers were categorized according to methodological characteristics such as data approach and technique and instrument for data collection, and professional categories such as research site, sample size, and sampling technique. Next, we categorized the main themes of research (e.g., genetic counseling and emergency contraception). Finally, we categorized the results of research on technical and legal knowledge, moral perspectives, opinions about the law, opinions about the National Health System, and hypothetical and concrete attitudes. The publications that were identified suggested broad approval of the abortion cases currently allowed by law but high rejection of criminalization in cases of serious fetal malformations. Most articles reported having investigated medical professionals (obstetricians-gynecologists) or nurses, with little or no data on social workers and psychologists. We have not identified any instruments providing minimum data validity, reliability analysis, or cross-cultural adaptation. We believe that, in the future, development of instruments with these qualities could facilitate the implementation of new research on this topic, including greater coverage and diversification of the professional categories to be studied
Opinions, knowledge, and attitudes of health professionals on induced abortion: a review of Brazilian studies (2001-2011)
This paper reviews quantitative and qualitative Brazilian research published from 2001 to 2011 on opinions, knowledge, and attitudes of health professionals on abortion. We included publications with samples composed of professionals with some degree of training. The papers were categorized according to methodological characteristics such as data approach and technique and instrument for data collection, and professional categories such as research site, sample size, and sampling technique. Next, we categorized the main themes of research (e.g., genetic counseling and emergency contraception). Finally, we categorized the results of research on technical and legal knowledge, moral perspectives, opinions about the law, opinions about the National Health System, and hypothetical and concrete attitudes. The publications that were identified suggested broad approval of the abortion cases currently allowed by law but high rejection of criminalization in cases of serious fetal malformations. Most articles reported having investigated medical professionals (obstetricians-gynecologists) or nurses, with little or no data on social workers and psychologists. We have not identified any instruments providing minimum data validity, reliability analysis, or cross-cultural adaptation. We believe that, in the future, development of instruments with these qualities could facilitate the implementation of new research on this topic, including greater coverage and diversification of the professional categories to be studied.O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão das pesquisas brasileiras quantitativas e qualitativas sobre opiniões, conhecimentos e atitudes de profissionais da saúde sobre o aborto induzido publicadas entre 2001 e 2011. Admitiram-se publicações com amostras compostas por profissionais com quaisquer graus de formação. Os trabalhos foram categorizados segundo características metodológicas: abordagem dos dados, técnica e instrumento para coleta de dados, categorias profissionais incluídas, local da pesquisa, tamanho amostral e técnica de amostragem. Na etapa seguinte, categorizaram-se os temas centrais das pesquisas (por exemplo, aconselhamento genético e anticoncepção de emergência). Finalmente, categorizaram-se os resultados das pesquisas: conhecimento técnico e legal, perspectiva moral, opiniões sobre a lei, opiniões sobre o Sistema Único de Saúde, e atitudes hipotéticas e concretas. As publicações identificadas sugerem ampla aprovação dos casos de aborto atualmente permitidos por lei, mas larga rejeição da criminalização em casos de malformações fetais graves. A maioria das publicações relatou ter investigado profissionais de medicina (especialmente gineco-obstetras) ou de enfermagem, sendo poucos ou inexistentes dados sobre assistentes sociais e psicólogos. Não foram identificados quaisquer instrumentos apresentando dados mínimos de validade, análise de confiabilidade ou adaptação transcultural. Acredita-se que, no futuro, o desenvolvimento de instrumentos com essas qualidades possa facilitar a realização de novas pesquisas sobre esse tema, inclusive com maior abrangência e diversificação das categorias profissionais a serem estudadas.91693
Association Of Anticardiolipin Antibody And C677t In Methylenetetrahydrofolate Reductase Mutation In Women With Recurrent Spontaneous Abortions: A New Path To Thrombophilia?
Recurrent spontaneous abortion (RSA) has been associated with venous thrombosis in the mother. Acquired and inherited thrombophilia factors are possible causes. To evaluate the association between thrombogenic factors and recurrent spontaneous abortion. Case-control study. Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas. 40 ml of blood was collected from 88 women attending an RSA clinic and 88 fertile women attending a family planning clinic, to evaluate the presence of acquired and inherited thrombophilia factors. Anticardiolipin antibodies (ACA), lupus anticoagulant and deficiencies of proteins C and S and antithrombin III were evaluated by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA), dilute Russell Viper Venom time (dRVVT), coagulometric and chromogenic methods. DNA was amplified by the polymerase chain reaction (PCR) to study factor V Leiden and G20210A mutations in the prothrombin gene and C677T mutation in the methylenetetrahydrofolate reductase (MTHFR) gene. Data were analyzed using odds ratios and a regression model for age adjustment. Fishers exact test was used to evaluate statistical relationships between associated factors and RSA. ACA was detected in 11 women with RSA and one fertile woman. Heterozygous C677T was detected in 59 women with RSA and 35 fertile women. Concomitant presence of ACA and C677T was found in eight women with RSA and no fertile women (p < 0.01). The meaning of the association between C677T mutation in the MTHFR gene and ACA is still not clear. It is possible that an inherited factor that alone would not strongly predispose a woman to thrombosis could, when associated with an acquired factor, start the process and increase the likelihood of thrombosis expression. ACA and C677T in the MTHFR gene are statistically associated with RSA. The association of these two conditions is a new finding in thrombogenic factors and RSA.12315-2
Cervical bacterial colonization in women with preterm labor or premature rupture of membranes
PURPOSE: to study cervical colonization in women with preterm labor or premature rupture of membranes. METHODS: two hundred and twelve pregnant women with preterm labor or premature rupture of membranes were studied. Two cervical samples from each woman were collected and bacterioscopy and culture were performed. Association of cervical microorganisms and urinary tract infection, chorioamnionitis, fetal stress, antibiotic use, prematurity, neonatal infection, and neonatal death were evaluated. RESULTS: the prevalence of endocervical colonization was 14.2% (CI95%=9.5-18.9%), with similar results in preterm labor or premature rupture of membranes. Group B streptococcus was the most prevalent organism (9.4%). Other organisms isolated were Candida sp, Streptococcus sp, Streptococcus pneumoniae, Escherichia coli and Enterococcus sp. The most common findings of bacterioscopy were a reduced number of lactobacilli and a great number of leukocytes. Endocervical colonization was associated with a higher occurrence of urinary tract infection (23.8 versus 5.4%; p<0.01), early-onset neonatal infection (25.0 versus 7.3%; p<0.01) and neonatal mortality (two cases in colonized women; p<0.02) when compared with a negative culture of endocervical mucus. CONCLUSIONS: this study showed high prevalence of endocervical colonization despite the use of a nonselective culture media. The main microorganism isolated was group B streptococcus, but other organisms were present in one third of the studied population. More studies are needed to evaluate the influence of endocervical colonization on obstetrical outcome and on neonatal infection and mortality.OBJETIVO: estudar a colonização bacteriana do canal cervical em gestantes com trabalho de parto prematuro ou com ruptura prematura de membranas. MÉTODOS: foram avaliadas 212 gestantes com trabalho de parto prematuro ou ruptura prematura de membranas. Na admissão hospitalar foram coletadas duas amostras do conteúdo endocervical e realizadas bacterioscopia e cultura em meios ágar sangue e ágar chocolate. Foram analisadas associações da colonização endocervical com infecção do trato urinário materno, corioamnionite, utilização de antibióticos, sofrimento fetal, prematuridade e infecção e óbito neonatais. RESULTADOS: a prevalência de colonização endocervical foi 14,2% (IC95%=9,5-18,9%), com resultados similares entre os casos com trabalho de parto prematuro ou ruptura prematura de membranas. O microorganismo mais prevalente na população estudada foi o estreptococo do grupo B (9,4%), sendo também isolados Candida sp, Streptococcus sp, Streptococcus pneumoniae, Escherichia coli e Enterococcus sp. Das bacterioscopias analisadas, os achados mais freqüentes foram baixa prevalência de bacilos de Döderlein e elevado número de leucócitos. Em mulheres colonizadas, houve maior prevalência de infecção do trato urinário (23,8 versus 5,4%; p<0,01), infecção neonatal (25,0 versus 7,3%; p<0,01) e óbito neonatal (dois casos entre as colonizadas; p<0,02), quando comparadas às não colonizadas. CONCLUSÕES: observou-se alta prevalência de colonização endocervical, mesmo sem a utilização de meios de cultura seletivos. O estreptococo do grupo B foi o principal microorganismo isolado, reforçando a necessidade de triagem deste agente na gestação. Um terço das culturas positivas ocorreram por outros agentes. Estudos complementares são necessários para esclarecer a importância destes achados bacteriológicos no canal endocervical e sua associação com complicações gestacionais, sepse e mortalidade neonatais.39339