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    Portefólios reflexivos: trajetórias de aprendizagem profissional prática de educadores de infância

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    Nesta comunicação procura-se apresentar e discutir, através da voz de estagiários de educação de infância, as aprendizagens profissionais construídas durante a Prática de Ensino Supervisionada (PES) realizada no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar na Universidade do Minho em Braga, Portugal. No decurso da PES, os estagiários constroem um portefólio reflexivo a partir das vivências e dos significados atribuídos no quotidiano das práticas em salas de creche e de jardim-de-infância. A análise e interpretação dos portefólios reflexivos, que se apresenta, torna possível conhecer o trajeto das aprendizagens pessoais e profissionais dos estagiários. Segundo Sá- Chaves «o portfólio tem uma função simultaneamente estruturante, organizadora da coerência e uma função reveladora, desocultadora e estimulante nos processos de desenvolvimento pessoais e profissionais» (1998, p. 140) A complexidade da profissão docente e os desafios que a realidade educativa, sempre em transformação envolvem aponta para a necessidade de uma abordagem de formação reflexiva dos professores e educadores, ressaltada a partir dos trabalhos de Schon (1998), e para a emergência de novos instrumentos, como o portefólio reflexivo, capaz de favorecer a articulação entre o conhecimento teórico e o conhecimento que emerge da prática através de processos reflexivos. O portefólio é entendido não apenas como um instrumento que estimula o pensamento reflexivo do professor, mas também como uma oportunidade para documentar, registar e estruturar os procedimentos e a própria aprendizagem (Sá-Chaves, 2000). Ao acompanhar o processo de aprendizagem do futuro educador/professor o portefólio vai mostrando, através das evidências nele incluídas e refletidas, as transformações que vão acontecendo ao nível da sua ação e do seu pensamento, os constrangimentos sentidos, as conquistas e sucessos conseguidos, o seu processo de crescimento pessoal e profissional. O carácter singular que assume cada um destes aspetos no portefólio de cada formando faz dele um documento pessoal e único. (Sá-Chaves, 2000, 2005).CIEC - Centro de Investigação em Estudos da Criança, IE, UMinho (UI 317 da FCT), Portugal; Fundos Nacionais através da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI) com a referência POCI-01-0145-FEDER-007562info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Reciclando vidas : a força de empreendimentos solidários na integração social pelo trabalho = Recycling lives : the strength of solidarity enterprises in social integration through work

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    O desemprego e a consequente multiplicação de pessoas em situação de vulnerabilidade social no Brasil das décadas de 80 e 90 do século XX contribuíram para uma crescente importância da economia solidária e seu reconhecimento político- -institucional. Este sistema económico alicerça-se em práticas produtivas autogestionárias baseadas na participação e cooperação dos atores envolvidos, visando à satisfação das suas necessidades. O objeto de análise deste artigo é uma associação cuja missão consiste em integrar socialmente indivíduos por via do trabalho. Através de uma abordagem metodológica de cariz intensivo, caracteriza-se a organização por referência a uma tipologia de empreendimentos da economia solidária e demonstra-se o poder inclusivo do trabalho desenvolvido pela associação, que absorve mão de obra, qualificando-a e dignificando-a.Unemployment and the consequent growth of socially vulnerable people in Brazil during the 1980s and 1990s have contributed to increase the importance of solidarity economy as well as to its political-institutional recognition. This economic system rests on self-managed production and is based on participation and cooperation. Its aim is to satisfy the needs of all actors involved. This article focuses on an association whose mission is to socially integrate individuals through work. By means of an intensive methodological approach, the organization is characterized by using a typology of social entrepreneurship. The analysis also demonstrates the power of the work of inclusion carried out by the association, which takes in manpower to subsequently qualify it and give it dignity

    Avaliação na Educação de Infância: Construindo Portefólios de Aprendizagem

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    A avaliação é uma componente essencial do processo educacional. A avaliação na educação de infância deve possuir algumas características que assegurem que os procedimentos efetuados tenham em conta a idade e as características desenvolvimentais das crianças, a articulação e integração do currículo e a visão da criança como uma pessoa com competência que participa ativamente na construção do conhecimento (Mallaguzzi, 1999, Oliveira-Formosinho, 2002). Assim, a avaliação na educação de infância distancia-se da conceção de avaliação tradicional, centrada mais nos resultados do que nos processos, subentendendo um novo olhar sobre o modo de conceber a avaliação. Esta compreensão da avaliação pressupõe a apreciação do percurso de aprendizagem da criança através de procedimentos que tenham em conta a atividade do dia-a-dia do jardim-de-infância (McAfee e Leong, 2006), podendo envolver, entre outros, a observação e escuta sistemática da criança a trabalhar e a jogar, a escuta da criança quando descreve as suas realizações revelando o seu pensamento, a observação das estratégias que usa para a resolução de problemas, a documentação da aprendizagem da criança através de procedimentos diversos, etc. É competência do educador de infância não apenas construir e gerir o currículo mas, também, definir e desenvolver um sistema de avaliação compreensivo, coerente com as conceções de educação, com a imagem de criança e de ensino e aprendizagem em que acredita. Em Portugal tem-se vindo a assistir a uma trajetória de mudança desde o não reconhecimento da relevância da avaliação para a educação de infância (Parente, 2004) até ao reconhecimento da avaliação como uma competência integral do trabalho do educador/professor e como um dispositivo para melhorar a qualidade e a equidade da educação (Cardona e Guimarães, 2012; OECD, 2012). Contudo desafios consideráveis continuam a existir no âmbito da avaliação na educação de infância, nomeadamente a necessidade de clarificação do conceito e da perspetiva de avaliação formativa assumida como prioridade e prática efetiva, a explicitação da coerência com os princípios de uma abordagem curricular de cariz construtivista centrada na criança competente que se envolve ativamente na construção de conhecimento e, ainda, a identificação de estratégias e procedimentos consistentes com as opções tomadas pelos educadores. É com este enquadramento que a formação em contexto se apresentou como uma oportunidade para promover o desenvolvimento profissional da educadora participante no estudo e para a criação de um contexto educativo de mais qualidade para favorecer as aprendizagens das crianças (Oliveira-Formosinho, 2001).CIEC - Centro de Investigação em Estudos da Criança, IE, UMinho (UI 317 da FCT), Portugal; Fundos Nacionais através da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) e cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI) com a referência POCI-01-0145-FEDER-007562info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Economic sustainability models in Portuguese Social Organisations: mobilisation and market resistance

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    Economic sustainability - as a concept that embodies the balance between efficiency in the execution of a mission and the ability to mobilise and obtain resources for its fulfilment - currently materialises one of the main challenges of social organisations. From a theoretical point of view, the approaches of social entrepreneurship (e.g. Dees, 1998) and social innovation (e.g. Mulgan, 2012), tend to target the professionalisation of the management of non-profit organisations, justified, among other aspects, by the need to diversify financing models. The social enterprise model has been gaining some robustness in Anglo-Saxon countries, demonstrating the success of hybrid financing models. Using a mixed methodology, the models of economic sustainability of Portuguese social organisations were analysed, trying to understand how they relate to the representations of leaders on social innovation, focusing attention on the Portugal Social Innovation Mission Unit (EMPIS), a "public initiative aimed at promoting social innovation and stimulating the social investment market in Portugal and mobilising around 150 million euros from the European Social Fund, under the Partnership Agreement with the Portuguese State" (Portugal Inovação Social, 2015). The research carried out analysed the narratives expressed in 16 interviews with leaders of social organisations at grassroots, representative (sectorial, regional and national) and political levels regarding economic sustainability, creating a system of categories that allowed the identification of management trends on the evolution of sustainability models in recent decades. Based on this categorisation, an online survey was created and answered by 150 leaders of social organisations at grassroots level. It was concluded that social organisations tend to use a strategy of greater diversification of sustainability sources to mitigate the risks of dependency on a single source of financing. Simultaneously, it was found that although the number of financial support opportunities for organisations has increased and diversified, there is a significant number of organisations that continue to consider the opportunities to be scarcer. It was also concluded that the participation of the organisations surveyed in public programmes to foster hybrid models is low

    Transformative communication radar: practices, action and praxis communication in solidarity economy networks in Portugal and Catalonia

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    This article explores the transformational character of solidarity economy network communication in Portugal and Catalonia, focusing on the first two months of the crisis brought on by COVID-19. We assume that what these networks choose to convey (or remain silent on) in their public communications reflects their positions in the fields of action and values and their theoretical alignment, establishing an ethico-political orientation. Through the analysis of virtual content conveyed by solidarity economy organisations, we analyse the topics covered, the types of content and sources cited, and the level of demand in the discourse, as well as their individual, institutional and collective character. The results reveal very different commu-nicative approaches in each of the cases analysed: from silence or total absence of communi-cative practices to what can be considered a transformational praxis communication, based on collective action challenging the structures of power and domination and pointing out ways to overcome them. The article proposes a transformative communication radar linking Haber-mas's theory of communicative action and Fuchs's Marxist-inspired praxis communication con-cept, as a way of distinguishing merely instrumental communicative approaches from those guided by communicative and cooperative rationality driving new agreements and societal transformations

    The coaching process seen from the daily (and controversial) perspective of experts and coaches

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    Purpose – The purpose of this paper is to analyze the coaching process as perceived by experts and coaches, addressing its routine aspects and areas that are object of dissent in the organizational field. Design/methodology/approach – Qualitative research conducted through interviews with 20 experts and coaches who work in Portugal. Findings – Lack of consensus on conceptual approaches, few demands from organizations for concrete results, and elitism due to its selective use for high-level professionals. There is an expectation of companies that adopt a “coaching culture,” which includes participative actions, dialogue and humanization of relationships. There are benefits for organizations and professionals that result from its application, which raises care in considering it just another management fad. Originality/value – Professionals and organizations are increasingly adopting coaching processes, but there are few academic studies, with a scientific view, and more rarely from the perspective of practitioners (coaches). Hence, this topic lacks a more accurate approach, to better understand its application and extend the debate on controversial aspects, in order to make the discussion on its value more consistent

    From incubation to sustainability: a case-study of graduated companies in Portugal

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    The purpose of this article is to discuss business incubators as a new way to boost companies and create jobs in a very competitive economic context. From a sociological perspective inspired by concepts such as those of "network" and "social capital", we analyze the entrepreneurial ecosystem as an instrument to overcome challenges during post-incubation. A qualitative research based on a multiple case-study in companies formerly incubated at the Science and Technology Park of the University of Porto (UPTEC) was conducted to analyze the impact of incubation on graduation and growth. The research objective was to understand the importance of business incubators for business sustainability. Our findings show that companies from the UPTEC were strengthened during incubation, particularly as a result of available low-cost services and the reproduction of their networking context through the implementation of business communities after incubatio
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