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    História das disciplinas e do currículo como base para a escrita da história do ensino secundário no Brasil

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    This article falls into History of Education and focuses the history of school in its singularity, features, inner relations and practices. Some researchers have undertaken the task to write the history of curriculum practices in secondary education schools in Brazil. They have turned to many resources, being the richest ones nation and department laws that make up the prescribed curriculum, supplemented by the discussions that triggered, caused or altered them. Their analyses state that, for long decades, curriculum prescriptions and practices provided in that teaching level marked the tension between two proposals of schoolwork organization and curriculum, a humanist proposal versus a scientitic proposal.Este artículo se encuadra en el campo de la Historia de la Educación, y focaliza la historia de la escuela en su singularidad, en sus características, relaciones internas y prácticas. Varios otros investigadores vienen asumiendo la tarea de escribir la historia de las prácticas curriculares de las instituciones de Enseñanza Secundaria en Brasil, apoyados en múltiples fuentes de las cuales, las más desarrolladas han sido, la legislación nacional y estadual que componen el currículo prescrito, complementadas por los debates que las generan, provocan o alteran. Los análisis más usuales coinciden en la explicitación de que por muchas décadas, las prescripciones y, ciertamente, las prácticas curriculares, en las instituciones que administraban ese nivel de enseñanza, trajeron la marca de una oposición entre dos propuestas de organización de trabajo escolar y de currículo: la propuesta humanista y la propuesta científica.Este artigo se insere no campo da História da Educação e focaliza a história da escola na sua singularidade, em suas características, relações internas e práticas. Vários outros pesquisadores vêm assumindo a tarefa de escrever a história das práticas curriculares dos estabelecimentos de Ensino Secundário no Brasil, ancorados em múltiplas fontes das quais as mais fecundas têm sido a legislação nacional e estadual que compõem o currículo prescrito complementadas pelos debates que as geraram, provocaram ou alteraram. As análises daí decorrentes coincidem na explicitação de que por muitas décadas, as prescrições e, certamente, as práticas curriculares, nos estabelecimentos que ministravam esse nível de ensino, trouxeram a marca de um embate entre duas propostas de organização do trabalho escolar e do currículo: a proposta humanista e a proposta científica

    Conversando sobre investigações e relações entre escola, currículo e cultura

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    Este artigo expõe uma "conversa" sobre história do currículo de como a autora tem transitado de dois dos muitos lugares possíveis que estudam a cultura material da escola nas pesquisas em que está envolvida, tentando captar a história do currículo em suas expressões materiais mais comuns na história da escola: os livros e os cadernos escolares; e analisando, na história de "instituições escolares exemplares", os edifícios escolares como a expressão mais visível de um projeto de currículo. Inicialmente são pontuadas algumas questões sobre a polissemia das palavras currículo e cultura e sobre como os referenciais teóricos que assumo conduziram a investigações sobre escola e cultura escolar para estudar a história do currículo, enfrentando as particularidades escolares sem perder de vista a totalidade histórica. Analisando os resultados de uma investigação sobre os edifícios de "escolas exemplares" e outra sobre cadernos escolares de normalistas, conclui-se que tanto a análise dos edifícios de instituições escolares exemplares quanto o mergulho nos detalhes de cadernos escolares permitem captar a história do currículo em suas expressões materiais, identificando as marcas dessa história na "exemplaridade" expressa na monumentalidade dos edifícios, na seletividade dos processos de admissão dos alunos; no grau de exigência; na "excelência" dos professores; no respeito que cercava a relação dos alunos com seus professores; e no processo de negociação que se percebe nas anotações dos cadernos.This paper presents a "talk" about the history of curriculum showing how the author has been going through two of the several possible places that study the school material culture in the researches she has been carrying out, trying to grasp the history of curriculum in its most ordinary material expressions in the school history: the books, the notebooks, and analyzing, in the history of "exemplary schools", the school buildings as the most visible expression of a curriculum project. Firstly some questions about the polysemy of the words curriculum and culture are pointed up, and how the theoretical references that I assume led to investigations about the school and the school culture to study the history of curriculum, facing the school particularity without losing the sight of the historical totality. Analyzing the results of an investigation about the buildings of "exemplary schools" and another one about the notebooks of normal school students, the author concludes that both analyses, the exemplary schools buildings and the deep study of the details found in the notebooks, allow the comprehension of the history of curriculum in its material expressions, identifying this history marks in the exemplarity shown in its buildings monumentality, in the selective processes in the admissions, in its high degree of requirement, in the "excellence" of its teachers, in the respect among teachers and students, and the process of negotiation that can be noticed on the notes written in the notebooks

    História Comparada do Ensino Secundário: renovação da historiografia por comparações, transições, massificações e traduções

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    Este dossiê ancora-se em resultados organizados pela pesquisa Ensino Secundário no Brasil em Perspectiva Histórica e Comparada (1942-1961), informados pela focalização nos processos de implantação, expansão e organização, no período de 1931 (Reforma Francisco Campos) a 1971 (Lei 5692 de 1971), do Ensino Secundário em instituições públicas e privadas, distribuídas por estados brasileiros, e; em projeções endereçadas pela pesquisa Por Uma Outra Historiografia do Ensino Secundário (1931 a 1961): estudos comparados como ferramenta de construção, ambas orientadas pela perspectiva de outras escritas acerca das percepções dos deslocamentos, das transformações, das construções de modelos e tipologias, bem como da identificação de continuidades e descontinuidades, semelhanças e diferenças na história dos diferentes ensinos secundários “regionalizados ou estadualizados”

    Tempos, espaços e organização do trabalho escolar em três expressões de governos autoritários brasileiros: 1931, 1961 e 1971 - estudo histórico-jurídico comparado do Ensino Secundário

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    O Brasil viveu longo período de autoritarismo, iniciado com o governo provisório de Getúlio Vargas, transformado no Estado Novo em 1937, interrompido por uma “ilha” de democratização (1945-1964), que atingiu o auge com a ditadura civil-militar (1964-1985). Três marcos na legislação para o ensino secundário possibilitam a problematização das relações entre educação e ditaduras: “Reforma Francisco Campos” (1931); a Lei 4.024 de 1961 (LDB), e a Lei 5.692 de 1971. Cada uma delas explicitou e induziu diretrizes curriculares que alteraram a organização do espaço, do tempo e do trabalho escolar nas escolas. Este texto ancora-se no estudo e na análise de um dos períodos da história da educação brasileira conhecido como História da escola pública propriamente dita, particularmente, nas etapas de regulamentação nacional do ensino e do ideário pedagógico renovador (1931-1961), e no início da unificação normativa da educação nacional e da concepção produtivista de escola (1961). Para tanto, parte-se da hipótese de que, no Brasil, o equilíbrio entre essas etapas estava associado à necessidade de alargamento da base social de apoio, de consolidação dos alicerces, de fundação da mentalidade das novas gerações nos princípios da educação cívica, possível apenas por meio de um programa educativo racionalmente concebido e sistematicamente implementado e sustentado, o ensino secundário. Dito de outra forma, a questão da moralidade em asso­ciação estreita com o civismo, a solidariedade social, a disciplina e a ordem, a justiça, o patriotismo. Conclui-se que o tempo, o espaço e a organização do trabalho escolar, no conjunto das medidas adotadas na organização do ensino secundário, asseguravam a instituição e a comunicação de diferentes signos e significados no mercado simbólico e alimentavam uma sistemática de inspeção para alcançar os níveis mais altos de racionalidade, controle e eficácia característicos dos períodos de autoritarismo. 

    Docência no Ensino Secundário Durante a Reforma Capanema: Um Recorte Regional e Disciplinar (1942-1961)

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    Este trabalho focaliza a história da docência no Ensino Secundário, durante a vigência da Lei Orgânica do Ensino Secundário, Decreto-lei Nº 4.244, de 9 de abril de 1942 (1942-1961), e apresenta características da formação e do aperfeiçoamento dos professores de línguas estrangeiras modernas dos estabelecimentos de ensino secundário na parte sul do estado de Mato Grosso, nesse período. Trata-se de uma pesquisa histórico- documental tendo como fontes: teses e dissertações sobre ensino secundário na região e documentação acessada nos Arquivos Digitalizados da Escola Estadual Maria Constança Barros Machado e nos arquivos do Professor José Pereira Lins, armazenados no CDR (Centro de Documentação Regional) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). As análises confirmaram que os professores de línguas estrangeiras na região e no período estudados não tinham formação docente caracterizados como “professores leigos”. Por exigências legais, obtiveram registro de professores após cursos da C.A.D.E.S e aprovação nos exames de suficiência. Conclui-se que a proposta de “profissionalizar” a docência no ensino secundário explicitada na Reforma Francisco Campos em 1931, que se completaria com a formação pelas Faculdades de Educação Ciências e Letras, foi muito lenta e desigual nas várias regiões do país

    Conversando sobre investigações e relações entre escola, currículo e culturaA “talk” about investigation and relationship school, curriculum and culture

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    Este artigo expõe uma “conversa” sobre história do currículo de como a autora tem transitado de dois dos muitos lugares possíveis que estudam a cultura material da escola nas pesquisas em que está envolvida, tentando captar a história do currículo em suas expressões materiais mais comuns na história da escola: os livros e os cadernos escolares; e analisando, na história de “instituições escolares exemplares”, os edifícios escolares como a expressão mais visível de um projeto de currículo. Inicialmente são pontuadas algumas questões sobre a polissemia das palavras currículo e cultura e sobre como os referenciais teóricos que assumo conduziram a investigações sobre escola e cultura escolar para estudar a história do currículo, enfrentando as particularidades escolares sem perder de vista a totalidade histórica. Analisando os resultados de uma investigação sobre os edifícios de “escolas exemplares” e outra sobre cadernos escolares de normalistas, conclui-se que tanto a análise dos edifícios de instituições escolares exemplares quanto o mergulho nos detalhes de cadernos escolares permitem captar a história do currículo em suas expressões materiais, identificando as marcas dessa história na “exemplaridade” expressa na monumentalidade dos edifícios, na seletividade dos processos de admissão dos alunos; no grau de exigência; na “excelência” dos professores; no respeito que cercava a relação dos alunos com seus professores; e no processo de negociação que se percebe nas anotações dos cadernos. Palavras-chave História do currículo; Cultura escolar; Cadernos escolares; Edifícios escolares Abstract This paper presents a “talk” about the history of curriculum showing how the author has been going through two of the several possible places that study the school material culture in the researches she has been carrying out, trying to grasp the history of curriculum in its most ordinary material expressions in the school history: the books, the notebooks, and analyzing, in the history of “exemplary schools”, the school buildings as the most visible expression of a curriculum project. Firstly some questions about the polysemy of the words curriculum and culture are pointed up, and how the theoretical references that I assume led to investigations about the school and the school culture to study the history of curriculum, facing the school particularity without losing the sight of the historical totality. Analyzing the results of an investigation about the buildings of “exemplary schools” and another one about the notebooks of normal school students, the author concludes that both analyses, the exemplary schools buildings and the deep study of the details found in the notebooks, allow the comprehension of the history of curriculum in its material expressions, identifying this history marks in the exemplarity shown in its buildings monumentality, in the selective processes in the admissions, in its high degree of requirement, in the “excellence” of its teachers, in the respect among teachers and students, and the process of negotiation that can be noticed on the notes written in the notebooks. Keywords History of Curriculum; School culture; Notebooks; School building
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