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    Análisis estadístico de las decoraciones pintadas tupiguarani

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    Nos últimos anos a equipe do Setor de Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) concentrou esforços para reunir a (quase) totalidade das peças inteiras e dos fragmentos pintados Tupiguarani conhecidos em museus e coleções em um catálogo descritivo (Prous et al. 2017). Ao todo foram reunidas aproximadamente 500 vasilhas e cerca de 2.500 fragmentos assim decorados. Esse resultado foi possível pelo empenho de dezenas de pesquisadores de diferentes países que colaboraram com essa obra. Verificamos rapidamente que havia diferenças regionais de temas dominantes, assim como no estilo de representação e, até, na forma de pintar e usar as cores. A partir destas primeiras observações, esboçamos uma comparação entre a produção de varias regiões, principalmente entre as manifestações mais meridionais, as do Centro-leste, do Nordeste e do Norte. Agora pretendemos tornar mais objetiva e sistemática esta comparação, procurando também refinar e talvez subdividir os agrupamentos estilísticos através da observação de novos atributos e das correlações. Para tanto preparamos um banco de dados com 55 variáveis. A partir dele pretendemos testar nossas conclusões preliminares usando técnicas estatísticas univariadas, como o teste qui-quadrado, e métodos de análise multivariada. Neste artigo apresentamos um resultado parcial, a partir da análise de uma amostra de 76 peças inteiras. Os atributos estudados mostraram uma grande variabilidade inter-regional, não obstante conseguimos verificar que as peças das regiões Centro-leste e Nordeste são mais semelhantes entre si, enquanto as do Norte e do Sul constituem um segundo grupo de morfologias. Ao longo do ano, pretendemos completar o banco de dados relativo às vasilhas inteiras ou quase inteiras, investido mais adiante no estudo dos fragmentos. Estamos cientes de que, ao longo dos séculos, houve provavelmente mudanças temáticas e estilísticas em cada região. Infelizmente, para a maioria dos potes faltam datações que permitam tratar esta variável. Mesmo assim, os resultados até agora alcançados mostram que houve permanência estilística suficiente para alcançar nosso objetivo.En los últimos años el equipo del Sector de Arqueología de la Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) concentró sus esfuerzos en reunir (casi) la totalidad de las piezas enteras de los fragmentos pintados tupiguarani conocidos de museos y colecciones en un catálogo descriptivo (Prous et al. 2017). En total fueran reunidas aproximadamente 500 vasijas y cerca de 2.500 fragmentos decorados. Este resultado fue posible gracias al empeño de decenas de investigadores de diferentes países que colaboraron con esta obra. Verificamos rápidamente que había diferencias regionales de temas dominantes, así como en el estilo de representación y en la forma de pintar y usar los colores. A partir de estas primeras observaciones, esbozamos una comparación entre la producción de varias regiones, principalmente entre las manifestaciones más meridionales, las del Centro-este, del Noreste y del Norte. Ahora pretendemos volver más objetiva y sistemática esta comparación, buscando también refinar y tal vez subdividir los agrupamientos estilísticos a través de la observación de nuevos atributos y de sus correlaciones. Para esto preparamos un banco de datos con 55 variables, a partir del cual pretendemos probar nuestras conclusiones preliminares utilizando técnicas estadísticas univariadas como la prueba de ji-cuadrado y métodos de análisis multivariados. En este artículo presentaremos un resultado parcial, a partir del análisis de una muestra de 76 piezas enteras. Los atributos estudiados mostraran una gran variación interregional, pero logramos verificar que las cerámicas del Centro-este y Noreste son más similares entre sí, mientras que las del Norte y del Sur constituyen un segundo grupo de morfologías. A lo largo del año, pretendemos completar el banco de datos relativo a las vasijas enteras o casi enteras, que será usado más adelante para el estudio de los fragmentos. Estamos conscientes de que a lo largo de los siglos hubo probablemente mudanzas temáticas y estilísticas en cada región. Desafortunadamente, en la mayoría de los recipientes faltan dataciones que permitan tratar esta variable. Aun así, los resultados hasta ahora alcanzados muestran que hubo una permanencia estilística suficiente como para alcanzar nuestro objetivo

    The Potters and the Archaeologist: the Clay in the Construction of Different Bodies

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    In this article, guided by experienced ceramists, I was able to delve into the pottery productive universe, not only observing these ceramist women, but thinking with my hands. This commitment to learning a motor skill has allowed new questions to surface, modifying my point of view regarding the artifact. As in the productive process that I have been learning, this text has come and go, and these retakes have been part of its modeling process, of my own learning process. And so, it may seem overly intersubjective, because it approaches frontier paradigms. Focusing on the gestures, the production of the text also gave the groping, with the body being the guide on the way. The gesture is pure ubiquity, being at the same time intellectual and material denotes the know-how itself; or rather, more than that, it allows the doing-being because in building the materiality develops at the same time, the identity. As Leroi-Gourhan (1965, p. 44) said long time before, "it is in what produces or does, not in what is, what a human hand manifest itself as such". As Ceramistas e a Arqueóloga: a Argila na Construção de Corpos Distintos A olaria é uma técnica corporal exigente que requer um corpo ativo. É preciso (constantemente) atenção voluntária, treino, repetição, abertura à crítica e autocrítica, tolerância à dor (e de novo). Mas é fundamental saber montar e desmontar - sempre como processo contínuo – o sujeito e a matéria, a pessoa e o objeto, de forma inseparável. O barro é também uma pessoa e a pessoa um corpo-máquina, ciborgue (Haraway, 2000). Um corpo molda o outro de forma relacional (Joyce, 2000) em um processo recíproco de objetivação-subjetivação (Santos-Granero, 2009). Para as ceramistas com as quais convivo nos espaços urbanos, só existe o ser no fazer, esses verbos se constroem mutuamente e se enredam, não há vida sem argila. Ser essa pessoa tem estreita relação com o fazer cerâmico. Como já aprendemos faz tempo com Simone de Beauvoir e Judith Butler, nos tornamos mulheres nessa construção material e simbólica; e distintas umas das outras, mulheres situadas. Nesse sentido, interessa aqui debater algumas dessas construções e sociabilidades em fazer-ser uma mulher ceramista em um contexto urbano. Elas se constroem em um esforço voluntário, consciente e proativo em seu ofício, como mulheres-ceramistas. Entre ceramistas a máxima “sinto, logo sou” é potencializada, e é então um corpo ativo que aplica uma teoria viva ao seu meio ambiente (Le Breton, 2016). Nesse artigo pretendo interligar pessoas, coisas e fatos, para construir uma narrativa (parcial) sobre a tecnologia cerâmica e os diferentes corpos que ela produz. A perspectiva, no entanto, não é minha nem delas sendo ao mesmo tempo também nossa. É a argila, narradora da história, que dita o tempo, constrói, conecta e transforma os diferentes corpos. É essa perspectiva da materialidade que desejo seguir, incluindo os gestos técnicos como perspectiva teórico-prática
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