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    Áreas de Preservação Permanente (APP) no topo de morros no estado do Rio de Janeiro: uma avaliação dos dispositivos legais em diferentes unidades geomorfológicas

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    The Permanent Preservation Areas (APP), established by the Forest Code in 1965, depict an integrating element of the landscape as defined by the National Plan of Protected Areas. However, the Native Vegetation Protection Law, approved in 2012, has produced several changes in the parameters for the delimitation of APP, especially in those that define APPs on hilltops. As a result, to recover part of the lost area, in 2014, the State Environmental Institute of Rio de Janeiro (INEA) published the Resolution 93, which established its own methodology of delimitation for the state. The goal of this study is to analyze the spatial distribution of the hilltop APP through mapping and calculating landscape metrics, based on legal provisions applied in four areas with different geomorphological units that represent most of the Rio de Janeiro’s relief, considering the Forest Code of 1965, the Native Vegetation Protection Law of 2012, and the INEA Resolution of 2014. APP mapping was done by spatial digital automatic mode and the use of a Digital Terrain Model at 1:25.000 scale. The results showed that the changes in the parameters that delimit the APP on hilltops resulted in a significant reduction of area (up to 85%) and number patches (up to 95%), as well as the increase of the average distance (from 135 m to > 800 m) between hilltop APP patches. It was observed that the distribution of APP is preserved in all geomorphological units mapped with the Forest Code of 1965, while in the other legal scenarios the indicators are worse, as the relief becomes less rugged. Thus, it can be concluded that the Native Vegetation Protection Law of 2012 leads to a fragmented landscape with the close extinction of the hilltop APP. The scenario is mitigated by Resolution 93, that preserves part of the APP only in the rugged relief, while the Forest Code of 1965 has the best indicators that represent the extension, connectivity and the spatial arrangement in the studied geomorphologic units. In this way, the changes on legal provisions represent a scenario of greater fragmentation and smaller structural connectivity between the hilltops.As Áreas de Preservação Permanente (APP), instituídas pelo Código Florestal em 1965, representam elemento integrador e, conforme definido pelo Plano Nacional de Áreas Protegidas, devem ser consideradas no planejamento da paisagem com a função estratégica de conectar os fragmentos florestais. No entanto, a Lei de Proteção da Vegetação Nativa de 2012 alterou os parâmetros topográficos (altura, declividade e base das elevações) que definem as APP no topo de morros, o que ocasionou o quase desaparecimento deste tipo de APP no país. Por sua vez, para recuperar parte da área perdida, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) promulgou a Resolução 93 em 2014, que estabeleceu uma metodologia própria para a delimitação APP no topo de morros no estado do Rio de Janeiro. Como forma de analisar o arranjo espacial decorrente das alterações nos dispositivos legais, este estudo realizou a delimitação e calculou as métricas de paisagem das manchas de APP no topo de morros em quatro unidades geomorfológicas representativas no estado do Rio de Janeiro, tendo como base o Código Florestal de 1965, a Lei de Proteção da Vegetação Nativa de 2012 e Resolução INEA de 2014. Os mapeamentos foram realizados de modo automático através de Geoprocessamento e com uso de Modelo Digital de Terreno na escala 1:25.000. Os resultados mostraram que as alterações nos dispositivos legais acarretaram a redução da área (até 96%) e do número de manchas (até 95%) na APP no topo de morros, bem como o aumento da distância média (de 135 m para mais que 800 m) entre as manchas. Constatou-se que a distribuição das APP se mantém nas unidades geomorfológicas mapeadas de acordo com o Código de Florestal de 1965, contudo, nos demais dispositivos legais, os indicadores pioram nos terrenos menos acidentados. Conclui-se, assim, que a adoção da Lei de Proteção da Vegetação Nativa de 2012 implica em um cenário de paisagem fragmentada com quase desaparecimento das APP no topo de morros. Este cenário é amenizado pela Resolução INEA de 2014, que mantém parte expressiva das APP apenas na área de relevo mais acidentado, enquanto o Código Florestal de 1965 possui os melhores indicadores que expressam a extensão, a conectividade e o arranjo espacial nas unidades geomorfológicas estudadas. Dessa forma, a alteração dos dispositivos legais correspondeu a um cenário de maior fragmentação e menor conectividade estrutural entre as manchas de APP no topo de morros

    Mapeamento das áreas de preservação permanente (APP) na região serrana do Rio de Janeiro: um estudo de caso na bacia do Rio Boa Esperança, Nova Friburgo

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    As Áreas de Preservação Permanente (APP) foram instituídas pelo Código Florestal (Lei nº 4.771/1965) e possuem importante papel para a conservação da natureza. Os debates acerca da manutenção das APPs tem obtido lugar de destaque, em especial, o embate entre ambientalistas e os proprietários de terra travada durante a revisão do Código, que ocasionou na redução da área de preservação a partir da alteração dos parâmetros adotados na delimitação das APPs. Diante disso, o estudo teve por objetivo investigar a situação dos limites das APPs, de acordo com o Código Florestal de 1965, regulamentado pela Resolução CONAMA 303/02, e o Código Florestal de 2012, através do mapeamento das APPs da bacia do Rio Boa Esperança, situada no distrito de Lumiar, Nova Friburgo, Região Serrana Fluminense, por técnicas de geoprocessamento. Foram mapeadas as APPs de cursos d’água, com a rede de drenagem extraída automaticamente, para posterior criação da faixa de proteção. As APPs de declividade foram geradas com base no Modelo Digital de Elevação. Para as APPs de nascentes, de acordo com o Código Florestal de 2012, foram criados área de entorno considerando o primeiro vértice da linha de drenagem, acrescida da bacia de contribuição de acordo com o Código Florestal de 1965. Por fim, para o mapeamento das APPs de topos de morro, os topos e as bases das elevações foram identificados manualmente de acordo com o Código Florestal de 1965 e de 2012 e, a seguir, foram calculadas a amplitude e a declividade para selecionar as elevações que possuem áreas de preservação. As APPs delimitadas com base no Código Florestal de 2012 somam um total 372,5 ha correspondendo a 14,6% da área da bacia, enquanto que as APPs mapeadas de acordo com o Código de 1965 somam 768,7 ha, representando 30,1% da bacia. Estes números demonstram uma redução de 53% das APPs na bacia, decorrente da alteração dos parâmetros que delimitam os topos de morro e das nascentes definidos no Código Florestal de 2012. A redução das APPs também significou perda na conectividade entre os remanescentes dos topos de morros e cursos d’água, atingindo as funções ambientais das APPs definidas no Código Florestal, entre elas a de preservar da biodiversidade e facilitar o fluxo gênicoThe permanent preservation areas (PPA) were established by the Forestry Code (Law Nº. 4.771/1965) and play an important role in nature conservation. Debates about the maintenance of PPAs have obtained prominent place, in particular the clash between environmentalists and the landowners of blocked land during the revision of the Code, which resulted in reducing the conservation area by changing the parameters adopted for the delimitation of PPAs. Thus, this study aimed to investigate the situation of the limits of the PPAs, according to the Forestry Code of 1965, regulated by CONAMA Resolution 303/02, and the Forestry Code of 2012, through the mapping of the Boa Esperança River Basin, located in Lumiar district, Nova Friburgo in the Fluminense Mountain Region, through geoprocessing techniques. PPAs watercourses were mapped, with the drainage network automatically extracted for the subsequent creation of protection zone. The declivity of PPAs were generated based on the Digital Elevation Model. For PPAs of springs, according to the Forestry Code of 2012, surrounding areas were created considering the first vertex of the drain line, plus the contribution basin according to the Forestry Code of 1965. Finally, to map PPA hilltops, the tops and bases of the elevations were manually identified according to the Forestry Code of 1965 and 2012 and, afterwards, the amplitude and slope were calculated to select the elevations that had conservation areas. The PPAs that were defined based on the Forestry Code of 2012 sum up to 372,5 ha, a number corresponding to 14,6% of the area of the basin, while the PPAs mapped in accordance to the Forestry Code of 1965 totaled 768,7 ha, 30,1% of the basin. These numbers show a decrease of 53% of PPAs in the basin, from changes in the parameters that define the hilltops and springs established in the Forestry Code of 2012. The reduction of PPAs also meant the loss of connectivity between the remnants of the hilltops and waterways, affecting the environmental functions of PPAs defined in the Forestry Code, including the preservation of biodiversity and to facilitate gene flo

    PRÁTICAS E METODOLOGIAS NO ENSINO REMOTO DE ILUMINAÇÃO CÊNICA

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    <p>O presente artigo se refere ao relato da experiência didática das disciplinas de Iluminação I e II do Bacharelado em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto, no ano de 2021, ambas ministradas pela Professora Doutora Letícia Mendes de Oliveira (Leticia Andrade), com a presença de monitores estudantes da graduação. O texto tem por objetivo apresentar as mudanças metodológicas resultantes do contexto de pandemia, para que as aulas no ensino remoto pudessem manter os conteúdos básicos teóricos e práticos do período presencial, apesar das adaptações didáticas, principalmente sem o uso dos equipamentos de iluminação teatral convencionais. O objeto deste relato, as disciplinas de Iluminação, visam a formação teórica, técnica e estética dos discentes a respeito da iluminação cênica e sua função no panorama histórico e na contemporaneidade, com leitura dos estudos das iluminadoras brasileiras Cláudia de Bem (BEM, 2020), Nadia Luciani (LUCIANI, 2020) e do iluminador Eduardo Tudella (TUDELLA, 2017). A distribuição das aulas e avaliações que eram divididas entre aulas teóricas, seminários, processo de criação e cena, agora passou a ter , participações de artistas-pesquisadores convidados e iluminadoras e iluminadores do Brasil e duas novas alternativas de avaliação: a criação de um portfólio artístico individual e a criação de uma cena individual por parte de cada estudante em ambiente domiciliar. Todas essas opções de mudanças na metodologia do curso foram executadas para que a formação dos discentes não se apresentasse deficitária em relação aos anos anteriores. Além disso, serão apresentados dois exemplos práticos de resultados obtidos durante os dois semestres letivos de 2020, para dar embasamento às ações práticas.</p&gt

    Ecologia do Silêncio - A ecologia como ferramenta de inclusão de deficientes auditivos, promoção de acessibilidade e melhoria no processo ensino/aprendizagem

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    Introdução: O projeto de extensão Ecologia do Silêncio, aprovado pelo Edital PIBEX/2015, utiliza como instrumento de inserção temas da área de Ecologia, visando a ampliação das atividades de extensão e o aumento das oportunidades educacionais e sociais para deficientes auditivos. Nas universidades, onde se gera grande parte do conhecimento, muita das vezes o mesmo não é transmitido, devido ausência de classificadores específicos dentro da LIBRAS. O fortalecimento na articulação entre os universitários da área de Ciências Biológicas com estudantes surdos, estimularia a inserção deles no meio acadêmico, científico e centros tecnológicos. Objetivo: Aprimorar os métodos pedagógicos sobre a área em questão; fortalecer a extensão universitária em licenciatura dentro do curso de Ciências Biológicas; contribuir no sistema educacional, conectando a graduação com a educação básica; desenvolver métodos educacionais ligados a Ecologia com atividades teóricas e práticas da área, possibilitando a acessibilidade de jovens surdos a universidade. Metodologia: Esse trabalho se divide em cinco etapas, sendo a primeira de forma técnica, visando a caracterização do público-alvo e da estrutura física do local. Na segunda e quarta etapa, será aplicado um questionário para identificar o conhecimento dos alunos acerca dos assuntos tratados. Isso permite distinguir que conceitos os alunos já dominavam anteriormente e que conceitos foram assimilados graças às nossas aulas. A terceira etapa consiste na aplicação prática das aulas com atividades em sala e em campo. Os assuntos ministrados serão decididos junto ao professor da disciplina e à coordenação pedagógica da escola de maneira a abranger os conteúdos programáticos que já são inclusos no programa escolar. Finalmente, será feita a análise dos dados, comparando os resultados dos questionários antes e depois da realização das aulas. Resultados: O projeto está em andamento, portanto, a análise dos resultados ainda não foi concluída. Mediante a uma greve na Escola Municipal para Educação de Surdos (EMES) de Angra dos Reis, ocorreu mudança de instituição para o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), na cidade do Rio de Janeiro. Trabalharemos com o segundo ano do ensino médio, na modalidade EJA. Dados preliminares foram coletados, como idades e o cronograma educacional, que servirá para estudos e escala de comparação. Conclusão: O projeto está em fase de caracterização do público, reformulação técnica e pedagógica. Porém esse trabalho se torna de total relevância na sociedade, referente a interação social, aumento do nível de acessibilidade e inclusão
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