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    Custo de uma alimentação saudável e culturalmente aceitável no Brasil em 2009 e 2018

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    OBJETIVO Estimar o menor custo de uma alimentação saudável e culturalmente aceitável e avaliar a evolução de seu custo nos períodos de 2008–2009 e 2017–2018. MÉTODOS Foram utilizados dados de consumo individual dos módulos de consumo alimentar das Pesquisas de Orçamentos Familiares de 2008–2009 e 2017–2018. Os preços dos alimentos foram obtidos do módulo de caderneta de despesa das respectivas pesquisas. Os estratos amostrais de cada período foram reagrupados, formando 108 novos estratos com homogeneidade geográfica e econômica. Modelos de programação linear foram elaborados para gerar dietas para cada novo estrato, considerando as restrições do modelo 1 (≥ 400g de frutas e hortaliças) e modelo 2 (≥ 400g de frutas e hortaliças, < 2300mg de sódio, relação sódio/potássio < 1, ≥ 500mg de cálcio). Cada alimento das dietas observadas poderia desviar progressivamente em 5g a partir das médias de consumo observadas até que os modelos encontrassem uma solução em cada um dos estratos. A função objetivo foi de minimizar o custo total da dieta. RESULTADOS Os custos médios observados e otimizados foram de R4,96,R4,96, R4,62 (modelo 1) e R5,08(modelo2)em2008–2009edeR5,08 (modelo 2) em 2008–2009 e de R9,18, R8,69eR8,69 e R9,87 em 2017 –2018. Nos modelos 1 e 2 ocorreram incrementos de até 6% e 11% em 2008–2009 e de até 25% e 34% em 2017–2018 na menor faixa de renda. As principais modificações observadas nos dois modelos incluem a redução nas quantidades de bebidas adoçadas, doces, molhos, alimentos prontos para consumo e aumento de frutas e hortaliças, farinhas e tubérculos. CONCLUSÃO A adequação da quantidade de frutas e hortaliças acarretou aumento no custo para parte da população. Quando a adequação de cálcio, sódio e potássio foram consideradas, ocorreu um aumento mais expressivo no custo, especialmente em 2017–2018.OBJECTIVE To estimate the lowest cost of a healthy and culturally acceptable diet and to assess the evolution of its cost in the periods 2008–2009 and 2017–2018. METHODS We used data on the individual food consumption and food prices from the Pesquisas de Orçamentos Familiares (Household Budget Surveys), in the 2008–2009 and 2017–2018. The sample strata of each period were aggregated, forming 108 new strata with geographic and economic homogeneity. Linear programming models generated diets for each new stratum, considering the constraints in two models: model 1 (≥ 400g of fruits and vegetables); and model 2 (≥ 400g of fruits and vegetables, < 2300mg of sodium, sodium/potassium ratio < 1, ≥ 500mg of calcium). Each food could progressively deviate 5g from the observed consumption averages until the models found a solution in each of the strata. The objective function was to minimize the total cost of the diet. RESULTS The average observed and optimized costs were R4.96,R4.96, R4.62 (model 1) and R5.08(model2)in2008–2009,andR5.08 (model 2) in 2008–2009, and R9.18, R8.69andR8.69 and R9.87 in 2017–2018. Models 1 and 2 resulted in an increase of up to 6% and 11% in 2008–2009, and of up to 25% and 34% in 2017–2018 in the lowest income strata. The main changes observed in the two models include the reduction in the amounts of sweetened beverages, sweets, sauces, ready-to-eat foods, and an increase in fruits and vegetables, flour, and tubers. CONCLUSION The adequate amount of fruits and vegetables resulted in an increase in costs to some population strata. When the adequacy of calcium, sodium, and potassium was considered, we observed a more significant increase in cost, especially in 2017–2018

    Evolution of energy and nutrient intake in Brazil between 2008–2009 and 2017–2018

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    OBJECTIVE: To assess the evolution of energy and nutrient intake and the prevalence of inadequate micronutrients intakes according to sociodemographic characteristics and Brazilian regions. METHODS: The food consumption of 32,749 individuals from the National Dietary Survey of the Household Budget Survey 2008–2009 was analyzed by two food registries, as well as 44,744 subjects from two 24-hour recalls in 2017–2018. Usual intake and percentage of individuals with consumption below the average recommendation for calcium, magnesium, phosphorus, copper and zinc, vitamins A, C, D, E, thiamine, riboflavin, pyridoxine and cobalamin were estimated. Sodium intake was compared to the reference value to reduce the risk of chronic diseases. Analyses were stratified by sex, age group, region and income. RESULTS: Mean daily energy intake was 1,753 kcal in 2008–2009 and 1,748 kcal in 2017–2018. The highest prevalence of inadequacy (> 50%) in the two periods were calcium; magnesium; vitamins A, D and E; pyridoxine and, only among adolescents, phosphorus. There was an increase in the prevalence of inadequate vitamin A, riboflavin, cobalamin, magnesium, and zinc among women, and riboflavin among men. The prevalence of inadequacy decreased for thiamine. Sodium intake was excessive in approximately 50% of the population in both periods. The highest variations (about 50%) in the prevalence of inadequacy between the lowest and highest income (< 0.5 minimum wage and > 2 minimum wages per capita) were observed for vitamin B12 and C in both periods. The North and Northeast regions had the highest prevalence of inadequacy. CONCLUSION: Both surveys found high prevalence of inadequate nutrient intake and excessive sodium intake. The inadequacy varies according to income strata, increasing in the poorest regions of the country.OBJETIVO: Avaliar a evolução da ingestão de energia e nutrientes e a prevalência de inadequação da ingestão de micronutrientes segundo características sociodemográficas e regiões brasileiras. MÉTODOS: Foi analisado o consumo alimentar de 32.749 indivíduos do Inquérito Nacional de Alimentação da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008–2009, por dois registros alimentares, e de 44.744 indivíduos a partir de dois recordatórios de 24 horas em 2017–2018. Estimaram-se a ingestão usual e o percentual de indivíduos com consumo abaixo da necessidade média para cálcio, magnésio, fósforo, cobre e zinco, vitaminas A, C, D, E, tiamina, riboflavina, piridoxina e cobalamina. A ingestão de sódio foi comparada ao valor de referência para reduzir risco de doenças crônicas. As análises foram estratificadas por sexo, faixa etária, região e renda. RESULTADOS: A ingestão energética diária média foi de 1.753 kcal em 2008–2009 e 1.748 kcal em 2017–2018. As prevalências de inadequação mais elevadas (> 50%) nos dois períodos foram de cálcio, magnésio, vitaminas A, D e E, piridoxina e, somente entre adolescentes, fósforo. Houve aumento na prevalência de inadequação de vitamina A, riboflavina, cobalamina, magnésio e zinco entre as mulheres, e de riboflavina entre os homens. A prevalência de inadequação diminuiu para a tiamina. A ingestão de sódio foi excessiva em aproximadamente 50% da população nos dois períodos. As variações mais altas (cerca de 50%) nas prevalências de inadequação entre os extremos de renda (< 0,5 salário-mínimo e > 2 salários-mínimos per capita) foram observadas para vitamina B12 e C nos dois períodos. As regiões Norte e Nordeste apresentaram maiores prevalências de inadequação. CONCLUSÃO: Ambos os inquéritos verificaram prevalências elevadas de inadequação de ingestão de nutrientes e consumo excessivo de sódio. A inadequação varia de acordo com os estratos de renda, aumentando nas regiões mais pobres do país.

    Meeting nutritional adequacy in the Brazilian population increases pesticide intake without exceeding chronic safe levels

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    International audienceAchieving nutritional adequacy requires an increase in fresh foods consumption, which may increase pesticide intakes. This study aimed to identify required dietary modifications to achieve nutritional adequacy without exceeding the acceptable daily intake (ADI) for pesticides. Data from the National Dietary Survey 2017–2018 were linked to the pesticide database from the Program on Pesticide Residue Analysis in Food. We performed linear programming models to design nutritionally adequate diets constrained by food preferences for different constraints on pesticide intake at the least cost increment. Nutritional adequacy led to an increase in pesticide intakes without exceeding their ADI. Modifications in diets varied according to the model, but, in general, consisted in an increase in fruits and vegetables, dairy, and seafood, and a reduction in rice, red meat, and sugar-sweetened beverages quantities. In conclusion, meeting nutritional adequacy increases pesticide intake compared to the observed diets, without representing a health concern to consumers
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