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    Avaliação da função pulmonar em pacientes hospitalizados no pós-operatório de cirurgia cardíaca

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    Introdução: A disfunção pulmonar no pós-operatório de cirurgia cardíaca continua sendo uma das mais importantes causas de morbidade, sendo que o comprometimento da função pulmonar, nessa circunstância, é frequente e contribui, significativamente, para o aumento do tempo de permanência hospitalar. O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento da função pulmonar em pacientes adultos hospitalizados, submetidos à cirurgia cardíaca por esternotomia mediana, no momento a alta da unidade tratamento intensivo, comparado ao quarto dia após a alta dessa unidade. Metodologia: O estudo foi realizado em uma unidade de pós-operatório de cirurgia cardiovascular, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. O Termo de Consentimento Livre Esclarecido foi obtido em todos os casos. Incluíram-se pacientes maiores de 18 anos, submetidos à cirurgia cardíaca eletiva. A função pulmonar foi realizada na alta da unidade de tratamento intensivo e, posteriormente, repetida no quarto dia. A função pulmonar foi mensurada pela capacidade vital forçada, pico de fluxo expiratório, além de variáveis do exame físico, como frequência respiratória e ausculta pulmonar. Resultados: 94 pacientes foram submetidos à cirurgia cardíaca eletiva via esternotomia mediana. A média (desvio padrão) de idade foi 50,64 (16,53) anos, com predomínio do sexo masculino (52,1%). A mediana (Q1-Q3) do tempo de permanência na unidade de tratamento intensivo foi de 2,00 dias (2,00-3,00), ao passo que a mediana (Q1-Q3) do tempo de permanência hospitalar foi de 6,00 dias (5,00-8,00). A mediana (Q1-Q3) da capacidade vital forçada e do fluxo respiratório, obtida pela espirometria no pós-operatório, no momento da alta, foi significativamente menor quando comparada ao quarto dia após alta da unidade de tratamento intensivo (p< 0,01). O tempo de permanência na unidade, assim como o tempo de permanência hospitalar não impactou na evolução das variáveis de função pulmonar. Conclusão: A função pulmonar é potencialmente reduzida no período inicial após a cirurgia cardíaca, com evolução gradual, e de recuperação lenta, no curso da recuperação cirúrgica. A manutenção desses valores reduzidos a níveis não críticos por um período prolongado no pós-operatório parece não afetar o desempenho dos pacientes, no que tange a capacidade de respirar profundamente e na efetividade de tosse.

    EFICÁCIA E SEGURANÇA DA TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DA PARAPARESIA ESPÁSTICA : REVISÃO SISTEMÁTICA

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    A paraparesia espástica é caracterizada pela perda de função total ou parcial dos membros inferiores associado ao aumento do tônus muscular velocidade-dependente. A toxina botulínica é utilizada no tratamento de diversos padrões de espasticidade, sejam em flexão, extensão ou adução. Objetivo: determinar a eficácia e segurança do bloqueio químico com toxina botulínica em pacientes com paraparesia espástica. Método: foi realizada uma revisão sistemáticacom busca nas bases de dados do PUBMED, MEDLINE, LILACS e SCIELO. Oscritérios de inclusão foram: ensaios clínicos que utilizaram a toxina botulínica para o tratamento de pacientes com paraparesia espástica e publicados em inglês a partir da década de 1980. Os desfechos considerados foram: a pontuação na Escala de Ashworth Modificada, a amplitude de movimento passiva e ativa e os efeitos adversos da toxina botulínica. Resultados: foram incluídos cinco artigos. Todos mostraram melhora da espasticidade nos pacientes estudados. Quatro artigos mostraram aumento da amplitude de movimento passivo e três relataram aumento da amplitude de movimento ativo. Trêsartigos trouxeram relatos de efeitos adversos após o uso da toxina botulínica, mas a maioria deles não eram graves e cessaram espontaneamente.Conclusão: os estudos analisados mostraram que a toxina botulínica é eficaz e segura em pacientes com paraparesia espástica

    Relação entre função sensório-motora e equilíbrio funcional de indivíduos crônicos após acidente vascular cerebral

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    Introdução: Danos à função sensório-motora podem ocorrer após um acidente vascular cerebral (AVC), contribuindo para o surgimento de disfunções no controle do movimento, o que inclui a manutenção do controle postural. Déficits de equilíbrio são comuns em indivíduos após AVC, preditores de funcionalidade e integração comunitária. Portanto, é necessária a identificação de possíveis fatores associados a alterações do equilíbrio funcional desses indivíduos. Objetivo: Analisar a associação entre função sensório-motora e equilíbrio funcional de indivíduos hemiparéticos crônicos após AVC. Metodologia: Estudo transversal, com indivíduos que sofreram AVC, de idade entre 18 e 80 anos, com hemiparesia por no mínimo 6 meses, capazes de deambular, sem déficit visual e(ou) auditivo, sem sequelas cognitivas e sem outros diagnósticos neurológicos e(ou) ortopédicos que limitem a mobilidade. A escala de Fugl-Meyer e a escala de equilíbrio de Berg foram usadas para avaliar a função sensório-motora e o equilíbrio funcional, respectivamente. Resultados: 63 indivíduos foram incluídos no estudo, com idade média de 56 anos e tempo mediano de AVC de 36 meses. Houve uma correlação positiva moderada com a sensibilidade (r = 0,512) e uma correlação que variou de fraca a desprezível com mobilidade (r = 0,489), dor (r = -0,163), função motora de membro superior (r = 0,098) e função motora de membro inferior (r = 0,344). Conclusão: Déficits no equilíbrio funcional estiveram associados moderadamente às alterações na sensibilidade dos indivíduos hemiparéticos crônicos após AVC. Mobilidade, dor e função motora dos membros superiores e inferiores não demostraram uma associação importante com o equilíbrio funcional

    Análise da mobilidade toracoabdominal de idosos com doença de parkinson, submetidos ao treinamento funcional, bicicleta estacionária e exergame: um ensaio clínico randomizado

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    Introdução: idosos com doença de Parkinson (DP) apresentam mobilidade toracoabdominal reduzida, o que os predispõe a complicações respiratórias, como a pneumonia aspirativa. Objetivo: avaliar a mobilidade toracoabdominal em idosos com doença de Parkinson, antes e após realizarem treino funcional, bicicleta estacionária e exergame. Metodologia: 58 idosos foram randomizados em três grupos: um que realizou treino funcional (GF) n=18, outro que fez bicicleta estacionária (GB) n=20 e o terceiro que realizou o exergame (GE) n=20. A mobilidade foi mensurada pela cirtometria, por avaliador cego, em três níveis: axilar, xifoideano e umbilical, antes e após as intervenções. Resultados: não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no coeficiente de amplitude nos níveis axilar e xifoide e umbilical nos três grupos. No nível umbilical, entretanto, houve um discreto acréscimo, comparando antes e após as intervenções GF de 2,1(4,52) cm para 3,1(4,27) cm; GB de 1,1(3,16) cm para 1,7(4,68) cm e GE de 0,5 (3,29) cm para 1,0 (3,68) cm. Conclusão: os três programas de exercícios propostos não foram eficazes na melhora da mobilidade torácica no nível axilar e xifoide e parecem provocar uma pequena melhora na mobilidade abdominal, no contexto respiratório.  

    Mielopatia ou paraparesia espástica tropical (HAM/TSP) e os domínios da SF-36

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    Introdução: a paraparesia espástica tropical ou mielopatia associada ao HTLV (HAM/TSP) é umadoença infecciosa e inflamatória crônica, que pode interferir em vários aspectos da vida do indivíduo e, com isso, alterar sua qualidade de vida (QV). Objetivo: avaliar os domínios da escala SF-36 que mais contribuem para as alterações na qualidade de vida dos pacientes com HAM/TSP. Metodologia: nesse estudo observacional, transversal e quantitativo, realizado com 49 pacientes diagnosticados com HAM/TSP do setor de Neurociências do Ambulatório Professor Francisco Magalhães Neto, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil, a qualidade de vida foi avaliada pelo questionário de saúde Short Form-36 (SF-36), no período de fevereiro de 2019 a julho de 2020, e de fevereiro de 2022 a abril de 2022. Os dados obtidos foram avaliados por análise estatística descritiva e testes de correlação de Pearson e Spearman. Resultados: foi observado que os menores escores do questionário SF-36, indicando pior qualidade de vida, foram relativos aos domínios vinculados às limitações físicas, capacidades funcionais e limitações emocionais, nessa ordem. Os melhores domínios, indicando melhor qualidade de vida, nessa população, foram saúde mental e aspectos sociais, demostrando que os pacientes com HAM/TSP relatam alterações físicas e emocionais em sua qualidade de vida. Conclusão: os domínios que mais alteraram a qualidade de vida dos pacientes com HAM/ TSP foram AF, CF e AE. Assim, utilizando-se da escala SF-36, profissionais de saúde podem identificar e intervir precocemente em domínios que comprometam a saúde física e emocional dos pacientes com HAM/TSP, alterando, consequentemente, sua qualidade de vida

    Análise descritiva dos índices de morbidade e mortalidade de pacientes com cardiopatia reumática crônica em Salvador, Bahia, Brasil

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    Introdução: a cardiopatia reumática crônica (CRC) é a manifestação clínica de maior relevância da febre reumática (FR). É a causa mais comum de insuficiência cardíaca na população infantil e em adultos jovens. Objetivo: descrever os índices de morbimortalidade em pacientes com cardiopatia reumática crônica em Salvador, Bahia, Brasil. Metodologia: trata-se de um estudo ecológico de série temporal com dados secundários, sobre os índices de morbimortalidade de usuários com doenças reumáticas crônicas do coração, entre o período de 2008 até o ano de 2017, em Salvador, Bahia, Brasil. Resultados: foi observada uma maior ocorrência de internações e mortalidade em pacientes do sexo feminino. Houve uma maioria de óbitos entre os maiores de 60 anos. De acordo com a raça, internações e óbitos predominaram na população parda, em Salvador (BA), enquanto a cor da pele branca predominou nas ocorrências da população brasileira. Conclusão: embora seja observada uma redução nos índices de morbidade e mortalidade dos pacientes com cardiopatia reumática crônica quando comparados com os de anos anteriores, ainda é necessário investir em políticas de saúde para prevenção e controle dessa doença, visto que ela representa um impacto importante nos custos financeiros do Sistema de Saúde

    Morbidade e mortalidade da doença de Alzheimer em indivíduos hospitalizados no Brasil, entre 2008 e 2018: estudo ecológico

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    Introdução: a doença de Alzheimer é uma afecção neurodegenerativa e progressiva que promove declínio cognitivo, podendo estar associada a repercussões neuropsiquiátricas e limitação na execução de atividades. A descrição e análise de dados sociodemográficos e de morbimortalidade de pessoas hospitalizadas com essa enfermidade no Brasil podem contribuir para melhor compreensão dos desfechos nessa população. Objetivo: relatar os índices de morbidade e mortalidade de pessoas com doença de Alzheimer internadas em hospitais brasileiros, nos anos de 2008 a 2018, além de descrever os dados sociodemográficos, apresentar o número de internações hospitalares, média de permanência e taxa de mortalidade dessa população. Metodologia: estudo ecológico, com análise quantitativa de dados coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, sobre morbidade e mortalidade de pessoas com doença de Alzheimer, hospitalizadas no Brasil, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2018. Resultados: foram registradas 12.150 internações hospitalares, com predomínio do sexo feminino, com 7842 (64,54%) casos; cor/raça branca, com 6063 (49,9%); idade a partir de 80 anos e residentes da região Sudeste, com 7168 (59%). A taxa de mortalidade nacional foi de 17,4 e ao todo foram registrados 2.114 óbitos nesses 10 anos, com maior índice na região Sudeste (1.410 casos). Conclusão: o número de pessoas internadas, tendo como causa principal a doença de Alzheimer, aumentou nesse período, com predomínio de mulheres da raça branca e acima de 80 anos. As informações desse perfil populacional poderão contribuir para melhor delineamento das políticas de atenção à saúde para esta população

    Efeitos da utilização da realidade virtual na marcha e no equilíbrio de indivíduos com doença de Parkinson: uma revisão sistemática

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    Introdução: a  marcha  e  o  equilíbrio  são  funções  motoras  afetadas  nos portadores da doença de Parkinson (DP). Nesse contexto, surgem os modelos de terapia com uso da realidade virtual (RV) para a melhora da capacidade motora desses indivíduos. Objetivo: analisar os efeitos da terapia com RV na marcha e no equilíbrio de pacientes com DP. Metodologia: procedeu-se a uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados sobre a RV na reabilitação da marcha e do equilíbrio em pacientes com DP. A busca foi realizada através das bases de dados PubMED, LILACs, PEDro, Cochrane, SciELO em maio de 2019. Este trabalho seguiu a recomendação PRISMA de elaboração de revisão sistemática. Resultados: cinco estudos foram incluídos com um total de 233 portadores da DP. A análise mostrou que houve eficácia na utilização da RV em melhorar a marcha e o equilíbrio desses pacientes, porém não foram encontradas diferenças significativas quando comparado às terapias convencionais. Conclusão: a terapia com RV se mostra eficaz para os pacientes com DP. Os desfechos de marcha e equilíbrio tiveram melhorias consideráveis. No entanto, não se deve preconizar a utilização desse modelo de terapia em detrimento de modelos mais convencionais, devido ao fato de eles não apresentarem grandes diferenças nos resultados obtidos.

    Impacto do tempo de hospitalização na mobilidade e na qualidade de vida de idosos

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    O internamento hospitalar pode ser um período de risco para a população idosa, pois, devido às consequências do envelhecimento associadas a comorbidades e repouso prolongado no leito, o idoso fica mais susceptível a complicações secundárias à causa da hospitalização, como diminuição da mobilidade, com possível comprometimento motor, possivelmente associado a uma redução da autonomia e da qualidade de vida desses pacientes. Objetivo – Avaliar o impacto do tempo de internamento hospitalar na mobilidade e na qualidade de vida do idoso. Métodos – Participaram do estudo 17 idosos, com média de idade de 69,8 anos (± 7,3), de ambos os sexos, internados no Hospital Santo Antônio. Foram avaliadas a mobilidade, por meio do teste Time Up and Go (TUG), e a qualidade de vida (QV) pela escala WHOQOL-OLD, no início do internamento, após 7 dias, 10 dias, 15 dias e 30 dias. Resultados – Os resultados mostraram impacto do internamento na mobilidade do idoso após o décimo quinto dia (p=0.003) da hospitalização. Quanto à QV do idoso, houve diferenças significativas nos domínios da autonomia (p<0,001), do funcionamento sensorial (p=0.018), da participação social (p<0.001), do temor à morte (p<0.001) e da intimidade dos pacientes (p=0.037), após quinze dias da hospitalização. Conclusão – O tempo de internamento hospitalar parece influenciar a mobilidade, a qualidade de vida do idoso, com impacto significativo após quinze dias de internament

    ARRANJO PRODUTIVO LOCAL (APL) COMO ESTRATÉGIA DE POTENCIALIZAR AS FRONTEIRAS MERCADOLÓGICAS DO APICULTOR NO PERÍMETRO DE IRRIGAÇÃO SENADOR NILO COELHO EM PETROLINA-PE

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    Este trabalho tem por objetivo abordar o Arranjo Produtivo Local (APL) como estratégia de desenvolvimento para o apicultor, mediante estudo com os apicultores do perímetro de irrigação do Nilo Coelho no Núcleo 7 do município de Petrolina/PE, a fim de buscar conhecer a atual situação e suas potencialidades. O apicultor percebe o APL como uma alternativa de possibilitar que sua atividade torne-se ainda mais competitiva frente às demais, alavancando potenciais oportunidades nas fronteiras deste específico segmento da economia. Quanto aos aspectos metodológicos, utilizou-se a coleta de dados secundários mediante pesquisa bibliográfica, e pesquisa de campo com aplicação de questionário estruturado realizada no período de setembro a outubro de 2012, em que foram entrevistados 33 associados.  Resultados da pesquisa apontam que o APL pode constituir-se em um instrumento muito útil para combater as desigualdades territoriais e potencializar alternativas para que a economia local fortaleça-se sob o ponto de vista de articulações entre os elos de sua cadeia
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