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    Apresentação atípica de metástase adrenal no câncer de pulmão: um relato de caso

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    RESUMO: A neoplasia de pulmão tornou-se uma patologia de grande incidência e relevância em todo o mundo, sendo atualmente o tipo neoplásico de maior letalidade, tanto em homens quanto em mulheres. Quando sintomático, pode apresentar sinais e sintomas relacionados ao tumor em si, às metástases e às síndromes paraneoplásicas. As glândulas suprarrenais podem ser acometidas por metástase e normalmente esse é um quadro assintomático. O relato em questão propõe-se a discutir um caso atípico de metástase adrenal de origem pulmonar, ocorrido no primeiro semestre do ano de dois mil e dezessete. Para sua confecção, foi realizada revisão de prontuário, anamnese e análise dos exames realizados pelo paciente durante seu tempo de internação. Foi realizado, também, revisão bibliográfica como embasamento teórica fundamental para as devidas observações sobre o caso. L.A.O, 51 anos, sexo masculino, procedente de Uruana (GO), foi atendido no ambulatório da Santa Casa de Misericórdia de Anápolis, por queixa de dor em hipocôndrio esquerdo (dor abdominal), de forte intensidade, com irradiação para dorso, constante, sem relação de melhora ou piora com refeições, de início há 2 meses. Paciente tabagista. Foi, antes da internação, tratado com anti-inflamatórios não esteroidais para controle da dor evoluindo com úlcera péptica. Após investigação clínica, foi descoberto câncer de pulmão e massa adrenal, possivelmente metastática. A forte queixa de dor abdominal torna o caso atípico, com um diagnóstico etiológico tão importante de difícil identificação.Palavras-chave:Câncer de pulmão. Metástase adrenal. Dor abdominal

    Bactérias associadas a formigas coletadas em hospitais em Anápolis – GO

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    Justificativa e Objetivos: os hospitais são locais propícios para a instalação e propagação de insetos, especialmente formigas. Essas, além da sua capacidade adaptativa, vivem em mutualismo com outros animais, como fungos e bactérias, o que confere risco elevado para infecções nosocomiais. O presente estudo teve como objetivo identificar a microbiota bacteriana associada com formigas intra-hospitalares na cidade de Anápolis, Goiás, e discutir o papel de tais agentes no desenvolvimento de infecções hospitalares e o consequente risco para indivíduos hospitalizados. Métodos: foram montadas armadilhas para formigas em dois hospitais da cidade de Anápolis a fim de capturá-las nos setores de enfermaria, unidade de terapia intensiva/semi-intensiva e nutrição. As armadilhas eram deixadas por um período prédeterminado nos respectivos setores e depois eram levadas ao Laboratório de Microbiologia da UniEvangélica para cultivo, semeadura e identificação bacteriana. Resultados: foram 2 realizadas três coletas em cada um dos setores de cada instituição hospitalar. Foi possível isolar os seguintes microrganismos: Staphylococcus spp., bacilos Gram-positivos, Klebsiella ozaenae, K. rhinoscleromatis, Escherichia coli e Yersinia pseudotuberculosis. Conclusão: pode-se concluir que as formigas podem atuar como veículos para microrganismos. Esse fato sugere que podem favorecer o processo de infecção em usuários de assistência hospitalar. Entretanto, permanece incerto a relação entre população de formigas e incidência de infecções nos hospitais, sendo necessário realizar estudos para associar tais variáveis

    Formigas como vetores mecânicos de bactérias patogênicas em unidades hospitalare

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    Introdução: Os hospitais são locais propícios para a instalação e propagação de insetos, especialmente formigas. Estas, além da sua capacidade adaptativa, vivem em mutualismo com outros animais, plantas, fungos e bactérias, o que confere um risco elevado para infecções nosocomiais. A associação desse grupo de microorganismos ao seu carreamento por formigas pode ser observada como fator de risco para o aumento da exposição dos pacientes hospitalizados a diversos tipos de agentes etiológicos e, consequentemente, sejam sujeitos a infecção. Objetivo: Reconhecer a microbiota bacteriana associada a formigas dentro do ambiente nosocomial. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Foi realizada pesquisa bibliográfica nos bancos de dados PUBMED, SciELO, LILACS e BIREME através dos seguintes descritores: bactérias; formigas; infecção hospitalar. Foram selecionados artigos científicos em língua vernácula e estrangeira contemplando a temática da revisão bibliográfica para a elaboração do resumo. Resultados: Os estudos avaliados pela revisão revelaram o potencial das formigas como carreadoras de: Acinetobacter sp., Bacillus sp., Burkholderia cepacia, Candida sp., Citrobacter sp., Comamonas terrigena, Enterobacter sp., Enterococcus sp., Hafnia sp., Klebisiella sp., Pseudomonas sp., Serratia sp., Staphylococcus sp., Streptococcus viridans e Yersinia sp. . Staphylococcus aureus é um dos agentes etiológicos mais prevalentes em infecções hospitalares, sendo responsável por infecções de pele e partes moles, pneumonia e infecções invasivas. Estafilococos coagulasenegativos são representados principalmente por S. epidermidis e S. saprophyticus, patógenos mais comuns no ambiente hospitalar e causadores de infecção da corrente sanguínea. H. alvei é causa rara de infecção em indivíduos não hospitalizados, mas em fragilizados gera diarreia, infecção da corrente sanguínea, meningite, infecção do trato urinário, infecção de ferida, abscesso intra-abdominal e empiema. K. ozaenae é implicada como causadora de rinite crônica atrófica, bacteremia e infecção do trato urinário em indivíduos sob regime hospitalar, e K. pneumoniae com infecções pulmonares graves. E. coli é um dos patógenos mais frequentes no hospital, juntamente com S. aureus, e normalmente causa infecção do trato urinário. Y. pseudotuberculosis é causa rara de infecção em humanos e relaciona-se mais comumente com linfadenite mesentéria, com poucos casos relatados de infecção grave. P. luteola associa-se com infecção do trato respiratório baixo e derrame pleural, e P. aeruginosa causa infecção grave em pacientes (septicemia, pneumonia, infecção do trato urinário) debilitados, especialmente em grandes queimados. Conclusão: Pôde-se identificar distintas espécies bacterianas com potencial infeccioso associadas com formigas, sendo que a maioria delas possui relevância no cenário de infecções nosocomiais. Esse achado corrobora para o fato de que esses artrópodes apresentam potencial para elevar os índices de infecções hospitalares, necessitando serem alvo de controle. Assim, os resultados desse estudo devem fomentar o surgimento de outros que avaliem métodos efetivos para a diminuição da população desses insetos dentro dos hospitais, além de incentivar o surgimento de mais estudos brasileiros dentro da temática que busquem avaliar a perfil da microbiota dos hospitais nacionais. Palavra

    Desafios da telemedicina no cenário brasileiro

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    Introdução: Telemedicina e Telessaúde referem-se ao uso de tecnologias de telecomunicações e recursos interativos para dispor de atendimento de saúde de maneira efetiva à distância. Além disso, metodiza o atendimento em saúde, organizando o sistema de saúde. A Telemedicina já é uma realidade, embora haja vertentes contra este avanço. Assim, é essencial habituar a população e os médicos em conviver com essa nova forma de medicina. Objetivo: Identificar as principais barreiras à implantação da Telemedicina no Brasil, tendo como base os projetos já implantados no país. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, nas bases de dados Pubmed, Google Acadêmico e Scielo, com os descritores: Telemedicina, Brasil e Telessaúde; sendo 26 artigos entre os anos de 2015 e 2019. Resultados: Dentre as políticas governamentais cita-se o Programa Telessaúde Brasil que iniciou em 2007 e está presente em 23 estados brasileiros. A função primordial deste difere em relação as características epidemiológicas da população alvo. Tem-se no estado de Minas Gerais a implantação do serviço de eletrocardiograma à distância, já no Rio de Janeiro preza-se mais pelo serviço de radiologistas teleconsultores. Assim, estes exames são laudados por médicos especialistas colaboradores que estão inseridos em uma rede de atenção maior. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisas (RNP) criou em 2006 a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), objetivando a interconexão de hospitais universitários no país. Propostas tem sido feitas para a implantação da Telemedicina. Pode-se perceber isso com o Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde que objetivou equipar as Unidades Básicas Saúde (UBS) com aparatos de informática. Em 2014, como reforço a este programa, a publicação de duas portarias pelo Ministério da Saúde (MS) estimulou as UBS a utilizarem os métodos de Telessaúde rotineiramente ao criar novos Núcleos de Telessaúde estaduais. Com isto, o MS implementa a estratégia de Telessaúde como uma ferramenta do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, há dificuldades na implantação efetiva, haja vista que a saúde do cidadão envolve além de aspectos monetários, os aspectos sociais e éticos. Desta forma, a atuação apenas do MS não é suficiente, uma vez que se necessita de uma grande articulação intersetorial com os polos de tecnologia, educação, inovação e ciência. O atual panorama da saúde brasileira denuncia essa falta de conexão. Assim, o papel do Estado no SUS seria de mediar os interesses econômicos com o bem-estar e a privacidade do cidadão. Ademais, com estabelecimento da Telemedicina deve-se ter um preparo prévio da população que irá receber esta inovação uma vez que há quebra dos parâmetros da atuação da medicina tradicional. A relação médico-paciente tão esperada por alguns pacientes, não será a mesma, visto que o suporte não será presencial. A difícil implantação permeia os aspectos éticos, uma vez que a privacidade, o consentimento, a segurança e a confidencialidade dos pacientes estão são parâmetros a se analisar neste novo panorama. Conclusão: o Brasil dispõe do SUS, que preza por equidade, igualdade e qualidade no atendimento. Tais valores são difíceis de serem acatados uma vez que o Brasil enfrenta questões políticas além da grande extensão territorial, assim sendo, a telemedicina seria de grande valia para equiparar as diferenças da disponibilidade dos serviços de saúde brasileiros. Palavra

    Insulina inalatória como nova opção para o tratamento

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    Introdução: O diabetes mellitus (DM) é um grupo de distúrbios sistêmicos que apresentam hiperglicemia e desordem metabólica decorrente de defeitos na fisiologia da insulina. Classifica-se em tipo 1, quando a gênese do processo se dá pela destruição das células βpancreáticas, e tipo 2, quando ocorre defeito de secreção ou distúrbio na ação da insulina. A terapia medicamentosa, essencial no DM tipo 1 e frequente no DM tipo 2, dispõe de um grande arsenal de fármacos que induzem hipoglicemia ou impedem hiperglicemia. Nesse contexto, as insulinas (fármacos hipoglicemiantes) são de grande valia para o controle da glicemia. No Brasil estão disponíveis para uso rotineiro a insulina subcutânea (SC) (ação rápida, curta, intermediária e longa) e, a partir do ano de 2019, inalatória (IN) (ação rápida). Muitos médicos desconhecem as propriedades da IN e, por isso, faz-se importante revisá-las no cenário atual. Objetivo: Conhecer as indicações, características farmacológicas, modo de uso e vantagens e desvantagens da IN no tratamento do DM. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Foi realizada pesquisa bibliográfica nos bancos de dados SciELO, LILACS e MEDLINE, através dos seguintes descritores: diabetes mellitus, tratamento medicamentoso, insulina. Foram selecionados artigos científicos em língua vernácula e estrangeira para a elaboração do resumo. Resultados: A absorção da IN é mais veloz que da SC, permitindo uma ação mais rápida (ainda que mais curta) do fármaco, dinâmica essa mais próxima da fisiológica. Também, apresenta eficácia de efeito hipoglicemiante pós-prandial equivalente à SC. Uma vez que a farmacocinética envolve a absorção no parênquima pulmonar, é indicada para pacientes que não possuam doenças pulmonares crônicas. Alguns ensaios clínicos demonstraram leve superioridade da SC na redução da hemoglobina glicada (HG) em pacientes em longo uso de terapia medicamentosa, contudo a IN também foi capaz de manter os níveis de HG recomendados pelas diretrizes. Sugere-se que o índice de episódios de hipoglicemia em pacientes com DM tipo 1 seja equivalente entre IN e SC e até menor em indivíduos com DM tipo 2. Quanto ao ganho de peso, os resultados são descoincidentes: a maioria deles conclui que o ganho é semelhante entre terapia com IN e SC, enquanto alguns poucos alegam menor ganho com IN. A tosse é possivelmente o efeito adverso mais comum da IN e mostra-se em frequência superior quando comparada a SC, sendo mais comum no início da terapia e com tendência a atenuar-se em frequência e severidade ao longo do uso. Ao contrário do uso de SC, a IN não associa-se a lipodistrofia, lesões cutâneas, dor e incômodo. O desenvolvimento de doenças pulmonares agudas e crônicas, neoplásicas e não neoplásicas, parece não estar relacionado com a IN, conquanto possam haver alterações em exames pulmonares (p. ex. volume expiratório forçado no primeiro segundo) durante início do uso. Conclusão: A IN chega ao Brasil como uma ferramenta interessante para o tratamento medicamentoso em diabéticos. Aém de suas contraindicações, o fator de maior peso seu uso será a preferência do paciente que, uma vez bem orientado, terá a chance de optar por uma terapia de eficácia semelhante e aparentemente mais cômoda. Assim, a maior adesão ao plano terapêutico possivelmente permitirá também maior alcance das metas e melhor controle da doença, diminuindo as consequências negativas da doença a longo prazo e aumentando a sobrevida do paciente

    LIRAGLUTIDA E OUTROS ANÁLOGOS DO GLP-1 NO TRATAMENTO DO SOBREPESO E OBESIDADE

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    Sabe-se que a obesidade é um efetivo fator predisponente de doenças crônicas não transmissíveis. A etiologia do sobrepeso e da obesidade é multifatorial, e engloba desde fatores históricos, ambientais, culturais e socioeconômicos (extrínsecos) até biológicos e genéticos (intrínsecos), sendo os extrínsecos responsáveis por até 95% da incidência dessas condições. Dessa forma, o desequilíbrio entre esses elementos suscita a ocorrência desses distúrbios. Os hábitos alimentares e o controle neuroendócrino, particularmente, perfazem fatores de natureza contrárias, mas intimamente relacionados, e de extrema relevância na gênese de tais condições. Em vista do crescimento da população com excesso de peso no Brasil e no mundo, têm-se buscado tratamento efetivo para o sobrepeso e obesidade – além do incentivo à mudança de estilo de vida. Nesse contexto, pesquisas promissoras têm estudado os análogos do GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon), atualmente utilizados para o manejo do diabetes mellitus tipo II. Recentemente, evidências sugerem que tais medicamentos têm ação também a nível cerebral no controle do apetite, estimulando a saciedade. Diante disso, esta revisão buscou estudar, por meio da análise de ensaios clínicos, os resultados da utilização dessas substâncias na promoção de perda de peso e, assim, verificar seu potencial terapêutico no sobrepeso e obesidade. Para a seleção dos artigos foram utilizados bancos de dados e descritores adequados. Diante do analisado, conclui-se que os estudos demonstram resultados positivos na perda de massa corpórea. Contudo, estudos adicionais devem surgir com o objetivo de analisar a relação benefício-prejuízo desses medicamentos, como também suas contraindicações e efeitos adversos

    A RELAÇÃO ENTRE O TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE E O RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

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    O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é definido como um distúrbio neuropsiquiátrico, que está presente em cerca de 1,2 a 5,2% da população mundial (OMS). É um transtorno com distribuição predominante em crianças e adolescentes, principalmente do sexo masculino. Fatores genéticos, epidemiológicos e psicossociais isolados ou em associação contemplam os principais fatores de risco para o desenvolvimento do distúrbio. Atualmente o manejo farmacológico do TDAH é voltado para o uso de fármacos estimulantes do sistema nervoso central (SNC). Desse modo, recentemente, têm-se discutido extensivamente acerca da relação entre o uso desses fármacos em crianças e adolescentes e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Diante disso, o presente estudo propõe analisar artigos, a fim de verificar a existência da relação proposta acima. Para a seleção dos artigos, foram utilizados bancos de dados para pesquisa bibliográfica e os descritores adequados. Dentro desse contexto, foi possível inferir que os estudos não comprovam de modo significativo a associação entre o uso de fármacos para o manejo do TDAH e o risco aumentado de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em crianças/adolescentes

    Análise do padrão de localização anatômica do câncer colorretal no Brasil desde o ano 2000

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    Objective: Before of the epidemiological importance of colorectal cancer and in the clinical implications of the tumor anatomical localization, the objective of this study is analyze, since 2000, the pattern of anatomical localization of colorectal cancer in Brazil, considering the year of notification, sex, age group, topography and ethnicity. Methods: This is a descriptive, retrospective, observational and quantitative epidemiological study, which the data were obtained by the consultation of the database of the Population-Based Cancer Registry provided by the National Cancer Institute, considering the records as of 2000. The following cities were considered the regionals representatives: Belo Horizonte, Vitória, São Paulo, Goiânia, Campo Grande, Curitiba, Porto Alegre, Aracaju, Sergipe, João Pessoa and Belém. Results: It were selected 37.209 cases between 2000 and 2011 which 14% right-sided colon cancer, 41% left-sided colon cancer and 45% rectal cancer and the sudeste was the region with larger incidence with 72% of those data. Concerning to sex, it was observed that there was an increase in all topographies. In relation to age group, it was noted that the most of the data were localized between 65 to 74 years (n=8.674) and the rectal cancer was the most incident with 3.736 cases. Conclusions: Left-sided colon cancer and rectal cancer presented higher incidence and percentage growth, however, the right-sided colon cancer indexes also stood out, mainly in the Center-West, South and Northeast. It's considered that despite the improvement in the capture of cases and the quality of data over decades, there are limitations due to under-registration.Objetivo: Diante da importância epidemiológica do câncer colorretal e das implicações clínicas da localização anatômica do tumor, tem-se como objetivo analisar o padrão de localização anatômica do câncer colorretal no Brasil, a partir dos anos 2000, considerando ano de notificação, sexo, faixa etária, topografia e etnia. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo, observacional e quantitativo, em que os dados foram obtidos por meio de consulta à base de dados do Registro de Câncer de Base Populacional disponibilizada pelo Instituto Nacional do Câncer, considerando os registros a partir do ano 2000. As cidades representantes foram: Belo Horizonte, Vitória, São Paulo, Goiânia, Campo Grande, Curitiba, Porto Alegre, Aracaju, Recife, João Pessoa e Belém. Resultados: Foram levantados 37.209 casos entre os anos de 2000 e 2011, sendo 14% câncer colorretal direito, 41% câncer colorretal esquerdo e 45% câncer retal, sendo o Sudeste a região de maior incidência com 72% dos dados. Em relação ao sexo, observou-se que houve um aumento em todas as topografias. Quanto à faixa etária, verificou-se que a maior parte dos casos se encontram entre 65 a 74 anos (n=8.674), sendo o câncer retal mais incidente, com 3.736 casos. Conclusões: O câncer de cólon esquerdo e o câncer retal, apresentaram maior incidência e crescimento percentual, entretanto, os índices de câncer de cólon direito também se destacaram, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sul e Nordeste. Pondera-se que apesar da melhoria na captação de casos e na qualidade dos dados ao longo das décadas, ainda há limitações devido ao sub-registro

    Varíola dos macacos: uma visão geral da doença reemergente no contexto atual: Human Monkeypox: an overview of the emerging disease in 2022

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    A varíola dos macacos, também conhecida mundialmente como monkeypox, era então uma rara zoonose restrita ao continente africano, porém se encontra atualmente em reemergência mundial, configurando surtos em diversos países ao redor do mundo. considerando-se a relevância atual do assunto em questão, o objetivo da presente revisão foi analisar e elucidar aspectos importantes acerca da varíola dos macacos no cenário mundial atual, dando ênfase para a epidemiologia histórica, etiologia, prevenção, quadro clínico, diagnóstico e manejo terapêutico. Para a elaboração do estudo, foram feitas pesquisas em bases de dados, selecionando-se inicialmente 17 artigos, dos quais 9 se enquadraram para a relevância da pesquisa. Por ser uma endemia atual, instalada há poucos meses, pesquisas recentes ainda são escassas na literatura mundial. A mudança no padrão epidemiológico da doença merece atenção mundial, visto que influencia diretamente na progressão dos casos por meio da transmissão secundária. Considerando-se o aumento do número de casos, medidas de prevenção devem ser instituídas globalmente, assim como novos estudos acerca de terapêuticas específicas e vacinação devem ser realizados nos próximos meses
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