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    XIBALO: A IDEOLOGIA DO TRABALHO NA ERA COLONIAL EM MOÇAMBIQUE NO SÉCULO XX

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    A entrada das potências europeias no continente africano representou um verdadeiro choque de civilizações.1 Esse choque deu-se em todos os âmbitos, cultural, político, económico, religioso e outros. O não entendimento do outro na sua singularidade esteve como principal causador dos mesmos. A visão Euro-gocêntrica e eurocentrista contribuiu para a simplificação dos povos africanos. Usando várias bibliografias, discutimos a exploração da força do trabalho em África, em particular em Moçambique pelos portugueses. Demonstramos as metamorfoses que foram se verificando ao longo dos tempos e os argumentos morais que sempre estiveram associados a lógica da exploração da mão-de-obra dos ditos indígenas (negros). Defendemos que o discurso civilizador e evangelístico foram e continuam constituindo uma falácia. O verdadeiro interesse colonial esteve sempre em subjugar os povos africanos e tirar maior proveito da mão-de-obra local e dos recursos

    Extractivism in Mozambique: Building Other Debates

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    O texto apresenta uma proposta ampla de debate sobre os contornos e dinâmicas da exploração dos bens naturais em Moçambique. O desenvolvimento do debate aqui proposto apresenta-se de forma crítica relativamente ao modelo de desenvolvimento aderido pelo país que, à semelhança dos vários países do mundo, configura-se como um modelo extrativista e lucrativista de desenvolvimento com traços essencialmente capitalistas. Faz-se crítica das posições acadêmicas e políticas no país, que não se propõem a transpor as barreiras dos conceitos convencionais de desenvolvimento e exploração dos bens naturais, não demonstrando, desse modo, quaisquer sinais de ruptura e questionamento a esses modelos. No artigo, debateremos caminhos e propostas para novas ações em torno da exploração dos bens, considerando várias experiências mundiais, em particular de países da América Latina. Esses debates encerram-se em variáveis que o PIB não pode captar, no caso de questões ecológicas, por exemplo.This text presents a comprehensive proposal to debate the contours and dynamics of natural resources exploitation in Mozambique. The development of the debate proposed here presents a critique for the development of Mozambique, by various countries of the world, as an extractive and lucrative development model with essentially capitalist traits. It criticizes academic and political positions in the country which do not try to overcome the barriers of conventional development concepts and exploitation of natural resources, thus not demonstrating any signs of disruptions and questioning of this model. In the article, we will discuss ways and proposals for further action in the holding of assets, considering various global experiences, particularly from Latin America. These discussions contain within them variables that GDP could not capture, such as ecological issues

    EXPANDIR SEM DEMOCRATIZAR: DA EXPANSÃO PRIVADO/MERCANTIL DA EDUCAÇÃO AO MITO DA DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR EM MOÇAMBIQUE.

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    Este artigo visa refletir em torno do modelo de expansão da educação superior em Moçambique nos últimos dez anos (2004-2014). Buscamos no mesmo, demonstrar o que se forja no país desde a última década, um modelo de expansão de educação superior marcado pelo crescente predomínio de interesses privado/mercantis, que desafiam a regulação estatal de caráter pública e nos levam a questionar o mito de que, o crescimento e expansão da educação superior em Moçambique sejam sinônimos de democratização do acesso ao ensino superior para todos os moçambicanos, independentemente do seu extrato social e econômico. Para refletir sobre os dados estatísticos do ensino superior em Moçambique (no que concerne ao número de instituições de ensino superior, públicas e privados e número de matriculados em cada uma delas), usaremos categorias analíticas como as de expansão e democratização trazidas por Alfredo de Sousa (1996), de educação/mercadoria e mercadoria/educação referenciadas por Valdemar Sguissardi (2008) e por último mostraremos como este modelo de expansão interfere e destorce as funções da universidade mencionadas por Anísio Teixeira (1969; 1998), e enfatiza a predominância de um modelo mercantil de fins lucrativo no mercado educacional nacional, que torna a democratização do acesso ao ensino superior um mito bem distante de acontecer na vida das populações excluídas e vulneráveis da sociedade moçambicana

    Extrativismo em Moçambique: construindo outros diálogos

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    This text presents a comprehensive proposal to debate the contours and dynamics of natural resources exploitation in Mozambique. The development of the debate proposed here presents a critique for the development of Mozambique, by various countries of the world, as an extractive and lucrative development model with essentially capitalist traits. It criticizes academic and political positions in the country which do not try to overcome the barriers of conventional development concepts and exploitation of natural resources, thus not demonstrating any signs of disruptions and questioning of this model. In the article, we will discuss ways and proposals for further action in the holding of assets, considering various global experiences, particularly from Latin America. These discussions contain within them variables that GDP could not capture, such as ecological issues
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