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INVENTÁRIO DA POLUIÇÃO SONORA NO ENTORNO DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FUMEC
Este trabalho consiste no resultado do projeto de iniciação científica denominado “Inventário da poluição sonora no entorno do campus da Universidade Fumec” elaborado pelo grupo Ecos, integrante do programa PROPIC (Programa de Pesquisa e Iniciação Científica) nos anos de 2010 e 2011 da Universidade FUMEC.Foi discutida a metodologia utilizada no estudo, noções básicas de acústica física, definições sobre o nível de pressão sonora, sua expressão matemática, conceitos e os impactos da poluição sonora na saúde e bem estar seres vivos. Posteriormente foi realizada a analise crítica das influências externas e conclusão sobre a condição ambiental em relação aos níveis de ruído, com base no conjunto de dados gerados pelas medições realizadas em campo
Hiperacumulação de arsênio em Pityrogramma calomelanos (L.) Link (Pteridaceae): mecanismos morfofisiológicos de tolerância
Arsenic (As) is a metalloid ubiquitously distributed in the environment. The presence of As in drinking water is a serious health problem in many countries due to its genotoxic and mutagenic effects. The cleanup of contaminated water and soils requires the use of appropriate remediation techniques to prevent possible impacts on the ecosystems. As- hyperaccumulating ferns provide the possibility of developing cost-effective, and ecofriendly As phytoremediation programs. Pteris vittata L. was the first As hyperaccumulating fern described, and has been widely studied. Pityrogramma calomelanos L. (Link) is a less known hyperaccumulating fern that grows naturally in As-contaminated sites. This study aimed to characterize the morphoanatomical and physiological mechanisms involved in As accumulation and tolerance in P. calomelanos. Three experiments (E1, E2 and E3) were performed using ferns at different stages of development and exposed to As (E1: 1 mM As; E2-E3: 1, 10, and 30 mM As) for two (E2) or three (E1 and E3) weeks. Arsenic was supplied as a solution of sodium arsenate and was added to Hoagland’s nutrient solution (1/2 strenght). Plants grown in solution without As were used as control. The chlorophyll (chl) a fluorescence was evaluated by Imaging-PAM fluorometer (E2) and Mini-PAM portable fluorometer (E3; only dark parameters), and the chl content was estimated by portable chlorophyll meter (SPAD) in E1. At the end of the experiments, plants were sampled for physiological (E1 and E3), microscopic (E2), chemical (E1-E3) and micro-energy dispersive X-ray fluorescence spectrometry (μ-EDXRF) (E1 and E3) analyses. Pityrogramma calomelanos showed a high potential to As uptake, translocation and accumulation. Arsenic concentrations in fronds ranged from 3000 to 12000 mg kg-1 dry weight (DW) and was higher in E3. Plants exposed to 1 mM As (E1), ferns accumulated As mainly in pinnae (75 % as arsenite), whereas roots and stipes showed similar As contents (95 % and 74 % as arsenate, respectively). Arsenic partition was similar between E1 and E2, whereas in E3, stipes and roots showed As concentrations higher than those found in pinnae at 10 and 30 mM As in solution. Arsenic reduced the P concentrations in ferns of E1, but not in those from E2 and E3. In E1, As reduced the content of K, Fe and Mg, and the translocation of K and S. Arsenic did not change chl content in plants from E1 and E3, however, differences were observed in chl a fluorescence of plants exposed to 10 and 30 mM (E2). Ferns showed reduction in DW of pinnae at 30 mM As (E2), and apical and marginal necrosis in old fronds at 10 and 30 mM As (E2 and E3). In an anatomic view, these ferns (E2: 10-30 mM As) showed increase in phenols (healthy pinna areas) and tissue disruption mainly in the pinnule margins and near the secondary veins (necrotic pinna areas). Arsenic induced slight alterations in the radicular system (E2), such as progressive darkening of the root, detachment of border-like cells, increase in cell wall thickness and accumulation of granular compounds in cortical cells at 30 mM As. The μ-EDXRF analysis confirmed that As was preferentially located in apical and marginal regions of pinnules and around the veins. Pityrogramma calomelanos showed an efficient antioxidant defense system, as observed by the increase in the activities of antioxidant enzymes (E1 and E3) and increase in non-protein thiols (E1), phenols (E2 and E3), and other scavenging molecules (E3), especially in pinnae. At extremely high As concentrations (e.g. 30 mM As) these protective mechanisms became inefficient, increasing the concentration of oxygen reactive species and culminating in lipid peroxidation in fronds (E3). Roots exposed to 1 mM As also showed increase in lipid peroxidation. In E3, As accumulation promoted reduction or maintenance of metabolites associated with central carbon metabolism (e.g. glucose) and increased the total concentration of amino acids and proteins. Amino acids up-regulated by As were associated with S metabolism, photorespiration, osmoprotection and secondary metabolite biosynthesis. Altogether, these findings indicate that P. calomelanos can be successfully used for remediation of moderate As-contaminated sites. Adult plants with higher biomass (e.g. 5-7 fronds - E3) are preferable due to their higher potential to extract As from the medium. Experiments with low-dose and long-time exposures (chronic exposure) are needed to clarify the dose-response-mediated mechanisms of As-tolerance in P. calomelanos, in order to improve its performance in the field. The harvesting of plants as soon as the appearing of visual symptoms, such as necrosis and shriveling of young fronds, can also improve the phytoremediation efficiency.Arsênio (As) é um metaloide amplamente distribuído no meio ambiente. A sua presença em água potável constitui um sério problema de saúde pública em diversos países devido aos seus efeitos mutagênicos e genotóxicos. A descontaminação de águas e solos requer o uso de tecnologias apropriadas de remediação de modo a prevenir ou reduzir os impactos no ecossistema. A utilização de monilófitas hiperacumuladoras de As possibilita o desenvolvimento de programas de fitorremediação menos onerosos e com melhor preservação ambiental. Pteris vittata L. foi a primeira hiperacumuladora descrita e tem sido amplamente estudada. Pityrogramma calomelanos L. (Link) por sua vez é uma hiperacumuladora menos conhecida, naturalmente encontrada em sítios contaminados com As. Esse trabalho teve como objetivo caracterizar as respostas morfoanatômicas e fisiológicas envolvidas no acúmulo e na tolerância ao As em P. calomelanos. Três experimentos foram conduzidos (E1, E2 e E3) utilizando esporófitos em diferentes estágios de desenvolvimento e expostos ao As (E1: 1 mM As; E2-E3: 1, 10, e 30 mM As) durante duas (E2) ou três (E1 and E3) semanas. As plantas foram cultivadas em solução nutritiva de Hoagland (1/2 F) e o As foi adicionado à solução na forma de arsenato de sódio. Plantas crescidas em solução sem adição de As foram usadas como controle. A fluorescência da clorofila a foi avaliada com auxílio de fluorômetro de imagem, Imaging-PAM (E2), ou fluorômetro portátil, Mini-PAM (E3; apenas parâmetros do escuro), e a concentração de clorofila foi estimada usando um medidor de clorofila portátil (SPAD) durante E1. Ao final dos experimentos, foram coletadas amostras para as análises fisiológicas (E1 e E3), microscópicas (E2), químicas (E1-E3) e de microfluorescência de raios-X com energia dispersiva (μ-EDXRF) (E1 e E3). Pityrogramma calomelanos apresentou elevado potencial de absorção, translocação e acúmulo de As. Concentrações de As nas frondes variaram de 3000 a 12000 mg kg-1 de massa seca (MS), sendo maiores para as plantas do E3. Em baixa dose de As (1 mM) as plantas acumularam As principalmente nas pinas (75 % arsenito), enquanto estipes e raízes apresentaram conteúdos de As próximas (74 e 95 % arsenato, respectivamente). Em E2, a partição de As foi semelhante a do E1, entretanto, em E3 estipes e raízes apresentaram concentrações de As tão altas quanto às pinas, em plantas expostas a 10 e 30 mM As. O As reduziu a concentração de P em plantas do E1, mas não alterou naquelas do E2 e E3. Em E1, As reduziu o conteúdo de K, Fe e Mg, bem como a translocação de K e S. A concentração de clorofila não foi alterada em plantas do E1 e E3, entretanto foram observadas diferenças na fluorescência da clorofila a em plantas expostas a 10 e 30 mM As (E2). Plantas apresentaram menor MS de pinas (E2: 30 mM As), e necroses marginais e apicais em frondes mais velhas (E2 e E3: 10 e 30 mM As). A análise anatômica destas plantas revelou o maior acúmulo de fenóis (áreas aparentemente sadias da pina) e colapso de tecidos principalmente na margem de pínulas e próximo às nervuras secundárias (áreas necróticas da pina). O As induziu alterações sutis em raízes (E2), como o escurecimento progressivo, despreendimento de células da coifa lateral aumento da espessura da parede celular e acúmulo de compostos granulares em células corticais de plantas tratadas com 30 mM As. A concentração de As na região apical e marginal das pinas, e ao redor de feixes vasculares, foi confirmada pelas análises de μ- EDXRF. Pityrogramma calomelanos apresentou um eficiente sistema de defesa antioxidante, demonstrado pelo aumento na atividade de enzimas antioxidantes (E1 e E3), de tióis não proteicos (E1), fenóis (E2 e E3), e outras moléculas antioxidantes (E3), especialmente na pina. Em doses elevadas, entretanto, os mecanismos de proteção se tornaram ineficientes ocasionando o aumento da produção de espécies reativas de oxigênio e da peroxidação lipídica na pina (E3), a qual também foi observada em raízes expostas a 1 mM As (E1). Em E3, a acumulação de As reduziu ou manteve a concentração de metabólitos associados ao metabolismo central de carbono (ex. glicose) e aumentou a de aminoácidos e proteínas totais. Aminoácidos envolvidos com o metabolismo de S, fotorrespiração, osmoproteção e síntese de compostos secundários foram os principais alvos do As. A análise conjunta dos resultados mostra que P. calomelanos pode ser usada com sucesso na remediação de sítios com contaminação moderada de As. Plantas com maior biomassa (ex. 5-7 fronds – E3) são preferíveis devido ao seu maior potencial de extração. Experimentos com exposição crônica são necessários para esclarecer os mecanismos dose-dependentes de tolerância ao As, aprimorando o desempenho de P. calomelanos em campo. A remoção da parte aérea das plantas tão logo apareça sintomas de toxidez (necroses e murcha) contribuirá para uma fitorremediação mais eficiente.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerai
Morphophysiological responses in plants of Borreria verticillata (Rubiaceae) exposed to different doses of arsenic and phosphorus
Plantas que crescem em ambientes contaminados com arsênio podem exibir estratégias de tolerância a esse elemento, as quais são selecionadas durante a evolução da espécie. Este trabalho teve como objetivo comparar o acúmulo e a translocação de arsênio (As) e fósforo (P) em plantas de Borreria verticillata, provenientes de locais contaminados (MG) e não contaminados (MP) com As, e caracterizar as alterações morfoanatômicas e fisiológicas da espécie em resposta a esse poluente. Plantas de B. verticillata foram cultivadas em sistema hidropônico e expostas a diferentes doses de As (0, 33, 66 e 132 μM) e P (0,5; 1,0 e 1,5 mM). Após doze dias de exposição, foram mensurados os parâmetros de fluorescência da clorofila a e coletadas amostras de folhas, para a análise do teor de pigmentos fotossintéticos e de fenóis solúveis totais (FST), e de raízes, para análise do conteúdo de FST e de aldeído malônico (MDA). Fragmentos de raízes e folhas foram coletados e fixados em Karnovsky e em formalina e sulfato ferroso para análise em microscopia de luz e para histoquímica de compostos fenólicos, respectivamente. As plantas foram secas em estufa de ventilação forçada, para a obtenção da biomassa seca, e reduzidas em moinho para a quantificação do acúmulo de As e P, em espectrofotômetro de absorção atômica com plasma indutivamente acoplado. Os teores de As e P foram utilizados para o cálculo dos fatores de bioacumulação (FB) de As e de translocação (FT) de As e P. Ao final do experimento, a parte aérea das plantas não apresentava sintomas visuais como cloroses ou necroses. O As não alterou a concentração de clorofilas e não promoveu danos anatômicos nas folhas das plantas de ambas as populações. O sistema radicular foi bastante afetado apresentando sinais de estresse oxidativo e alterações no desenvolvimento de primórdios radiculares em respostas ao arsênio. O As promoveu o aumento do conteúdo de MDA nas raízes das plantas de ambas as populações e de FST na raiz das plantas da MP. As raízes das plantas do MG do tratamento controle apresentaram um maior nível de FST e um menor conteúdo de MDA. As plantas da MP cultivadas em solução nutritiva com 0,5mM de P se mostraram mais sensíveis ao As que as plantas do MG, apresentando sinais de murcha, decréscimo da biomassa seca, alteração no formato de elementos de vaso e redução expressiva da dissipação fotoquímica. As plantas do MG exibiram um menor acúmulo de As e uma maior concentração de P nos tecidos, especialmente em baixo nível de P, o que se traduziu em menores alterações morfofisiológicas em resposta ao arsênio. Acredita-se que a maior tolerância ao As das plantas do MG esteja associada ao maior nível constitutivo de compostos fenólicos e à regulação mais apurada do sistema de transporte de fosfato/arsenato.It was observed that some plants growing on arsenic-contaminated sites exhibit specific strategies of arsenic tolerance, which are selected during evolution. Considering that, the aim of this study was compare the accumulation and translocation of arsenic (As) and phosphorus (P) in Borreria verticillata plants from arsenic-contaminated (MG) and uncontaminated (MP) sites, and characterize some physiological and morphoanatomic changes in response to this pollutant. Plants of B. verticillata were grown under hydroponic conditions and exposed to different As (0, 33, 66 and 132 μM) and P (0,5; 1,0 and 1,5 mM) levels. After twelve days of exposure, the parameters of chlorophyll fluorescence were measured, leaf samples were collected for photosynthetic pigments and total soluble phenolics (TSP) content analysis, while root samples in turn, were collected for (TSP) and malondialdehyde (MDA) content analysis. Fragments of roots and leaves were collected and fixed in Karnovsky and formalin and ferrous sulfate for light microscopy and histochemistry of phenolic compounds analysis, respectively. For dry biomass evaluation, plants were oven dried, ground in a mill and subsequently weight. As and P accumulation analysis were performed from dried samples by inductively coupled plasma optical emission spectrometer, and the results provided were used for As bioaccumulation factor (BF), as well as As and P translocation factors (TF). At the end of the experiment, shoots had no visual symptoms such as chlorosis or necrosis. Exposure to arsenic did not alter chlorophyll contents, and no anatomical damage was observed in leaves of both populations. On the other hand, the root system was visible affected by As, with signs of oxidative stress and changes in root primordia development. Treatment with the metalloid increased MDA content in roots of both populations, and TSP content only in roots of MP plants. Plant of MG showed a higher level of TSP and lower MDA content in the roots, in the control treatment, than MP plants. A higher sensitivity to As was observed in MP plants grown in nutrient solution containing 0.5 mM P, compared to MG plants under the same P treatment, which showed symptoms of wilting, biomass reducing, changes in vessel elements shape, and a substantial reduction of photochemical dissipation. In addition, MG plants exhibited lower As accumulation and higher P content in their tissues, especially at low P levels, which resulted in reduced morphophysiological changes by As treatment. Higher As tolerance observed in MG plants might be associated with higher constitutive phenolic levels and more accurate regulation of the phosphate/arsenate transport system.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação antiga, sem ficha catalog
Acúmulo e efeitos fitotóxicos do flúor em folhas de boldo-gambá e capim-cidreira utilizadas para chás
O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de acúmulo de fluoreto em folhas de boldo-gambá (Plectranthus neochilus) e capim-cidreira (Cymbopogon citratus), determinar o percentual de liberação do poluente por meio da infusão e caracterizar, visual e microscopicamente, os danos foliares causados pelo poluente. Mudas das duas espécies foram submetidas a nevoeiro simulado com fluoreto de potássio. O acúmulo de fluoreto na matéria seca foi mensurado com eletrodo específico em folhas lavadas e não lavadas, infundidas e não infundidas. O percentual de flúor disponibilizado nos chás foi superior para capim-cidreira, embora essa espécie apresente acúmulo de flúor menor que o boldo-gambá. Não foram observados sintomas visuais nas folhas das espécies estudadas, mas ao microscópio eletrônico de varredura, constatou-se a alteração da turgidez das células epidérmicas, ruptura da cutícula e deformação de estômatos e tricomas. O elevado teor de fluoreto nas folhas de C. citratus e P. neochilus e a ausência de sintomas visuais evidenciam que as espécies são tolerantes ao poluente. A lavagem das folhas em água é ineficiente para a remoção do flúor. O acúmulo e a liberação diferenciais de flúor estão relacionados às características morfoanatômicas das espécies analisadas.The objective of this work was to evaluate the fluoride accumulation in leaves of blue coleus (Plectranthus neochilus) and lemongrass (Cymbopogon citratus), the percentage of fluoride released through infusion and to characterize visually and through microscopy the injuries caused by the pollutant. Saplings of the species were subjected to a simulated fog with potassium fluoride. Fluoride accumulation in dry matter was measured by a specific electrode in washed and unwashed leaves, subjected and not subjected to infusion. The percentage of available fluorine in teas was higher for lemongrass leaves, even though this species shows a lower fluorine accumulation than blue coleus. No visible symptoms were observed in leaves of either species, although changes in turgidity of the epidermal cells, cuticle rupture and trichome and stomata deformation were observed through scanning electron microscopy. The high contents of fluoride in leaves of C. citratus and P. neochilus and the absence of visual toxicity symptoms reveal that these species are tolerant to the pollutant. Washing the leaves in water is inefficient to remove fluoride. Differences in accumulation and release of fluorine are related to the morpho-anatomical characteristics of the species studied
Rudgea viburnoides (Rubiaceae) overcomes the low soil fertility of the Brazilian Cerrado and hyperaccumulates aluminum in cell walls and chloroplasts
Rudgea viburnoides (Cham.) Benth. is an aluminum (Al) hyperaccumulator species native to the Brazilian Cerrado and can be found on soils with different fertilities and Al availabilities. We studied the relationship between the chemical composition of different soils and the Al and nutrient concentrations in the species. Histolocalization of Al and its probable complexation with phenols were investigated. Aluminum in R. viburnoides roots, stems and leaves was detected through histochemical tests, confocal microscopy, and X-ray microanalysis. Phenol localization and concentration were determined, as was the plant nutritional status. Despite the low soil fertilities, nutrient concentrations in vegetative organs were high. Even with the differences in Al availability in the soils, R. viburnoides accumulated more than 10 g Al kg−1 DW on leaves. Pectocellulosic cell walls were preferential sites for Al deposition, but the metal also accumulated in suberized cell walls and chloroplasts. Aluminum localization coincided with Si distribution in cell walls and phenol distribution in the cytosol. Rudgea viburnoides has a great ability to absorb nutrients from poor soils and the hyperaccumulation of Al is independent of the metal availability in the soil. Aluminum accumulation on the phellem and chloroplasts was described for the first time in this species
Arsenic hyperaccumulation in Pityrogramma calomelanos L. (Link): adaptive traits to deal with high metalloid concentrations
Pityrogramma calomelanos is interestingly the single non-Pteris arsenic (As)-hyperaccumulating fern. It has been pointed as a potential species for phytoremediation and a model plant to study the As toxicity and its mechanisms of action. In order to investigate the morphoanatomical traits associated to As tolerance, P. calomelanos plants were exposed to different As concentrations in hydroponic solution. At low As dose (1 mM As), 90% of the As accumulated in plants was allocated in shoots, and no symptoms of As stress were observed in fronds and roots. Under higher As exposure (10 and 30 mM As), 81–74% of the total As in plants was present in shoots, and apical and marginal necroses on pinnae were observed. Anatomical observations showed that As induces damages mainly in the secondary veins and adjacent cells. High amounts of phenols were observed in pinna tissues of control and treated plants. In the roots, As promoted slight alterations as detachment of border-like cells and accumulation of granular substances in cortical cells. The high root-to-shoot As translocation and the constitutive presence of phenols and border-like cells protecting the root tips showed to be adaptive traits that allow P. calomelanos to survive in contaminated sites
Effects of emissions from an aluminium smelter in a tree tropical species sensitive to fluoride
Fluoride is among the most phytotoxic atmospheric pollutants, commonly linked to the appearance of lesions in susceptible plants around emitting sources. In order to assess the effects of fluoride on leaves of Spondias dulcis Parkinson (Anacardiaceae), plants were examined 78 km (non-polluted area) and 0.78 km (polluted area) from an aluminium smelter. The level of fluoride increased with the exposure time of the plants in the polluted area. On the third day of exposure in the polluted area, necroses with typical colouration were observed. Micromorphological damage began at the abaxial epidermis, mainly associated with the stomata. Starch grain accumulation was more pronounced in the midrib. The cell membranes and chloroplasts were greatly affected by the pollutant. We observed accumulation of phenolic compounds and electron-dense material at the boundaries of the ending veinlets. The microscopic events described precede the appearance of symptoms and are therefore of prognostic value in predicting injury by fluoride and will be useful as biomarkers. The high sensitivity of S. dulcis to fluoride and the specificity of the symptoms confirm, for the first time, in an experiment of active biomonitoring, the potential of this species as a bioindicator
Avaliação do impacto da nova rotulagem na indústria de alimentos
As embalagens desempenham um papel fundamental na indústria de alimentos devido às suas várias funções, além de contribuir como fonte de informações aos consumidores. Com o intuito de promover a proteção à saúde da população, foi publicada em 2020, a RDC n° 429 cujo objetivo é estabelecer uma nova norma sobre rotulagem nutricional de alimentos para evoluir, melhorar a clareza e a legibilidade das informações nutricionais dispostas nos rótulos dos alimentos. A principal alteração dessa legislação é o estabelecimento dos painéis no rótulo frontal dos produtos embalados, que são símbolos informativos instituídos para esclarecer o consumidor sobre o alto teor de nutrientes (açúcar, gordura e sódio). Nesse contexto, objetivou-se avaliar o andamento das modificações que devem ser realizadas pela indústria de alimentos em relação à elaboração dos novos rótulos, seguindo a nova legislação de rotulagem, assim como o impacto dessas alterações. Para avaliar este impacto, foi aplicado um questionário semiestruturado e a análise descritiva foi realizada utilizando o software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Verificou-se que 93,8% dos colaboradores das indústrias estavam cientes da nova legislação de rotulagem de alimentos e que 75,0% das empresas que participaram da pesquisa possuem pelo menos um ingrediente com alto teor que deve ser identificado no painel frontal. Além disso, 93,8% das indústrias participantes do estudo já estão trabalhando na modificação dos rótulos de seus produtos e, isso pode estar relacionado ao porte das indústrias das quais foram obtidas as respostas sendo essas de médio e grande porte (62,6%) uma vez que elas têm até outubro de 2023 para adequarem seus produtos aos novos requisitos da legislação. Dentre os principais impactos da nova legislação de rotulagem de alimentos, os mais citados foram o elevado gasto com alterações (68,8%) como custos de análise laboratorial em caso de alterações na formulação do produto, com análises físico-químicas, microbiológicas e sensorial para avaliar a aceitabilidade do produto, possível marketing negativo para a empresa que possuir, principalmente, os painéis frontais (56,7%) e não conseguir elaborar os rótulos até a data prevista para a legislação entrar em vigor (43,8%). A maioria das indústrias, 93,8%, também acredita que as alterações previstas na nova legislação de rotulagem irão impactar o comportamento dos consumidores por meio, principalmente, da redução do consumo de produtos com alto teor de açúcar, gordura e, ou sódio
Arsenic toxicity in Acacia mangium willd. and mimosa Caesalpiniaefolia benth. seedlings
Acacia mangium and Mimosa caesalpiniaefolia are fast-growing woody fabaceous species that might be suitable for phytoremediation of arsenic (As)-contaminated sites. To date, few studies on their tolerance to As toxicity have been published. Therefore, this study assessed As toxicity symptoms in A. mangium and M. caesalpiniaefolia seedlings under As stress in a greenhouse. Seedlings of Acacia mangium and M. caesalpiniaefolia were grown for 120 d in an Oxisol-sand mixture with 0, 50, 100, 200, and 400 mg kg-1 As, in four replications in four randomized blocks. The plants were assessed for visible toxicity symptoms, dry matter production, shoot/root ratio, root anatomy and As uptake. Analyses of variance and regression showed that the growth of A. mangium and M. caesalpiniaefolia was severely hindered by As, with a reduction in dry matter production of more than 80 % at the highest As rate. The root/shoot ratio increased with increasing As rates. At a rate of 400 mg kg-1 As, whitish chlorosis appeared on Mimosa caesalpiniaefolia seedlings. The root anatomy of both species was altered, resulting in cell collapse, death of root buds and accumulation of phenolic compounds. Arsenic concentration was several times greater in roots than in shoots, with more than 150 and 350 mg kg-1 in M. caesalpiniaefolia and A. mangium roots, respectively. These species could be suitable for phytostabilization of As-contaminated sites, but growth-stimulating measures should be used