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    Prevalência das complicações da cirurgia de catarata em campanha assistencial/Prevalence of the complications of cataract surgery performed in an assistential campaign

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    O processo de envelhecimento populacional é uma tendência mundial e traz, como consequência, o aumento da prevalência das doenças crônicas, dentre as quais se destaca a catarata. O objetivo do presente estudo foi identificar a prevalência das complicações relacionadas a cirurgia de catarata realizada em campanha assistencial. Realizou-se um estudo retrospectivo longitudinal, envolvendo a revisão dos prontuários referentes aos olhos que haviam sido submetidos a facectomia realizada em regime de campanha. Após serem separados aqueles em que se detectou complicações per e pós-operatórias, obteve-se um número de 67 casos, que foram catalogados conforme dados do paciente e do olho operado, em cada etapa do tratamento. Após a análise dos dados compilados, pode-se observar que, independentemente do tipo e da quantidade de complicações, os benefícios da facectomia, quando bem indicada, são indiscutíveis. Além disso, nota-se que as mais graves e definitivas complicações são as menos frequentes, justificando assim o risco-benefício do procedimento proposto. No entanto, este estudo mostra a necessidade de reflexão por parte de muitos cirurgiões quanto a importância de um bom seguimento pós-operatório, bem como de uma pesquisa da rede de apoio ao paciente, visando evitar a perda do acompanhamento

    Estudo de toxicidade retiniana após injeções intravítreas seriadas de infliximabe em olhos de coelhos

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    OBJETIVO: Determinar os níveis de toxicidade de duas e três aplicações intravítreas de infliximabe na retina de coelhos albinos, por meio de exames clínicos oftalmológicos, eletrorretinográficos e histológicos. MÉTODOS: Foram utilizados doze coelhos albinos divididos em dois grupos. No primeiro grupo de 10 coelhos, cada olho recebeu duas (n=10 olhos) ou três injeções (n=10 olhos) intravítreas de 2 mg de infliximabe dissolvidos em 0,06 ml de solução salina, em intervalos mensais. Um segundo grupo de dois coelhos, que serviu como grupo controle (n=4 olhos), foram submetidos a duas e três aplicações intravítreas de BSS. Noventa dias após, os coelhos foram novamente submetidos a exame oftalmológico (biomicroscopia, oftalmoscopia e tonometria), eletrorretinográfico e, após enucleados, a exame histológico. RESULTADOS: O exame biomicroscópico e oftalmoscópico não revelou anormalidades retinianas nos olhos injetados com infliximabe e no grupo controle. Alteração histológica notada foi a presença de raros linfócitos e eosinófilos no vítreo posterior em quatro e em seis olhos submetidos a duas e três aplicações de infliximabe sem significado clínico. A única alteração clinicamente significante foi uma reação inflamatória severa com presença de exsudatos vítreos na interface vítreo retiniana e discreto edema de células ganglionares nos dois olhos de um único coelho, sem alterações no vítreo posterior. Os exames eletrorretinográficos mostraram amplitudes em média 12-13% menores daquelas obtidas antes do tratamento, contudo não houve nenhuma diferença estatisticamente significante quando comparamos as amplitudes e a latencia entre os achados electrorretinográficos pré e pós-tratamento. CONCLUSÃO: Duas e três aplicações intravítreas de infliximabe em olhos de coelhos em intervalos mensais, na dosagem de 2 mg, não provocam alterações significantes após um seguimento de noventa dias, quer no exame histológico, na eletrorretinografia e na avaliação clínica oftalmológica. Conclui-se que doses seriadas de infliximabe por via intravítrea é um procedimento seguro. Estudos clínicos em humanos devem ser realizados para melhor avaliação da segurança do seu uso no tratamento de determinadas doenças que acometem a retina e a coroide

    Alterações retinianas apresentadas em pacientes portadores de hemoglobinopatia falciforme atendidos em um Serviço Universitário de Oftalmologia

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    OBJETIVOS: Identificar os principais achados fundoscópicos em pacientes portadores de anemia falciforme encaminhados a um Serviço Oftalmológico de Referência em Goiânia (GO). MÉTODOS: Foram realizados exames oftalmológicos em 50 pacientes (100 olhos) portadores de hemoglobinopatia falciforme para observar quais as alterações retinianas mais comuns nesse grupo. RESULTADOS: O tipo de hemoglobinopatia mais encontrado foi o SS, seguido pelas hemoglobinopatias SC, AS e Sthal. Dentro da amostra estudada, 22% apresentaram alterações retinianas. Destes 73% eram do sexo masculino. A alteração retinianas encontradas foram: "sea fan", "black sunburst", hemorragia vítrea e descolamento de retina. Em relação à classificação da retinopatia, 73% apresentaram a forma proliferativa, sendo vista nos tipos AS e SC e 27% apresentaram a forma não-proliferativa da retinopatia, sendo vista nos portadores do tipo SS. CONCLUSÃO: Foi observado elevado número de pacientes com alterações retinianas na amostra estudada, sendo o maior número em portadores da hemoglobinopatia SC, seguido dos grupos AS e SS. As alterações proliferativas foram as mais observadas. Hemorragia vítrea e descolamento de retina foram as manifestações proliferativas de maior prevalência e mostraram ser mais frequente em portadores da hemoglobinopatia SC na população estudada
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