20 research outputs found

    Vaccination in patients from Brasília cohort with early rheumatoid arthritis

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    Introdução: Os pacientes com diagnóstico de artrite reumatoide (AR) apresentam risco aumentado de infecções. A vacinação é uma medida preventiva recomendada. Não há estudos avaliando a prática da vacinação nos pacientes com AR inicial. Objetivos: Avaliar a frequência de vacinação e a orientação (feita pelo médico) sobre vacinas entre os pacientes com diagnóstico de AR inicial. Métodos: Estudo transversal incluindo pacientes da coorte Brasília de AR inicial. Foram analisados dados demográficos, índice de atividade da doença (Disease Activity Score 28 - DAS28), incapacidade funcional (Health Assessment Questionnaire - HAQ), dados sobre tratamento e vacinação após o diagnóstico da AR. Resultados: Foram avaliados 68 pacientes, sendo 94,1% mulheres, com idade média de 50,7 ± 13,2 anos. O DAS28 foi de 3,65 ± 1,64, e o HAQ de 0,70. A maioria dos pacientes (63%) possuía cartão vacinal. Apenas cinco pacientes (7,3%) foram orientados pelo médico sobre uso das vacinas. Os pacientes foram vacinados para tríplice viral (8,8%), tétano (44%), febre amarela (44%), hepatite B (22%), gripe (42%), influenza H1N1 (61,76%), pneumonia (1,4%), meningite (1,4%) e varicela (1,4%). Todos os pacientes vacinados com vírus vivo atenuado estavam em uso de imunossupressores e receberam as vacinas de forma inadvertida, sem orientação médica. Não houve associação entre o uso de nenhuma vacina e atividade da doença, incapacidade funcional, anos de escolaridade, hábitos de vida, comorbidades. Conclusão: Os pacientes foram pouco orientados pelo médico com relação ao uso das vacinas, com elevada frequência de vacinação inadvertida com componente vivo atenuado, enquanto a imunização com vírus mortos ficou aquém do recomendado.Introduction: Patients with a diagnosis of rheumatoid arthritis (RA) are at increased risk of infections. Vaccination is a recommended preventive measure. There are no studies evaluating the practice of vaccination in patients with early RA. Objectives: To evaluate the frequency of vaccination and the orientation (by the doctor) about vaccines among patients with early RA diagnosis. Methods: Cross-sectional study including patients from the early RA Brasilia cohort. Demographic data, disease activity index (Disease Activity Score 28 - DAS28), functional disability (Health Assessment Questionnaire - HAQ), and data on treatment and vaccination after diagnosis of RA were analyzed. Results: Sixty-eight patients were evaluated, 94.1% women, mean age 50.7 ± 13.2 years. DAS28 was 3.65 ± 1.64, and HAQ was 0.70. Most patients (63%) had vaccination card. Only five patients (7.3%) were briefed by the doctor about the use of vaccines. Patients were vaccinated for MMR (8.8%), tetanus (44%), yellow fever (44%), hepatitis B (22%), influenza (42%), H1N1 (61.76%), pneumonia (1.4%), meningitis (1.4%), and chickenpox (1.4%). All patients vaccinated with live attenuated virus were undergoing immunosuppressive therapy, and were vaccinated inadvertently, without medical supervision. There was no association between the use of any vaccine and disease activity, functional disability, years of education, lifestyle, and comorbidities. Conclusion: Patients were infrequently briefed by the physician regarding use of vaccines, with high frequency of inadvertent vaccination with live attenuated component, while immunization with killed virus was below the recommended level

    Prevalence of sexual dysfunction among female patients followed in a Brasília Cohort of early rheumatoid arthritis

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    Objetivo: determinar a prevalência de disfunção sexual em mulheres com diagnóstico de artrite reumatoide (AR) inicial (menos de um ano de sintomas ao diagnóstico), bem como avaliar a possível associação entre disfunção sexual com atividade da AR e incapacidade funcional. Métodos: estudo transversal, que avaliou mulheres com diagnóstico de AR inicial, acompanhadas de forma protocolar na coorte Brasília, no Hospital Universitário de Brasília. Dados demográficos, índice de atividade da doença (Disease Activity Score 28 – DAS 28) e dados do questionário de incapacidade funcional (Health Assessment Questionnaire – HAQ) foram obtidos por entrevistas diretas. Usou-se o índice de função sexual feminina (Female Sexual Function Index – FSFI), questionário que contém 19 itens que avaliam seis domínios: desejo sexual, excitação sexual, lubrificação vaginal, orgasmo, satisfação sexual e dor. Resultados: foram estudadas 68 pacientes, das quais 54 (79,4%) relataram atividade sexual nas últimas quatro semanas. A média de idade foi de 49,7 ± 13,7 anos e a maioria era casada (61,4%). O DAS-28 médio foi de 3,6 ± 1,5 e a média do HAQ foi de 0,7. A prevalência de disfunção sexual (FSFI ≤26) foi de 79,6%. Não houve associação de atividade de doença nem de incapacidade funcional com a ocorrência de disfunção sexual nas pacientes avaliadas. Conclusão: a prevalência de disfunção sexual encontrada neste estudo foi superior à relatado na literatura em mulheres saudáveis. Há necessidade de conhecimento da extensão do problema para oferecer possibilidades terapêuticas adequadas aos pacientes.Objective: to determine the prevalence of sexual dysfunction in women diagnosed with early rheumatoid arthritis (RA) (less than one year of symptoms at the time of diagnosis), as well as to evaluate the possible association between sexual dysfunction with AR activity and functional disability. Methods: cross-sectional study assessing women diagnosed with early RA, accompanied per protocol in the Brasilia Cohort, Hospital Universitário de Brasília. Demographics, disease activity index (Disease Activity Score 28 – DAS 28) and functional disability questionnaire (Health Assessment Questionnaire – HAQ), were obtained by direct interviews. The Female Sexual Function Index (FSFI) was used questionnaire which contains 19 items that assess six domains: sexual desire, sexual arousal, vaginal lubrication, orgasm, sexual satisfaction and pain. Results: 68 patients studied, of whom 54 (79.4%) reported sexual activity in the last four weeks. The participants were 49.7 ± 13.7 (mean ± SD) years old and the majority were married (61.4%). The mean DAS 28 was 3.6 ± 1.5 and the mean HAQ was 0.7. The prevalence of sexual dysfunction (FSFI ≤26) was 79.6%. There was no association of disease activity or of functional disability with the occurrence of sexual dysfunction in the female patients evaluated. Conclusion: the prevalence of sexual dysfunction found in this study was higher than that reported in the literature in healthy women. A knowledge of the extent of the problem is needed to provide adequate therapeutic options for these patients

    How the rheumatologist can guide the patient with rheumatoid arthritis on sexual function

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    A sexualidade, parte integrante da vida humana e da qualidade de vida, é uma das responsáveis pelo bem-estar individual. A disfunção sexual pode ser definida como alteração em algum componente da atividade sexual e pode acarretar frustração, dor e diminuição dos intercursos sexuais. Embora se saiba que doenças crônicas, como a artrite reumatoide (AR), influenciam a qualidade da vida sexual, a disfunção sexual ainda é pouco diagnosticada, o que se deve a dois motivos: tanto os pacientes deixam de relatar a queixa por vergonha ou frustração quanto os médicos pouco questionam seus pacientes a esse respeito. Os reumatologistas estão cada vez mais dispostos a discutir domínios que não estão diretamente relacionados com o tratamento medicamentoso das doenças articulares, como qualidade de vida, fadiga e educação dos pacientes. A sexualidade, no entanto, é muito pouco abordada. O objetivo desta revisão é apresentar alguns conceitos úteis ao reumatologista para orientação do paciente com AR quanto à função/disfunção sexual, considerações relativas ao papel desse profissional no sentido de instruir o paciente, noções gerais sobre função sexual, incluindo conceitos práticos sobre posições sexuais mais adequadas para portadores de AR, e abordagem multidisciplinar da disfunção sexual.Sexuality, an integral part of human life and quality of life, is one of those factors responsible for individual welfare. Sexual dysfunction can be defined as a change in any component of sexual activity, which may cause frustration, pain and decreased sexual intercourse. Although it is known that chronic diseases, such as rheumatoid arthritis (RA), influence the quality of sexual life, sexual dysfunction is still underdiagnosed, due to two reasons: (i) patients fail to report the complaint because of shame or frustration and (ii) this subject is rarely called into question by doctors. Rheumatologists are increasingly willing to discuss areas which are not directly related to drug treatment of joint diseases, such as quality of life, fatigue, and education of patients; however, sexuality is rarely addressed. The aim of this review is to present some useful concepts to Rheumatologists for orientation of their patients with RA with respect to sexual function/dysfunction, some considerations concerning the role of these professionals in order to instruct the patient, general notions about sexual function, including practical concepts about the more appropriate sexual positions for patients with RA, and a multidisciplinary approach to sexual dysfunction

    Occupational therapy in rheumatoid arthritis : what rheumatologists need to know?

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    Intervenções voltadas para a educação e o autogerenciamento da artrite reumatoide (AR) pelo paciente aumentam a adesão e a eficácia da abordagem precoce. A combinação de tratamento medicamentoso e tratamento de reabilitação visa a potencializar as possibilidades de intervenção, retardar o aparecimento de novos sintomas, reduzir incapacidades, minimizar sequelas e reduzir o impacto dos sintomas sobre a funcionalidade do paciente. A terapia ocupacional é uma profissão da área da saúde que objetiva a melhoria do desempenho de atividades pelo paciente e fornece meios para a prevenção de limitações funcionais, adaptação a modificações no cotidiano e manutenção ou melhoria de seu estado emocional e participação social. Devido ao caráter sistêmico da AR o acompanhamento multidisciplinar é necessário para o adequado manejo do impacto da doença sobre os mais diversos aspetos da vida do paciente. Como membro da equipe de saúde, o terapeuta ocupacional objetiva a melhoria e manutenção da capacidade funcional do paciente, prevenir o agravamento de deformidades, auxiliar o processo de compreensão e enfrentamento da doença, fornecer meios para as atividades necessárias para o engajamento do indivíduo em ocupações significativas, favorecer sua autonomia e independência em atividades de autocuidado, laborais, educacionais, sociais e de lazer. O objetivo desta revisão é familiarizar o reumatologista com as ferramentas de avaliação e intervenção usadas na terapia ocupacional, com enfoque na aplicação desses princípios para o tratamento de pacientes com diagnóstico de AR.Interventions focusing on education and self-management of rheumatoid arthritis (RA) by the patient improves adherence and effectiveness of early treatment. The combination of pharmacologic and rehabilitation treatment aims to maximize the possibilities of intervention, delaying the appearance of new symptoms, reducing disability and minimizing sequelae, decreasing the impact of symptoms on patient's functionality. Occupational therapy is a health profession that aims to improve the performance of daily activities by the patient, providing means for the prevention of functional limitations, adaptation to lifestyle changes and maintenance or improvement of psychosocial health. Due to the systemic nature of RA, multidisciplinary follow-up is necessary for the proper management of the impact of the disease on various aspects of life. As a member of the health team, occupational therapists objective to improve and maintaining functional capacity of the patient, preventing the progression of deformities, assisting the process of understanding and coping with the disease and providing means for carrying out the activities required for the engagement of the individual in meaningful occupations, favoring autonomy and independence in self-care activities, employment, educational, social and leisure. The objective of this review is to familiarize the rheumatologist with the tools used for assessment and intervention in occupational therapy, focusing on the application of these principles to the treatment of patients with RA

    Assessment of functional capacity in patients with rheumatoid arthritis : implications for recommending exercise

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    A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune que se caracteriza por poliartrite crônica simétrica, de grandes e pequenas articulações, e rigidez matinal que pode levar a comprometimento musculoesquelético, com impotência funcional. O conceito da funcionalidade diz respeito à capacidade de o indivíduo realizar atividades e tarefas da vida diária e cotidiana, de forma eficaz e independente. O objetivo desta revisão é familiarizar o reumatologista com o conceito de avaliação da capacidade funcional e os testes que podem ser aplicados nessa população, pois são passos importantes para uma prescrição adequada de exercícios físicos, A partir de testes funcionais já utilizados em população idosa, o Laboratório de Aptidão Física e Reumatologia - LAR - Brasília, que acompanha os pacientes da Coorte Brasília de Artrite Reumatoide Inicial, descreve neste artigo um protocolo de testes para avaliação da capacidade funcional para aplicação nos pacientes com diagnóstico de AR, incluindo a descrição dos seguintes testes: 1) Sentar e Alcançar; 2) Agilidade/Equilíbrio Dinâmico; 3) Dinamometria Manual; 4) Sentar e Levantar; 5) Rosca Bíceps e 6) Teste da Caminhada de Seis Minutos.Rheumatoid arthritis (RA) is an autoimmune disease characterized by chronic symmetric polyarthritis of large and small joints and by morning stiffness that may lead to musculoskeletal impairment, with functional impotence. The concept of functionality relates to the ability of an individual to perform effectively and independently daily activities and tasks of everyday life. The aim of this review is to familiarize the rheumatologist with the concept of functional capacity evaluation and with the tests that can be applied in this population, as these are important steps for a proper exercise prescription. From functional tests already used in the elderly population, the Physical Fitness and Rheumatology Laboratory - LAR - Brasilia, which is accompanying patients from Brasilia Cohort of Early Rheumatoid Arthritis, describes in this article a protocol of tests to assess functional capacity for application in patients with RA, including the description of tests: 1) Sit and Reach; 2) Agility/Dynamic Balance; 3) Manual Dynamometry; 4) Sit Back and Lift; 5) Biceps Curl and 6) Six-minute Walk Test

    Aspectos morfofisiológicos, variabilidade genética e controle alternativo da Alternaria alternata f. sp. citri em tangerineira ‘Dancy’/ Morphophysiological aspects, genetic variability and alternative control Alternaria alternata f. sp. citri in 'Dancy' mandarin

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    As tangerineiras destacam-se na fruticultura mundial e constitui o segundo grupo de frutas mais importante e competitiva na citricultura brasileira, com uma expressiva atividade econômica, sendo bastante apreciável pelo mercado consumidor por apresentar elevados teores de ácidos orgânicos, proteínas, lipídeos, vitaminas e compostos fenólicos. Apesar da importância sócio-econômica, verifica-se baixa produtividade principalmente na região Nordeste, em decorrência da mancha marrom de alternaria (MMA) (Alternaria alternata (Fr:Fr) Keissler f. sp. citri) na qual revela o principal entrave à continuidade da atividade citrícola para algumas espécies. Diante deste cenário, a busca por informações que elucidem os mecanismos de ação desse patógeno, a relação patógeno-hospedeiro, bem como, a variabilidade das populações, os fatores responsáveis por determinar o potencial de adaptação do organismo em diferentes condições ambientais são de grande importância para entender o patossistema e criar estratégias promissoras no controle da mancha marrom em tangerineiras com menos impacto ambiental, através da redução do uso de agrotóxicos e influenciando nos avanços da agricultura agroecológica. Portanto, o objetivo da presente revisão bibliográfica foi explanar sobre a influência dos diversos fatores relacionados ao cultivo in vitro sobre a fisiologia e a diversidade dos isolados de A. alternata, bem como, abordar as alternativas para o controle da mancha marrom de alternaria em tangerineira ‘Dancy’. A fisiologia dos fitopatógenos e a diversidade genética possuem mecanismos de ação que são mutáveis de acordo com os fatores ambientais, entretanto as pesquisas com cultivo in vitro tem crescido, pois, as respostas provenientes do comportamento desses patógenos são extremamente importantes para os programas de melhoramento genético e também podem influenciar nas estratégias para o controle alternativo da mancha marrom de alternaria em campo ou na pós-colheita com intuito de reduzir o uso de agrotóxicos. Dentre estes métodos, os indutores de resistência, vêm se destacando por apresentarem eficiência no controle da MMA em tangerineiras e por serem praticamente atóxicos e não deixarem resíduos danosos à saúde humana e ao meio ambiente

    Metabolic syndrome in young premenopausal patients with systemic lupus erythematosus

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    Introdução: A síndrome metabólica (SM) é preditor independente de doença cardiovascular, a principal causa de mortalidade no Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Não existem dados sobre os principais fatores associados à SM em pacientes jovens na pré-menopausa, população mais afetada pelo LES. Objetivo: Avaliar a prevalência da SM em mulheres jovens na pré-menopausa com LES e identificar fatores relacionados a doença e à terapêutica que contribuem para a SM, utilizando a análise pelo propensity score. Materiais e Métodos: Foram avaliadas 103 pacientes com LES (critérios do American College Rheumatology 1997) na pré-menopausa, com idade inferior a 40 anos de idade. Foram selecionadas 35 mulheres saudáveis como controles, com menos de 40 anos de idade, sem doenças crônicas e autoimunes. Os critérios de exclusão foram idade inferior a 18 anos, menopausa e gravidez. Parâmetros clínicos, laboratoriais e de terapêutica foram avaliados. A definição da SM foi feita de acordo com os recentes critérios do Joint Interim Statement de 2009. Análise multivariada utilizou a regressão de Poisson e a análise pelo propensity score foi realizada para o controle das variáveis de confusão. Resultados: A prevalência de SM foi mais elevada no grupo LES (22,3 vs. 5,7%; p=0,03), assim como o risco cardiovascular pelo Systematic Coronary Risk Evaluation (SCORE) (1,4 ± 0,8 vs. 1,1 ± 0,4; p=0,01). Hipertensão arterial sistêmica (42,7 vs. 2,9%; p<0,0001) e circunferência abdominal aumentada (83,5 vs. 37,1%; p < 0,0001) foram critérios da SM mais frequentes no LES, que apresentou maiores Homeostasis Model Assessment Index (HOMA-IR) (1,8 + 0,9 vs. 1,3 + 1,0; p=0,0008). Não houve diferença significativa quanto à idade, tempo de doença e pontuação no Systemic Lupus International Collaborative Clinics (SLICC/ACR DI) entre os grupos LES com e sem SM. No grupo com LES com SM, os escores do Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI) foram significativamente mais elevados (5,9 ± 7,6 vs. 1,9 ± 2,7; p=0,006), assim como atividade renal prévia (73,9 vs. 51,2%; p=0,05) e atividade renal atual (34,8 vs. 10,0%; p=0,008), dose atual de prednisona (20 [0-60] vs. 5 [0-60]mg/dl; p=0,018) e dose cumulativa de prednisona (41,48 ± 24,7 vs. 27,81 ± 18,66g; p=0,023). A cloroquina foi menos utilizada nos pacientes LES com SM (65,2 vs. 90,0%; p=0,008). Na análise multivariada, apenas o uso atual de cloroquina (razão de prevalência [RP]=0,29; IC95% 0,13-0,64) e dose cumulativa de prednisona foram associados com SM (RP=1,02; IC95% 1,01-1,04), mesmo após ajuste pelo propensity score. O uso de cloroquina determina uma redução de 71% na prevalência de SM no LES. Por outro lado, para cada aumento de 1g da dose cumulativa de prednisona determina um aumento de 2% na prevalência de SM. Importante notar que o uso da cloroquina reduziu a prevalência estimada de SM mesmo quando do uso de corticosteroides, e este benefício foi maior quanto maior a dose cumulativa de prednisona. Conclusão: A prevalência da SM em pacientes jovens com LES na pré-menopausa é alta, sendo principalmente influenciada pelas terapias com prednisona ou cloroquina. Os antimaláricos possuem um efeito protetor sobre a prevalência da SM no LES, sendo que este benefício compensou o efeito deletério do corticoide de maneira dose-dependenteBackground: There are no data about the main factors associated with metabolic syndrome (MetS) in young premenopausal systemic lupus erythematosus (SLE) patients. Objectives: The aim of the study was to evaluate the frequency of MetS and disease- or therapy-related factors in premenopausal young SLE patients. Methods: 103 premenopausal SLE patients with age less than 40 years old were selected and compared to 35 healthy premenopausal age-matched female. MetS was defined according to the 2009 Joint Interim Statement. Results: A higher frequency of MetS (22.3 vs. 5.7%, p=0.03) was observed in SLE group. MetS-SLE patients presented higher SLE Disease Activity Index (SLEDAI) scores (5.9 ± 7.6 vs. 1.9 ± 2.7, p=0.006), more frequently previous (73.9 vs. 51.2%, p=0.05) and current renal disease (34.8 vs. 10.0%, p=0.008), higher current prednisone dose (20 [0-60] vs. 5 [0- 60] mg/dl, p=0.018) and cumulative prednisone dose (41.48 + 27.81 vs. 24.7 + 18.66 g, p=0.023) than those without MetS. Chloroquine was less frequently used in MetS-SLE patients (65.2 vs. 90.0 %, p=0.008). In multivariate analysis, only current chloroquine use (prevalence ratio [PR]=0.29; 95% CI 0.13-0.64) and cumulative prednisone were associated with MetS (PR=1.02; 95% CI 1.01- 1.04). Further estimated prevalence analysis identified that antimalarial use promoted continuous decrease in the progressive MetS prevalence associated with glucocorticoid cumulative dose. Conclusion: The prevalence of MetS in premenopausal young adult SLE patients is high, and is mainly affected by steroid and antimalarial therapies. Chloroquine has protective effect on the prevalence of MetS in these patients and this benefit counteracts the deleterious effect of glucocorticoid in a dose dependent manne

    Prevalência de disfunção sexual entre pacientes acompanhadas na coorte Brasília de artrite reumatoide inicial

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    Objetivo: Determinar a preval&#234;ncia de disfun&#231;&#227;o sexual em mulheres com diagn&#243;stico de artrite reumatoide (AR) inicial (menos de um ano de sintomas ao diagn&#243;stico), bem como avaliar a poss&#237;vel associa&#231;&#227;o entre disfun&#231;&#227;o sexual com atividade da AR e incapacidade funcional. M&#233;todos: Estudo transversal, que avaliou mulheres com diagn&#243;stico de AR inicial, acompanhadas de forma protocolar na coorte Bras&#237;lia, no Hospital Universit&#225;rio de Bras&#237;lia. Dados demogr&#225;ficos, &#237;ndice de atividade da doen&#231;a (Disease Activity Score 28 &#8211; DAS 28) e dados do question&#225;rio de incapacidade funcional (Health Assessment Questionnaire &#8211; HAQ) foram obtidos por entrevistas diretas. Usou-se o &#237;ndice de fun&#231;&#227;o sexual feminina (Female Sexual Function Index &#8211; FSFI), question&#225;rio que cont&#233;m 19 itens que avaliam seis dom&#237;nios: desejo sexual, excita&#231;&#227;o sexual, lubrifica&#231;&#227;o vaginal, orgasmo, satisfa&#231;&#227;o sexual e dor. Resultados: Foram estudadas 68 pacientes, das quais 54 (79,4%) relataram atividade sexual nas &#250;ltimas quatro semanas. A m&#233;dia de idade foi de 49,7 &#177; 13,7 anos e a maioria era casada (61,4%). O DAS-28 m&#233;dio foi de 3,6 &#177; 1,5 e a m&#233;dia do HAQ foi de 0,7. A preval&#234;ncia de disfun&#231;&#227;o sexual (FSFI &#8804;26) foi de 79,6%. N&#227;o houve associa&#231;&#227;o de atividade de doen&#231;a nem de incapacidade funcional com a ocorr&#234;ncia de disfun&#231;&#227;o sexual nas pacientes avaliadas. Conclus&#227;o: A preval&#234;ncia de disfun&#231;&#227;o sexual encontrada neste estudo foi superior &#224; relatado na literatura em mulheres saud&#225;veis. H&#225; necessidade de conhecimento da extens&#227;o do problema para oferecer possibilidades terap&#234;uticas adequadas aos pacientes

    Vacinação em pacientes da Coorte Brasília de artrite reumatoide inicial

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    Introdu&#231;&#227;o: Os pacientes com diagn&#243;stico de artrite reumatoide (AR) apresentam risco aumentado de infec&#231;&#245;es. A vacina&#231;&#227;o &#233; uma medida preventiva recomendada. N&#227;o h&#225; estudos avaliando a pr&#225;tica da vacina&#231;&#227;o nos pacientes com AR inicial. Objetivos: Avaliar a frequ&#234;ncia de vacina&#231;&#227;o e a orienta&#231;&#227;o (feita pelo m&#233;dico) sobre vacinas entre os pacientes com diagn&#243;stico de AR inicial. M&#233;todos: Estudo transversal incluindo pacientes da coorte Bras&#237;lia de AR inicial. Foram analisados dados demogr&#225;ficos, &#237;ndice de atividade da doen&#231;a (Disease Activity Score 28 - DAS28), incapacidade funcional (Health Assessment Questionnaire - HAQ), dados sobre tratamento e vacina&#231;&#227;o ap&#243;s o diagn&#243;stico da AR. Resultados: Foram avaliados 68 pacientes, sendo 94,1% mulheres, com idade m&#233;dia de 50,7 &#177; 13,2 anos. O DAS28 foi de 3,65 &#177; 1,64, e o HAQ de 0,70. A maioria dos pacientes (63%) possu&#237;a cart&#227;o vacinal. Apenas cinco pacientes (7,3%) foram orientados pelo m&#233;dico sobre uso das vacinas. Os pacientes foram vacinados para tr&#237;plice viral (8,8%), t&#233;tano (44%), febre amarela (44%), hepatite B (22%), gripe (42%), influenza H1N1 (61,76%), pneumonia (1,4%), meningite (1,4%) e varicela (1,4%). Todos os pacientes vacinados com v&#237;rus vivo atenuado estavam em uso de imunossupressores e receberam as vacinas de forma inadvertida, sem orienta&#231;&#227;o m&#233;dica. N&#227;o houve associa&#231;&#227;o entre o uso de nenhuma vacina e atividade da doen&#231;a, incapacidade funcional, anos de escolaridade, h&#225;bitos de vida, comorbidades. Conclus&#227;o: Os pacientes foram pouco orientados pelo m&#233;dico com rela&#231;&#227;o ao uso das vacinas, com elevada frequ&#234;ncia de vacina&#231;&#227;o inadvertida com componente vivo atenuado, enquanto a imuniza&#231;&#227;o com v&#237;rus mortos ficou aqu&#233;m do recomendado

    Prática de atividade física entre pacientes da Coorte Brasília de artrite reumatoide inicial

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    INTRODUÇÃO: O Consenso 2012 da Sociedade Brasileira de Reumatologia para Tratamento da Artrite Reumatoide (AR) recomenda que os pacientes realizem exercícios físicos de forma regular. Não há estudos no Brasil sobre a prática de atividade física entre pacientes com AR inicial. OBJETIVO: Investigar a prática de atividade física entre pacientes com AR inicial e a possível relação entre atividade física, atividade da doença e incapacidade funcional. MÉTODOS: Estudo transversal incluindo pacientes da Coorte Brasília de AR inicial. Foram analisados dados demográficos (sexo, idade e escolaridade), prática de atividade física, índice de atividade da doença (Disease Activity Score 28 - DAS 28), incapacidade funcional (Health Assessment Questionnaire - HAQ), além de dados sobre tabagismo, etilismo, presença de comorbidades e tratamento da AR. RESULTADOS: Foram avaliados 72 pacientes, sendo 90,27% do sexo feminino, com média de idade de 50,2 ± 13,3 anos, média do DAS 28: 3,66 e a do HAQ: 0,69. Estavam regularmente ativos 43,05%, sendo que a caminhada foi o exercício mais praticado (80,64%). A média de tempo de exercício físico foi de 48,22 ± 27,18 min, periodicidade de 3,7 ± 1,64 vezes na semana. Não houve associação entre atividade física com sexo, idade, escolaridade, atividade da doença, incapacidade funcional, tabagismo ou etilismo, presença de comorbidades e tratamento com drogas modificadoras do curso da doença. CONCLUSÃO: Dada a importância da prática regular de atividade física, há necessidade de orientação dos pacientes, em especial quanto à prática de atividades resistidas, pouco frequente entre os pacientes do nosso estudo
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