36 research outputs found

    Knowledge mobilization in social practices: challenges for a Babel construction in schooling scenarios

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    The relationship between school and non-school knowledge has been a subject of several researches in the educational field. Ethnomathematics, from various approaches, has brought a large contribution to this debate by focusing on knowledge in different social practices. In this article, we aim to prioritize discussions that arise from the articulation between the debate in the field of ethno and language studies. Especially with regard to the work in the field of mathematics education towards to the dialogue with the second phase of Wittgenstein's work. The question that guides this discussion is: what are the possibilities of questioning discourses and schooling practices based on a relationship between school and non-school knowledge in the field of ethnomathematics? We conclude with some reflections about the effects of this discussion in the subjects’ construction: students and teachers

    Formação de professores Guarani e Kaiowá: interculturalidade e decolonialidade no ensino de matemática

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    O presente artigo propõe uma reflexão sobre as relações entre saberes (matemáticos) de diferentes matizes/origens, provenientes das práticas culturais de um determinado grupo étnico e do mundo acadêmico e escolar, no processo de formação inicial de professores indígenas, bem como na formação continuada, a partir de sua inserção nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio em escolas indígenas de suas comunidades. A reflexão aqui apresentada é sustentada em estudos sobre interculturalidade e decolonialidade do saber. Partimos da fala de professores Guarani e Kaiowá, em Mato Grosso do Sul, egressos do curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal da Grande Dourados-UFGD. As falas destes profissionais da educação revelam os tensionamentos produzidos nessas relações e coloca em questionamento a lógica de hierarquização entre os saberes presentes no modelo de colonialidade.  As relações entre saberes, estabelecidos no modelo imposto pelas estruturas, pelos sistemas de poder e pelos conhecimentos coloniais, mantidos e reproduzidos nos espaços institucionais, são colocadas em questão com a presença dos indígenas na universidade e nas escolas indígenas. E esta presença configura como processo de resistência a este modelo. Desta forma, interculturalidade e a decolonialidade são projetos que estão ligados à luta por uma escola indígena diferenciada, e sempre em construção, permeada por uma série de tensões

    Conhecimentos distintos e desiguais na formação de professores indígenas

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    A formação inicial de professores indígenas e a reflexão das ações desenvolvidas neste espaço pressupõe a formação do professor como pesquisador de suas próprias práticas, possibilita uma compreensão sobre diferentes aspectos no ensino e na aprendizagem no contexto da escola indígena. O diálogo entre os conhecimentos próprios (conhecimentos indígenas) e os conhecimentos científicos (acadêmicos, escolarizados), pensados no ensino de matemática nas escolas indígenas e na formação de professores indígenas, configuram-se como ponto de interesse deste trabalho. O presente texto busca discutir sobre os dilemas enfrentados atualmente em um curso específico (intercultural) de formação de professores indígenas no Brasil no estado de Mato Grosso do Sul relativo a promoção de uma educação intercultural e bilíngue nas escolas indígenas Guarani e Kaiowá. Dilemas esses que envolvem a relação entre os conhecimentos próprios das comunidades e os conhecimentos acadêmicos/científicos

    Opção decolonial e modos outros de conhecer na Educação (Matemática)

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    En este artículo pretendemos traer a discusión elementos para reflexionar sobre los efectos de asumir una opción decolonial en el campo de la Educación Matemática y, particularmente en Etnomatemática. Esta noción se inspira en la discusión de Walter Mignolo quien entiende la opción decolonial cuando hay un camino de desapego y aberturas en el campo del pensamiento crítico. Centraremos nuestra mirada en la decolonialidad del saber y sus vínculos con la problematización, emprendida en el campo de la Etnomatemática, con respecto a la narrativa universalizante de la Matemática. Tal movimiento de decolonización del pensamiento y del saber es posible cuando otras formas de comprensión emergen sobre  el conocimiento a partir de otras matrices distintas a las colocadas por colonialidad/modernidad. Así, problematizamos el peligro de las imágenes naturalizadas sobre la Matemática como efecto de la colonialidad del saber. Este movimiento pretende partir de un desprendimiento epistemológico de los fundamentos de los conceptos occidentales y de la acumulación de conocimientos, para aprender a desaprender. Concluimos que asumir una actitud decolonial nos coloca en una posición de crítica continúa a todo el proceso de colonización epistémica, para que no seamos capturados por las trampas de la colonialidad/modernidad, trampas que mantienen un marco epistémico único como válido para pensar en las matemáticas, en plural.Neste artigo pretendemos trazer à discussão questões para pensar os efeitos de se assumir uma opção decolonial no campo da Educação Matemática, em particular na Etnomatemática. Essa noção tem inspiração na discussão de Walter Mignolo que entende a opção decolonial quando há um caminho de desprendimentos e aberturas no campo do pensamento crítico. Centraremos nosso olhar nos estudos sobre decolonialidade do saber e seus vínculos com a problematização empreendida no campo da Etnomatemática, no que diz respeito à narrativa universalizante da Matemática. Tal movimento de decolonização do pensamento e do saber é possível quando emergem outras formas de se desenhar o que se entende por conhecimento a partir de outras matrizes que não as colocadas pela colonialidade/modernidade. Assim, problematizamos o perigo das imagens naturalizadas sobre a Matemática como efeito da colonialidade do saber.  Esse movimento pretende partir de um desvinculamento epistemológico dos fundamentos dos conceitos ocidentais e da acumulação de conhecimento, para aprender a desaprender.  Concluímos que assumir uma atitude decolonial nos coloca numa posição de crítica contínua a todo processo de colonização epistêmica, para que não sejamos capturados pelas armadilhas da colonialidade/modernidade, armadilhas que mantém um único referencial epistêmico como válido para pensar as matemáticas, no plural

    Salas de aula como espaços de com-posições da diferença na formação docente

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    This article intends to discuss curricular issues, from a philosophy of difference perspective, especially those related to Mathematics teaching. We intend to focus on the studies that problematize the disciplinary curricular model guided by the questions "what non-disciplinary curricular proposals could emerge in the context of teacher training courses?" and "which theoretical bases would support these proposals?". From these questions, we intend to discuss curricular ties that support teachers formative processes. Nosso objetivo é problematizar questões curriculares, em especial, relacionadas ao ensino de matemática a partir de conceitos da filosofia da diferença. Pretendemos voltar-nos para estudos que problematizam o modelo curricular disciplinar. E nos guiaremos pelas questões: Que propostas curriculares não disciplinares poderiam emergir no contexto de cursos de formação docente? Sobre quais bases teóricas se sustentariam? Pretendemos, a partir destes questionamentos, problematizar algumas das amarras curriculares que sustentam matrizes formativas do futuro professor. 

    Discurso multimodal em sala de aula: gestos e proxêmica na interação professor-estudante

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    Este artigo pretende destacar a relevância de estudos sobre o discurso de sala de aula, a partir de uma perspectiva multimodal, focalizando o modo como os gestos (linguagem não verbal) participam dos processos de significação e quais suas implicações para o engajamento interacional. Apresenta um estudo de pseudo-rastreamento ocular para examinar pistas não-verbais e inconscientes de professores ao buscar obter respostas dos alunos. Em particular, o estudo analisa como os professores se dirigem aos alunos a partir de dois gestos: apontando com o dedo indicador na direção deles ou com mão aberta de palma voltada para cima. O estudo foi realizado em três escolas no Chile e quatro escolas no Reino Unido. Os alunos não apenas seguem as pistas não-verbais muito bem (e muito sutilmente) como também exibem padrões particulares de comportamento proxêmico e não verbal. Os resultados mostram que ao pedir a um estudante uma resposta a uma pergunta com o dedo indicador apontado sua direção resultou em uma mudança negativa repentina, com o aluno se distanciando do professor. Em contraste, quando uma pergunta era acompanhada por um gesto de mão aberta e palma para cima, os alunos se aproximavam e viravam o corpo em direção ao professor. Tais resultados trazem questões importantes para pensar os processos de engajamento no discurso de sala de aula, a partir de aspectos que envolvem sinais não-verbais que participam da produção de sentidos na interação professor-aluno.

    Que saberes indígenas na escola? Etnomatemática e numeramento na formação de professores indígenas

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    O objetivo deste texto é apresentar reflexões sobre a circulação de saberes e práticas matemáticas no trabalho com a formação de professores indígenas, que atuam no processo de alfabetização de crianças nas escolas indígenas. Estas reflexões são fruto das experiências e conhecimentos partilhados no processo de formação que vem acontecendo no âmbito do programa Saberes Indígenas na Escola, na rede constituída nos Territórios Etnoeducacionais em Mato Grosso do Sul. Esse programa é uma proposta da SECADI-MEC, que tem como objetivo promover a formação continuada de professores que atuam como alfabetizadores nas escolas indígenas. Analisamos diferentes produções, como relatos orais e escritos, apresentados por professores indígenas, nas oficinas entre 2014 e 2015. As análises propiciaram compreensão e problematização a respeito da etnomatemática, do currículo da escola indígena, da necessidade de produzir materiais na língua indígena na perspectiva do letramento e numeramento, e de quais saberes indígenas estão ou devem estar na escola

    A linguagem como eixo da pesquisa em educação matemática: contribuições da filosofia e dos estudos do discurso

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    Em função do amplo emprego da linguagem nas pesquisas na área da Educação Matemática, como metodologia de ensino e como metodologia de pesquisa, este estudo focaliza primordialmente este último, abordando teoricamente a questão da linguagem considerada eixo de investigação de pesquisas nesse campo. O objetivo é aprofundar esta discussão por meio de dois caminhos. O primeiro pretende apresentar uma compreensão da difusão do uso da linguagem como centro de metodologias de pesquisas – uma repercussão de um movimento filosófico conhecido como “virada linguística” –, em que a linguagem passa a ocupar um papel central na investigação filosófica. Esta discussão filosófica está centrada na filosofia de Wittgenstein, frequentemente considerado marco dessa virada. O segundo caminho busca esclarecer características centrais de diferentes vertentes de concepção discursiva, tornadas aportes teóricos de pesquisas, tais como aquelas associadas a autores consagrados, a exemplo de Bakhtin e Foucault. Constituem-se, assim, bases de um referencial teórico que faria da linguagem seu eixo de investigação. Neste referencial a meta não seria resolver problemas e apontar soluções, mas problematizar valores e ideologias implícitos nas práticas linguísticas constituídas objeto de pesquisa

    UM DIZER-VERDADEIRO SOBRE O TEMPO: SOMOS GOVERNADOS PELA VERDADE E PELO PODER DO TIQUE-TAQUE

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    Esse texto tem como propósito realizar um exercício parresiástico, de um dizer-verdadeiro, sobre a verdade do tempo, como aquela que produz subjetividade, regula os modos de pensar e agir e, disciplina os corpos. Afinal, como somos governados pela verdade do tempo? Trata-se de pensar sobre os usos que praticamos e que nos faz ser quem somos na atualidade do presente vivido. Para tanto, recorremos aos operadores conceituais de verdade e parresia da filosofia de Foucault, numa perspectiva teórico-metodológica, para potencializar a coragem de viver um tempo outro, uma forma de vida outra. Assim como, desafiar o tempo vivido pela forma de vida escolar. Na forma de vida escolar haveria possibilidades de vivenciar um tempo outro? Poderia ela praticar a skholé grega de um tempo livre do Tempo que nos governa
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