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Metodologias inovadoras que facilitam o aprendizado de anatomia humana
Introdução: Os estudos sobre anatomia humana têm passado por inovações significativas nos últimos tempos. Com isso, o ensino, antes baseado em formas tradicionais, atualmente vem sendo substituído por metodologias ativas e inovadoras, as quais garantem uma aprendizagem com maior qualidade. Todavia, observa-se uma certa resistência das universidades brasileiras frente a tais inovações. Dessa forma, esse estudo torna-se de grande relevância no âmbito educacional, visto que apresenta as principais metodologias aplicadas e os seus benefícios, sobretudo na formação acadêmica de profissionais de saúde. Objetivo: Considerando a importância dessa disciplina para os cursos da área de saúde, o presente estudo tem por objetivo identificar metodologias inovadoras que possam facilitar o aprendizado de anatomia humana. Material e método: Para isso, foi realizada uma revisão integrativa de literatura por meio de buscas nas bases de dados PubMed, BVS e SciELO, mediante os seguintes Descritores em Ciências de Saúde: “anatomy” e “innovation and learning”, que significam, em português, “anatomia” e “inovação e aprendizagem”, respectivamente. Os estudos mais recentes e relevantes que tratam do tema sobre o ensino e aprendizagem de anatomia humana foram selecionados e lidos na íntegra. Resultados: Dessa forma, foi possível observar que o uso de novas metodologias se mostra mais eficiente. Existem outros métodos de avaliação no processo de ensino aprendizagem, como o “Flipped Classroom”, onde a transmissão de informações é realizada com auxílios do professor, para que o aluno trabalhe de forma independente antes das aulas, podendo assim dedicar o tempo de ensino presencial a um aprendizado mais complexo, contando com a ajuda do professor. Isso permite o desenvolvimento dos alunos de forma que a aprendizagem seja algo mais concreto, tendo como resultado a formação criativa, independente, crítica e reflexiva. Em suma, metodologias inovadoras estão a todo momento sendo desenvolvidas com o uso da tecnologia que permeia o campo do conhecimento e estudos. Dessa forma, novidades que auxiliam e facilitam o aprendizado dos alunos surgem não só para o estudo da anatomia humana, mas também para outras diversas disciplinas que se beneficiam da tecnologia. Conclusão: A partir desses dados podese concluir que essas novas metodologias inovadoras devem ser introduzidas na rotina de aulas sobre anatomia humana, e outras disciplinas, para facilitar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. Portanto, é necessário que haja um maior engajamento dos centros acadêmicos e do Poder Público, de forma a obter mais recursos financeiros que facilitem a introdução de métodos inovadores no Brasil
Câncer colorretal com obstrução em alça fechada e ruptura do ceco: um relato de caso / Colorectal cancer with closed loop obstruction and cecum rupture: a case report
O câncer colorretal (CCR) refere-se a neoplasia que afeta toda a extensão do cólon. Já o câncer do retossigmoide refere-se a presença de neoplasia na porção final do cólon sigmoide e reto. O CCR apresenta alta incidência em todo o mundo, atingindo a faixa etária de 35 a 80 anos. Os principais fatores de risco para a doença são a alimentação gordurosa e deficiente em fibras, consumo frequente de bebidas alcóolicas, idade acima de 50 anos e história de pólipos colorretais ou de doenças inflamatórias do intestino. O diagnóstico da doença pode ser realizado por pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia. O tratamento pode ser cirúrgico, quimioterapia e radioterapia, usadas isoladas ou associadas, a depender da história clínica do paciente. O presente estudo tem como objetivo relatar um caso clínico de câncer no retossigmoide, evoluindo com obstrução em alça fechada com ruptura do ceco. A paciente apresentou evolução pouco comum do câncer de retossigmoide. Tal quadro clínico propiciou diversas complicações no caso e a paciente infelizmente foi a óbito. Os dados descritos podem contribuir com os conhecimentos sobre essa patologia, implicações envolvidas, formas de diagnóstico, terapêutica e prognóstico
Efeitos da depressão pós-parto associados ao desenvolimento da criança
Introdução: Todo recém-nascido é dependente de outro ser humano para que possa sobreviver e a mãe é a principal pessoa capaz de acolher com qualidade a criança nos primeiros meses de vida, visto que as relações mãe-filho são estabelecidas desde a gestação e, posteriormente, é com a mãe que o bebê tem os seus primeiros contatos. No entanto, em casos de depressão pós-parto, a mulher pode desenvolver sérios quadros de tristeza, agressividade, negligência, rejeição e indiferença diante do filho, o que interfere negativamente no desenvolvimento do bebê. Dessa forma, esse estudo é de importante relevância, uma vez que essa temática não tem sido tão abordada na sociedade, devendo ser analisada com mais cautela. Objetivo: Avaliar a correlação da depressão pós-parto com o desenvolvimento infantil. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura mediante 15 artigos publicados entre os anos de 2015 e 2019 nas bases de dados do PubMed, SciELO e Google Acadêmico. Para tanto, foi utilizado os seguintes Descritores em Ciências da Saúde: “depressão pós-parto” e “relações mãe-filho”. Resultados: Estudos recentes demonstraram que a depressão após o parto influencia de forma negativa na psique da criança, a qual poderá crescer com um ego fragilizado e com sentimento de insegurança diante da sociedade, podendo desenvolver até mesmo severas psicopatologias. Outros estudos científicos afirmam que esse quadro clínico faz com que muitas mulheres abandonem o aleitamento materno, prejudicando, assim, a saúde da criança. Além disso, há um entrave referente à precariedade no diagnóstico dessa doença, já que, muitas vezes, as mudanças no comportamento da mãe até são percebidas, porém, há uma ausência de esclarecimento acerca da patologia, o que dificulta a procura por tratamento e, desse modo, a cura. Conclusão Ao ser diagnosticada com depressão pós-parto, a mulher deve, o quanto antes, receber tratamento adequado por profissionais de saúde qualificados e apoio dos familiares, de forma a minimizar as consequências para o desenvolvimento normal da criança. Portanto, são necessários mais estudos acerca desse tema para que essa doença seja mais esclarecida e debatida tanto nas instituições acadêmicas como na sociedade, com o fito de se evitar o rompimento da díade mãe-bebê. Introdução: Todo recém-nascido é dependente de outro ser humano para que possa sobreviver e a mãe é a principal pessoa capaz de acolher com qualidade a criança nos primeiros meses de vida, visto que as relações mãe-filho são estabelecidas desde a gestação e, posteriormente, é com a mãe que o bebê tem os seus primeiros contatos. No entanto, em casos de depressão pós-parto, a mulher pode desenvolver sérios quadros de tristeza, agressividade, negligência, rejeição e indiferença diante do filho, o que interfere negativamente no desenvolvimento do bebê. Dessa forma, esse estudo é de importante relevância, uma vez que essa temática não tem sido tão abordada na sociedade, devendo ser analisada com mais cautela. Objetivo: Avaliar a correlação da depressão pós-parto com o desenvolvimento infantil. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura mediante 15 artigos publicados entre os anos de 2015 e 2019 nas bases de dados do PubMed, SciELO e Google Acadêmico. Para tanto, foi utilizado os seguintes Descritores em Ciências da Saúde: “depressão pós-parto” e “relações mãe-filho”. Resultados: Estudos recentes demonstraram que a depressão após o parto influencia de forma negativa na psique da criança, a qual poderá crescer com um ego fragilizado e com sentimento de insegurança diante da sociedade, podendo desenvolver até mesmo severas psicopatologias. Outros estudos científicos afirmam que esse quadro clínico faz com que muitas mulheres abandonem o aleitamento materno, prejudicando, assim, a saúde da criança. Além disso, há um entrave referente à precariedade no diagnóstico dessa doença, já que, muitas vezes, as mudanças no comportamento da mãe até são percebidas, porém, há uma ausência de esclarecimento acerca da patologia, o que dificulta a procura por tratamento e, desse modo, a cura. Conclusão Ao ser diagnosticada com depressão pós-parto, a mulher deve, o quanto antes, receber tratamento adequado por profissionais de saúde qualificados e apoio dos familiares, de forma a minimizar as consequências para o desenvolvimento normal da criança. Portanto, são necessários mais estudos acerca desse tema para que essa doença seja mais esclarecida e debatida tanto nas instituições acadêmicas como na sociedade, com o fito de se evitar o rompimento da díade mãe-bebê. 
Systemic Lupus Erythematosus: relationship between different treatments and clinical evolution
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune que apresenta manifestações clínicas variáveis, sendo progressiva e potencialmente fatal, se não tratado. Os tratamentos padrões incluem antimaláricos, corticosteroides (CS) e imunossupressores. No entanto, apesar do melhor entendimento do processo da doença, ainda há uma necessidade significativa e não atendida de novo tratamento devido ao alto risco continuado de mortalidade e progressão de danos aos órgãos. Assim, o objetivo do presente estudo foi fazer um levantamento bibliográfico acerca dos diferentes tratamentos publicados para o manejo do LES relacionando com a melhora clínica do paciente. Para tanto, utilizou-se as bases de dados Lilacs, SciELO, PubMed e Google Acadêmico e os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados foram: “lúpus eritematoso sistêmico”, “terapêutica” e “qualidade de vida”. Os artigos selecionados foram publicados em língua inglesa e portuguesa, entre os anos de 2014 e 2020. As referências encontradas permitiram constatar que os antimaláricos e a infusão de plasma fresco congelado são os recursos terapêuticos com maior eficácia. Além disso, a suplementação com vitamina D apresentou mostrou ter função benéfica sob o quadro clínico de pacientes lúpicos. Outro tratamento efetivo para as lesões dermáticas foi a utilização de laser de corante pulsado. Desse modo, são necessários mais estudos acerca da demonstração da eficácia dos diferentes tratamentos para o LES, a fim de elucidar a eficácia e a segurança das diversas terapias utilizadas.Systemic Lupus Erythematosus (SLE) is a chronic inflammatory disease of autoimmune origin that presents variable clinical manifestations, being progressive and potentially fatal, if not treated. Standard treatments include antimalarials, corticosteroids (CS) and immunosuppressants. However, despite a better understanding of the disease process, there is still a significant and unmet need for new treatment due to the continued high risk of mortality and progression of organ damage. Thus, the objective of the present study was making a bibliographical survey about the different treatments published for the management of SLE related to the patient’s clinical improvement. For that, the Lilacs, SciELO, PubMed and Google Scholar databases were used, and the Health Sciences Descriptors (DeCS) used were: “systemic lupus erythematosus”, “therapeutics” and “quality of life”. The selected articles were published in English and Portuguese, between the years 2014 and 2020. The references found showed that antimalarials and the infusion of fresh frozen plasma are the most effective therapeutic resources. In addition, vitamin D supplementation showed to have a beneficial function under the clinical picture of lupus patients. Another effective treatment for skin lesions was the use of pulsed dye laser. Thus, further studies are needed on demonstrating the effectiveness of different treatments for SLE in order to elucidate the efficacy and safety of the different therapies used
Perfil epidemiológico da meningite bacteriana nas diferentes regiões brasileiras
RESUMO: A meningite é uma doença infectocontagiosa que corresponde ao processo inflamatório das meninges, o que se dá por meio da penetração de microrganismos no espaço subaracnóideo, onde encontra-se o líquido cefalorraquidiano (LCR). Pode ser causada por vírus, bactérias, protozoários e fungos. O quadro clínico caracteriza-se por febre, cefaleia, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais de irritação meníngea, acompanhadas de alterações do líquor. Além disso, é uma doença de notificação compulsória. O objetivo do presente estudo foi descrever o perfil epidemiológico da meningite bacteriana nas diferentes regiões brasileiras. Trata-se de uma mini revisão de literatura, em que a coleta de dados foi feita a partir de fontes secundárias de 11 artigos selecionados em levantamento bibliográfico prévio. A busca foi realizada nas bases de dados Scientific Library Online (SCIELO) e no Google Acadêmico. Além da consulta em dados do Guia de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, de 2019. Utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “meningite” e “perfil epidemiológico”, sendo selecionados artigos publicados entre os anos de 2015 e 2019. Demonstrou-se que ocorrem variações em relação ao perfil epidemiológico associado à meningite nas diferentes regiões brasileiras. Pode-se concluir, por meio da análise dos artigos e do objetivo traçado, que o perfil epidemiológico da meningite nas regiões brasileiras possui as seguintes características, de acordo com a maioria dos artigos: cor variável de acordo com cada região, idade de zero a nove anos e predominância no sexo masculino. Associado a isso, fica evidente que dados como etnia, sexo, situação financeira, moradia e trabalho são as principais variáveis que determinam a capacidade de infecção da meningite no Brasil.
 
Implicações do ritmo circadiano no processo saúde-doença
Introdução:O ritmo circadiano consiste na recorrência de fenômenos biológicos, em um período de aproximadamente 24 horas, que intentam sincronizar o organismo com os períodos de claridade (dia) e de escuridão (noite). Diante disso, os estudos no ramo da cronobiologia, campo da ciência que busca entender os impactos do tempo sobre os sistemas biológicos, estão em plena expansão para a compreensão das disfunções do relógi biológico como um dos fatores etiológicos para patologias como: dislipidemias, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), doença de Alzheimer e até mesmo certos tipos de câncer. Nesse contexto, sabe-se atualmente que o ritmo nictomeral é controlado pelo Núcleo Supraquiasmático (NSQ), estrutura localizada no cérebro, que atua na recepção dos estímulos dos fotorreceptores da retina. Com base nesses conhecimentos a Medicina do Tráfego e a Medicina do Trabalho passaram a observar nos pacientes abalos nas condições de saúde advindas da desregulação do relógio biológico, em que as condições do ambiente – luz, temperatura, som e atividade – são divergentes das esperadas pelo organismo para a execução de seus processos vitais. Objetivo:Relatar a importância do ritmo circadiano diante de condutas preventivas, diagnósticas e terapêuticas para a compreensão de seu papel etiológico frente às diversas doenças que afetam a sociedade hodierna.Material e método: Uma revisão integrativa de literatura foi conduzida a partir de 11 artigos redigidos em língua inglesa, 4 em língua espanhola e 1 em português, obtidos nas bases de dados: PubMed, SciELO, e LILACS, seguindo o critério de data de publicação entre 2016 e 2019, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “circadian rhythm”, “chronobiology phenomena” e “Jet Lag syndrome”.. Resultados:os estudos científicos relatam a estreita relação entre o desequilíbrio do relógio circadiano e a gênese de diversas doenças. Assim, a literatura considera essa desarmonia como fator etiológico para a perda da homeostasia orgânica, em uma forma aguda – conhecida como Síndrome do Jet Lag – comum em viajantes que enfrentam mudanças de fuso horário caracterizada por sintomas como: insônia ou hipersonolência, fadiga, cefaleias, distúrbios gastrintestinais e comportamentais. Não obstante, observa-se, por exemplo, em trabalhadores de turno, cujos períodos de sono e vigília não condizem com a disponibilidade de iluminação natural, importante influência no controle do ritmo nictomeral pelo NSQ, implicações crônicas da cronodisrrupção com maior risco cardiovascular, maior ocorrência de síndrome metabólica, distúrbios da imunidade e do padrão alimentar, preocupantes em tempos de atenção integral à saúde, já que corroboram para a etiologia de diversas doenças à curto e longo prazo. . Conclusão:Portanto, verifica-se a relevância da compreensão do ritmo circadiano para a promoção, prevenção e assistência em saúde, para todos os profissionais da área da saúde, já que esse fenômeno influi sobre mecanismos orgânicos como o metabolismo e a imunidade, sendo de consideração importante na avaliação das condições de vida e saúde, no diagnóstico de enfermidades, na administração de fármacos e na orientação de condutas preventivas, especialmente no ramo ocupacional
Repercussões da pandemia da covid-19 nos pacientes em tratamento oncológico: uma revisão de literatura
Está bem estabelecido que pacientes oncológicos são mais suscetíveis à infecção do que indivíduos saudáveis, uma vez que tanto a malignidade quanto a terapia antineoplásica resultam em um estado imunossupressor aos agentes infeciosos. Além disso, estudos recentes mostraram que o risco de desenvolver eventos graves em caso de COVID-19 é significativamente maior entre esses pacientes. Associado a isso, a pandemia do novo coronavírus esconde ameaças sutis como o efeito de distração, ou seja, desviar toda a atenção para a COVID-19 e negligenciar a prática clínica diária pode ter implicações substancialmente negativas, especialmente para os pacientes em tratamento contra câncer. Elucidar as repercussões da pandemia pelo SARS-CoV-2 em pacientes em tratamento oncológico. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa de caráter observacional retrospectivo com abordagem qualitativa, realizada por meio da pesquisa de artigos científicos, nas bases de dados BVS e SciELO. Para isso, associaram-se os operadores booleanos com os descritores selecionados por meio da base Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), sendo eles: “neoplasias”, “oncologia”, “infecções por coronavirus” e “SARS-CoV-2”. Incluíram-se artigos disponíveis na íntegra, publicados no último ano e nos idiomas inglês e português. Selecionaram-se treze artigos para análise de dados concomitantes com os objetivos da pesquisa. Apesar da orientação para que haja o postergamento da quimioterapia adjuvante e de cirurgias eletivas para cânceres menos agressivos durante a atual situação de enfrentamento da COVID-19, é bem consolidado na literatura moderna que atrasar as cirurgias oncológicas pode levar à progressão da doença e a piores prognósticos. O mesmo vale para regimes de quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante administrados em momento não adequado. Dessa maneira, evidencia-se que pacientes com doença avançada e sem sintomas sugestivos de COVID-19 deveriam continuar recebendo quimioterapia ou radioterapia planejadas, sem atrasos desnecessários. É valido ressaltar, ainda, que a incapacidade de oferecer tratamento paliativo para pacientes que não conseguem sair de casa e o manejo dos efeitos colaterais do tratamento são outras preocupações importantes de uma quarentena forçada e que devem ser discutidas pelos médicos responsáveis. Diante desse cenário, resultados de estudos europeus garantem que qualquer adiamento desses procedimentos terapêuticos ou de rastreamento deve ser evitado e que os pacientes devem ser aconselhados a manter seus compromissos, se os procedimentos foram viáveis e seguros. Portanto, a necessidade de qualquer procedimento intervencionista deve ser ponderada, devido ao aumento dos riscos durante uma pandemia, e individualizada, afim de verificar a urgência do procedimento e os efeitos de um possível adiamento
Modulação do sistema Endocanabinoide como potencial terapêutico para o câncer de próstata: revisão integrativa/ Modulation of the Endocannabinoid system as a potential therapy for prostate cancer: an integrative review
INTRODUÇÃO: O sistema endocanabinoide (SEC) é um conjunto de receptores, ligantes e enzimas, responsáveis por modular diversas funções do organismo, sendo um alvo cada vez mais comum de pesquisas que relacionam essa regulação com a possibilidade controle de neoplasias. OBJETIVO: Relatar as diferentes possibilidades de modulação do SEC com potencial terapêutico para o câncer de próstata. MÉTODOS: Foram selecionados 24 artigos publicados entre os anos 2008 e 2020 que respondem diretamente a questão “Como o Sistema Endocanabinoide pode modular o tratamento para o câncer de próstata?”. RESULTADOS: A neoplasia prostática tem uma expressão aumentada de receptores CB1 do SEC, que facilita a interação de substâncias desse sistema para controle do crescimento e da proliferação celular do tumor, além de poder promover a apoptose de células cancerígenas da próstata e limitar a migração e a invasão dessa neoplasia no organismo. As substâncias utilizadas para essa modulação do SEC no câncer de próstata também são utilizadas em outras neoplasias, podendo ter atuação semelhante ou completamente diferente, a depender do tipo celular das diferentes neoplasias estudadas. CONCLUSÃO: A modulação do SEC pode ser uma alternativa viável para o tratamento e o controle de neoplasias na glândula prostática
Doenças crônicas e cuidados paliativos no final da vida
Introdução: Os cuidados paliativos têm o propósito de prestar assistência a pessoas portadoras de doenças graves em progressão e com a continuidade da vida ameaçada, cuidando-se do sofrimento causado pela enfermidade e, assim, promovendo melhor qualidade de vida. No cotidiano, as ações paliativas podem ser realizadas por qualquer profissional da saúde e são definidas como medidas terapêuticas que não visam a cura, mas sim reduzir as repercussões negativas de doenças clinicamente irreversíveis para estabelecer um bem-estar a pessoa. Entretanto, observa-se na prática que os cuidados paliativos ou não são empregados da maneira correta ou estão ausentes em ambientes de saúde, fato que evidencia a importância desse estudo, de forma a introduzir conhecimentos acerca das medidas paliativas na sociedade e, gradativamente, colocar essa teoria em prática no Brasil. Objetivo: : Avaliar a importância do acesso a cuidados paliativos e os impactos desse cuidado especial para o paciente com doença crônica e seus familiares. Material e método: Uma revisão integrativa de literatura foi conduzida nas bases de dados: PubMed, SciELO e LILACS, mediante 12 artigos publicados no período de 2017 a 2019, selecionados utilizando os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “palliative care”, “palliative care and chronic disease”, e em português. Foram selecionados artigos que relacionaram a inserção de cuidados paliativos no tratamento de pacientes com doenças graves. Resultados: Foram analisados estudos científicos que mostraram experiências de cuidados paliativos em unidades de terapia intensiva, em pacientes oncológicos, com insuficiência cardíaca utilizando variáveis comparativas que demonstraram a quantidade de pacientes que necessitam desse cuidado diferenciado para promoção da qualidade de vida, bem-estar e manutenção da vida ativa, e que a maioria dos doentes ainda não tem acesso. Um entrave apresentado foi que o cuidado paliativo abrange, principalmente, os pacientes com neoplasia avançada e que pacientes com outras doenças no final da vida não têm sido atendidos satisfatoriamente por esses cuidados. Outras pesquisas demonstram que ainda grande parte das universidades do Brasil não possuem na matriz curricular uma disciplina que trate sobre cuidados paliativos, e a maioria dos profissionais sequer ouviram falar acerca desse tema durante a formação. Além disso, não existem políticas públicas concretas no Brasil que garantam o acesso aos cuidados paliativos aos pacientes com doenças graves e em estado terminal. Conclusão: Portanto, verifica-se uma ausência da abordagem dos cuidados paliativos na formação acadêmica de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, que não sabem exatamente o que deve ser feito quando possuem demandas por esse tipo de cuidado, prejudicando, desse modo, uma assistência em saúde com maior qualidade. Ademais, é necessário um maior engajamento da sociedade e do Poder Público a fim de sancionar leis e aplicar medidas paliativas eficazes nos cuidados à saúde que possam abranger e minimizar o sofrimento de quaisquer tipos de pacientes, independente da doenças
O impacto do isolamento social na infância e adolescência durante a pandemia de COVID-19
RESUMO: O isolamento social medido na infância está associado a um risco aumentado de depressão, altos níveis de inflamação e outros marcadores de doenças cardiovasculares na idade adulta. A pandemia da COVID-19 resultou em medidas governamentais de contenção de doenças, como fechamento de escolas, distanciamento social e quarentena em residências. Crianças e adolescentes estão experimentando um estado prolongado de isolamento físico de seus colegas, professores, familiares e redes comunitárias. Além disso, a duração da quarentena, medo de infecção, tédio, frustração, falta de suprimentos necessários, falta de informações, perda financeira e estigma parecem aumentar o risco de resultados psicológicos negativos. Avaliar a influência do isolamento social na saúde mental de crianças e adolescentes no contexto da COVID-19. Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, e foram utilizados 20 artigos publicados nos últimos cinco anos, escolhidos nas bases de dados Scielo, LILACs e PubMed, em quem os descritores de saúde foram “isolamento social”, “COVID-19” e “infância”. Proximidade e pertencimento são necessidades humanas intrínsecas. As conexões interpessoais oferecem muitos benefícios, fornecendo um quadro de referência para a identidade social, além de serem uma fonte de apoio e alívio em tempos de estresse. À vista disso, é difícil prever os exatos efeitos que a COVID-19 terá na saúde mental de crianças e jovens. No entanto, é possível examinar problemas de saúde mental após isolamento forçado e quarentena em pandemias anteriores. Durações mais longas de quarentena foram associadas especificamente à pior saúde mental, sintomas de estresse pós-traumático, comportamentos de esquiva e raiva. O confinamento, a perda da rotina habitual e a redução da capacidade social e contato físico com outras pessoas podem frequentemente causar tédio, frustração e uma sensação de isolamento do resto do mundo, o que é angustiante para crianças e adolescentes. Essa frustração é exacerbada por não poder participar de atividades habituais do dia-a-dia, não sendo sanada até mesmo com a participação de atividades em redes sociais através do telefone ou internet. O impacto do isolamento social é abrangente, substancial e pode ser duradouro em crianças e adolescentes, porém os efeitos psicológicos de não adotar a quarentena e permitir a propagação da doença podem ser muito mais avassaladores. Assim, privar as pessoas de sua liberdade por um bem-estar coletivo é indicado em situações de pandemia, contudo é muitas vezes controverso e precisa ser manuseado com cuidado visando também a saúde mental da população.