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Construção de um instrumento com base na Nursing Outcomes Classification para avaliação de pacientes diabéticos em consulta de enfermagem ambulatorial
O diabetes pode afetar a qualidade de vida de seu portador ao limitar os indivíduos em suas atividades de dia a dia, devido às comorbidades que algumas pessoas podem apresentar, o que contribui para diminuição da autoestima e autonomia. A complexidade do tratamento do diabetes no cotidiano exige que a equipe de saúde esteja capacitada para o atendimento, devendo estar voltada a prevenção de complicações, avaliação e monitoramento dos fatores de risco, além de orientação quanto à prática de autocuidado. Embora as ações do enfermeiro sejam importantes no cuidado ao paciente diabético acompanhado em consulta de enfermagem (CE) ambulatorial, estas precisam ser avaliadas de maneira adequada, de forma que as intervenções realizadas atinjam com qualidade e o mais rápido possível seus objetivos. Neste contexto, a Nursing Outcomes Classification (NOC) mostra-se como alternativa viável à prática clínica, visto que permite determinar a eficácia do cuidado realizado, de maneira objetiva, por meio de resultados e indicadores específicos. O objetivo deste estudo é construir um instrumento com base na Nursing Outcomes Classification para avaliação de pacientes diabéticos em consulta de enfermagem ambulatorial. Trata-se de um estudo metodológico, realizado no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, de agosto a novembro de 2018, em duas etapas. Na primeira, foram selecionados indicadores dos resultados de enfermagem NOC “Nível de glicose sanguínea (2300)” e “Autocontrole do Diabetes (1619)”, previamente escolhidos, por seis enfermeiros especialistas em pacientes diabéticos em consulta de enfermagem ambulatorial, através de um instrumento de coleta de dados. A partir do valor atribuído pelos especialistas calculou-se a média ponderada de cada indicador, sendo o indicador considerado validado quando a média ponderada atingir ≥80. Esta seleção serviu de base para elaboração de definições conceituais e operacionais para cada indicador escolhido. Sobre os especialistas, a média de tempo de experiência em consulta de enfermagem ambulatorial com diabéticos e tempo de experiência de ensino de enfermagem foi de 9,5 e 4,3 anos respectivamente. A principal titulação foi especialista na área da enfermagem, 50% possuem mestrado e 50% integram algum grupo de pesquisa em enfermagem. Os especialistas validaram 37 indicadores clínicos, sendo dois pertencentes ao resultado NOC “Nível de glicose sanguínea (2300)” e 35 ao resultado “Autocontrole do Diabetes (1619)”, com posterior elaboração das definições conceituais e operacionais para cada um dos indicadores. Posteriormente, a partir dos indicadores selecionados, buscou-se artigos e literaturas complementares para construção das definições conceituais e operacionais para cada indicador. Alguns indicadores foram agrupados levando-se em consideração a similaridade das suas definições conceituais e operacionais. Do total de 37 indicadores selecionados, foram elaboradas 22 definições conceituais e 115 definições operacionais considerando os cinco pontos das escalas Likert. As definições conceituais e operacionais possibilitam maior padronização nas avaliações dos pacientes diabéticos, ofertando um cuidado mais seguro e baseado em evidências. Esta pesquisa possibilitou contribuir para o aperfeiçoamento da taxonomia da NOC e, consequentemente, da linguagem do processo de enfermagem
Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde- SOBECC Nacional
Resenha: Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde- SOBECC Nacional
Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde- SOBECC Nacional
O Livro “Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde”, 7ª edição, com adoção das práticas baseadas em evidências, foi coordenado pela Diretoria da Associação Brasileira de Enfermeiros em centro cirúrgico, recuperação anestésica e centro de material e esterilização (SOBECC), Enfermeira Mestre Marcia Hitomi Takeiti, Presidente da SOBECC Nacional Gestão 2015-2017 e a Enfermeira. Drª Giovana Abrahão de Araújo Moriya, Coordenadora-geral das Diretrizes de Práticas 2017 e Diretora da Comissão de Educação da SOBECC- Nacional Gestão 2015-2017, e com um Comitê de especialistas dos setores de saúde, disponibilizou orientações para a enfermagem perioperatório, estimulando orientações para a prática clínica, resultando em processos sistemáticos, projetados para fornecer ao enfermeiro a tomada de decisões apoiadas na qualidade da evidência científicas encontradas na literatura e norteado na metodologia da American College of Cardiology (ACC) e da American Heart Association (AHA), em que as evidências são sumarizadas em três níveis (A, B e C) e, a partir da avaliação da qualidade da literatura produzida, foram traçadas as recomendações, de classe I a III, retratando a segurança com que determinada intervenção pode ser realizada. As Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde com 487 páginas estão divididos em três grandes partes, subdividas em capítulos, que são demonstradas em tópicos, para facilitar a pesquisa, com orientação sobre as melhores evidências para a prática. A Parte I, intitulada Centro de Material e Esterilização (CME), traz as práticas recomendadas em sete capítulos. No Capítulo 1- Aspectos organizacionais do centro de material e esterilização; no capítulo 2-Os Recursos humanos no centro de material e esterilização; no capítulo 3 - Limpeza de produtos para a saúde; no capítulo 4- Desinfecção de produtos para a saúde; no capítulo 5- Preparo de produtos para a saúde para esterilização, rastreabilidade, armazenagem e cuidados após o processamento; no capítulo 6- esterilização de produtos para a saúde; e no capítulo 7- Produtos especiais.A Parte II aborda as questões do Centro Cirúrgico (CC), traz as práticas recomendadas em 11 capítulos:No capítulo 1- Sistematização da assistência de Enfermagem perioperatória (SAEP); no capítulo 2- Segurança do paciente e processos de acreditação e indicadores de qualidade em Centro Cirúrgico; no capítulo 3- Estrutura física do Centro Cirúrgico; capítulo 4 - Recursos humanos no Centro Cirúrgico; no capítulo 5- Saúde do trabalhador no ambiente cirúrgico; no capítulo 6- Prevenção e controle de infecção de sítio cirúrgico; No capítulo 7- Sala operatória, montagem, circulação e desmontagem; no capítulo 8- Aquisição e utilização de equipamentos cirúrgicos; no capítulo 9- Anestesia: classificação dos tipos e atuação da Enfermagem; no capítulo 10- Posicionamento cirúrgico do paciente no capítulo 11-Prevenção da hipotermia perioperatório. Finalizando, a Parte III, Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), descreve as recomendações para o pós-operatório e para alta em 10 capítulos. No capítulo 1- Organizacional da sala de recuperação pós-anestésica; no capítulo 2 Processo de cuidar no período de recuperação pós-anestésica; no capítulo 3 - Período de recuperação pós-anestésica dos pacientes submetidos aos principais procedimentos cirúrgicos; no capítulo 4- Desconfortos no período de recuperação pós-anestésica; no capítulo 5- Complicações no período de recuperação pós-anestésica; no capítulo 6- Período de recuperação pós-anestésica do paciente pediátrico; no capítulo 7-Período de recuperação pós-anestésica do paciente geriátrico; no capítulo 8 - Presença do acompanhante ou familiar na sala de recuperação pós-anestésica; no capítulo 9 - Alta para a unidade de destino; e no capítulo 10 - Indicadores de qualidade da assistência de Enfermagem para a sala de recuperação pós-anestésica. Referência Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterelização (SOBECC). (2017). Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a saúde. (7a. ed.). Barueri: Manole. 487 p