22 research outputs found

    Figuras do deslocamento:

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    O pensamento estrangeiro: a errância de Freud no Brasil

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    O presente artigo visa apresentar as formas como a viajante Psicanálise chega ao Brasil, sobretudo a partir da apropriação pelo filão modernista da arte nacional do início do século XX, considerando, especialmente, as obras dos escritores Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Constata-se que a história da Psicanálise no Brasil pode ser considerada a partir de abordagens distintas, que vão desde a precoce recepção do meio psiquiátrico nacional até a despretensiosa leitura de Freud feita por uma ala da nossa vanguarda literária. Com o intuito de investigar as primeiras percepções sobre o modo como a cultura nacional teria acolhido esse Freud errante por terras estrangeiras, demonstramos como, ao aportar em terras brasileiras, o pensamento freudiano filiou-se aos discursos e tradições existentes no espaço nacional. Ademais, cada uma dessas vias discursivas portava interesses específicos ao selecionar os temas freudianos, fornecendo à exilada disciplina vienense leituras ímpares que marcarão sua trajetória no país

    O pensamento estrangeiro: a errância de Freud no Brasil

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    O presente artigo visa apresentar as formas como a viajante Psicanálise chega ao Brasil, sobretudo a partir da apropriação pelo filão modernista da arte nacional do início do século XX, considerando, especialmente, as obras dos escritores Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Constata-se que a história da Psicanálise no Brasil pode ser considerada a partir de abordagens distintas, que vão desde a precoce recepção do meio psiquiátrico nacional até a despretensiosa leitura de Freud feita por uma ala da nossa vanguarda literária. Com o intuito de investigar as primeiras percepções sobre o modo como a cultura nacional teria acolhido esse Freud errante por terras estrangeiras, demonstramos como, ao aportar em terras brasileiras, o pensamento freudiano filiou-se aos discursos e tradições existentes no espaço nacional. Ademais, cada uma dessas vias discursivas portava interesses específicos ao selecionar os temas freudianos, fornecendo à exilada disciplina vienense leituras ímpares que marcarão sua trajetória no país

    Miles Davis e suas pulsões modais – psicanálise & estética blues

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    O objetivo desse artigo é explorar, a partir da obra do compositor e trompetista norte-americano Miles Davis, a riqueza do debate entre a música e a psicanálise. A partir de um delineamento que acompanha o desenvolvimento de parte do percurso do artista, buscamos compreender os pulsos alternados de destruição e criação que cingem sua obra musical, em grande medida inclassificável. Nesse percurso, mobilizamos elementos críticos referentes à criação estética que advêm da diáspora africana na América do Norte, culminando na noção de estética blues. E a partir dos desdobramentos dessa noção, buscamos explicitar e discutir elementos de criação, sublimação e refundação na obra de Miles Davis, cuja dinâmica pulsional nos pareceu notável e dotada de forte apelo dialógico com a psicanálise

    Freedom and determinism in posthumanism: Orlan’s tourtuous aestehetics

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    This paper aims to analyze the processes, circumstances and contexts of ORLAN’s work. Our main hypothesis is that her work share similarities with thoughts found in the post-humanistic discourse. Nevertheless, these thoughts differ from the ground rules of the post-humanistic morality but, at the same time, it paradoxically seems to be subordinated to it. We aim to understand to which point a work of art that criticizes the gender normativity and identities is connected to a divine ideal of abstract corporeity purity.O presente artigo examina processos, circunstâncias e contextos da obra da artista francesa contemporânea ORLAN. Privilegia-se aqui a hipótese de tratar-se de uma estética que se desenvolve a partir de matrizes convergentes com aquelas que forjam substancialmente o discurso pós-humanístico. Matrizes que, por um lado, se divorciam da normatividade em jogo na moralidade racional pós-humanística, mas que paradoxalmente a ela parecem se subordinar.  Buscaremos compreender em que medida a força emancipatória de uma obra que critica as normas de gênero e identidade formais e estéticas se conecta, num certo momento, a um ideal edênico de pureza da corporeidade abstrata e bem-aventurada

    O psicanalista na clínica com bebês hospitalizados

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    A prática clínica com bebês hospitalizados despertou no analista o interesse pela constituição psíquica e pelas dimensões do enigma infantil. O psicanalista no hospital acolhe o encontro mãe e bebê como “resto” que escapa aos cuidados médicos, para escutar e intervir no que incide de singular nessa relação primordial e fundamental. A contingência da malformação congênita foi considerada, porém não como uma sentença definitiva que anulasse o desejo do bebê e de sua mãe. O incognoscível, esse ponto que escapa à medicina, constata a ligação ativa do corpo e do psiquismo de um ser humano em constituição.La práctica clínica con bebés ha despertado el interés del analista por la constitución psíquica y por las dimensiones del enigma infantil. El psicoanalista en el hospital acoge el encuentro entre madre y bebé cómo un “resto” que escapa a los cuidados médicos, para escuchar e intervenir en aquello que incide de singular en esa relación primordial y fundamental. La contingencia de la malformación congénita fue considerada, pero no cómo una sentencia final que anularía el deseo de la madre y del bebé. El incognoscible, el punto que escapa a la ciencia médica, constata el lazo activo entre cuerpo y psiquismo en la constitución del ser humano.The clinical practice with hospitalized infants sparks the analyst’s interest for their mental constitution and for the dimensions of the enigma of childhood. The hospital’s psychoanalyst shelters the encounter between mother and baby as a “rest” that escapes medical care, listening to and intervening in that which involves the singular in this primordial and fundamental relation. The contingency of congenital malformation was considered, although not as a final sentence that would nullify the infant’s and his/her mother’s desire. The unknowable, this point that escapes medical science, acknowledges the active bond between body and mind in the human being’s constitution

    O corpo na contemporaneidade e o enigma da morte:

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    O presente trabalho busca, através de uma interface entre arte e psicanálise, trazer uma discussão sobre as novas configurações do corpo na contemporaneidade. Tendo como eixo principal a Arte Carnal de ORLAN, pretende-se discutir a relação do corpo com a tecnociência e a obsolescência do corpo no contemporâneo. Quais as relações se podem pensar, a partir dessa experiência artística, com os temas da vida e da morte?

    Cultura estética e psicanálise – Schiller e Freud DOI - 10.5752/P.2358-3428.2012v16n31p195

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    O trabalho discute a educação e a formação da subjetividade a partir das ideias de Schiller e Freud. Pretende-se salientar aspectos das posições de Schiller e Freud quanto a algumas particularidades disso que se poderia talvez nomear como sendo da ordem da utopia de uma cultura estética.   Palavras-chave: Educação. Estética. Cultura. Shiller. Freud</p

    The aesthetic and ethical in psychoanalysis: Freud, sublimation and the sublime

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    As relações da psicanálise com as obras de arte, a filosofia da arte e as disciplinas estéticas têm sido objeto de inúmeras investigações. Desde sua invenção, a experiência artística esteve presente na argumentação metapsicológica de Freud. E se uma primeira aproximação do tema poderia sugerir que o recurso às formas artísticas ali encontraria uma função meramente expositiva, mobilizado em benefício da ilustrabilidade das teses e proposições psicanalíticas, ou debatidas sob a perspectiva de sua aptidão em demonstrar a plausibilidade das idéias freudianas, cumpre apontar para o que se possa conceber para além desse dispositivo puramente metodológico. A arte realiza na obra freudiana uma função legitimamente heurística. Em momentos decisivos do estabelecimento de determinadas teses da metapsicologia, o recurso ao debate interpretativo acerca de figuras e experiências artísticas provê aportes fundamentais para a configuração e consolidação das mesmas. Recurso esse, é bem verdade, que coexiste e articula-se com elementos extraídos das investigações clínicas de Freud, esses ainda mais frequentes e não menos importantes para os contornos da teoria psicanalítica. O conceito de sublimação é aquele que reúne, sob o extenso e complexo panorama de sua inserção metapsicológica, os mais diversos apontamentos freudianos acerca das consequências e pormenores subjetivos de vicissitudes das mudanças de alvo da pulsão, das quais a experiência artística é um paradigma exemplar. Tal conceito é aqui revisitado, com vistas a restabelecer suas principais matrizes teóricas e alguns de seus matizes doutrinais, numa investigação interna à obra de Freud. Mas, preponderantemente, a discussão aqui pretendida entrevê as conexões da teoria freudiana da sublimação com os elementos artísticos que nela infletem ou à ela subjazem. Na esteira desses desdobramentos, fez-se crucial um debate entre o conceito de sublimação e momentos da filosofia moderna do sublime. Um debate que, em seu desenlace, buscou revelar, quanto a doutrina freudiana da sublimação e acerca da apreensão freudiana das obras de arte, os principais efeitos que sobre ela parecem ter exercido aspectos das idéias de Kant, Schopenhauer e Schiller em suas investigações acerca do belo e do sublime. Se o conceito de sublimação não pode ser subsumido à filosofia do sublime, ali figurando como mais um de seus capítulos, ele é todavia permeável a esse debate, sob aspectos que, por motivos e circunstâncias que aqui se procurou evidenciar, Freud jamais soube suficientemente explicitar.The relationship between psychoanalysis and works of art, the philosophy of art, and the aesthetic disciplines have been the subject of innumerable studies. Since its invention, the metapsychology of Freud has discussed the artistic experience. Beyond merely serving as a methodological exercise for the purpose of illustrating psychoanalytic theses and propositions or demonstrating the plausibility of Freudian ideas, revisiting the topic of artistic expression succeeds in extending their conceptual range. Art serves a legitimately heuristic function in Freudian works. At crucial points in the establishment of particular metapsychological theses, the configuration and consolidation of the theory receives fundamental support from revisiting the interpretation of artistic expression and experience. It is true that this involves elements which are extraneous to the clinical investigations of Freud, but this does not diminish their importance to the shape of psychoanalytic theory. Due to the extent and complexity if its insertion into metapsychological theory, the concept of sublimation reunites many diverse Freudian concepts concerning the effect of subjective idiosyncracies upon the way in which impulses are directed to a target, and the artistic experience serves as a paradigm for this process. The concept is revisited here in an internal investigation of the works of Freud for the purpose of elucidating its principal theoretical origins and some of its nuance. However, for the most part, this discussion intends to connect the Freudian theory of sublimation to artistic elements that are expressed in, or underly, it. In the course of these expositions, there is a crucial dialogue between the concept of sublimation and modern philosophy\'s propositions concerning the sublime. The debate ultimately seeks to reveal how much the Freudian doctrine of sublimation and the Freudian understanding of art have been effected by, and employed, the ideas of Kant, Schopenhauer, and Schiller in its investigation of beauty and the sublime. If the concept of sublimation cannot be subsumed within the philosophy of the sublime, configured as one more of its chapters, it is nevertheless permeable to that discussion, with the view that, for motives and circumstances which herein one attempts to make evident, Freud never knew how to make it sufficiently explicit
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