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    Aspectos metodológicos e desafios da Coorte On-line Comportamento Alimentar e Saúde Mental (COCASa) de docentes e discentes universitários durante a pandemia da COVID-19

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    O distanciamento social adotado para controle da COVID-19 obrigou Instituições de Ensino Superior (IES) a aderirem a novas estratégias para realização das atividades acadêmicas e muitas pesquisas passaram a ser realizadas em ambientes virtuais. O objetivo deste artigo é descrever os aspectos metodológicos e principais desafios enfrentados para a execução do projeto COCASa, um estudo de coorte on-line sobre comportamento alimentar e saúde mental de docentes e discentes de IES do Brasil. O estudo foi iniciado em julho de 2020 e acompanhará os participantes por dois anos. Adotou-se amostragem não probabilística estratificada proporcional com a utilização de escalas, de inquérito alimentar e de questões estruturadas elaboradas pela equipe do projeto. Entre os participantes do baseline, 4.074 discentes e 2.210 docentes iniciaram o questionário e, respectivamente, 76,8% e 85,1% finalizaram o preenchimento. Em ambos os grupos, a maior participação foi de mulheres (docentes: 66,7% e discentes: 76,2%) e residentes nas regiões Nordeste (docentes: 37% e discentes: 50,9%) e Sul (docentes: 27,1% e discentes: 22,5%) do Brasil. A pesquisa on-line amplia a possibilidade de recrutamento de participantes e alcança limites territoriais com menor demanda por financiamento. Durante a pandemia da COVID-19, o uso do ambiente virtual tornou-se uma estratégia viável e acessível para a manutenção das atividades de pesquisa, configurando-se como uma provável tendência a ser adotada pela comunidade científica

    PROGRAMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL RELACIONADO ÀS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

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    INTRODUÇÃO: muito tem se discutido em estabelecer relações entre meio ambiente, saúde e território. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde ambiental é formada por todos os aspectos da vida humana, incluindo a qualidade de vida. A Vigilância em Saúde Ambiental atua na área de fatores de riscos provenientes de contaminantes ambientais presentes na água para consumo humano, ar, solo, de desastres naturais e acidentes com produtos perigosos, buscando a prevenção e controle de doenças e agravos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Nesta conjuntura, destaca-se o Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionado às substâncias químicas e os riscos decorrentes da contaminação natural ou antrópica provocada pelas substâncias químicas (VIGIQUIM), com o objetivo central de identificar, caracterizar e monitorar as populações expostas às substâncias químicas (GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, 2019). A implementação do programa se dá com o intuito de orientar, proteger e fiscalizar os ambientes que possuem produtos que poderão causar danos à saúde pública e ao meio ambiente. OBJETIVO: conhecer a atuação do VIGIQUIM. MÉTODO: trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada a partir de pesquisas e publicações disponíveis em bibliotecas virtuais. A pesquisa ocorreu durante o componente curricular de Saúde e Meio Ambiente, ministrado à sétima fase do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), campus São Miguel do Oeste/SC. RESULTADOS E DISCUSSÃO: a exposição às substâncias químicas envolve diversos níveis e setores governamentais, principalmente no âmbito da saúde, trabalho, ambiente, transporte e desenvolvimento econômico e tecnológico. Dentro do VIGIQUIM foram selecionadas cinco substâncias, classificadas como prioritárias, devido aos riscos à população: asbesto/amianto, benzeno, agrotóxicos, mercúrio e chumbo. Os grupos de risco prioritários, expostos a esses contaminantes, incluem os trabalhadores e as comunidades que residem no entorno de áreas industriais (GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, 2019). A filosofia norteadora do VIGIQUIM, segue os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), com esforço integrado entre governos e setor produtivo, representantes da sociedade civil e partes interessadas em um desenvolvimento com foco centrado na sustentabilidade da vida humana, o que vai ao encontro com a preocupação crescente relativa aos riscos oferecidos pelas substâncias químicas. Os objetivos do programa incluem identificar, caracterizar e monitorar as populações expostas às substâncias químicas, estabelecendo normas que fiscalizam o cumprimento da legislação e tratam dos instrumentos punitivos. Destaca-se a sua importância na elaboração e na implementação da segurança química, exercendo a função de orientar o setor produtivo e a população. Dentre as ações realizadas pelo programa, ressaltam-se: coleta de água para consumo humano para análise da presença de resíduos de agrotóxicos e capacitações e apoio técnico para os municípios, a fim de melhorar a situação de saúde da população (BEZERRA, 2017; PEREIRA; COSTA; LIMA, 2019; GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, 2019). CONCLUSÃO: o programa foi implementado com o intuito de orientar, proteger e fiscalizar os ambientes expostos a substâncias químicas que possam causar danos à saúde pública e ao meio ambiente. O SUS, juntamente com órgãos fiscais e sanitaristas, buscam garantir a saúde da população, baseando-se em princípios e diretrizes do sistema público. Atualmente, os índices de contaminação ambiental por produtos químicos vêm aumentando, gerando preocupação aos órgãos responsáveis e, diante disso, torna-se fundamental implementar e seguir as normas do VIGIQUIM, a fim de ampliar a segurança e o bem-estar da sociedade como um todo.   REFERÊNCIAS   BEZZERA, Anselmo César Vasconcelos. Vigilância em saúde ambiental no Brasil: heranças e desafios. Saúde e Sociedade; v. 26, n. 4, p. 1044-1057, 2017.   GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS. Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionado às Substâncias Químicas. Governo do Estado de Goiás, 2019. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/vigilancia-em-saude/saude-ambiental/vigiquim. Acesso em: 23 Maio.2022.   MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Saúde Ambiental para Redução dos Riscos à Saúde Humana. Fundação Nacional de Saúde (FUNASA): Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: http://www.funasa.gov.br/saude-ambiental-para-reducao-dos-riscos-a-saude-humana. Acesso em: 23 Maio.2022.   PEREIRA, Reobbe Aguiar; COSTA, Cristina Maciel Lima; LIMA, Eliane Maciel. O impacto dos agrotóxicos sobre a saúde humana e o meio ambiente. Revista Extensão; v. 3, n. 1, p 29-37, 2019

    A TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE MASLOW, O PROFISSIONAL ENFERMEIRO E SUAS EXPECTATIVAS DENTRO DO AMBIENTE DE TRABALHO

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    INTRODUÇÃO: A Enfermagem vai muito além do processo de cuidar, suas ações baseiam-se  em fundamentos, sentimentos e ações dos integrantes da equipe, o ambiente torna-se espelho das relações pessoais e sociais. Wanda Horta por meio de seus estudos fez adaptações para o campo da enfermagem, aplicando os ideais da A Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas Básicas de Maslow no processo de cuidar, tornando-a mais humanizada.  Maslow classifica hierarquicamente sua teoria em cinco níveis, a qual define que o ser humano precisa de um conjunto de condições básicas para chegar a um nível de bem estar. Assim as pessoas criam identidade própria, modos de viver e cuidar. Diante destes questionamentos, a (in)satisfação ou satisfação dos integrantes da equipe de enfermagem apresentam uma relação com a interação necessária à realização do cuidado podendo comprometer a assistência que será prestada, resultando em cuidados inadequados ao paciente. OBJETIVO: Relacionar a teoria de Maslow referente a hierarquia das necessidades humanas básicas enfatizando o profissional enfermeiro e suas expectativas dentro do ambiente de trabalho e a interferência na qualidade de assistência prestada ao paciente. MÉTODO: Trata-se de uma revisão bibliográfica não sistemática, baseada em pesquisas bibliográficas disponíveis em bibliotecas virtuais. Analisaram-se estudos dos últimos 20 anos, com o intuito de aprofundar o conhecimento a respeito da Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas Básicas de Maslow, relacionado ao profissional Enfermeiro. Esta atividade foi proposta pelo componente curricular de Gestão de Serviços de Assistência Primária, do curso de Bacharelado em Enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A teoria de Maslow classifica-se em cinco níveis, definindo que o ser humano necessita de um conjunto de condições básicas para alcançar o bem estar. A base da pirâmide é constituída das necessidades fisiológicas, relacionados à sobrevivência do ser humano como: respirar, beber, comer, dormir e entre outras. Na sequência, a pirâmide traz as necessidades de segurança, remetendo a proteção individual, essa necessidade é vinculada ao trabalho garantindo estabilidade e segurança. A terceira posição é ocupada pelas necessidades sociais, apresentam-se o recebimento de amor, carinho e inclusão aos grupos sociais, bem como a relação de harmonia com os indivíduos. Em seguida, estão as necessidades de estima que se referem ao nosso próprio conhecimento pelas atividades que realizamos, sentindo orgulho de si e também sendo reconhecidos pelos outros, cultivando um sentimento de respeito e importância para o meio em que vivemos. No topo da pirâmide estão localizadas as necessidades de auto-realização, que pode ser explicada pelo fato do indivíduo fazer o que gosta no trabalho, praticar atividades de lazer e também, pode estar relacionada com a autonomia e autocontrole sobre sua vida. Wanda Horta por meio de seus estudos fez adaptações para o campo da enfermagem, aplicando os ideais de Maslow no processo de cuidar. Aplicando essa teoria na profissão da enfermagem, o enfermeiro é o responsável pelo planejamento das intervenções de cuidado. Com isso, Wanda trouxe para a enfermagem a observação, interação e intervenção junto ao cliente para satisfazer suas necessidades humanas básicas. Os enfermeiros precisam ter suas necessidades básicas garantidas para realizar com qualidade o cuidado ao paciente, destacando-se as necessidades sociais, associando boa convivência em equipe e a união entre os colegas de profissão, fazendo com que o enfermeiro sinta-se parte desse grupo social. As necessidades de estima também precisam ser reforçadas, pois os enfermeiros possuem responsabilidades pelos pacientes e pela equipe em que trabalham, é essencial sentir-se seguro e preparado para atuar na profissão, baseando-se sempre no conhecimento, somente assim, é possível ser reconhecido no ambiente de trabalho, transmitindo segurança e respeito para a equipe e pacientes. A auto-realização está intrinsecamente relacionada com a valorização profissional, além de fazer o que gosta, é necessário que o enfermeiro seja reconhecido, tenha horários justos de trabalho e seja devidamente remunerado para conciliar suas realizações pessoais, atividades de lazer e planejamento sobre sua rotina. Os profissionais de enfermagem muitas vezes desenvolvem suas funções com base em normas, de forma repetitiva e sobrecarregada pelas inúmeras responsabilidades, o resultado disso é um serviço mecanizado, em que o cuidado prestado acaba sendo de forma generalista e não individualizado, realizando uma assistência no modo automático e sem alcançar seus objetivos, frustrando-se com suas atividades. Os desejos, objetivos e a esperança da equipe de enfermagem contribuem para o desenvolvimento do ambiente, e quando não supridas acabam interferindo no cuidado prestado ao paciente. Para isso, é necessário que quem cuida também seja cuidado, melhorando a qualidade de vida e a saúde mental dos profissionais, pois é impossível ter a satisfação dos pacientes, sem que a equipe de enfermagem esteja satisfeita com as condições e dinâmicas do trabalho. A (in)satisfação ou satisfação dos integrantes da equipe de enfermagem apresenta uma relação com a interação necessária à realização do cuidado podendo comprometer a assistência que será prestada. Quando valorizados, os profissionais se sentem mais motivados, mantendo um compromisso assíduo com a instituição que vai refletir no bom andamento das atividades, implicando de forma positiva  no seu bem estar pessoal. Já quando insatisfeitos há grande probabilidade de afetar todo o processo desenvolvido, com resultados degradantes e ao longo do tempo preocupantes. CONCLUSÃO: É necessário ter um olhar de valorização aos trabalhadores, buscar estratégias para mantê-los em equilíbrio, para que haja satisfação e estímulo dentro do ambiente de trabalho, buscando resultados positivos entre setores, o que produzirá um ambiente mais agradável. Relacionando a enfermagem com a Teoria de Maslow, as necessidades de estima são as mais importantes dentro de uma equipe, entretanto, nem sempre o colaborador consegue se sentir respeitado e valorizado dentro de seu ambiente de trabalho, e caberá aos líderes e gestores, buscarem formas de fazer com que o funcionário sinta prazer, sendo reconhecido perante seus desempenhos

    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

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    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora
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